Guia de viagem de Sófia que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroporto e cidade, bem como um roteiro completo de 72 horas. O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Sófia em 3 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos.
Principal cidade da Bulgária, uma das mais recentes nações a aderir à União Europeia e ao Espaço Schengen, Sófia é uma das três capitais mais antigas do Velho Continente, sendo apenas suplantada pelas icónicas cidades de Atenas e Roma. Apesar de muito do seu legado histórico se ter perdido com o passar do tempo, a verdade é que continua a ser possível encontrar imensos vestígios arqueológicos um pouco por toda a cidade. Para além disso, estando situada na base da Montanha Vitosha, este é a única capital europeia onde podes esquiar.
Ao longo dos seus muitos milénios de história, Sófia foi invadida por incontáveis povos e tribos, destacando-se os vários séculos de ocupação otomana que deixaram uma enorme marca identitária na cidade. À conta disso, Sófia tem uma atmosfera bastante própria, que mistura gigantescas catedrais ortodoxas, mesquitas antigas, ruínas milenares e imensos edifícios brutalistas do tempo do comunismo, fazendo da capital búlgara uma das mais características (e subvalorizadas) da Europa.
Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Sófia e descobrir o que de melhor a capital búlgara tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 3 dias com tudo o que deves visitar em Sófia.
Tratando-se da capital e maior cidade do país, Sófia é servida pelo principal aeroporto da Bulgária: o Aeroporto Internacional de Sófia.
Partindo de Portugal, é possível voar directamente para Sófia desde Lisboa, com a Bulgaria Air (voos sazonais, durante a Primavera e Verão).
Embora os essenciais de Sófia possam perfeitamente ser visitados em apenas 2 dias, é praticamente obrigatório reservar 1 dia extra para a visita da praxe ao extraordinário Mosteiro de Rila, situado a 2 horas de distância da capital.
Para além disso, e até para fazeres render a viagem de avião até ao outro extremo da Europa, podes sempre prolongar a tua estadia e visitar outros recantos da Bulgária, com destaque para as estâncias de ski da Montanha Vitosha e de Bansko, para a cidade de Plovdiv, para as vilas históricas de Koprivshtitsa e de Veliko Tarnovo, ou, se a tua visita tiver lugar no Verão, para as animadas praias da costa do Mar Negro (em Varna e em Burgas) e os seus povoados turísticos, como Sozopol ou Nessebar.
Estando situada no leste do continente europeu, ditam as regras que a melhor altura para visitar Sófia coincida com o final da Primavera, Verão e início de Outono, com o período compreendido entre os meses de Maio e Setembro a ser o mais apetecível. Tem, contudo, em atenção que os meses de Verão em Sófia podem ser extraordinariamente quentes, e os preços bem superiores ao resto do ano (embora continue a ser um destino acessível). Como tal, opta pelos meses de Julho e Agosto apenas se os teus planos incluírem uma visita ao Mar Negro.
Por outro lado, se quiseres aproveitar o frio e as baixas temperaturas para fazer uma escapadinha de neve acessível, os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março costumam trazer bastante neve ao pico da Montanha Vitosha, bem como às pistas da cidade próxima de Bansko.
Finalmente, se não te dás bem com qualquer dos extremos, deverás então optar pela chamada shoulder-season, correspondente aos restantes meses de Primavera e Outono, quando as temperaturas tendem a ser mais equilibradas.
Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Sófia.
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Tallinn esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Tendo como moeda oficial o Lev Búlgaro, qualquer levantamento que faças em Sófia recorrendo a um cartão português, recorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.
Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut ou o N26.
No caso do primeiro, permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. Isto é especialmente relevante no que toca às infames caixas da Euronet, famosas por efectuarem sempre este tipo de cobrança. Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido.
