Uma lista rápida com os pontos, passeios e atracções turísticas gratuitos que poderás encontrar na tua visita à capital alemã. Fica a saber já quais as 10 melhores coisas grátis para fazer em Berlim!
O público português parece estar finalmente a render-se aos encantos de Berlim, das capitais mais subvalorizadas da Europa. Uma cidade muitas vezes tida como fria e austera, sem os encantos clássicos do “velho mundo”, Berlim é na realidade uma cidade que respira história!
Talvez não a história que se reflecte em fachadas espampanantes, ruas estreitas ou avenidas da moda, mas a história dura de alguns dos acontecimentos mais marcantes do século XX. Para além disso, sendo uma cidade bastante jovem e alternativa, Berlim tem um ambiente bastante peculiar que não é definitivamente comum encontrar nas outras capitais das grandes potencias ocidentais.
Quanto ao custo de vida, e embora a cidade já não seja tão barata (para os padrões alemães) quanto costumava ser há uns 10 anos atrás, a verdade é que existem imensas coisas grátis para fazer em Berlim! Afinal, se há algo que esta cidade tem de bom, é que ao contrário de muitos outros centros turísticos, os turistas ainda não são encarados como caixas multibanco com pernas!
Considerado o maior símbolo e atracção de Berlim, visitar e atravessar o Portão de Brandemburgo é totalmente gratuito. Mais do que um monumento ou peça arquitectónica, o famoso arco é um dos locais mais emblemáticos da Guerra Fria, e o local a partir de onde Ronald Reagan fez o famoso discurso em que pediu a Gorbachev para que o Muro de Berlim fosse deitado abaixo.
Uma vez que, durante esse período, o monumento ficava em “terras de ninguém”, não podendo ser visitado por alemães ocidentais, nem orientais, o Portão de Brandemburgo é agora o derradeiro símbolo de unificação germânica, e o principal ponto de encontro durante os eventos celebratórios da queda do Muro de Berlim.
O portão marca também o início da Avenida Unter den Linden, a via mais famosa do centro da cidade (Mitte) e que atravessa alguns dos edifícios mais belos da capital alemã, como a Catedral de Berlim, a Neue Wache, a Ópera Estatal ou o recentemente reconstruído Palácio de Berlim.
Embora a nação tenha sido perpetradora de alguns dos maiores crimes a que a humanidade alguma vez assistiu, a realidade é que não há nenhum outro povo tão disposto a assumir a responsabilidade dos seus erros quanto os alemães.
Afinal, quantas capitais conhecem que exibam, em pleno centro histórico, um memorial dedicado, não aos crimes sofridos pela sua população, mas em homenagem aos povos que sofreram às suas mãos? Por mais raro que pareça, é precisamente isso que vais encontrar em Berlim, sob a forma do Memorial aos Judeus Mortos da Europa.
Dedicado às vítimas judaicas do Holocausto, este é um monumento simplista, mas impactante pela sua dimensão, ocupando uma área total de 19.000 metros quadrados e composto por 2711 blocos de cimento.
Infelizmente, muitos turistas tratam este memorial como um sítio aceitável (e até apetecível) para fazer uma sessão de fotos para o Instagram, apenas porque “a luz é óptima”. Escusado será dizer que este comportamento é de tótó, completamente alheado da história e da realidade. Não sejas esse(a) turista. Não sejas um(a) tótó.
Embora possas encontrar vários resquícios do Muro de Berlim um pouco por toda a cidade, arriscamos dizer que nenhuma outra secção sobrevivente da infame parede é tão conhecida quanto a East Side Gallery.
Situada no quarteirão de Friedrichshain – uma das zonas mais trendy de Berlim – e bem junto à bonita Ponte Oberbaum, a East Side Gallery é uma verdadeira galeria de pintura (street art) a céu aberto, tendo como tela, precisamente, uma comprida secção do Muro de Berlim. As pinturas exibidas são renovadas de tempo a tempo, e têm sempre um cariz político e grotesco, em linha, de resto, com a história do “monumento”. A galeria é ainda o local onde irás encontrar um dos graffiti mais famosos do mundo, retratando o beijo na boca entre o antigo líder soviético Leonid Brezhnev e o presidente da RDA Erich Honecker.
