Guia de viagem de Malta com todas as informações relativas a hotéis, restaurantes, transportes, segurança, melhores praias e muito mais. Em suma, tudo o que precisas de saber antes de agendares a tua viagem para Malta.
Berço da lendária Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, a pequena e encantadora ilha de Malta é um dos destinos de praia mais versáteis do mundo! Sim, podes encontrar águas turquesa, baías paradisíacas e areais de perder de vista, mas existe toda uma outra faceta do país capaz de apelar a públicos menos dados a sol e calor.
Afinal, Malta tem uma história antiquíssima, presente nos seus templos milenares, igrejas históricas e cidades muralhadas. A sua localização, na confluência de dois continentes e vários impérios antigos, fazem do país um verdadeiro caldeirão de culturas, onde a gastronomia, os traços étnicos e até a língua resultam de séculos de imiscuição e convivência entre diferentes origens. Um destino a não perder, para todas as gerações, gostos e feitios!
Posto isto, se estás de partida para esta fabulosa ilha, o nosso guia de viagem de Malta é ideal para ti! Para além das informações habituais sobre hotéis, restaurantes, praias e transportes públicos, incluímos ainda três roteiros completo com tudo o que deves fazer em Malta em 3, 5 e 7 noites (ou 1 semana).
Tendo em conta o seu tamanho diminuto, não surpreende que a nação seja servida por um único aeroporto: o Aeroporto Internacional de Malta.
Assim, e directamente de Portugal, é possível voar para Malta desde Lisboa (Air Malta e Ryanair) e Porto (Ryanair).
À semelhança de praticamente todas as ilhas do Mediterrâneo, também Malta é extremamente mais popular durante o Verão, quando comparativamente aos níveis de turismo recebidos durante o resto do ano. No entanto, como mostram a subida exponencial de preços e a confusão constante, poderá valer a pena evitar os meses de Julho e Agosto, para bem da tua carteira e saúde mental. Para além disso, o calor pode ser absolutamente abrasador durante o pico do Verão, afectando de sobremaneira a tua experiência!
Posto isto, e para que possas à mesma aproveitar as praias e bom tempo da região sem sentires que estás a caminhar numa terra-fantasma, sugerimos que agendes a tua visita para a denominada “shoulder-season”, com destaque para os meses de Maio-Junho e de Setembro-Outubro. No entanto, e mesmo que visites em época baixa, ainda que o tempo possa não ser ideal para idas a banhos, poderás sempre contar com temperaturas amenas e tempo solarengo!
Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Sim, é necessário levar um adaptador de tomada se viajares para Malta. As tomadas elétricas em Malta são diferentes das nossas, por isso terás de levar um adaptador como este de forma a conseguires carregar os teus dispositivos eletrónicos.
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Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Malta.
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Bilbau esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Uma vez que Malta faz parte da Zona Euro, o conjunto de países onde é utilizada a moeda única, poderás utilizar o teu cartão de crédito/débito português para fazer levantamentos e pagamentos no destino sem que te seja cobrada qualquer taxa de conversão.
Assim sendo, terás apenas que ter em atenção potenciais taxas cobradas pelo banco emissor da própria caixa automática onde fizeres o levantamento. Contudo, e sempre que haja lugar ao pagamento de qualquer comissão deste tipo, essa informação é descortinada antes de confirmares o levantamento, o que significa que podes sempre cancelá-lo e procurar outra caixa. Tem especial atenção às caixas da Euronet, que cobram uma comissão fixa por levantamento com cartão estrangeiro.
Por outro lado, se precisas de ajuda a manter o orçamento de viagem sob controlo, recomendamos neste guia de viagem de Malta a utilização do cartão Revolut. Ainda que neste país não possas usufruir da principal vantagem deste produto – levantamentos em moeda estrangeira sem taxas de conversão – continua ainda assim a ser uma ferramenta útil.
Através da aplicação do banco online, terás acesso imediato a todos os gastos e ao saldo da tua conta, monitorizando assim os teus gastos diários. Para além disso, poderás carregar o cartão apenas com o valor que esperas gastar (por dia ou na viagem), evitando assim que gastes mais do que aquilo que esperavas e limitando também o valor que podes perder em caso de roubo ou fraude.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
No cômputo geral, Malta é um destino extremamente seguro para visitantes, e os turistas podem andar livremente pelas ruas a qualquer hora do dia ou noite.
Aqui, como nos restantes locais mais populares do país, recomendamos apenas que tenhas especial atenção aos teus pertences em zonas mais movimentadas, nas praias ou nos autocarros (especialmente entre La Valletta e Saint Julian) e que nunca aceites uma viagem de táxi sem que o contador esteja devidamente ligado. Para além disso, nunca peças nada num restaurante, especialmente nas zonas mais turísticas, sem que te seja apresentado primeiro o menu, sob o risco de poderes vir a ter uma surpresa indigesta no final da tua refeição.