De salientar também que em Sófia, tal como na maioria dos países europeus, os pagamentos eletrónicos são extremamente prevalentes e é cada vez mais rara a necessidade de levantar dinheiro. Apesar do progresso, existem ainda muitos negócios que operam apenas em dinheiro vivo, pelo que que é altamente recomendável andar sempre com algum numerário na carteira. Posto isto, aconselhamos que recorras aos seguintes bancos, uma vez que, à data da escrita deste artigo, não cobram qualquer taxa de levantamento:
Se preferires levar algum dinheiro e fazer câmbio, podemos aconselhar 4 casas de câmbio com avaliações muito favoráveis:
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
Apesar da péssima fama adquirida nos anos 90, altura em que o regime comunista caiu e uma boa parte da nação ficou à mercê das máfias búlgaras, o rápido desenvolvimento da Bulgária rapidamente transformou o país num dos mais seguros do Balcãs e da Europa de Leste. Aliás, neste momento, caminhar por Sófia pode até ser considerado mais seguro e confortável que passear por alguns dos grandes destinos europeus, como Paris, Roma ou Barcelona. É verdade que os níveis de corrupção são grandes e os mafiosos de outrora lá conseguiram arranjar forma de legitimar os seus negócios, navegando nas mais altas esferas da sociedade, mas para o turista comum, nada disso irá afectar a experiência.
No entanto, é à vontade, mas não à vontadinha! Por mais segura que uma cidade seja, nunca deixes de parte o senso comum. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas (especialmente junto à estação de comboios) e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo! Ainda em relação ao dinheiro, e caso optes por fazer o câmbio no destino, não te esqueças de confirmar sempre os valores junto de várias operadoras para teres a certeza de que te estão a oferecer uma taxa justa. Infelizmente, são várias as reclamações relativas a agências de câmbio pouco honestas na Bulgária.
Para terminar, e pese embora o desenvolvimento do país na última década, a Bulgária continua a ser o país mais pobre da União Europeia, pelo que não deverás estranhar o número relativamente elevado de pedintes nas ruas da capital. Podem-te interpelar, mas são inofensivos.
Uma das capitais mais baratas da UE, Sófia é um destino relativamente acessível ao turista médio português. Apesar do crescimento generalizado dos preços no que toca a restaurantes e supermercados – um fenómeno global noa últimos anos – os alojamentos ainda continuam desfasados das loucuras de paragens mais ocidentais.
No que toca às melhores áreas de Sófia para ficares alojado, não há muito que enganar. Uma vez que a disponibilidade é grande e os preços geralmente acessíveis, o melhor é ficares mesmo no centro da cidade, nas proximidades das maiores atracções da capital. Para além disso, esta é também uma zona com uma elevada concentração de restaurantes e bares, e os acessos aos transportes públicos são excelentes. Se preferires algo relativamente mais tranquilo, podes sempre optar pela zona de Oborishe, um quarteirão residencial situado junto à Catedral Alexandre Nevsky. Para terminar, e se estiveres totalmente nas lonas, a maioria dos hostels e dos hotéis low-cost podem ser encontrados em Zhenski Pazar, o nome dado à área situada entre a Estação Central e o centro da cidade.
Posto isto, e se estás a priorizar a busca de um sítio para dormir na capital da Bulgária, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem de Sófia:
Situado a apenas 10km do centro, a melhor forma de viajar entre o aeroporto e o centro de Sófia passa por utilizar a Linha M4 (amarela) do sistema de metro local. A paragem fica situada no terminal 2 (existe um shuttle gratuito caso aterres no terminal 1) e os veículos operam entre as 05h30 e a meia-noite, saindo a cada 6/15 minutos, dependendo da altura do dia. Esta linha termina no subúrbio de Obelya, mas passa nas estações Serdika, Estádio Vasil Levsky e Sv. Kliment Ohridski, todas elas situadas em diferentes zonas do centro da cidade, sendo que a viagem durará cerca de 25 minutos. Quanto aos bilhetes, têm o custo de 1.60 lev e podem ser comprados nas máquinas automáticas situadas no aeroporto. Como alternativa, podes simplesmente validar o teu cartão de pagamentos contactless e utilizá-lo como título de transporte, com a tarifa a ser debitada no final da viagem.
Resta ainda referir que, caso aterres em Sófia fora do horário de funcionamento do metro, podes sempre recorrer a um táxi. Apesar dos inúmeros taxistas que te vão tentar interpelar à saída da zona de chegadas, o melhor é mesmo dirigires-te a uma das bancas oficiais da OK Supertrans, a única companhia licenciada para operar no interior do aeroporto. Com esta companhia, tens a certeza absoluta que o taxímetro será ligado. Para efeitos de estimativas, e caso fiques alojado no centro da cidade, conta pagar cerca de 20 lev pela viagem.