Dentro da mesma temática, e igualmente gratuito, poderás também visitar o Memorial do Muro de Berlim, situado no distrito de Mitte.
Para além de ser um dos edifícios mais bonitos de Berlim, o Reichstag é também um dos mais importantes e historicamente relevantes da capital alemã. Para além de ser o local onde reúne o Parlamento Federal da Alemanha, foi também a pretexto de um incêndio gigantesco no Reichstag que Hitler conseguiu, legalmente, estabelecer um poder ainda mais concentrado e autoritário, levando aos resultados lamentáveis que todos conhecemos.
Depois do incêndio e da guerra, o edifício foi deixado praticamente ao abandono até à Reunificação da Alemanha, sendo totalmente renovado, com a notável adição da cúpula de vidro futurista. Se subires à cúpula, é possível ver o Parlamento Alemão em sessão através do vidro, simbolizando a transparência do poder germânico e a ideia de que o povo alemão está sempre a monitorizar as acções do seu governo.
Subir à cúpula é totalmente gratuito, sendo, contudo, necessário proceder à reserva online do teu lugar, numa data e horário da tua conveniência. Tem apenas o cuidado de não deixar essa reserva para a última da hora, caso contrário poderá já não haver lugares disponíveis.
Construído no local exacto onde se costumavam erguer as sedes centrais da Gestapo e da SS, a Topografia do Terror é um dos museus mais sóbrios e bem organizados de Berlim. Depois de uma escavação ter revelado as caves desses edifícios, onde prisioneiros políticos em mantidos sob custódia, torturados e assassinados, foi tomada a decisão de transformar toda a área neste espectacular museu gratuito.
Sem mascarar nenhum detalhe sórdido, o museu retrata a forma democrática como Hitler ascendeu ao poder, fazendo uso da sua retórica populismo e discurso de ódio. Para além disso, a principal exibição mostra ainda a forma violenta e repressiva como as autoridades ajudaram a manter toda uma nação, e em especial Berlim, sob controlo, com recurso a uma interminável lista de crimes e massacres que se expandiram a toda a Europa.
Qualquer que fosse o valor do bilhete, este seria sempre um local imperdível em Berlim. Sendo gratuito, então tudo fica ainda melhor!
Embora a arquitectura de Berlim seja maioritariamente moderna, fruto da destruição maciça de que a cidade foi alvo na Segunda Guerra Mundial, um dos grandes atractivos da capital alemã passa pela prevalência quase absurda de parques. Espalhados por toda a cidade, tanto a Este como a Oeste, é difícil percorreres alguns quilómetros sem encontrares um espaço verde.
De todos, talvez o mais conhecido seja o Tiergarten, traduzido como “Jardim dos Animais”, devido ao jardim zoológico de alberga. Para além de ser o parque mais central da cidade, é também o terceiro maior do país, encapsulando vários memoriais, estátuas e também a inconfundível Coluna da Vitória (Siegessaule), outro dos maiores símbolos berlinenses.
Entre outros parques que merecem uma visita, destaque para o Mauerpark, famoso pelos mercados de rua e pelo karoke de Domingo; e para o Tempelhof, erigido no recinto de um aeroporto entretanto encerrado, com direito a pista de aterragem e tudo!
Para um gostinho breve de uma Berlim que há muito pertence ao passado, recomendamos um passeio pelos jardins do Palácio de Charlottenburg, o maior de Berlim. Embora seja necessário bilhete para visitar os interiores do palácio, os jardins, por sua vez, são totalmente gratuitos!
Podes passear pelas áreas demarcadas, ver a Orangerie, o Novo Pavilhão e o edifício do Belvedere (embora não possas entrar), e sentares-te nas zonas dos lagos, junto à confluência com o Rio Spree. Podes também passar rapidamente junto ao mausoléu dos jardins, onde estão enterrados vários membros da família real alemã Hohenzollern, que nos seus tempos idos chegou a governar a Prússia, a Alemanha Imperial e a Roménia.
