Guia de viagem de Zurique que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroporto e cidade, bem como um roteiro completo de 72 horas. O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Zurique em 3 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos, incluindo uma day trip à cidade de Lucerna.
Vista por muitos como um mero centro financeiro/empresarial e conhecida como uma das cidades com maior qualidade de vida do mundo – com preços exorbitantes a acompanhar – Zurique é na verdade um destino turístico com muito para oferecer! Para lá das instituições bancárias e sedes institucionais, a maior metrópole da Suíça esconde uma Cidade Velha extremamente pitoresca, igrejas antigas, museus clássicos e uma localização privilegiada junto às margens do expansivo lago homónimo.
Por um lado, é certo que uma visita a Zurique nunca será propriamente barata, mas a verdade é que, com os devidos cuidados, é perfeitamente possível evitar um rombo na tua carteira e ainda assim conseguir descobrir um dos melhores destinos turísticos da nação Helvética. Para além disso, a sua localização relativamente central faz com que esta seja uma boa base para explorar outras cidades Suíças, com destaque para a encantadora Lucerna.
Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Zurique e descobrir o que de melhor a famosa cidade Suíça tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 3 dias com tudo o que deves visitar em Zurique, incluindo a day trip clássica à belíssima cidade de Lucerna.
Tratando-se da maior cidade do país e principal polo financeiro, não surpreende que Zurique seja servida pelo aeródromo mais movimentado da Suíça: o Aeroporto Internacional da Suíça.
Partindo de Portugal, existem voos directos para Zurique a partir de Lisboa (Easyjet, Swiss Air e TAP), Porto (Chair Airlines, Easyjet, Swiss Air e TAP), Faro (Easyjet e Edelweiss Air), Funchal (Edelweiss Air), Ponta Delgada (Edelweiss Air) e Terceira (Edelweiss Air).

Apesar de ser uma cidade tão rica e internacional, a dimensão moderada, rede de transportes públicos e centro histórico extremamente compacto fazem com que Zurique seja o destino perfeito para um fim-de-semana prolongado. Posto isto, é perfeitamente possível condensar o “best of” de Zurique em apenas 48 horas e reservar o último dia do périplo para uma day trip até à magnífica cidade de Lucerna.
Posto isto, recomendamos um total de 3 dias para a tua visita a Zurique. No entanto, se quiseres prolongar a tua estadia e visitar outros recantos da Suíça, podes perfeitamente passar 1 semana inteira a visitar o país, com destaque para as cidades de Berna, Basileia ou Genebra, para além dos Alpes Suíços e da região de Interlaken.

Estando situada bem no centro do continente europeu, ditam as regras que a melhor altura para visitar Zurique coincida com o final da Primavera, Verão e início de Outono, com o período compreendido entre os meses de Maio e Setembro a ser o mais apetecível. Tem, contudo, em atenção que os preços em Zurique durante os meses de Verão serão ainda piores que o normal – tornando missão impossível conseguir fazer uma escapadinha económica.
Em contrapartida, deverás então optar pela chamada shoulder-season, correspondente aos restantes meses de Primavera e Outono, quando as temperaturas tendem a ser mais equilibradas e o número de turistas (bem como os preços) mais moderados. No entanto, e para os mais rijos com disposição para enfrentar o rigoroso inverno Suíço, visitar Zurique na época de Natal e explorar os seus mercadinhos típicos pode também ser bastante compensador.
Apesar de não fazer parte da UE, a Suíça pertence ao Espaço Schengen, o que significa que não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país situado fora da UE e sem nenhum tipo de acordo para a isenção de taxas de roaming nas telecomunicações, não poderás utilizar o teu tarifário português actual durante a tua viagem a Zurique.
Aliás, a primeira coisa que deves fazer antes de levantares voo rumo ao país é mesmo desligar todos e quaisquer dados móveis que tenhas activos no teu telemóvel, sob pena de teres uma (muito) desagradável surpresa no final do mês. Ainda que os custos possam variar de acordo com a operadora, e apenas para ficares com uma noção do que esperar, a Vodafone cobra os seguintes valores para comunicações em território Suíço:
No que toca aos dados móveis, e atendendo à proximidade geográfica e à massiva comunidade emigrante portuguesa a viver na Suíça, as operadoras costumam ter pacotes de dados especiais para o país. Tomando novamente a Vodafone como exemplo, a empresa tem um pacote de dados de 10 GB que custa €10,00 e é válido por 7 dias. Para activares este pacote de dados extra, deves enviar uma SMS grátis para o 16910 com o nome do país (Suíça). Por outro lado, a NOS tem um pacote Net Roaming de 5GB que custa €20,00 e é válido por 8 dias.
Seja como for, e se não quiseres estar a activar pacotes extra com a tua operadora, a nossa recomendação é mesmo que compres um eSIM (cartão SIM virtual), especialmente pela conveniência, já que o poderás activar assim que aterres.

