Guia de viagem da Islândia com todas as informações relativas a hotéis, restaurantes, transportes, segurança e muito mais. Inclui ainda um roteiro completo de 8 dias pela Islândia com todas as principais atracções turísticas e pontos de interesse.
Outrora envolta num extremo misticismo, a encantadora Islândia saltou definitivamente para a ribalta dos destinos turísticos. Afinal, e apesar dos preços proibitivos e das intempéries, é difícil encontrar outro país com uma riqueza natural tão vasta e impactante, especialmente se considerarmos a sua reduzida dimensão.
Lar de cascatas monumentais e geysers fervilhantes, a Terra do Fogo e do Gelo é um destino fascinante, daqueles que te prendem pelos colarinhos e que ficam contigo depois da partida. É isolado, é recôndito e é caro – certo. Mas é também um destino inigualável no continente europeu, cuja dimensão natural apenas pode ser equiparada com lugares que encontrarás no outro lado do mundo.
Posto isto, se estás de partida para esta fabulosa ilha, o nosso guia de viagem da Islândia é ideal para ti! Para além das informações habituais sobre hotéis, restaurantes e transportes, incluímos ainda um roteiro completo com tudo o que deves fazer em na Islândia em 8 dias (ou 1 semana).
Embora existam vários aeroportos espalhados por toda a Islândia, apenas um deles recebe tráfego internacional: o Aeroporto Internacional de Keflavik, situado nos subúrbios de Reiquiavique.
Assim, e directamente de Portugal, é possível voar para a Islândia desde Lisboa e Porto, com a low-cost Islandesa, Play.
Embora a resposta possa parecer óbvia, a melhor altura para visitar a Islândia dependerá sempre dos teus objectivos e preferências.
Por exemplo, se quiseres explorar o país de lés-a-lés e ficar a conhecer os seus principais atractivos naturais (e é aqui que o nosso guia se foca), então quererás definitivamente evitar os rigorosos meses frios e agendar a tua visita para o Verão (Junho a Setembro). Não só as temperaturas e condições estarão mais agradáveis, como a possibilidade de encontrares determinadas áreas da ilha interditas é praticamente nula.
Para além disso, no Verão podes assistir ao sempre interessante fenómeno do “Sol da Meia-Noite”, quando a escuridão nunca cai por completo em latitudes islandesas, permitindo-te tirar maior proveito do teu dia de viagem, visto que o podes esticar, virtualmente, até que hora quiseres.
Por outro lado, se vens em busca das icónicas auroras boreais, e devido à elevada exposição solar mencionada acima, o Verão deve ser evitado a todo o custo. Neste caso, é recomendável que visites a Islândia entre os meses de Setembro e Março.
As horas de sol são um fator essencial para planear um roteiro da Islândia. Em média, estamos a falar de cerca de 18h / dia nos meses de Verão, permitindo-te esticar o teu dia até, muitas vezes, às 23:00 ou até mais tarde, podendo efetuar o roteiro abaixo até em menos dias que os sugeridos. Se optares por ir entre Setembro e Maio, poderás ter bastantes menos horas de luz (se puderes, evita conduzir durante a noite), o que te permite tirares menor partido do dias, sendo por isso mais difícil cumprir o roteiro abaixo.
Apesar de não fazer parte da União Europeia, a Islândia é um membro integrante do Espaço Económico Europeu, fazendo por isso parte dos Acordos de Schengen. Assim sendo, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país vinculado às regras de roaming do EEE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita à Islândia.
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres na Islândia esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Tendo como moeda oficial a Coroa Islandesa (kr), qualquer levantamento que faças na Islândia recorrendo a um cartão português incorrerá naturalmente no pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da UE. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento. A alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut.
O Revolut permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais.
Para além disso, tratando-se de um cartão recarregável, podes sempre carregar o teu cartão diariamente com apenas aquilo que precises para esse dia, mantendo um método de pagamento alternativo no cofre do hotel. Dessa forma, se tiveres a infelicidade de te roubarem o cartão, perderás apenas aquilo que tinhas previamente carregado no cartão.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
De acordo com o Global Peace Index, a Islândia é o país mais seguro do mundo!