Apesar de Sófia ser bastante grande, o seu centro histórico é relativamente compacto, sendo perfeitamente possível caminhar para todo o lado (a não ser que queiras visitar a Montanha Vitosha). Posto isto, se o teu alojamento ficar nas proximidades do centro, é altamente improvável que, à excepção das viagens de/para o aeroporto e da day trip ao Mosteiro de Rila, tenhas sequer que recorrer aos transportes públicos.
Não obstante, a capital Búlgara é servida por um sistema de metro, bem como por uma rede extensa de autocarros e eléctricos/trams, pelo que vale a pena fazer um pequeno apanhado com as informações mais importantes acerca da rede de transportes públicos de Sófia.
A rede de metropolitano de Sófia é composta por 4 linhas distintas, divididas ao longo de mais de 40 estações. Mesmo não sendo particularmente útil do ponto de vista turístico, até porque a cidade é perfeita para percorrer a pé, o sistema está integrado no Google Maps, permitindo-te saber onde e qual metro (ou eléctrico) apanhar em tempo-real.
Relativamente a horários, o metro opera diariamente, entre as 05h00 e a meia-noite.
No que toca a bilhetes, os títulos regulares têm o custo de 1.60 lev e são válidos durante 30 minutos após a compra, permitindo-te fazer o número de transbordos necessários entre as várias linhas de metro dentro desse limite temporal. Para além destes bilhetes, promovidos como “single tickets”, os passageiros podem ainda optar por outras duas modalidades de bilhete de viagem única: o Ticket 30+, que permite o transbordo para outros meios de transporte (desde que o transbordo decorra no prazo de 30 minutos após a primeira validação), e o Ticket 60+, com as mesmas características, mas para um período de 60 minutos. Ao passo que o primeiro tem exactamente o mesmo preço do single ticket, o segundo é ligeiramente mais caro (2 lev). Conforme referido acima, podes simplesmente validar o teu cartão de pagamentos contactless e utilizá-lo como título de transporte, com a tarifa a ser debitada no final da viagem.
Finalmente, se contas utilizar os transportes públicos de forma muito recorrente, então poderá valer a pena analisar as ofertas diárias e multi-diárias da plataforma:
*válido durante um período ininterrupto de 24 horas, o que significa que pode ser utilizado em 2 dias distintos (daí ser mais caro que o passe de 1 dia).
Tem ainda em atenção que, para comprares qualquer destes passes, bem como os bilhetes 30+ ou 60+, vais precisar de adquirir um Sofia City Card ou um Ultralight, dois cartões nos quais estes bilhetes especiais são carregados. Para além do bilhete, é necessário pagar uma taxa única pela compra destes cartões, de 3 lev e 0.80 lev, respectivamente. Caso não queiras comprar bilhetes e optes por viajar apenas com o teu cartão de pagamentos contactless, 4 lev será o montante máximo que será debitado do mesmo cartão no mesmo dia, precisamente o valor relativo ao Passe 1 Dia. Por esse motivo, o mesmo cartão contactless não pode ser partilhado para a mesma viagem.
Em Sófia, podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Sófia, o valor mínimo aceitável deverá rondar os 6 lev.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Sófia:
Com 3 dias em Sófia, e já descontado o tempo despendido na visita ao Mosteiro de Rila, é perfeitamente possível ficar a conhecer as principais atracções da cidade, dando-te tempo suficiente para descobrir alguns dos seus tesouros escondidos, quer na área metropolitana, quer nos subúrbios.
Como tal, para tornar a tua experiência ainda mais rica, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Sófia:
Arena de Serdica: Escondido no lobby de um hotel de luxo, este anfiteatro conta com 1700 anos de existência, tendo sido acidentalmente descoberto em 2004, aquando da construção do alojamento. Seguindo as regras estabelecidas pelo governo búlgaro, a gestão do hotel concordou em incorporar o anfiteatro no hotel, fazendo desta uma das ruínas arqueológicas mais peculiares do planeta.
