Guia de viagem de Sevilha + Roteiro de 2 dias na capital da Andaluzia 💃🇪🇸

  • 01.09.2024 19:45
  • Bruno A.

Guia de viagem de Sevilha que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroporto e cidade, bem como um roteiro completo de 48 horas para a escapadinha perfeita. O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Sevilha em 2 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos.

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Capital da região espanhola da Andaluzia, o último baluarte islâmico da Península Ibérica, Sevilha encapsula na perfeição a combinação entre culturas que, até aos dias de hoje, continua a influenciar o quotidiano do sul de Espanha. Essa forte presença e legado islâmicos estão presentes na arquitectura histórica, sim, mas também na língua, nos traços étnicos, na arte e até na gastronomia típica. E ainda assim (ou talvez mesmo por isso), poucas cidades do país de “nuestros hermanos” fazem questão de demonstrar de forma tão vincada a sua hispanidade, ou não fosse a Andaluzia – e por arrasto, Sevilha – a terra do flamenco e das tapas!

Das vielas estreitas do adorável Bairro de Santa Cruz à arquitectura monumental da Catedral de Sevilha, passando pelo Real Alcazar, pelo Parque Maria Luísa ou pela inconfundível Plaza de España, há muito para te manter ocupado durante um fim-de-semana (ou mais, se quiseres explorar a região). Numa espécie de hino não-oficial da cidade, Los Del Río (sim, os mesmos que criaram o fenómeno mundial “Macarena”) cantaram que “Sevilla tiene un color especial”. Está na altura de descobrir porquê.

Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Sevilha e descobrir o que de melhor a maior cidade da Andaluzia tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, transportes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 2 dias com tudo o que deves ver e fazer em Sevilha.

Guia de Viagem de Sevilha, Espanha

Como chegar a Sevilha – Voos desde Portugal

Apesar de ser a maior metrópole da Andaluzia, o principal aeroporto da região pode ser encontrado em Málaga, 200 km mais a sul. Ainda assim, a cidade é servida por um aeroporto internacional que é o sexto mais movimentado de toda a Espanha: o Aeroporto de Sevilha.

Partindo de Portugal, é possível voar directamente para Sevilha desde Lisboa (Ryanair e TAP), Porto (Ryanair) e Funchal (Iberia).

Como alternativa, e dada a proximidade, podes sempre recorrer ao carro e ao autocarro. No caso deste último, companhias como a Alsa ou a Flixbus oferecem viagens directas (ou com transbordo em Lisboa) a partir de cidades como Braga, Porto ou Coimbra. Seja como for, se conseguires chegar à capital por meios próprios, autocarro ou comboio, independentemente da tua origem, podes sempre seguir caminho directo até Sevilha.

Quantos dias são necessários para visitar Sevilha?

A proximidade e facilidade de acessos, juntamente com a própria dimensão e topografia da cidade, fazem com que Sevilha seja o destino perfeito para um fim-de-semana especial. Ainda que a um ritmo apressado, com 2 dias completos já consegues visitar as principais atracções da cidade, não sendo por isso necessário gastar quaisquer dias das tuas preciosas e escassas férias.

Por outro lado, se quiseres explorar a região da Andaluzia, podes facilmente dedicar uma quinzena inteira (ou mais) às suas cidades, vilas e zona costeira, com destaque para locais como Granada, Córdoba, Ronda e para toda a aclamada Costa del Sol.

Melhor altura para visitar Sevilha

A não ser que a tua visita a Sevilha faça parte de um périplo Andaluz que também inclua as praias da Costa del Sol, então vais querer fugir de Sevilha no Verão como o diabo da cruz. Ali bem no sul da Península Ibérica, a paredes-meias com o norte de África, e sem uma brisa marítima a amenizar a situação, as temperaturas podem facilmente chegar aos 40ºC no pico do Verão, transformando qualquer caminhada numa missão hercúlea. Assim sendo, quererás evitar o período compreendido entre os meses de Junho e Setembro, para bem do teu corpinho e sanidade mental.

