Decisão do Governo Britânico de decretar quarentena a quem chega de França levou a subidas de mais de 1000% no preço dos bilhetes
As companhias aéreas, vistas constantemente de forma negativa pelos passageiros, voltam a estar debaixo de fogo cerrado pelo repentino aumento de preços, quando muitos cidadãos britânicos tentavam voltar ao país
Quanto no dia 14 de Agosto o Governo Britânico adicionou França à sua lista vermelha, cerca de 500 mil cidadãos britânicos viram-se, automaticamente, numa situação extremamente delicada. Ou voltariam imediatamente para o Reino Unido ou a chegada ao país a partir das 4 da madrugada do dia seguinte, implicaria um período de 14 dias de quarentena obrigatória.
Toda esta situação resultou numa procura frenética por todos os meios de transporte – avião, autocarro, ferries e comboio. O The Sun verificou os preços oferecidos pelas companhias aéreas, comboios e ferries no dia 14 de Agosto (de forma a permitir o regresso a território britânico antes das 4 da madrugada de dia 15) e comparou os mesmos com os oferecidos para o dia 21, uma semana depois.
Não surpreendentemente, verificaram-se diferenças verdadeiramente record. Por exemplo, a Ryanair estava a cobrar cerca de 272 euros por um voo de Nantes para Edimburgo – um valor 1037% superior aos cerca de €22 pedidos para voar mesma rota uma semana depois. A British Airways, por exemplo, pedia mais de €850 por um voo entre Nice e Londres que, uma semana depois, custaria €102.
Mas não foram apenas as companhias aéreas a subir abruptamente as tarifas. Os bilhetes para a rota Paris – Londres no Eurostar, subiram cerca de 70% enquanto o ferry de Calais para Dover poderiam ser adquiridos por um preço 80% superior ao o habitual.
Confrontados com a situação, os representantes das companhias aéreas afirmaram que os preços variam de acordo com a lei da oferta e da procura. Um representante da Easyjet declarou:
Estas tarifas são o resultado direto de uma grande procura destes voos. O preço aumenta automaticamente com o número de bilhetes comprados. Não existiu um aumento deliberado por parte das companhias
A Ryanair também confirmou que o preço aumentou devido à enorme procura e sublinhou que, mesmo com esse aumento, as suas tarifas eram duas vezes mais baratas que em outras companhias.
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