Fica a conhecer os 7 microestados da Europa 🌍🗺️

  • 08.08.2022 22:38
  • Paulo

Para quem gosta de “colecionar” países estes pequenos Estados são uma boa maneira de engrossar a lista. Mas com as suas histórias particulares, os países nesta lista são bem mais do que meras curiosidades geográficas.

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Durante uma boa parte dos últimos séculos, o mapa era uma manta de retalho de principados, ducados, condados, reinos e repúblicas. Entre guerras e tratados, estes estados foram-se agregando para criar os países que conhecemos hoje.

No entanto, alguns desses pequenos estados sobreviveram à turbulência da história através da diplomacia com os países vizinhos ou por acasos da geopolítica.

Principado de Andorra

Andorra

Comecemos pela Península Ibérica. Ladeada pela Espanha a Sul e pela França a Norte, Andorra é muitas vezes associada a férias na neve entre os portugueses, graças a estâncias de ski como Grandvalira, a maior na cordilheira dos Pirenéus.

Tal como uma grande parte dos países nesta lista, a moeda usada em Andorra é o Euro, apesar do país não pertencer à União Europeia. Outra característica partilhada com os outros estados nesta lista é a facilidade de entrada, já que basta teres contigo o cartão de cidadão para entrares no principado.

Andorra la Vella, a pequena capital do país  encontra-se a mais de 1,000 metros de altitude, fazendo dela a mais elevada da Europa. Aqui encontra-se Casa de la Vall, uma construção rústica do século XVI que serviu até à pouco tempo de parlamento e é um dos símbolos de Andorra.

A língua oficial de Andorra é o catalão, apesar do espanhol ser também bastante falado. Graças à grande comunidade portuguesa, que representa por volta de 14% da população, não te espantes se escutares português com regularidade.

Principado do Mónaco

Desde 1297, o Mónaco é governado pela família Grimaldi, mantendo a sua autonomia de França, sendo hoje o segundo país mais pequeno do mundo. Desde a abertura do Casino de Monte Carlo, no século XIX, o Mónaco começou a tornar-se um destino de luxo. Estima-se que atualmente 30% da população do país seja milionária.

A língua oficial e a mais falada no país é o Francês – o monegasco, a língua tradicional, é falado apenas por uma pequena minoria. Não é de espantar já que só uma pequena parte (por volta de 20%) dos residentes do Mónaco se identificam como monegascos, com muitos a optar imigrar para o país atraídos pelos seus baixos impostos.

Apesar de pequeno tamanho, o Mónaco tem uma relevância importante no mundo desportivo: a sua equipa de futebol, o AS Mónaco, disputa a League 1 francesa e é presença regular nas competições europeias e o principado é também conhecido pela sua prova de Fórmula 1, o Grande Prémio de Monte Carlo, provavelmente o mais conhecido circuito urbano deste desporto.

Estado da Cidade do Vaticano

Vaticano

Do segundo país mas pequeno do mundo para o mais pequeno de todos, continuamos esta lista com o Vaticano, a sede da Igreja Católica rodeada completamente pela capital italiana, Roma.

Em tempos, o Papa governava uma área que ocupava uma boa parte do centro do que é hoje Itália, um território conhecido como Estados Papais. Mas com a unificação italiana, o Papa foi perdendo poder e o seu território ficou reduzido a menos de metade de um quilómetro quadrado.

Apesar de pequeno, o Vaticano é a casa de alguns dos monumentos mais visitados do mundo – a Basílica de São Pedro, a Capela Sistina e o Museu do Vaticano. Sendo que a população local é de pouco mais de 1,000 pessoas, este é de longe o país com mais turistas por habitante.

República de San Marino

San Marino

Itália rodeia completamente não um, mas dois países. A República de San Marino fica entre as províncias italianas de Emília-Romanha e Marche e goza do título de república mais antiga do mundo, datando a sua independência do ano de 301. A menos de uma hora de Florença ou Bolonha, San Marino é um ponto de paragem interessante para quem está a passear pela península italiana.

A capital de San Marino, que dá pelo mesmo nome, está bem defendida pelo Monte Titano e as suas três torres – Guaita, Cesta e Montale. Estas são as principais atrações do pais graças à vista desimpedida de toda a república que oferecem.

A mais conhecida, e também mais antiga, das três torres, Guaita, era até os anos 70 do século passado utilizada para manter prisioneiros. Já a passagem que leva a torre é conhecida como Passo delle streghe, ou caminha das bruxas, já que era aqui que se enforcava quem era condenado por bruxaria. Essa fama, juntamente com a dramática escarpa que acompanha o caminho faz deste um bom destino para quem é fã de histórias de terror.