Igreja Boyana: Embora os seus interiores sejam cotados como estando entre os mais belos dos Balcãs, factor que levou a UNESCO a designar a igreja como Património da Humanidade, poucos são os que se arriscam a fazer o desvio e a visitar este monumento fabuloso.
Zhenski Pazar: Traduzido como “o Mercado das Mulheres”, este é o mercado de frescos mais autêntico e antigo da cidade, situado na área entre o centro histórico e a Estação Central. Quiçá pela forte influência otomana, faz lembrar um bazar rústico.
Sinagoga Central de Sófia: Testemunho de uma outrora numerosa e vibrante comunidade judaica, que praticamente desapareceu no final da Segunda Guerra Mundial, esta é a terceira maior sinagoga da Europa. Na verdade, e ao contrário de todos os outros países sob a alçada da Alemanha Nazi, a Bulgária foi a única nação cujo governo-fantoche (juntamente com a população) se recusou a entregar os seus judeus, com a maioria dos cerca de 50.000 cidadãos a escapar para Israel e para os EUA.
Uma vez que os essenciais de Sófia podem ser vistos em apenas 2 dias, recomendo vivamente que aproveites o restante dia do roteiro para visitar o emblemático Mosteiro de Rila, porventura a maior atracção turística de toda a Bulgária! Assim, poderás explorar o centro de Sófia e os seus bazares, conhecer as principais ruínas arqueológicas da capital búlgara, maravilhares-te com a impressionante Catedral Alexandre Nevsky, subir à Montanha Vitosha e ainda encher o bandulho com quantidades industriais de Salada Shopska e de Banitsa!
Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Sófia em 3 dias:
Para darmos início à tua aventura por Sófia, nada melhor que passar o dia a explorar o centro histórico da capital búlgara! Embora não seja uma cidade particularmente encantadora, pelo menos no sentido das cidades e vilas históricas europeias, a verdade é que Sófia tem um fascínio bastante próprio. No fundo, e à semelhança da sua história, é um verdadeiro caldeirão de diferentes culturas e etnias caucasianas, com vários dos seus quarteirões a assemelhar-se a uma Istambul em versão de bolso.
Posto isto, e até para se abrir a dança como deve ser, nada melhor que começar pela fabulosa Catedral de Alexandre Nevsky, provavelmente a maior atracção da cidade. Concluída apenas em 1912 como forma de agradecimento à Rússia pelo apoio na luta independentista, os exteriores são uma verdadeira obra-prima.
Um pouco mais à frente, e passando totalmente despercebida aos mais distraídos, encontrarás a Arena de Serdica. Escondido no lobby de um hotel de luxo, este anfiteatro conta com 1700 anos de existência, tendo sido acidentalmente descoberto em 2004, aquando da construção do alojamento. Seguindo as regras estabelecidas pelo governo búlgaro, a gestão do hotel concordou em incorporar o anfiteatro no hotel, fazendo desta uma das ruínas arqueológicas mais peculiares do planeta, e um dos segredos mais bem guardados de Sófia.
Seguindo para norte, recomendamos que quebres o jejum com uma banitsa (folhado típico) comprada numa das muitas banquinhas do Zhenski Pazar. Traduzido como “o Mercado das Mulheres”, este é o mercado de frescos mais autêntico e antigo da cidade, situado na área entre o centro histórico e a Estação Central. Quiçá pela forte influência otomana, faz lembrar um bazar rústico.
Tendo em conta o historial de multiculturalismo da cidade, não surpreende que aqui possas encontrar locais de culto associados a todos os credos monoteístas, com destaque para a área que ficou conhecida como o Triângulo da Tolerância. Aqui, e no espaço de apenas algumas centenas de metros, encontrarás a Igreja de Santa Nedelya, um dos mais importantes templos ortodoxos do país, a Mesquita Banya Bashi e a Sinagoga Central de Sófia (5 BGN), a terceira maior da Europa, e o derradeiro testemunho de uma outrora numerosa e vibrante comunidade judaica, praticamente desaparecida no final da Segunda Guerra Mundial.