Quanto ao resto do ano, qualquer altura é boa para visitar Sevilha. Mesmo nos meses de Inverno, a Andaluzia é conhecida pelas suas temperaturas amenas e tempo seco, por isso a probabilidade de apanhares chuva ou muito frio é bastante reduzida. Se não quiseres correr qualquer risco, então não há como errar com a famosa shoulder-season (Março a Maio; Outubro a Dezembro).

Documentos necessários para visitar Sevilha

Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.

Descobre mais: Vais viajar e tens o Passaporte ou Cartão de Cidadão caducado ou perdido? Vê aqui o que podes fazer

Cartões SIM em Sevilha – Roaming em viagem

Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Sevilha.

Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Sevilha esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).

Dinheiro em Sevilha – Taxas bancárias e orçamento de viagem

Uma vez que a Espanha faz parte da Zona Euro, o conjunto de países onde é utilizada a moeda única, poderás utilizar o teu cartão de crédito/débito português para fazer levantamentos e pagamentos no destino sem que te seja cobrada qualquer taxa de conversão.

Assim sendo, terás apenas que ter em atenção potenciais taxas cobradas pelo banco emissor da própria caixa automática onde fizeres o levantamento. Contudo, e sempre que haja lugar ao pagamento de qualquer comissão deste tipo, essa informação é descortinada antes de confirmares o levantamento, o que significa que podes sempre cancelá-lo e procurar outra caixa. Tem especial atenção às caixas da Euronet, que cobram uma comissão fixa por levantamento com cartão estrangeiro.

Por outro lado, se precisas de ajuda a manter o orçamento de viagem sob controlo, recomendamos neste guia de viagem de Sevilha a utilização do cartão Revolut. Ainda que neste país não possas usufruir da principal vantagem deste produto – levantamentos em moeda estrangeira sem taxas de conversão – continua ainda assim a ser uma ferramenta útil.

Através da aplicação do banco online, terás acesso imediato a todos os gastos e ao saldo da tua conta, monitorizando assim os teus gastos diários. Para além disso, poderás carregar o cartão apenas com o valor que esperas gastar (por dia ou na viagem), evitando assim que gastes mais do que aquilo que esperavas e limitando também o valor que podes perder em caso de roubo ou fraude.

Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut

Segurança em Sevilha – esquemas e burlas mais comuns

No cômputo geral, Espanha é um destino extremamente seguro para visitantes, e Sevilha não é excepção.

No entanto, é à vontade, mas não à vontadinha! Por mais segura que uma cidade seja, nunca deixes de parte o senso comum. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas (pickpocketing parece ser um caso sério em algumas zonas) e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo! Para além disso, nunca peças nada num restaurante, especialmente nas zonas mais turísticas, sem que te seja apresentado primeiro o menu, sob o risco de poderes vir a ter uma surpresa indigesta no final da tua refeição.

Uma última nota relativamente aos famosos “tablaos”, as casas de espectáculos flamencos espalhadas um pouco por toda a cidade. Mandam as regras que tentes evitar os tablaos situados nos distritos mais centrais, uma vez que são unanimemente considerados “tourist traps”.

Onde dormir em Sevilha – Hotéis e Alojamentos

Apesar da espiral inflacionária que afectou todo o Velho Continente, a região da Andaluzia continua a ser um dos destinos da Europa Ocidental e do Sul mais simpáticos ao bolso do turista médio português. Não esperes preços de restaurantes e supermercados muito desfasados dos que habitualmente encontras em Lisboa e Porto, mas ainda é possível encontrar bons negócios no que toca ao alojamento em Sevilha.

Posto isto, e se estás a priorizar a busca de um sítio para dormir na capital da Andaluzia, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem de Sevilha:

Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂

Transporte entre o Aeroporto de Sevilha e o centro da cidade

Considerado o segundo maior aeroporto da Andaluzia, a melhor forma de viajar entre o Aeroporto de Sevilha e o centro da cidade passa por recorrer ao “Aeropuerto Express”. Este serviço de autocarro, que liga o aeródromo à Plaza de Armas (com quase uma dezena de paragens pelo meio), opera diariamente entre as 05h20 e a 01h15, com uma cadência de partidas que varia entre os 15 e os 30 minutos. Podes embarcar no autocarro à saída do terminal de chegadas e a viagem até ao centro terá uma duração de 25 a 40 minutos, dependendo do trânsito. Quanto a bilhetes, têm o custo unitário de €5,00 e podem ser comprados directamente ao motorista ou numa das máquinas automáticas do terminal.

