10 coisas grátis para fazer em Amesterdão 🚤🚨🇳🇱

Uma das cidades mais pitorescas e fotogénicas do mundo, Amesterdão é um destino que faz parte do imaginário de uma imensidão de gente. Com os seus icónicos canais, fachadas estreitas e vias de bicicletas, a capital neerlandesa (sim, agora parece que “holandesa” já não é o termo correcto) é uma cidade diferente de qualquer outra.

Contudo, a sua fama também leva a que o número de turistas atinja valores que ultrapassam os limites do razoável, motivo pelo qual as autoridades já começaram a apertar o cerco e a combater o turismo excessivo (overtourism). Infelizmente, aparentemente a forma mais fácil de o fazer passa por ir tornando a cidade cada vez mais cara (implementando novas taxas de alojamento), na tentativa de ir assim afastando os viajantes low-cost.

Mas não te preocupes: estamos aqui para lhes estragar os planos! Se já tens viagem a Amesterdão marcada e viste uma boa porção do teu orçamento desaparecer no quarto que reservaste, então vamos ajudar-te a ocupar o tempo! Sem mais demoras, aqui estão 10 coisas para fazer de graça em Amesterdão.

10 coisas grátis para fazer em Amesterdão

Apanha um ferry da GVB Amsterdam

Sendo a característica mais reconhecível da cidade, navegar os intermináveis canais de Amesterdão torna-se uma actividade quase obrigatória para quem visita a cidade. Contudo, e ao passo que a esmagadora maioria dos cruzeiros tem um custo associado – muitas das vezes até inflacionado – os ferries da GVB são um transporte público gratuito que te irão permitir deslocares-te pela cidade enquanto desfrutas das vistas.

Embora estes ferries não percorram o famoso Anel de Canais (Canal Belt), onde se situam os exemplares mais charmosos, é ainda assim uma oportunidade muito agradável de navegar o IJ, a antiga baía que banha o centro da capital neerlandesa.

Para acederes a um destes ferries, poderás deslocar-te ao principal cais de passageiros de Amesterdão, convenientemente situado por detrás da Amsterdam Centraal, a principal estação de caminhos-de-ferro da cidade. Daí, recomendamos especificamente que apanhes o ferry até ao NDSM Wharf, um antigo estaleiro naval que se converteu nos últimos anos numa espécie de centro cultural e alternativo, com mercados, festivais, bares e muita street art.

Begijnhof

Apesar de ter fama de cidade relaxada, a realidade é que Amesterdão é bastante movimentada. Sim, o barulho e trânsito dos carros é amenizado pelos milhares de bicicletas, mas a azáfama continua lá. Uma forma bastante curiosa de ir fugindo às multidões passa por visitar alguns hofjes, umas espécies de pracetas típicas com um pátio comum, rodeadas de edifícios antigos residenciais. Como mini condomínios semiprivados!

Dos vários que ainda é possível encontrar em Amesterdão, nenhum é mais importante ou apelativo que o Begijnhof. Outrora um complexo religioso que albergava mulheres que haviam feito um voto de reclusão – afastando-se da vida pública e vivendo em comunidade e castidade – neste hofje poderás encontrar um jardim, uma igreja (algo extremamente raro) e a casa mais antiga de toda a Amesterdão.

No meio de todo aquele sossego, custa a crer que estás em pleno centro de Amesterdão e a apenas 500 metros da Praça Dam, a principal da cidade e que, no que toca a movimentação, parece estar a um mundo de distância.

Anel de Canais de Amesterdão

Considerado o conjunto de canais mais bonito e central de Amesterdão, o Canal Belt é um rendilhado de vários canais distintos que atravessam o centro histórico, bem como as zonas mais turísticas da capital neerlandesa. Aliás, se pesquisares fotografias dos canais da cidade, a probabilidade de que te apareça uma imagem de um destes exemplos é quase certa!