Isto significa que pouco ou nada terás que te preocupar com qualquer tipo de perigo humano, uma vez que a probabilidade de roubos, raptos, burlas ou quezílias é extremamente diminuta. Evidentemente, é recomendado que mantenhas sempre o senso-comum nas tuas acções/atitudes, mas tal como os rankings mostram, dificilmente encontrarás destino mais seguro durante as tuas viagens.
Posto isto, os estonteantes atributos naturais da Islândia vêm sempre acompanhados de uma linha vermelha que não deverás ultrapassar. Este é um país remoto e cru, por isso não quererás ser apanhado no meio de uma tempestade ou ficar preso no meio do nada, sujeito às condições meteorológicas. Assim sendo, e antes de partires rumo ao desconhecido, recomendamos que verifiques sempre o estado do tempo ou a potencial existência de alertas relativos a avalanches, tempestades de neve ou erupções vulcânicas. Para isso, poderás consultar o website safetravel.is, ou utilizar a sua app oficial.
Para além disso, e uma vez que alugar carro é condição quase obrigatória para explorar o país livremente, deverás ter igual atenção na estrada, uma vez que é extremamente frequente encontrar pisos escorregadios devido à acumulação de gelo ou dar de caras com rebanhos de ovelhas junto à via. Por fim, resta também mencionar que as correntes fortes, as escarpas escorregadias ou o solo instável podem também resultar em situações de extrema aflição (ou pior). Posto isto, respeita sempre qualquer sinalética de interdição e não te aventures por zonas fechadas a visitantes.
Para surpresa de absolutamente ninguém, este pequeno paraíso da social-democracia nórdica é, à semelhança dos restantes países que encaixam na mesma categoria, extremamente caro. Dos transportes aos restaurantes, passando pelos tours, supermercados ou museus, fazer férias de forma económica é uma missão quase impossível em terras Islandesas. Escusado será dizer, o alojamento não é excepção, com os preços dos hotéis a ultrapassarem facilmente a fasquia dos 150€ por noite.
Não obstante, tentámos deixar abaixo algumas opções de alojamento interessantes para cada uma das principais cidades da ilha:
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
Embora muitos visitantes optem por alugar uma autocaravana (mais sobre isso abaixo) ou acampar durante a sua estadia, tem em atenção que não podes simplesmente parar o teu veículo em qualquer lado e montar a tenda.
De acordo com a lei Islandesa, todas as autocaravanas devem ser estacionadas em parques de campismo devidamente autorizados, ou numa propriedade privada com o expresso consentimento do seu dono. O mesmo se aplica às tendas, com a honrosa excepção de que, em casos isolados, os campistas poderão montá-la num lote de terra não cultivado, desde que o proprietário não se oponha. Isto apenas se aplica em situações em que não exista um parque de campismo próprio, e a estadia não poderá durar mais que uma única noite.
Felizmente, a Islândia apresenta uma abundância extraordinária de parques de campismo espalhados por todo o país, sendo que, embora possam apresentar características diferenciadoras, quase todos se guiam pelas mesmas premissas. Para além das casas de banho, os parques apresentam ainda um conjunto de áreas partilhadas que incluem cozinha, máquina de lavar roupa e churrasqueira, bem como o acesso a energia eléctrica para que possas carregar os teus equipamentos.
Os preços tendem a variar entre as 1500 e as 2500 kr (10€-16,50€) por pessoa, por noite, sendo que a tarifa base não costuma incluir acesso a duches e electricidade (disponíveis mediante taxa adicional). Por fim, resta mencionar que, caso não pretendas viajar com o teu material de campismo, podes sempre alugar todo o equipamento em Reiquiavique.
Para consultares uma lista dos parques de campismo, preços e período de funcionamento, aconselhamos esta lista da GoCampers.