Como alternativa a autocarro, podes sempre usar o bom, velho táxi! Os veículos oficiais têm uma taxa fixa para a viagem entre o aeroporto e o centro de Sevilha, que por sua vez poderá variar de acordo com a hora e o dia da semana (mais caro à noite e aos fins-de-semana/feriados). O valor base é de €25,00 por trajecto. Caso optes por utilizar uma app de ride-sharing (como a Uber ou a Cabify), o valor mais baixo rondará os €15,00, embora possa facilmente chegar aos €30,00 em caso de trânsito congestionado e/ou tarifa nocturna.

Guia de viagem de Sevilha – Transportes públicos

Apesar do centro de Sevilha ser relativamente compacto e bastante acessível a pedestres, a quarta maior cidade de Espanha tem uma rede de transportes públicos bastante simpática, composta pelo metro, pelo eléctrico/tram e por incontáveis rotas de autocarros. Curiosamente, e ao contrário do que costuma ser a norma nos nossos guias, o metro acaba por nem ser o meio de transporte mais útil para turistas e visitantes, sendo acima de tudo útil aos locais que vivam nas periferias a este e oeste do centro da cidade, com a cobertura no casco antigo a revelar-se algo limitada.

Como tal, a melhor opção para quem chega a Sevilha em turismo passa por recorrer ao eléctrico. Apesar de composta por 1 única linha – designada de Metro-Centro – com apenas 7 paragens, o tram permite-te poupar as pernas e percorrer toda a baixa sevilhana. Como tal, achámos por bem fazer um apanhado mais detalhado deste meio de transporte.

Tram de Sevilha – Mapa e tarifas do Metro-Centro

Conforme referido, o Metro-Centro corresponde a uma única linha com umas singelas 7 estações, todas elas espalhadas pelo centro e com uma extensão total pouco superior a 3 km. De resto, e apesar de aparentemente simples, a linha é bastante popular, operando diariamente entre as 06h00 e as 23h30, prolongando o horário até às 02h00 nas noites de Sexta e Sábado. Quanto a frequências, os tempos médios de espera entre veículos variam entre os 7 e os 9 minutos. Para além disso, e ainda que a rede esteja longe de ser complexa, o sistema está totalmente integrado no Google Maps (assim como o metro local).

Quanto a bilhetes, podem/devem ser comprados nas máquinas automáticas das paragens, sendo obrigatória a sua validação no momento do embarque. O valor actual é de 1,40€ por viagem, pago em dinheiro ou cartão. No entanto, há uma forma bastante simples de cortar substancialmente esse custo. Para isso, basta que pagues €1,50 para obteres uma Tarjeta Multiviaje Tussam, que podes depois carregar com o saldo que te aprouver. Com este cartão, cada viagem única de tram ou autocarro (sem transbordo) passa a custar uns residuais €0,98. No entanto, tem em atenção que o valor mínimo de carregamento é de €7,00, não reembolsáveis. Embora possas carregar estes cartões em qualquer paragem de tram, para o solicitares deverás dirigir-te a um dos balcões da Tussam. No final, podes devolver o cartão nos mesmos pontos de venda e reaver a franquia de €1,50.

Por fim, se contas utilizar o tram com mesmo muita frequência, então podes utilizar as máquinas das estações para adquirir uma “Tarjeta Turista”, que te permite viajar de forma ilimitada no eléctrico e nos autocarros locais, durante um período de 1 dia (€5,00) ou 3 dias (€10,00). Este cartão de plástico tem também um custo acrescido de €1,50, a ser ressarcido se o devolveres.

Free walking tours de Sevilha

Em Sevilha podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Sevilha, o valor mínimo aceitável deverá rondar os €8,00.

Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Sevilha:

Tesouros Escondidos de Sevilha

Embora apertado, com 2 dias em Sevilha já é possível ficares a conhecer as principais atracções da cidade, não restando, contudo, grande espaço para inovações. Ainda assim, se estiveres na disposição de fazer alguns desvios que nunca te afastarão em demasia da rota programada para cada dia, poderás ser surpreendido com algumas atracções secundárias dignas de registo.