Sendo Malta um país pequeníssimo e atendendo à quantidade gigantesca de turistas que recebem todos os anos – e com tendência para continuar a aumentar – a verdade é que os custos de alojamento serão provavelmente os que terão maior peso no teu orçamento de viagem. Isto ganha particular significância durante a época alta e nos locais mais concorridos da ilha, como a capital La Valletta.
Assim sendo, deixamos abaixo algumas opções de alojamento interessantes para cada uma das principais cidades da ilha:
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
A forma mais fácil de viajares entre o Aeroporto de Malta e o centro da capital da ilha passa por utilizares a Linha X4 da rede de autocarros Tallinja, cujos veículos partem junto à saída do terminal de chegadas. Estes autocarros operam entre as 05h30 e as 23h30, partindo com uma frequência que varia entre os 10 e os 30 minutos, consoante a altura do dia. A viagem tem a duração de 25-30 minutos e os bilhetes custam 2,00€ (3,00€ durante a noite; 1,50€ durante a época baixa) podendo ser adquiridos no gabinete de vendas da Malta Public Transport, situado dentro do aeroporto ou nas máquinas de venda automática. Alternativamente, podes simplesmente validar um qualquer cartão contactless VISA, sendo a quantia automaticamente debitada da tua conta.
Em alternativa, se aterrares em Malta fora do horário de operação do autocarro, ficarás dependente de um serviço de táxi. O mesmo trajecto deverá custar à volta de 25€.
Por outro lado, se pretenderes deslocar-te a outros pontos da ilha, podes também contar com as seguintes linhas aeroportuárias:
Ao contrário do que acontece com a esmagadora maioria dos restantes guias de ilhas que temos partilhado até ao momento, em Malta é perfeitamente possível chegar a praticamente todos principais pontos turísticos através da exclusiva utilização do sistema público de autocarros.
Evidentemente, alugar carro é sempre a solução mais autónoma e flexível, mas se o teu orçamento estiver apertado, não é condição obrigatória para desfrutar do que de melhor o país tem para oferecer!
Conforme referido, a rede pública de autocarros de Malta é bastante abrangente, permitindo-te chegar a todos os cantos do pequeno país. Existem quase 200 linhas/rotas diferentes, sendo que poderás utilizar a ferramenta de planeamento de viagens no website oficial da companhia ou baixar a app gratuita para dispositivos móveis. Por outro lado, podes também aceder directamente ao Google Maps, uma vez que o sistema de horários e rotas da Tallinja está integrado na plataforma.
O preço de cada viagem é fixo, independentemente da rota, distância ou duração. Assim, durante a época alta (meio de Junho a meio de Outubro), cada bilhete individual tem o custo de 2,00€, valor que desce para 1,50€ fora desse período, e que ascende aos 3,00€ para linhas nocturnas. Se pretendes utilizar a rede de autocarros com frequência, existem ainda outras opções que te permitirão poupar algum dinheiro durante a tua estadia. Uma delas passa por comprar um pack de 12 viagens pelo valor único de 15,00€, passando cada trajecto a custar-te 1,25€. Como alternativa, podes adquirir um Explore Flex Card. Este cartão tem um custo de 6,00€ (que é convertido em crédito) e atribui descontos de 0,15€ por viagem a cada portador.
Por fim, tens as opções de tipo passe. Com o Explore Card, por exemplo, tens acesso a viagens ilimitadas durante um período de 7 dias pelo valor de 21,00€. Já para uma opção um pouco mais completa, tens o igualmente impressionante Explore Plus Meep Card, que para além das viagens ilimitadas de autocarro (7 dias), inclui ainda 2 viagens no ferry Sliema-Valletta ou Cospicua-Valletta, 1 dia completo num autocarro “hop-on, hop-off” OU uma travessia de barco entre a ilha de Malta e Comino (com a Captain Morgan Cruises) e ainda duas viagens no serviço local de partilha de bicicletas eléctricas Tallinka Bike. Este passe tem o custo de 39,00€. Todos estes passes e bilhetes podem ser comprados em qualquer gabinete de vendas da Malta Public Transport.
Embora a maioria dos visitantes se fique pela ilha de Malta (com um salto à Lagoa Azul de Comino), a verdade é que a nação maltesa é ainda composta por outra ilha igualmente bela: Gozo!