Na verdade, e ao contrário de todos os outros países sob a alçada da Alemanha Nazi, a Bulgária foi a única nação cujo governo-fantoche (juntamente com a população) se recusou a entregar os seus judeus, com a maioria dos cerca de 50.000 cidadãos a escapar para Israel e para os EUA. Junto à mesquita, podes ainda caminhar pelas escavações das Ruínas Arqueológicas de Serdica, o nome dado à cidade milenar romana que antecedeu Sófia. De resto, a cidade é tão antiga que, sempre que são feitas obras ou construção na zona central, são quase sempre descobertos vestígios arqueológicos.
De acordo com a legislação, tudo o que for escavado deve ser obrigatoriamente preservado e protegido, fazendo com que, em alguns quarteirões, pareça que estás a caminhar por um museu a céu aberto. Outro excelente exemplo disso mesmo é a Rotunda de São Jorge, um templo pagão convertido em igreja ortodoxa e que tem o título de edifício mais antigo da cidade. Em seu redor, e conforme esperado, são várias as descobertas arqueológicas devidamente cercadas e protegidas.
De resto, e até para ganhares ainda maior noção do quão antigo é o território da Bulgária, recomendamos uma visita ao Museu Nacional de Arqueologia da Bulgária (12 BGN).
Já com o dia a caminhar para o final, vale ainda a pena passar pelo Teatro Nacional Ivan Vazov (infelizmente não são organizadas visitas guiadas) e percorrer a Vitosha Boulevard, a avenida mais emblemática de Sófia. Parcialmente encerrada ao trânsito automóvel, esta larga avenida está repleta de lojas, bares e restaurantes, ligando a Igreja de Santa Nedelya ao bizarro e brutalista Palácio Nacional da Cultura. Se a percorreres no sentido sul e o céu estiver limpo, os cumes nevosos da Montanha Vitosha são perfeitamente visíveis da avenida.
Resumo do 1º dia:
Depois de ficares a conhecer a baixa da cidade, o segundo dia do itinerário será dedicado aos subúrbios, com destaque para a prominente Montanha Vitosha. De resto, não há nenhuma outra capital europeia tão próxima do sopé de um maciço desta magnitude, sendo por isso possível apanhar um autocarro urbano para fazer actividades tão variadas como ski (no Inverno), trekking e até alpinismo. Dada a quantidade absurda de trilhos e as dimensões do Parque Natural Vitosha, é humanamente impossível descrever todas as possibilidade e meios de transporte disponíveis, sendo que nos iremos focar em duas opções distintas.
Posto isto, se visitares Sófia durante os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março e quiseres arriscar nos desportos de Inverno, então terás que te aproximar do pico da montanha. Para isso, vais apanhar o autocarro 66, que parte junto da estação de metro Vitosha.
Por apenas 2 lev (o preço de um Ticket 60+) o autocarro deixar-te-á na paragem junto ao Hotel Moreni, a uma ligeira caminhada das pistas de ski. Ao chegares à zona de desportos de Inverno, podes alugar o equipamento de que precises antes de te fazeres à pista. Não é propriamente um resort de classe mundial, mas dificilmente encontrarás sítios mais baratos e práticos para quem quiser experimentar as modalidades de Inverno. Para além disso, as vistas sobre a cidade são bastante boas.
Por outro lado, se visitares fora da época da neve ou os desportos de Inverno não te disserem grande coisa, então recomendamos que visites a Igreja Boyana (10 lev), longe do pico mas ainda enquadrada no Parque Natural Vitosha. Embora os seus interiores sejam cotados como estando entre os mais belos dos Balcãs, factor que levou a UNESCO a designar a igreja como Património da Humanidade, poucos são os que se arriscam a fazer o desvio e a visitar este monumento fabuloso. Para lá chegares, podes apanhar o autocarro 64 que parte junto da estação de eléctrico Ul. Todor Kableshkov.
Ainda nas imediações do local de culto, vale a pena completar o trilho até à Cascata Boyana. Embora a queda de água em si não seja propriamente deslumbrante, o percurso de cerca de 6 km (ida-e-volta) é bastante agradável. Finalmente, caso queiras misturar as suas opções e esquiar no pico da montanha e visitar a igreja no mesmo dia, é só voltares ao local onde apanhaste o autocarro 66 (explicado no parágrafo acima) e esperar que passe a linha nº 64 (exactamente no mesmo local) com destino à Igreja Boyana.