Como tal, para tornar a tua experiência ainda mais rica, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Sevilha:

Parque Arqueológico de Itálica: Embora fiquem tecnicamente situadas em Santiponce, a uma boa dezena de quilómetros do centro de Sevilha, estas ruínas permanecerem o derradeiro legado de uma cidade romana com mais de 2000 anos. Para além disso, este não foi um povoado qualquer, estando registado como a terra-natal de dois futuros imperadores: Adriano e Trajano.

Hamam Almóada: Um sítio bem fora-da-caixa! Descoberto por acidente durante umas obras de reconversão do edifício, estes banhos tradicionais mouros, datados do século XII, acabaram por ser incorporados no actual Giralda Bar. Embora o bar/casa de tapas tenha boas reviews, é o espaço antigo e semi-arqueológico que encanta os visitantes. É como beber um copo num museu.

Mercado Lonja del Barranco: Considerado o melhor mercado de Sevilha, este é um local autêntico e de eleição para que te seja apresentada a famigerada cultura das tapas. Pontos extra para a localização cénica junto às margens do Canal Alfonso XIII.

Bairro de Triana: Muitas vezes esquecido em virtude do mais famoso e central Barrio de Santa Cruz, o distrito de Triana é o berço original do flamenco e das touradas. Não tão turístico quanto o congénere no lado oposto do canal, este é um bairro pitoresco onde ainda podes encontrar um gostinho da Sevilha local. Aqui, podes visitar o Mercado de Triana, percorrer a via pedonal Calle San Jacinto, tirar a foto da praxe no Corral de las Flores e dar uma vista de olhos nas muitas igrejas e capelas históricas do quarteirão.

Casa de Pilatos: Embora existam vários palácios espalhados um pouco por todo o centro de Sevilha, esta é uma das melhores residências aristocráticas da cidade. Outrora pertencente aos Governadores da Andaluzia, este é um excelente sítio para apreciar a combinação de elementos mouros (como os azulejos e os pátios centrais) e europeus renascentistas (estátuas romanas e colonadas) – um estilo que representa toda a história da região!

Onde assistir a um espectáculo de Flamenco – Melhores Tablaos de Sevilha

Evidentemente, não se poderia abordar um guia de Sevilha sem mencionar o icónico Flamenco. Afinal, foi nas ruas e recintos Sevilhanos que este estilo musical e artístico floresceu, em grande parte influenciado pela estética árabe, e, acima de tudo, pela forte e histórica presença cigana na cidade, uma comunidade umbilicalmente ligada ao movimento. Embora existam inúmeras casas de espectáculos intimistas onde podes assistir a shows de flamenco – os chamados “tablaos” – é muito importante saber separar o trigo do joio, já que muitos destes locais são especificamente orientados para o turismo, e por isso muito menos autênticos e fiéis à subcultura.

Posto isto, e como não queremos que caias nas típicas armadilhas turísticas, deixamos-te abaixo alguns tablaos que vale a pena visitar para ver um espectáculo de flamenco:

Museu do Baile Flamenco: Apesar de não ser um tablao na verdadeira acepção da palavra, pelo menos neste museu tens a garantia de que estás a assistir a algo autêntico, por um preço justo (€25,00 pelo show, €29,00 pelo bilhete combinado museu + espectáculo). Os shows têm lugar todos os dias pelas 17h00, 19h00 e 20h45, com duração de 60 minutos. Recomendamos que reserves o teu bilhete online.

Tablao Flamenco Los Gallos: Uma instituição histórica, este é o tablao mais velho de toda a Sevilha, em operação desde 1966 em pleno Barrio Santa Cruz. A casa organiza dois espectáculos diários de 1h15, o primeiro com início às 19h00 e o segundo às 20h45. O preço de cada espectáculo está actualmente cifrado nos €35,00 e podes adquirir bilhetes directamente no site do tablao.

Tablao Flamenco Andalusí: Um minúsculo teatro improvisado com capacidade para pouco mais de 60 pessoas, aqui podes esperar uma experiência relativamente mais intimista, com direito inclusive a fotos com os artistas. Também neste tablao, são organizados 2 espectáculos diários (18h30 e 20h30) de 60 minutos cada. Os bilhetes estão disponíveis online mediante o custo de €24,00.