No que toca a transportes, não adianta dourar a pílula. Embora possível, conseguir visitar a Islândia sem alugar carro/caravana e percorrer a sua lendária Ring Road, ao longo da qual poderás encontrar as principais atracções naturais do país, é uma missão hercúlea e dispendiosa. Enquanto que existem autocarros frequentes a ligar os principais centros urbanos islandeses, o mesmo não se pode dizer das cascatas, glaciares, lagoas termais ou parques nacionais. Nesses casos, e sem carro, a tua solução passará invariavelmente por recorrer a tours privados ou de grupo que, como em tudo o resto na Islândia, rapidamente drenarão o teu orçamento.
Conforme referido, podes sempre tentar utilizar os autocarros islandeses para saltitar entre centros urbanos. Famosos pela sua cor amarela, os autocarros da Straetó são limpos, organizados e pontuais, como de resto seria de esperar num país nórdico. Para além de percorrerem vários troços da Ring Road, estes veículos também operam nos East Fjords e nos West Fjords da Islândia. Podes consultar rotas, preços e horários no site oficial da empresa.
Por outro lado, e durante os meses de Verão, os autocarros Highland Bus também organizam saídas diárias desde Reiquiavique, levando-te até ao início dos trilhos de Landmannalaugar e Þórsmörk. No entanto, isto é praticamente tudo o que é possível palmilhar sem alugar carro ou recorrer a tours privados.
Cientes da impossibilidade de chegar à maioria dos locais mais populares da Islândia sem recurso a veículo próprio, a indústria de tours privados está bastante bem desenvolvida na Terra do Fogo e do Gelo, oferecendo visitas guiadas diárias ou multi-diárias às regiões mais procuradas.
Posto isto, se estás a pensar visitar o país mas não queres – de todo – alugar carro, deixamos-te abaixo algumas opções interessantes que te ajudarão a cobrir a maioria dos locais que iremos mencionar adiante no nosso roteiro de 7 dias pela Islândia:
Por fim, e no que toca a autonomia e flexibilidade, não há nada como alugar carro numa visita à Islândia. Arrisco até dizer que, conduzires o teu próprio veículo pelas estradas muitas vezes desertas do país, apreciando a paisagem e parando a teu bel-prazer, é parte intrínseca da experiência de viajar pela Terra do Fogo e do Gelo.
Posto isto, é necessário ter um conjunto bastante específico de cuidados ao conduzir pela isolada nação islandesa:
Para começar, é importante notar que a Ring Road, a principal estrada do país, com uma extensão de mais de 1300 km, é totalmente alcatroada, embora vá ser extremamente comum entrares em vias secundárias de gravilha. Estas estradas não exigem a utilização de um 4×4, mas é importante que tenhas especial atenção à velocidade, uma vez que a adesão não é a mesma e a probabilidade de perderes o controlo do carro é substancialmente maior. Tem também atenção aos veículos à tua frente e mantém uma distância maior que o normal, para evitares projeção de pedras contra o teu para-brisas.
Por outro lado, se tiveres intenção de te aventurares pelas chamadas F-Roads, que conduzem às zonas montanhosas das Highlands, lembra-te que é proibido levares o teu carro / caravana alugada para as mesmas, a não ser que esteja equipado com tração às 4 rodas e tenhas autorização da empresa de aluguer para tal. Estas estradas estão apenas abertas durante os meses de Verão, por isso aventurares-te pelas mesmas fora de época é uma péssima ideia.
Conforme referido na secção acerca da segurança, é fundamental consultar o estado meteorológico dos locais por onde irás passar. O tempo Islandês é famoso por ser particularmente bravo e pelas suas mudanças bruscas. Assim sendo, e antes de partires rumo ao desconhecido, recomendamos que verifiques sempre o estado do tempo ou a potencial existência de alertas relativos a avalanches, tempestades de neve ou erupções vulcânicas. Para isso, poderás consultar o website safetravel.is, ou utilizar a sua app oficial. Para além disso, lembra-te que poderás conduzir longuíssimas distâncias sem veres qualquer sinal de vida humana, pelo que deverás manter sempre o teu depósito de combustível em níveis aceitáveis, para que evites ficar apeado no meio do nada.