Se tiveres interesse em visitar outros palácios durante a tua escapadinha a Berlim, recomendamos uma viagem super-rápida até à cidade vizinha de Potsdam. Uma vez que este era o assento de Reis e Kaisers da região, permanece hoje em dia um verdadeiro museu a céu aberto, sendo que, em todos os palácios – com destaque para os incríveis Sanssouci e Neues Palais – poderás visitar gratuitamente os seus jardins.
Ainda que tenha virado uma espécie de tourist trap, estar em Berlim e não visitar o icónico Checkpoint Charlie é como ir a Roma e não ver o Papa! De longe o mais famoso de todos os pontos de travessia entre a Berlim Ocidental e a Berlim Oriental durante a Guerra Fria, o Checkpoint Charlie tornou-se quase um símbolo desse período.
Longe vão os tempos em que tanques americanos e soviéticos se colocavam em cada lado da barricada, numa espécie de demonstração de forças sem resultados práticos que caracterizou todo o período. Infelizmente, este marco histórico acabou por se tornar quase uma caricatura de si próprio nos últimos anos, não só porque algumas das partes são na realidade reconstruções, mas também porque, como acontece em quase todos os sítios ultra-turísticos, começaram a aparecer foleiradas como actores vestidos de guardas, sinalizações falsas e souvenirs vindas de um outro lado “oriental”.
Depois da passagem rápida pelo Checkpoint Charlie, aproveita para dar um passeio pelo distrito de Kreuzberg ou segue mais para norte e descobre a Gendarmenmarkt, uma das principais praças de Berlim.
Considerada o centro da antiga Berlim Oriental, a Alexanderplatz é uma gigantesca praça onde ainda hoje podes encontrar alguns marcos históricos da cidade. Olhando para a praça, não há dúvida absolutamente nenhuma do lado de Berlim onde costumava estar, com o seu espaço amplo e marcadamente despido e edifícios geométricos e descaracterizados, que curiosamente acabaram por se tornar característicos dos países escondidos do lado de lá da Cortina de Ferro.
O aspecto mais característico desta praça é a Fernsehturm, uma torre de televisão enorme e ainda hoje a estrutura mais alta da Alemanha. De acordo com as más línguas (será?) foi construída para dar um ar de progresso e avanço tecnológico à RDA, quando os berlinenses ocidentais a vissem ao longe por detrás do muro. Outros pontos de destaque da praça passam pela Fonte da Amizade e pelo World Clock, com o Rothes Rathaus (Câmara Municipal), a Fonte de Neptuno e a Igreja de Santa Maria de Berlim situados nas proximidades.
Também nas imediações, recomendamos um passeio pelo Nikolaiviertel, o único quarteirão de aspecto medieval de Berlim, reconstruído em 1987 após a destruição da Segunda Grande Guerra.
Terminamos o nosso périplo pelas 10 coisas grátis para fazer em Berlim com uma paragem na Igreja Memorial Kaiser Wilhelm. Situada ao longo da avenida comercial Kurfurstendamm – o antigo centro da Berlim Ocidental – é absolutamente impossível não reparar na estrutura semidestruída destacada à face da rua, por entre prédios modernos e boutiques de luxo.
Originalmente construída ainda no final do século XIX, esta igreja foi parcialmente destruída por raides aéreos em 1943, tendo sido decidido que uma nova igreja seria construída ao lado, mas que as ruínas deveriam permanecer intactas. Assim, esta simples igreja protestante acabaria por se tornar um símbolo da resiliência e capacidade de renovação de Berlim.
Se quiseres ver os mosaicos dentro do que restou da igreja, podes participar num dos tours guiados da estrutura, sendo os mesmos gratuitos, embora encorajando uma doação simbólica. Seja como for, podes sempre ficar-te pelo exterior desta que é uma das atracções mais peculiares da capital alemã.
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