Tablao Flamenco El Arenal: Destacado pelo New York Times como o melhor local para assistir a um espectáculo de flamenco em Sevilha, esta casa de espectáculos/restaurante oferece a possibilidade de assistires a uma performance enquanto desfrutas de um jantar típico. É uma experiência “puxadota” (€81,00 pelo show + menu de degustação, ou €67,00 com o menu de tapas) mas a considerar. Se te quiseres ficar só pelo flamenco, o preço é de €42,00. Bilhetes disponíveis online.

Roteiro de 2 dias em Sevilha

Como referimos acima, 2 dias está longe de ser um período particularmente generoso para explorar aquele que é um dos melhores destinos de Espanha! Como tal, se quiseres fazer render a tua escapadinha de fim-de-semana, tudo terá que ser programado ao pormenor. Ainda assim, e com 48 horas completas na capital Andaluz, poderás visitar a maior igreja gótica do mundo, percorrer as pitorescas ruas do Bairro de Santa Cruz, explorar o Real Alcazar, subir às emblemáticas Las Setas, apreciar um espectáculo de flamenco e ainda fazer um desvio até ao distrito de Triana. Exigente, mas compensador!

Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Sevilha em 2 dias:

Guia de viagem de Sevilha: Dia 1 – Barrio Santa Cruz, a Catedral e o Alcazar

Acabadinho de chegar a Sevilha, não há melhor forma te apresentares à cidade que percorrendo desde logo as suas principais atracções! Com epicentro no pitoresco Barrio Santa Cruz, o distrito mais bonito, turístico e fotogénico da maior cidade Andaluz, é nas redondezas deste quarteirão que passarás o teu dia inaugural, começando pela visita obrigatória à mastodôntica Catedral de Sevilha (€12,00). Não estamos a exagerar na descrição, já que esta é mesmo a maior catedral gótica do mundo! Como em muitos outros locais religiosos da Andaluzia, também esta catedral começou por ser uma mesquita histórica do período mouro, sendo mais tarde adaptada e convertida à corrente cristã aquando da “Reconquista”. Entre os vários detalhes islâmicos, destaca-se La Giralda, a torre sineira que servia originalmente de minarete e que podes subir (já incluído no bilhete) para uma bela panorâmica sobre a baixa Sevilhana. Depois de vista a catedral, podes então aventurar-te pelos becos e vias em calçada do Barrio Santa Cruz, povoadas pelas fachadas albas das inúmeras casinhas caiadas de branco. Ao percorreres as ruas labirínticas do quarteirão, vais encontrar inúmeras pracetas pedonais (como a Plaza de Doña Elvira, a Plaza de los Refinadores ou o Patio de las Banderas), igrejas antigas (como a Igreja de Santa Maria la Blanca), instituições históricas (como o Hospital de los Venerables) e até parques públicos (Jardines de Murillo). Dentro dos segredos mais bem guardados de Sevilha, podes ainda encontrar o Hamam Almóada – um sítio bem fora-da-caixa! Descoberto por acidente durante umas obras de reconversão do edifício, estes banhos tradicionais mouros, datados do século XII, acabaram por ser incorporados no actual Giralda Bar. Embora o bar/casa de tapas tenha boas reviews, é o espaço antigo e semi-arqueológico que encanta os visitantes. É como beber um copo num museu.

No entanto, e a par da catedral, o grande símbolo sevilhano de Santa Cruz é mesmo o inigualável Real Alcazar (€14,50), uma antiga fortaleza e palácio do século X, construída para servir o Califado de Córdoba durante o período de ocupação islâmica. Quanto ao resto, a história torna a repetir-se, tendo o palácio sido renovado e adaptado às correntes monárquicas europeias. Sem sombra de dúvida, um dos locais mais bonitos e esteticamente agradáveis de Sevilha… uma afirmação com a qual os executivos de Hollywood certamente concordam, já que aqui foram filmadas cenas de “Game of Thrones” ou “Star Wars”. Saindo finalmente de Santa Cruz, segue-se a passagem na fabulosa Plaza de España, considerada o coração da movida sevilhana e principal ponto de encontro no que toca a comemorações, marchas ou protestos. Se tiveres tempo e disposição, podes até alugar um barco a remos e dar um passeio rápido pelo canal em meia-lua que rodeia a praça. Para fechar o dia em beleza, nada melhor que um passeio pelo airoso Parque de Maria Luísa, principal espaço verde da cidade, antes de assistires ao pôr-do-sol junto às margens do Canal Alfonso XIII (um tributário do Guadalquivir) a partir da Torre del Oro.