Para quem prefere compras ao terror, San Marino oferece muitos produtos sem impostos, ou duty free. E quanto te der a fome, para um pouco para comer a versão local da piadina, um pão popular na região italiana de Emília-Romanha bem como em San Marino, e que é depois recheado com diversos ingredientes.

Principado de Liechtenstein

liechtenstein

Partimos para o terceiro principado desta lista, e o mais complicado de soletrar. O Liechtenstein é um pequeno estado entre a Suíça e a Áustria. Na realidade, é tão pequeno que em 2010 o rapper Snoop Dogg tentou arrendar o país inteiro para um videoclip.

Para além de partilhar o estatuto de centro financeiro e a elevada qualidade de vida com a vizinha Suíça, o dois países partilham também as belas paisagens alpinas, entre as quais se avista frequentemente um ou outro castelo medieval. A proximidade geográfica e política com a Suíça explica também o facto de o Liechtenstein ser um dos poucos estados nesta lista que não usa o euro como moeda, optando antes pelo franco suíço.

A capital, Vaduz, conta apenas com cerca de 5,600 habitantes, mas é a casa de alguns tesouros arquitetónicos como o Castelo de Vaduz ou a Catedral de São Florim. No entanto, a maior cidade do país é Schaan: esta metrópole de 6,000 pessoas.

Grã-Ducado do Luxemburgo

Luxemburgo

Ao lado de outros países desta lista o Luxemburgo até parece grande, sendo, por exemplo, 16 vezes maior do que o Liechtenstein. No entanto, o Luxemburgo continua a ser um dos países mais pequenos do mundo.

Numa posição bastante estratégica, fazendo fronteira com a Alemanha, a França e a Bélgica, a cidade do Luxemburgo foi durante muitos séculos uma importante fortaleza, considerada uma das mais impenetráveis da Europa.

Pouco resta hoje da fortaleza, desmontada durante o século XIX. No entanto, a cidade do Luxemburgo, continua a ter bastante esplendor. Aqui podes visitar o Palácio Grã-Ducal ou a Catedral de Notre-Dame do Luxemburgo.

Dos cerca de 128,000 habitantes, a grande maioria – cerca de 70% – dos habitantes da capital do Luxemburgo nasceram fora do país. Muitas vezes apontado como o país com a melhor qualidade de vida no mundo, é fácil perceber a motivação de quem se muda para lá.

Para o seu tamanho, o Luxemburgo tem uma grande diversidade linguística, usando-se luxemburguês, francês e o alemão são também utilizadas como línguas administrativas, a que se somam as línguas faladas pelos muitos imigrantes. Destes, os portugueses são o maior grupo e representam quase 30% da população.

República de Malta

Malta

O único país sem vizinhos desta lista, Malta é constituída por três ilhas habitadas: Malta, onde reside a maior parte da população, Gozo, e a pequena Comino, cujo o número de habitantes se conta pelos dedos da mão.

Ao contrário dos outros países nesta lista, que mantiveram a sua independência durante vários séculos, Malta apenas se tornou um país por direito próprio em 1964. Até aí, era território coroa britânica, o que ainda se reflete no uso do inglês no dia-a-dia da ilha, ao lado do italiano, e da curiosa língua local, o Maltês, derivado do árabe que se falava na vizinha Sicília.

Este pequeno país insular tem muito a oferecer. Na ilha principal, vale a pena ficar a conhecer as Três Cidades, o nome dado cidades fortificadas de Vittoriosa, Senglea e Copiscua que se dispõe em três penínsulas voltadas para a capital Valeta, a qual é também uma grande atração.

A rede de autocarros permite conhecer toda a ilha, bem como Gozo, onde podes chegar por ferry. Aí o maior chamariz é a beleza natural. A Janela Azul, um arco natural de pedra na costa ocidental era bem conhecido dos visitantes, mas a parte superior do arco colapsou em 2017 – no entanto, a área continua a ser belíssima.

Se o clima o permitir, podes ainda aventurar-te até à pequena ilha de Comino, onde se encontra uma das maravilhas naturais do país, a Lagoa Azul.

Bónus: Um país tão pequeno que não tem território?

A Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rhodes e de Malta – um nome que vais certamente memorizar de imediato – é mais uma curiosidade diplomática, já que se trata de um Estado sem país.

Em tempos, esta ordem governou vários territórios, incluindo Malta, que ainda agora mencionamos nesta lista. No entanto, por entre as guerras europeias viu-se reduzida a uma entidade soberana sem território, o que não a impediu de continuar a emitir os próprios passaportes (aceites em 110 países) e estabelecer embaixadas em vários países.

Na prática, a ordem dedica-se principalmente a esforços humanitários. Mas o seu estatuto especial faz as delícias de colecionadores de selos e moedas. Na sede da ordem, o Pallazo Malta em Roma, poderás encontrar um posto de correios para enviar postais com selos emitidos por esta ordem.

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