Para fazeres a travessia entre Malta e Gozo, terás que te deslocar até ao extremo ocidental da principal ilha, onde encontrarás o Terminal de Ferries de Cirkewwa. A travessia tem a duração de cerca de 25 minutos e os bilhetes o custo de 4,65€ ida (15,70€ c/ carro; 8,15€ c/ scooter). Estes ferries operam 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um tempo médio de espera entre veículos a oscilar entre os 30 e os 45 minutos.
Quanto a outras travessias marítimas, existem igualmente ligações por ferry entre Valletta e Sliema (2,80€ ida e volta); Valletta e Cospicua (2,80€ ida-e-volta); e Cirkewwa e Comino (10€-15€ ida e volta, dependendo do operador).
Finalmente, não podíamos fechar este guia de viagem de Malta mencionar esta opção. Já se sabe – no que toca a conveniência e espontaneidade, não há nada como termos o nosso próprio veículo em viagem!
Um pouco por toda a ilha, irás encontrar alocadoras onde é possível alugar vários tipos de veículos motorizados, como carros ou scooters. No entanto, e antes de tomares uma opção puramente baseada nas tuas preferências pessoais ou orçamento, é importante que tenhas em atenção que em Malta, tal como no Reino Unido, se conduz pela esquerda. Para além disso, conduzir em Malta pode ser extremamente cansativo, especialmente durante a época alta, quando o trânsito é caótico e praticamente todas as estradas entre cidades estão constantemente entupidas, fazendo com que os tempos de deslocação sejam substancialmente maiores que o previsto ou assinalado em mapas digitais. É também aqui que importa referir que não existem autoestradas em Malta, pelo que as vias são mais pequenas, movimentadas e com menores limites de velocidade impostos.
Para além disso, tem em atenção que existe a obrigatoriedade de apresentação de carta de motociclo para o aluguer de qualquer moto de cilindrada igual ou superior a 125cc. Por outro lado, e de acordo com a lei maltesa, basta uma carta de condução do tipo B para poderes alugar um exemplar de 50cc.
Assim, caso pretendas alugar uma scooter, poderás consultar as seguintes empresas locais:
Aluguer de carro sem cartão de crédito em Malta:
Podes consultar outras opções, preços e disponibilidade em Rentalcars.com!
Se toda a realidade histórica e cultural de Malta é resultado dos séculos de influência e assimilação de impérios e forças estrangeiras, outra coisa não poderíamos esperar da sua gastronomia! Tendo por base os sabores tradicionais do Mediterrâneo, a cozinha maltesa é fortemente impactada pela proximidade Siciliana e Árabe, e pelo histórico de ocupações britânicas e francesas, bebendo do que de melhor todos têm para oferecer.
Sem mais demoras, e já no território da pequena nação, nenhuma iguaria é mais popular que os Pastizzi, o grande símbolo culinário da ilha. Estes pequenos pastéis de massa estaladiça vêm em todos os tamanhos e com todo o tipo de recheios, embora o mais tradicional seja o de queijo ricota e ervilhas. Ainda no segmento dos folhados, vale igualmente a pena provar Torta tal-Lampuki, uma empada de peixe também extremamente popular na ilha.
Passando a algo mais substancial, convidamos-te a experimentar o Stuffat tal-Fenek, um guisado de coelho, no qual a carne é lentamente cozinhada numa marinada de vinho tinto, alho, tomate, batatas e ervas frescas (como louro e tomilho). Se coelho não é muito a tua praia, então podes sempre experimentar Timpana, um prato de pasta cozinhada no forno e envolta em massa filó; Bragioli, pequenos enroladinhos de novilho com recheio de ovo cozido, bacon, alho e salsa; ou, para algo um pouco mais leve, Aljottta, uma deliciosa sopa de peixe com travo a alho e limão, acompanhada de uma sandwich feita com Ftira, o tradicional pão da ilha.
Fechando com algo doce, podes sempre escolher se queres ir pela via do legado Siciliano e experimentar um Cannoli, pela herança árabe e provar Imqaret (bolinhos de tâmara) ou pelo historial britânico e deliciar-te com Pudina tal-Ħobż, um pudim de pão com chocolate.
Apesar do seu tamanho minúsculo, fazendo deste um dos países mais pequenos da Europa, Malta está totalmente repleta de sítios para visitar e coisas para fazer. Aliás, mesmo com 7 dias completos, o difícil é mesmo garantir que consegues visitar tudo o que merece ser visto. Não obstante, e nem que seja entre trajectos, é sempre possível ir adicionando alguns locais menos conhecidos, mas que te darão uma melhor percepção da história e legado cultural fascinantes desta ilha.
Assim sendo, decidimos acrescentar os seguintes pontos ao nosso guia de viagem de Malta:
Para não tornarmos este texto demasiado extenso, resolvemos criar um artigo autónomo para cada itinerário.
Podes consultar cada uma das opções seguindo as ligações abaixo:
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