Resumo do 1º dia:

  • Catedral de Sevilha
  • La Giralda
  • Barrio Santa Cruz
    • Plaza de Doña Elvira
    • Plaza de los Refinadores
    • Patio de las Banderas
    • Igreja de Santa Maria la Blanca
    • Hospital de los Venerables
    • Jardines de Murillo
    • Hamam Almóada (Giralda Bar)
  • Real Alcazar
  • Plaza de España
  • Parque de Maria Luísa
  • Torre del Oro

Onde comer em Sevilha – Melhores restaurantes no Barrio Santa Cruz e Parque Maria Luísa

Guia de viagem de Sevilha: Dia 2 – Triana, Palácios Andaluzes e Las Setas

Embora a aventura seja curtíssima e tenhas já “riscado” as principais atracções da cidade, continua a haver muito para ver e fazer no derradeiro dia da tua escapadinha de fim-de-semana. Desta feita, vais atravessar o Guadalquivir e passar parte da manhã no Bairro de Triana. Muitas vezes esquecido em virtude do mais famoso e central Barrio de Santa Cruz, o distrito de Triana é o berço original do flamenco e das touradas. Não tão turístico quanto o congénere no lado oposto do canal, este é um bairro pitoresco onde ainda podes encontrar um gostinho da Sevilha local. Aqui, podes visitar o Mercado de Triana, percorrer a via pedonal Calle San Jacinto, tirar a foto da praxe no Corral de las Flores e dar uma vista de olhos nas muitas igrejas e capelas históricas do quarteirão. Junto ao rio, e ainda em Triana, podes também visitar o Museu do Castelo de São Jorge, mais conhecido como o Museu da Inquisição, um período negro da história espanhola fortemente associado à região da Andaluzia. De resto, as instalações do próprio museu estão albergadas no interior das antigas instalações do tribunal da Igreja Católica onde os potenciais hereges e apóstatas eram julgados. Apesar do inegável encanto de Triana, o resto do teu tempo será dedicado ao centro de Sevilha, onde ainda há muito por descobrir! Para a pausa de almoço, nada melhor que uma paragem rápida no Mercado Lonja del Barranco. Considerado o melhor mercado de Sevilha, este é um local autêntico e de eleição para que te seja apresentada a famigerada cultura das tapas. Pontos extra para a localização cénica junto às margens do canal.

Depois sim, podes passar a tarde toda a vaguear pelo centro histórico e a descobrir os seus muitos encantos, com locais tão emblemáticos quanto o Ayuntamiento de Sevilla (edifício histórico da Câmara Municipal) ou a Igreja Colegial del Divino Salvador (€4,00; gratuito se mostrares o bilhete para a Catedral de Sevilha) a fazerem parte do roteiro. Um pouco mais a norte, recomendamos ainda a passagem no Palácio da Condessa de Lebrija (€12,00), um dos melhores exemplares entre as inúmeras mansões históricas espalhadas pela baixa sevilhana. Escusado será dizer, as influências islâmicas estão sempre presentes! Curiosamente, e numa cidade tão conhecida pelo seu legado histórico, é refrescante que um dos sítios que mais tracção tem ganho entre turistas seja resultado de um projecto de 2011. Obviamente, falamos das famosíssimas Las Setas, o nome informal dado ao Metropol Parasol (€15,00), um passadiço moderno que culmina num majestoso miradouro com vista sobre a cidade. Na base do monumento, repousam ainda vestígios arqueológicos de uma velhíssima colónia romana. Já com a aventura a aproximar-se do seu epílogo, resta ainda tempo para visitar a Casa de Pilatos (€12,00) – outra residência aristocrática tradicional – antes de te despedires de Sevilha no Museu do Baile Flamenco (€10,00 pela exposição permanente). Uma dança que se tornou quase sinónimo da cidade, este museu presta tributo à história, significado e elementos deste famoso estilo. No entanto, essa não é a razão pela qual guardámos esta paragem para o final. Acontece que, todos os dias pelas 17h00, 19h00 e 20h45, o museu organiza o seu próprio espectáculo de flamenco, com duração de 60 minutos. Embora existam inúmeros “tablaos” espalhados pela cidade onde podes assistir a performances, pelo menos no museu tens a garantia de que estás a assistir a algo autêntico, por um preço justo (€25,00 pelo show, €29,00 pelo bilhete combinado museu + espectáculo). Recomendamos que reserves o teu bilhete online.