Resumo do 2º dia:
Finalmente, irás dar por terminada a tua estadia em Sófia com a visita obrigatória ao Mosteiro de Rila, porventura o local mais icónico de toda a Bulgária, situado a cerca de 120 km da capital. Apesar do mosteiro ter sido originalmente fundado há quase 700 anos, a sua estética actual data do século XIX, tendo sido implementados imensos elementos da arquitectura tradicional Búlgara. Isto foi propositado, uma vez que, sob domínio otomano, o local era considerado um dos principais berços da cultura, tradições e língua do país. Hoje em dia, serve de local de peregrinação e atracção turística, e é um dos mosteiros mais impressionantes do planeta, tanto pela sua localização cénica e arquitectura exterior, como pelos interiores pintados e absolutamente deslumbrantes. Em suma, se vais a Sófia, o desvio até ao Mosteiro de Rila é um must!
Infelizmente, não existe forma de chegar a Rila de forma independente a não ser que alugues o teu próprio carro. No pré-pandemia, uma empresa local prestava um serviço de transfer a um valor bastante acessível (na casa dos 20-25 lev ida-e-volta), mas as saídas foram suspensas e nunca chegaram a ser retomadas. Como tal, a alternativa passa por recorrer a um tour privado, sendo que as empresas locais como a Traventuria e a Free Sofia Tour cobram 30€/pessoa pelo serviço. Face ao exposto, é preferível pesquisar tours a partir de plataformas como a Viator, sendo que a empresa dispõe de um serviço de apoio ao cliente sólido e permite-te consultar as reviews de cada tour. Para além disso, e sem grande esforço, podes até encontrar tours praticamente iguais aos das empresas búlgaras, a preços mais baixos – como este!
Resumo do 3º dia:
Sete Lagos de Rila: Em plenas montanhas de Rila, a uma elevação de mais de 2000 metros, este conjunto de lagos é uma excelente opção para quem quiser passar um dia extra a completar trilhos na natureza. Depois de apanhares o teleférico até ao ponto inicial do percurso, é só seguir o loop por todos os 7 lagos. Se quiseres integrar esta visita ao roteiro de 3 dias, há vários tours que incluem os lagos e o Mosteiro de Rila no mesmo dia.
Plovdiv: Considerada a cidade mais antiga da Europa, e uma das 5 do mundo, Plovdiv é o melhor destino do país para quem procura uma experiência mais cultural. Para além dos vários miradouros espalhados ao longo das suas 7 colinas e da pitoresca Cidade Velha, Plovdiv é conhecida pelo extraordinário Teatro Romano de Filipópolis, um dos mais bem preservados do Velho Continente.
Koprivshtitsa: Situada a praticamente 100 km da capital Sofia, esta vila adormecida foi outrora o lar de alguns dos maiores revolucionários do país, tendo por isso desempenhado um papel fundamental na revolta popular contra a ocupação otomana. Talvez esse nacionalismo ajuda a explicar o facto de, mesmo no início do século XX, praticamente todas as casas terem sido construídas no estilo tradicional do país, dando a Koprivshtitsa um ar bastante antigo (e agradável à vista).
Fortaleza de Belogradchik: Bem próxima da fronteira com a Sérvia, esta fortaleza é conhecida pelos seus mastodônticos pilares rochosos. Aliás, toda a construção foi cuidadosamente levada a cabo para se integrar perfeitamente no cenário natural, dando-lhe um toque particularmente distinto. Infelizmente, para conseguires visitar Belogradchik numa day trip, terás forçosamente que recorrer a um tour ou alugar carro, já que as opções de transporte colectivo são limitadas.
Veliko Tarnovo: Embora situada relativamente longe de Sófia (pouco mais de 3 horas para cada lado), continua a ser possível visitar a capital medieval e histórica do país numa day trip. À conta da sua enorme fortaleza, que servia de lar aos governantes do antigo império, Veliko Tarnovo ficou conhecida como a “Cidades dos Czares”, e é uma das mais fotogénicas da Bulgária.
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