O anel é então composto por 4 canais:

• Herengracht – O mais bonito e prestigiado, é também o canal onde foi filmada a cena icónica de “A Culpa é das Estrelas”, que catapultou Amesterdão ainda mais para o topo da lista de desejos de viajantes no mundo inteiro;
• Keizersgracht – Por ser o mais largo, é neste canal que os locais costumam patinar quando as temperaturas descem e as águas congelam. É também aqui que encontrarás o Homomonument, um dos únicos memoriais que homenageiam as vítimas homossexuais do regime Nazi;
• Prinsengracht – O canal mais longo do anel e que engloba o maior número de atrações, com a famosa Casa de Anne Frank à cabeça. É também ao longo deste canal que fica a casa mais estreita de Amesterdão;
• Singel – Em tempos idos, circundava todo o (pequeno) centro medieval da cidade, antes da mesma se começar a expandir para lá dos seus limites. Hoje em dia, é conhecido por ser o canal que atravessa o Red Light District.

Red Light District

Segue-se um local que dispensa apresentações. Antes de tudo o resto, convém esclarecer que o termo Red Light District aplica-se a qualquer quarteirão – independentemente da cidade – com uma grande prevalência de bordéis, sex shops ou outros tipo de negócios orientados para entretenimento adulto. Como tal, é também possível encontrar Red Light Districts em muitas outras cidades mundiais, de Hamburgo a Bangkok, passando por Paris ou Tóquio.

No entanto, a fama do distrito de De Wallen tornou-se de tal forma global, que o termo Red Light District, assim, sem menção a qualquer cidade, passou automaticamente a designar este quarteirão de Amesterdão. Curiosamente, e a fazer pendant com o título de profissão mais antiga do mundo exercida por muitos dos seus ocupantes, este é também o quarteirão mais velho de toda a capital neerlandesa!

De resto, e para além das montras, das luzes e do ambiente absolutamente surreal, este é também um quarteirão extremamente bonito, sendo por isso um local muito interessante para analisar as discrepâncias entre um passeio durante o dia e outro depois do sol se pôr.

Jardins do Rijksmuseum

Embora Amesterdão não contenha nenhum museu gratuito digno de renome, é em redor de um dos melhores e mais famosos museus do mundo que irás encontrar um dos espaços verdes mais agradáveis da cidade. Assim, e embora a entrada no Rijksmuseum seja paga (e bem paga!), os seus jardins são totalmente gratuitos!

Decorados com esculturas, lagoas e ruínas de antigos monumentos neerlandeses, estes jardins são um espaço bastante distinto, sempre com a fabulosa fachada do museu em plano de fundo. Bem perto dos jardins fica situada a Museumplein (Praça dos Museus), onde para além do Rijksmuseum, irás também encontrar o Museu Van Gogh, o Museu Stedelijk ou a sala de concertos Concertgebouw. Para além disso, era também nesta praça que estava instalado o icónico sinal “I Amsterdam”, entretanto removido em 2018.

Quanto a outros parques ou espaços verdes na cidade merecedores de uma paragem, recomendamos o Vondelpark, o Rembrandtpark ou o Beatrixpark.

Basílica de Saint Nicholas

Situada bem perto da Estação Central de Amesterdão, a Basilica de Saint Nicholas é provavelmente o edifício religioso mais reconhecido de toda a cidade. Este detalhe é ainda mais curioso se considerarmos que esta Basílica é católica, sendo os Países Baixos uma nação de tradição protestante. Aliás, a sua criação foi mesmo uma forma de celebrar a retoma da profecia do catolicismo no país, uma prática que esteve oficialmente banida durante 300 anos.

Embora a igreja tenha este ar tão antigo e histórico, a realidade é que não foi construída há assim tanto tempo, tendo sido finalizada em 1887. O grande destaque do interior vai para os murais e os vitrais pintados.

Mas este está longe de ser o único local de culto gratuito em Amesterdão! Posto isto, se quiseres conhecer outros credos praticados na cidade, podes sempre visitar as catedrais protestantes de Newe Kerk ou Westerkerk, o templo Budista de Fo Guang Shan – situado na Chinatown – e até a Sinagoga Portuguesa, assim denominada por ter sido fundada pela comunidade judaica-sefardita que fugiu Portugal durante a Inquisição. Contudo, nesta última a admissão é paga.