Resumo do 2º dia:

  • Bairro de Triana
  • Museu do Castelo de São Jorge (Museu da Inquisição)
  • Mercado Lonja del Barranco
  • Ayuntamiento de Sevilla
  • Igreja Colegial del Divino Salvador
  • Palácio da Condessa de Lebrija
  • Las Setas (Metropol Parasol)
  • Casa de Pilatos
  • Museu do Baile Flamenco

Onde comer em Sevilha – Melhores restaurantes em Triana e no Centro

Opcional: Visitar a Isla Mágica

Provavelmente o parque de diversões mais famoso de toda a Espanha depois do emblemático Parque Warner, em Madrid, a Isla Mágica fica a uns míseros 2 km do centro de Sevilha, sendo por isso uma excelente opção para quem viaja com os mais pequenos ou, pura e simplesmente, é um apaixonado das emoções fortes. Assim, se tiveres um dia extra para desfrutar ou conseguires encaixar o plano dos dois dias anteriores em apenas um só, visitar a Isla Mágica é um no-brainer (especialmente se não quiseres perder tempo em transportes para ver o resto da Andalúsia)!

Inaugurado em 1997 no mesmo recinto criado propositadamente para a Expo 92, a Isla Mágica conta com 6 zonas temáticas espalhadas pelos seus 36 hectares de terreno, nas quais podes encontrar dezenas de atracções, áreas de jogos, lojas e restaurantes e até mesmo um parque aquático, ideal para fugir aos dias de calor abrasador na principal cidade Andaluz. Embora moderadamente polémico aos olhares contemporâneos, os espaços temáticos são baseados na época dos Descobrimentos Espanhóis, com cada área do parque dedicada a uma região do “Novo Mundo”. Conforme referido, o parque temático desfruta de uma localização extremamente próxima ao centro histórico da cidade, pelo que podes perfeitamente percorrer a curta distância a pé. Caso não o queiras fazer, podes sempre apanhar um autocarro (as linhas 14, 13, 03 ou 06 passam junto ao parque – é só usar o Google Maps) ou pedir um Uber.

Quanto a ingressos, e à semelhança do que acontece em muitos outros parques da especialidade, os preços variam de acordo com as datas disponíveis, sendo naturalmente mais caros nas épocas de maior procura. No entanto, e independentemente do dia da visita, os bilhetes comprados no próprio dia (na bilheteira) são sempre mais caros, pelo que é altamente aconselhável que adquiras o teu bilhete online. Outros factores que influenciarão o preço do teu bilhete passam pelo período da visita (podes escolher entre bilhete de dia inteiro, bilhete para a tarde ou bilhete para a noite) e pela inclusão, ou não, de admissão no parque aquático. Actualmente, estes são os preços de admissão para cada categoria de bilhete:

  • Isla Mágica – Dia Completo:
    • Online: desde €24,90 (infantil/senior desde €20,00)
    • Bilheteira: €39,90 (infantil/senior €28,90)
  • Isla Mágica – Período da Tarde (a partir das 15h00, 16h00 ou 17h00, consoante a data):
    • Online: €24,00 (infantil/senior €17,00)
    • Bilheteira: €25,00 (infantil/senior €18,00)
  • Isla Mágica – Período da Noite (a partir das 20h00 ou 20h30, consoante a data):
    • €12,00 (preço único)
  • Isla Mágica + Parque Aquático:
    • Online: desde €29,90 (infantil/senior desde €24,90)
    • Bilheteira: €49,80 (infantil/senior €38,80)