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Caso prefiras ter dados ilimitados, a nossa sugestão é o eSIM da Holafly. Segue este link ou insere o código de desconto FLAMINGO para teres 5% de desconto em todas as tuas compras.
Se preferires o formato físico ou se o teu telemóvel não tiver compatibilidade com eSIM, o melhor é mesmo deslocares-te uma das lojas de aeroporto das principais operadoras de telecomunicações do país. Neste momento, existem 4 grandes players no mercado: Swisscom, Salt Switzerland e Sunrise Switzerland.
Destes, destaca-se o plano Prepaid Flat 7, que inclui dados móveis ilimitados, bem como SMS e chamadas para números locais por um período de 7 dias. Este plano tem o custo de CHF 20.

Tendo como moeda oficial o Franco Suíço (CHF), qualquer levantamento que faças em Zurique recorrendo a um cartão português, recorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.
Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut ou o N26.
No caso do primeiro, permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. No caso de Zurique, essas taxas rondam os CHF 5, dependendo do operador. Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido.
De salientar também que em Zurique os pagamentos eletrónicos são a norma e é cada vez mais rara a necessidade de levantar dinheiro. Ainda assim, e caso precises de o fazer, é relativamente fácil encontrar caixas cujos operadores não cobram qualquer taxa de levantamento com cartões estrangeiros.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut

Antes de tudo o resto, convém já ressalvar que a Suíça é um destino extremamente seguro, figurando no 4º posto do Global Peace Index. Aliás, mesmo dentro do favorável cenário Suíço, a cidade de Zurique destaca-se como um dos locais mais seguros do país, à boleia da excelente qualidade de vida e infraestruturas de topo. Posto isto, não existem zonas a evitar e o índice de crimes é extremamente baixo.
Posto isto, é à vontade, mas não à vontadinha! Por mais segura que uma cidade seja, nunca deixes de parte o senso comum. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas (especialmente nos transportes públicos) e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo!
Por precaução, recomendamos também a utilização de uma bolsa anti-roubo. Ao contrário das bolsas comuns, as bolsas “anti-roubo” são especificamente desenhadas para dificultar o acesso dos carteiristas e ladrões aos pertences do utilizador. Uma das marcas especializadas neste tipo de produto é a PacSafe. A PacSafe equipa as suas bolsas com bloqueio ou travão de fecho, materiais resistentes a cortes e tecido com bloqueio RFID que impede o roubo electrónico das informações de cartão de crédito por via contactless.

Infelizmente, Zurique está longe de poder ser considerada um destino económico. Aliás, a cidade é constantemente destacada nos rankings das metrópoles mais caras do mundo, pelo que não esperes uma aventura budget-friendly. Especialmente no que toca a alimentação e alojamento, é difícil (quase impossível) encontrar preços simpáticos, com a melhor aposta a passar por te afastares do centro e ficares a dormir na periferia. Por outro lado, os standards hoteleiros do mundo germânico são dos melhores da Europa, pelo que há sempre um limiar mínimo de limpeza e conforto assegurados, por mais barato que seja o quarto de hotel.
Posto isto, e se estás a priorizar a busca de um sítio para dormir na cidade, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem de Zurique.
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂

Situado a cerca de 10 km de distância, a melhor forma de viajar entre o Aeroporto de Zurique e o centro da cidade passa por utilizar as linhas S2 e S16 do S-Bahn, o serviço local de comboios suburbanos. A estação está ligada ao terminal, por isso é só seguir as placas – não há que enganar! Estas linhas operam das 05h00 à meia-noite, com um novo comboio a sair a cada 5 a 10 minutos, dependendo da altura do dia. Independentemente da linha que apanhes, as duas terminam na Estação Central (Zurich Hauptbahnhof), com a viagem e levar cerca de 15 minutos. Quanto aos bilhetes, podem ser adquiridos nas máquinas automáticas ou num dos balcões da SBB por CHF 7.
Por outro lado, se assim o preferires, podes sempre recorrer ao tram/eléctrico, que viaja igualmente até à Estação Central. Uma vez mais, basta seguires a sinalização no terminal, com a paragem de tram situada à saída do terminal de chegadas. Esta linha opera das 06h00 à 01h00, em intervalos que podem oscilar entre os 8 e os 15 minutos. A viagem demora 35 minutos e os bilhetes custam igualmente CHF 7.

À boa maneira germânica, Zurique tem uma rede de transportes públicos extremamente pontual, eficiente e abrangente, composta por eléctricos, comboios suburbanos (S-Bahn) e autocarros. Para além disso, estão todos integrados na mesma rede, pelo que os bilhetes são intermodais e praticamente todas as plataformas partilhadas.
Posto isto, e do ponto de vista utilitário, o tram/elécrico será provavelmente o meio mais proveitoso, pelo que achámos por bem fazer um pequeno resumo de como navegar este sistema em Zurique.