Outra coisa: Haverá pontos de interesse (Glaciares, por exemplo), cujo acesso a um carro normal é impossível. Antes de seguires caminho, verifica sempre se não é necessário inscreveres-te numa tour ou recorrer a um tipo de transporte específico, de forma a evitares ficares atolado(a) ou perdido(a).
Quanto ao aluguer de carros e disponibilidade em Rentalcars.com!
No que toca a aluguer de autocaravanas, sugerimos 4 empresas, dependendo do orçamento e do número de pessoas:
Como seria de esperar de um ambiente tão isolado e inóspito, onde conseguir produzir o que quer que seja devido às condições meteorológicas se pode revelar um autêntico desafio, a nação islandesa não é propriamente famosa pelos seus atributos gastronómicos. No entanto, isto não significa que não existam umas quantas iguarias que valham a pena provar!
Embora a cozinha islandesa remeta fortemente para o consumo de peixe, seja ele fresco ou curado, um dos pratos mais saborosos do país é o Borrego Assado. Como poderás ver durante a tua estadia, existem mais ovelhas que pessoas em toda a Islândia, por isso a carne destes animais é altamente consumida e apreciada no país. Como alternativa, e para algo mais leve, poderás ficar-te pela Kjötsúpa, uma sopa de borrego com vegetais. Ainda no ramo das carnes, e para uma pequena amostra dos muitos elementos bizarros da gastronomia desta nação, desafiamos-te a provar Svið, uma cabeça de ovelha inteira, com direito a orelha, olhos e até língua. Esta prática advém da necessidade de fazer face à escassez durante os longos e rigorosos invernos locais, razão pela qual TODO o animal era aproveitado. A título de exemplo, os anciães islandeses arranjaram até uma bela maneira de consumir os testículos do borrego, cozendo-os e conservando-os em vinagre – uma iguaria a que chamam de Hrutspungar.
Passando ao peixe, as opções são bem mais ricas e ortodoxas. Quer optes pelo Plokkfiskur, um estufado de peixe branco; pelo Humar, lagosta tradicional; ou pela versão grelhada/cozida de qualquer uma das 340 espécies que podem ser encontradas em águas islandesas (com destaque para o bacalhau, o carapau, o tamboril ou o linguado), os sabores ser-te-ão sempre mais familiares. No entanto, até mesmo neste campo há sempre azo a inovações, como o demonstram iguarias como o Hardfiskur, pequenos peixes secos comidos como batatas fritas; a carne de baleia; ou o infame Hakarl, pequenos pedaços de tubarão fermentado que, diz quem já provou, é como borrifar a boca com amoníaco.
Para salvar a honra do convento, podes sempre terminar a tua refeição com um Skyr, o famoso iogurte que deixou a malta do ginásio em alvoroço e que é precisamente proveniente da Islândia!
Sem surpresas, e embora 1 semana seja um período generoso para dedicar à Terra do Fogo e do Gelo, é difícil conseguir encaixar todas as coisas absolutamente extraordinárias que há para fazer na Islândia. Não obstante, e nem que seja entre trajectos, é sempre possível ir adicionando alguns locais menos conhecidos, mas que te darão uma melhor percepção do fascinante cenário natural que é possível encontrar por toda a ilha.
Assim sendo, decidimos acrescentar os seguintes pontos ao nosso guia de viagem da Islândia:
Com 1 semana completa, é possível ficar a conhecer os principais pontos turísticos desta nação nórdica, embora seja por vezes necessário acelerar o ritmo de forma a não perder pitada do que este estrondoso destino tem para oferecer. Evidentemente, cumprir este roteiro é infinitamente mais fácil se estiveres munido do teu próprio veículo, sendo impossível visitar alguns destes locais em apenas 7 dias se não for esse o teu caso. De qualquer das formas, poderás sempre recorrer aos tours que deixámos acima e ficar a conhecer o essencial da Terra do Fogo e do Gelo. Poderá não ser uma experiência tão livre ou completa, mas nem por isso deixará de ser memorável!
Assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades, cascatas, lagoas e demais atracções naturais que deves visitar num roteiro de 7 dias pela Islândia:
Aterra no Aerporto de Keflavik, recolhe o teu carro ou autocaravana, passa no supermercado Bónus mais perto (normalmente o mais barato de todos) para comprares mantimentos, e para um baptismo de fogo, segue para um primeiro dia a completar o Golden Circle (Círculo Dourado). Esta é uma rota de cerca 300 km que te conduzirá pelos locais mais impressionantes do sudoeste da ilha. Em suma, um dos percursos que nunca falham em qualquer guia de viagem da Islândia! Assim, a tua primeira paragem da rota terá lugar no Parque Nacional Thingvellir, um paraíso formado por campos de lava até perder de vista e incontáveis riachos cristalinos que tem a honra de ser um dos únicos 3 locais do país destacados pela UNESCO como Património da Humanidade. Um pouco mais a leste, segue-se a Área Geotermal Geysir, um local tão especial que o próprio nome veio a designar todos os fenómenos semelhantes (“geyser”) do planeta. Uma destas nascentes, chamada Strokkur, explode religiosamente a cada 5 minutos, expelindo água quente a uma altitude de quase 30 metros e perfumando o ar com o cheiro de enxofre. Por fim, o elemento final do Círculo Dourado é a inigualável Gullfoss, uma catarata que se desdobra em duas quedas de água diferentes, que acabam por desaguar num imponente desfiladeiro do Rio Hvita. O cartão de apresentação perfeito para tudo o que está por vir!
Depois do Golden Circle completo, tempo para seguir viagem para a Costa Sul.
Resumo do 1º dia:
A segunda etapa do nosso guia de viagem da Islândia irá trazer-te um dos dias mais ocupados do roteiro, mas simultaneamente um dos mais recompensadores e impressionantes. Afinal, é tempo de explorar a famosa South Coast (Costa Sul), que, a par do Círculo Dourado, compõem os locais com as maiores riquezas naturais de toda a Islândia. Assim, e sem demoras, irás começar a tua manhã na Seljalandsfoss, porventura a mais famosa de todas as cascatas islandesas e uma das poucas onde é possível caminhar por trás da cortina de água. Com uma queda de cerca de 60 metros, poderás percorrer um trilho circular e explorá-la a 360º graus.
No caminho, aproveita para contemplar o Eyjafjallajökull, o vulcão glaciar que saltou para as bocas do mundo em 2010, quando a sua erupção causou o caos no espaço aéreo europeu, levando ao cancelamento de milhares de voos em 20 países diferentes. Seguir-se-á uma visita à Skogafoss, outra cascata extremamente conhecida da South Coast.
Logo depois de Skogafoss, aproveita para contemplar os destroços do avião abandonado na paisagem absolutamente inóspita de Solheimasandur. Para tal, estaciona o teu veículo no parque e depois podes optar por ir a pé (cerca de 2 horas ida e volta), ou apanhar o shuttle .
Continuando na senda de paisagens diferentes de tudo que já viste, é impossível não parar na praia de areia negra de Reynisfjara, considerada a mais bela da pequena nação insular.
Junto à costa, aproveita também para apreciar os Reynisdrangar, um conjunto extraordinário de gigantescos pilares de basalto. Faz uma paragem em Vik para comer qualquer coisa e reabastecer de mantimentos e segue para Svartifoss, a terceira cascata do dia.
Resumo do 4º dia:
Começa o quinto dia da tua viagem a explorar o Parque Nacional de Vatnajokull. É aqui que encontrarás a maior calota de gelo de toda a Europa. Se tiveres tempo e/ou o teu orçamento permitir, o Parque Nacional de Vatnajokull é também um sítio excelente para fazeres uma tour. Nós fizemos o da caminhada no Glaciar de Vatnajokull em Skaftafell e foi uma experiência fantástica. Se fores a partir de meados de Setembro, podes também aproveitar o tour das Cavernas de Gelo.