Por outro lado, se não tiveres tempo a perder e não quiseres desperdiçar horas nas habitualmente longas filas para experimentar as atracções dos parques, podes ainda adquirir um “Fast Pass”. Este suplemento permite-te passar à frente dos portadores de bilhete regular através da entrada “Express Access” e está disponível em 2 versões. Com o Splash Pack, que tem um custo de €6,50, tens um acesso expresso incluído em cada uma das atracções contempladas. São elas Anaconda, Iguazú e Rápidos del Orinoco. Para algo mais substancial, podes optar pelo 5-Star Pack, que inclui 5 acessos nas mesmas atracções + Jaguar, Dimensión 4, El Desafío, Capitán Balas or La Flota Mercante (escolher 5 das 8 opções). Este último custa €14,90. Podes comprar qualquer um destes passes online, ou em pessoa nos espaços Tiendita de Anaconda e Baúl de Patapalo, no interior do parque. Por outro lado, podes sempre optar por pagar um valor individual por cada atracção para poderes passar à frente na fila. Neste caso, o valor é de €2 ou 3€ por cada atracção, sendo os passes individuais obtidos da mesma forma.

Para terminar, resta mencionar que a Isla Mágica está aberta diariamente nos meses de Junho, Julho e Agosto, passando apenas a funcionar aos fins-de-semana em Abril, Setembro e Outubro, e 4 dias por semana em Maio. De Novembro a Março, o parque está encerrado.

Tens mais que 2 dias em Sevilha? Então pode valer a pena dar uma vista de olhos nestas day trips pela Andaluzia

Granada: Situada a menos de 250 km de Sevilha, a cidade de Granada é lar daquela que será, porventura, a maior atracção da Andaluzia (e, a par da Sagrada Família, de toda a Espanha). Falamos da inconfundível Alhambra, um complexo extraordinário que inclui um palácio mouro e uma fortaleza, considerado um dos melhores exemplos de arquitectura islâmica em todo o mundo. Para além deste local icónico, em Granada não podes ainda perder o Mirador de San Nicolas, o pitoresco bairro de Albaicín ou o palácio Generalife.

Ronda: Uma cidade que tem tanto de belo como de dramático, ou não tivesse sido construída precisamente no topo de um vertiginoso plateau! Para apreciar a paisagem em todo o seu esplendor, nada melhor que atravessar a fabulosa Puente Nuevo, conhecida como uma das mais espectaculares do planeta. Embora bem mais pequena que os destinos mais populares da região, Ronda é uma opção bastante válida para quem preferir um dia mais tranquilo (e igualmente bonito).

Córdoba: Outrora a capital mais grandiosa de toda a Europa, no auge da ocupação islâmica da Península Ibérica, Córdoba tem uma arquitectura monumental como legado do seu riquíssimo passado. No centro de tudo isto, a inevitável Mesquita-Catedral, porventura o único edifício capaz de ombrear com a magnitude de Alhambra, na cidade vizinha de Granada. Ainda em Córdoba, os visitantes podem caminhar pelas ruas da antiga Judería, visitar o Alcázar de los Reyes Cristianos e atravessar a Puente Romano.

Caminito del Rey: Uma das passeatas mais belas da Europa. Curiosamente, o caminho foi construído pela mão do homem, mas nunca com nenhum tipo de potencial turístico em mente. Na realidade, o propósito do percurso, cuidadosamente talhado por entre as paredes rochosas do Desfiladeiro de Gaitanes, era permitir o acesso dos trabalhadores que estavam responsáveis pela construção da barragem local. Agora, mais de um século volvido, o Caminito virou moda, com uma série de passadiços, pontos e trilhos perfeitamente seguros, através dos quais podes obter vistas absolutamente fenomenais!

Costa del Sol: Embora não se trate de um local propriamente dito, se visitares Sevilha durante os meses mais quentes vale bem a pena tirar um dia de praia ao longo da famosa Costa del Sol. Aqui, tens muito por onde escolher, das vibrantes metrópoles de Málaga e Cádis às estâncias turísticas de Benalmádena, Marbella ou Estepona, passando por vilas mais pequenas como Nerja, Antequera, Mijas Pueblo ou Jerez de la Frontera.

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