Bloemenmarkt

A par dos canais, dos moinhos e das socas de madeira, outro símbolo que faz parte do folclore estereotípico dos Países Baixos são definitivamente as flores – mais precisamente, as tulipas! Assim, e embora existam vários exemplares espalhados um pouco por toda a cidade, recomendamos uma visita, nem que seja de passagem, pelo Bloemenmarkt, o único mercado de flores flutuante em Amesterdão.

Mesmo que este mercado tenha agora sido tomado de assalto pelo turismo, com a esmagadora maioria dos visitantes proveniente de fora do país e montes de lojas de souvenirs nas imediações, a realidade é que este continua a ser um local histórico, tendo sido criado há quase 150 anos. O sítio ideal para comprares um bolbo de tulipa e levares uma lembrança da tua viagem para plantar em casa!

Um outro mercado em Amesterdão que vale bem a pena visitar, e que não é exclusivamente dedicado às flores, é o Albert Cuyp Markt, o maior mercado de rua dos Países Baixos. Este mercado opera 6 dias por semana e fica a apenas uma caminhada de 10 minutos da Museumplein.

Bairro de Jordaan

Situado em pleno centro de Amesterdão, o Jordaan é provavelmente o bairro mais popular e explorado da capital neerlandesa. Embora tenha as suas raízes como uma zona onde vivia maioritariamente a classe trabalhadora, o Jordaan foi, entretanto, alvo de um gigantesco processo de gentrificação, sendo hoje em dia uma das zonas mais caras de todo o país.

Ao longo das suas ruas, pontes e canais, poderás encontrar inúmeros restaurantes, bares, galerias de arte e mercadinhos, sendo um sítio muito frequentado, quer por locais, quer por turistas. Se estás à procura da Amesterdão que aparece nos cartões postais, então este é o sítio certo!

Actividades e atracções turísticas dignas de uma menção que poderás encontrar no Jordaan incluem a Casa de Anne Frank ou o Noordermarkt, outro dos mercados de rua mais conceituados da cidade. Poderás também visitar a Westerkerk – a igreja onde está sepultado Rembrandt – e subir à magnífica torre desta catedral (paga) para uma das melhores vistas sobre toda a Amesterdão!

De 9 Straatjes

Outro dos bairros mais pitorescos e charmosos de Amesterdão, De 9 Straatjes é um conjunto de 9 ruas, sendo esse o seu significado em neerlandês, que atravessam todas as quatro vias aquáticas do Anel de Canais.

Originalmente construída como uma área comercial no século XVII, os nomes das 9 ruas continuam a reflectir a especialidade das lojas e ofícios que as costumavam originalmente ocupar, com destaque para a indústria de tratamento e processamento de peles de diferentes animais. Talvez por isso possas lá visitar a “Rua das Peles”, “Rua da Vaca”, “Rua do Lobo” ou “Rua do Urso”, de acordo com o tipo de pele que costumava ser tratada e comercializada em cada artéria.

Mas hoje em dia os negócios são outros, e a área é conhecida pelos seus bares, restaurantes, lojas e boutiques, todas alinhadas ao longos das suas ruas belas e estreitas. Mais do que uma zona para explorares enquanto riscas atracções da lista, o bairro De 9 Straatjes é o sítio ideal para um passeio casual e despreocupado.

Moinhos de Zaanse Schans

Terminamos a nossa lista de coisas grátis para fazer em Amesterdão com um passeio por Zaanse Schans! Embora esta vila não fique exactamente na capital neerlandesa, sendo parte da cidade vizinha de Zaandam, a verdade é que fica a apenas 22 km de distância, sendo extremamente fácil lá chegar de comboio em menos de 20 minutos (cada bilhete custa 3€).

Esta zona é famosa pela colecção de moinhos tradicionais neerlandeses, um dos grandes símbolos da nação! Na realidade, praticamente todos os moinhos que lá poderás encontrar foram transportados de outros pontos dos Países Baixos, cujas autoridades governativas optaram por tornar Zaanse Schans numa espécie de museu de preservação a céu aberto, recriando o aspecto de uma vila rural antiga do século XVIII.

Existem mais de 10 moinhos diferentes em Zaanse Schans, bem como inúmeras lojinhas e museus temáticos montados nas casas típicas da vila. Embora a entrada nos museus e nos moinhos seja paga, podes deambular livremente pelas ruas e desfrutar da paisagem gratuitamente.

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