De seguida, segue para Jokulsárlón, uma extraordinária lagoa glaciar com vários icebergs à deriva. Ah e no caminho podes fazer uma paragem na Söluskálinn í Freysnesi, uma estação de serviço à beira da estrada que tem, aleatoriamente, um delicioso (e barato para o standard islandês) hamburger de cordeiro.
A apenas alguns minutos de distância, junto à costa, á altura de encerrar o dia junto à Diamond Beach, assim chamada devido ao brilho dos inúmeros blocos de gelo que desaguam no areal, provenientes da lagoa glaciar. Faz uma paragem em Hofn para reabastecer e comer qualquer coisa e segue viagem até Egilsstadir, que servirá apenas para pernoitar, de forma a não teres de fazer uma viagem tão longa até Husavik no dia seguinte.
Resumo do 3º dia:
Sai de Egilsstadir em direção a Dettifoss, a principal cascata do norte do país e uma verdadeira força da natureza. É aqui que darás início o chamado “Diamond Circle” (Círculo do Diamante), a rota mais popular desta região islandesa. Depois de vista a queda de água, irás prosseguir para o inacreditável Desfiladeiro de Asbyrgi. De acordo com a mitologia nórdica, o desfiladeiro foi criado após o cavalo de Odin pisar a terra neste preciso local, dando-lhe a sua forma de ferradura tão característica. As vistas a partir dos rebordos do canhão são simplesmente fenomenais, estando o interior e as paredes do desfiladeiro normalmente cobertas de vegetação densa e luxuriante. Apesar de muitas vezes esquecido em virtude do Círculo Dourado e da South Coast, este é um verdadeiro tesouro escondido que deve figurar em qualquer guia de viagem da Islândia!
Encerra o Diamond Circle e faz um desvio para Husavik, onde terás uma actividade incrível à tua espera. Embora seja possível avistar baleias a partir de vários pontos da Islândia, incluindo a capital Reiquiavique, a zona de Husavik é o destino preferencial para este tipo de actividade, ou não fosse esta apelidada de “Capital Europeia do Avistamento de Baleias”. Durante os meses de Verão, é praticamente garantido que conseguirás ver vários exemplares deste fabuloso animal, com mais de duas dezenas de espécies de baleias, golfinhos e outros sebáceos presentes em águas islandesas. Embora seja possível escolher um tour no próprio dia, é sempre mais seguro se já chegares à cidade com todas as formalidades tratadas, pelo que recomendamos que faças a tua pesquisa acerca dos melhores tours de avistamento de baleias em Husavik, de forma a teres tudo pronto.
Como a tua chegada já não vai ser propriamente cedo, aconselhamos para marcares o tour para o dia seguinte, e aproveitares o resto do dia para relaxar no Geosea. Se o teu objetivo for apenas desfrutar das águas termais e não necessariamente ires à Blue Lagoon (mais sobre isso à frente), esta é uma opção excelente, com uma vista absolutamente fantástica.
Resumo do 4º dia:
Depois do teu tour de avistamento de cetáceos, volta à estrada, em direção ao o gigantesco Lago Myvatn, um portentoso corpo de água que é, simultaneamente, o principal símbolo desta zona islandesa. Aqui, o melhor a fazer é mesmo explorar as margens do lago e visitar os pontos altos da sua zona geotermal. Para isso, terás que parar em Dimmuborgir. Este extenso campo de lava parece saído de um filme, com toda a área cercada por conjuntos infindáveis de colunas rochosas negras, dando-lhe um aspecto impenetrável. Talvez por isso, esta zona tenha ficado conhecida como a “Fortaleza Negra”. Este campo contém ainda a Caverna Grjótagjá, uma pequena gruta vulcânica cujo interior esconde um conjunto de nascentes termais de água quente. Embora não seja permitido mergulhar, não deixa de ser um local bastante atmosférico! Se acabaste por não ir ao Geosea, temos outra opção para desfrutares de águas termais, desta vez num cenário bem mais parecido ao da Lagoa Azul: os Banhos Naturais de Myvatn (€43)
Após explorares a zona do lago, é tempo de começar a pensar no trajecto até à Península de Snæfellsnes, no oeste do país e na longa viagem do dia seguinte. Para isso, recomendamos que faças uma paragem estratégia em Akureyri, uma adorável cidade nortenha, onde poderás comprar alguns mantimentos e descansar o resto do dia. Pelo caminho, aproveita para visitar a Godafoss, outro exemplar de renome entre as inúmeras (e sempre estonteantes) cascatas islandesas.
