CEO da Ryanair defende limite de duas bebidas alcoólicas por passageiro nos aeroportos 🥴🙅‍♂️✈️

O’Leary sublinhou que os passageiros, “ao passarem mais tempo nos aeroportos devido aos atrasos, tendem a consumir mais álcool antes de embarcarem no avião” o que provoca comportamentos agressivos durante os voos.

Segundo o CEO da Ryanair, a combinação de álcool com drogas ilícitas, como comprimidos e substâncias em pó, agrava a situação, tornando os passageiros mais agressivos e difíceis de controlar.

Passageiros embriagados, que estão sobre o efeito de substâncias em pó em comprimidos tornam-se agressivos

Esta situação leva a que episódios com passageiros confrontacionais se estejam a tornar uma tendência crescente nos voos, “representando um dos maiores desafios para as tripulações neste momento”, ao “contrário do que acontecia há cerca de cinco ou dez anos, em estes casos eram quase zero” mas agora a companhia aérea enfrenta “pelo menos um caso grave de agressão por semana.”

🔴🔵Police arrest 3 ‘drunk’ passengers as #Ryanair plane forced to return to Edinburgh
They were en route to #Lanzarote when the pilot decided to turn round…https://t.co/UqbPbuplLZ pic.twitter.com/Uv4oiDn3zI

— Canarian Weekly (@CanarianWeekly) July 7, 2024

Além de propor um limite de bebidas alcoólicas, a Ryanair tem pressionado os governos europeus para a implementação de multas mais severas para passageiros indisciplinados.

O’Leary sugeriu também que, tal como os passageiros têm de mostrar o cartão de embarque para comprar cigarros ou álcool nas lojas duty-free, deveriam também ser obrigados a apresentar o cartão para comprar bebidas alcoólicas nos bares dos aeroportos, com um limite de duas bebidas, especialmente em casos de voos atrasados.

Sinead Quinn, diretora dos serviços de bordo da Ryanair, destacou que, enquanto a tripulação consegue controlar o consumo de álcool a bordo, não há controlo nos bares dos aeroportos, onde os passageiros podem passar horas a consumir álcool antes do voo.

Aeroportos como os de Liverpool e Glasgow e rotas para destinos como Ibiza são, segundo O’Leary, especialmente problemáticos, havendo tolerância zero para garrafas.

“Quando eramos jovens e inocentes, permitíamos aos passageiros levarem garrafas de água, sem nos apercebermos que iam cheias de vodka. Agora nem garrafas de água permitimos a bordo”.

Iniciativas como a campanha “One Too Many”, lançada em 2018 pelo UK Travel Retail Forum e outras associações, procuram incentivar comportamentos responsáveis entre os passageiros, responsabilizando-os pessoalmente pelas suas ações. Os Aeroportos começam também a adotar uma política de tolerância zero para comportamentos disruptivos, trabalhando em conjunto com os seus parceiros de retalho para garantir a venda responsável de álcool e minimizar incidentes. O aeroporto de Liverpool, por exemplo, implementou um protocolo rigoroso para passageiros indisciplinados e exige que todos os retalhistas de álcool sejam credenciados pelo programa Best Bar None, que promove práticas responsáveis de gestão de álcool.

A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) reforçou que atos de embriaguez a bordo podem resultar em multas elevadas até dois anos de prisão. Além disso, passageiros disruptivos podem ser obrigados a reembolsar a companhia aérea pelos custos de desvios de voo, que podem ascender a largas dezenas de milhares de euros.