Resumo do 5º dia:
Neste penúltimo dia, vais simplesmente absorver a paisagem do noroeste da Islândia, com uma paragem para esticar asa pernas no famoso Hvitserkur – uma rocha de basalto com quase 15 metros, que aparenta ser um dragão a beber água e cuja lenda diz que é, na verdade, um troll petrificado.
Depois de umas horas de viagem, bem vindo(a) à Península de Snæfellsnes. Faz uma paragem no Monte Kirkjufell – um dos monumentos naturais mais fotografados do país e dá (finalmente) o teu dia como terminado.
Resumo do 6º dia:
Neste segundo dia na península, aproveita para vislumbrar o topo do Vulcão Snæfellsjokull e fotografar as colónias de focas na Praia Ytri Tunga. Por fim, e a caminho da capital, podes sempre parar na pitoresca aldeia piscatória de Borgarnes, situada nas margens do Fiorde Borgar. Relaxa, toma uma cerveja (caríssima) e celebra o teu último dia na estrada.
Resumo do 8º dia:
Finalizamos o roteiro do nosso guia de viagem da Islândia em Reiquiavique, que, apesar de ser a capital e principal cidade do país, conta com pouco mais de 100.000 habitantes. Para que possas saber mais acerca do desenvolvimento de um local tão inóspito, recomendo que comeces por fazer uma visita à Settlement Exhibition (2650 kr), um museu que te irá mostrar como os vikings provenientes da Escandinávia descobriram por engano este território não habitado no século IX e como, contra todas as expectativas, conseguiram desenvolvê-lo. De seguida, irás percorrer a marginal junto à área portuária e admirar a fabulosa Harpa, uma casa de concertos que é uma autêntica maravilha da arquitectura moderna. Também junto à água, aproveita para tirar a fotografia da praxe ao Sun Voyager, a famosa escultura de um barco viking que se tornou um verdadeiro símbolo da capital islandesa.
A partir daqui, irás entrar oficialmente na Baixa (Downtown) de Reiquiavique. A cidade não tem a arquitectura antiga ou clássica de outras congéneres europeias, mas o seu centro histórico tem bastante carácter. Aqui, aproveita para percorrer a Regnbogagatan (conhecida como a Rainbow Street) e a Laugavegur, as duas vias mais concorridas da baixa, antes de finalmente visitares a atracção mais popular de Reiquiavique. Com uma altura que a destaca claramente do resto da cidade, a Hallgrímskirkja é o edifício mais prominente de todo o país. Para além do seu interior austero e imponente, é possível subir até à torre desta igreja (1300 kr) e admirar as melhores vistas da capital. Para terminar o teu dia inaugural na Terra do Fogo e do Gelo, nada melhor que uma pequena introdução às (muitas) maravilhas naturais que irás testemunhar no resto da semana. Para isso, irás fazer uma visita ao Perlan (4990 kr), um museu interactivo dedicado à indescritível riqueza natural do país.
Finalmente, se nem o Geosea ou os Banhos Termais de Myvatn te encheram as medidas (ou simplesmente queres voltar a relaxar em águas termais), podes também passar pela famosa Lagoa Azul (a partir de 58€ – requer reserva online). Situada muito perto do aerporto de Keflavik, este é dos locais mais populares de todo o país, aparecendo de forma constante em feeds de Instagram por esse mundo fora! Não é para menos, já que este spa geotermal, com águas que se aproximam dos 40ºC (mesmo quando as temperaturas estão gélidas) é um local extremamente pitoresco e atmosférico. Relaxa nas águas turquesa, cobre a cara com alguma da lama do espaço – com propriedades regenerativas comprovadas.
Resumo do 8º dia:
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