Composto por cerca de 180 estações espalhadas ao longo de 16 linhas distintas, o eléctrico é – juntamente com o comboio suburbano (S-Bahn) – o principal meio de transporte público de Zurique. Em conjunto, e para além de chegarem aos subúrbios mais importantes e populosos da cidade, os distritos centrais são igualmente servidos pela rede, facilitando assim o acesso às zonas turísticas e empresariais. Para descobrires que tram apanhar (e onde) para completares determinado trajecto, podes recorrer ao Google Maps, uma vez que os horários estão integrados na plataforma.
O horário de funcionamento dos eléctricos depende das linhas, embora no cômputo geral o serviço inicie às 06h00 e termine por volta da 01h00. A frequência de passagem pode variar entre os 5 e os 10 minutos, com tempos de espera menores durante a hora de ponta.
No que toca aos bilhetes, o preço de cada viagem irá depender do número de zonas que atravesses. No entanto, e enquanto turista, dificilmente sairás da Zona 110, correspondente ao centro histórico da cidade. Numa nota importante, e tendo em conta a densidade da rede no coração de Zurique, o sistema considera a zona 110 como duas zonas distintas, o que significa que para qualquer viagem que inicie e termine dentro deste limite, serás cobrado o equivalente a uma deslocação entre 2 zonas, consoante a tabela abaixo (CHF 4,60). Já se viajares para uma zona vizinha – como a do aeroporto – aplica-se o mesmo princípio, já que a zona 110 conta como 2 + a zona de destino, com a viagem a custar CHF 7. A única excepção refere-se a deslocações que percorram uma extensão inferior a 2 km, situação à qual se pode aplicar o “short distance ticket”, por apenas CHF 2.80.

Podes adquirir o teu bilhete nas máquinas automáticas das estações, na app da ZVV ou na bilheteira online. Alternativamente, podes ainda utilizar o teu cartão de pagamentos contactless, com a tarifa a ser debitada no final da viagem. Independentemente da tua escolha, assegura-te apenas de que validas sempre o teu bilhete/cartão nos scanners, quer à entrada, quer à saída. No entanto, ao adquirires o teu título de viagem numa máquina automática, tens a hipótese de escolher de imediato um bilhete pré-validado (e não pagas mais por isso). A par dos bilhetes únicos, podes ainda comprar um “multiple-journey ticket”, que inclui 6 viagens individuais com um desconto total de 10% face aos títulos separados.
Para terminar, se contas utilizar os transportes públicos de forma muito recorrente, então poderá valer a pena analisar as ofertas diárias da plataforma:
*passe válido em todas as zonas, das 09h00 às 05h00 do dia seguinte. Ao fim-de-semana, o passe é válido durante 1 dia inteiro, sem restrições de horário.

Em Zurique, podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Zurique, o valor mínimo aceitável deverá rondar os CHF 10.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Zurique:

Sem que tenhas que acelerar particularmente o ritmo, com 3 dias em Zurique é perfeitamente possível ficares a conhecer as principais atracções da cidade, sobrando-te ainda tempo para explorar algumas atracções secundárias dignas de registo.
Como tal, para tornar a tua experiência ainda mais rica, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Zurique:
Murais de Giacometti: Será esta a esquadra policial mais bonita do mundo? É provável! Sem qualquer bilhete ou preço de entrada, basta visitares a esquadra durante o horário de funcionamento para poderes ver em primeira mão um hall totalmente pintado pelo famoso artista Suíço.
Cruzeiros Públicos dos Lago Zurique: Embora o lago seja um dos elementos mais notáveis da cidade, a maioria dos visitantes tende a pensar que a única forma de o navegar passa por recorrer a tours privados. Pelo contrário, já que a ZSG organiza cruzeiros diários com diferentes rotas e durações, ao mesmo preço de qualquer transporte púbico da cidade.
Chinagarten Zürich: Oferecido pela longínqua cidade de Kunming, este jardim de estilo Chinês é um dos espaços verdes mais bonitos de Zurique. Está enquadrado no Parque Zürichhorn, situado mesmo junto à margem do Lago Zurique, e a escassos metros de distância do Pavilhão Le Corbusier.
Ópera de Zurique: Muitas vezes ignorada em virtude da sua localização ensanduichada entre a imensidão do Lago Zurique e as ruelas pitorescas da Altstadt, a Ópera de Zurique merece maior atenção. Na impossibilidade de apanhares um espectáculo ao vivo, podes sempre juntar-te a um tour guiado pela sala principal e pelos camarins e bastidores.
Funicular Polybahn: Embora a cidade tenha vários funiculares que fazem parte do sistema de transportes públicos, esta adorável carruagem proporciona uma das travessias mais fáceis e cénicas da rede, ligando a estação de tram Central à universidade pública ETH Zurich.
O destino ideal para um fim-de-semana prolongado diferente, 72 horas serão suficientes para explorar o que de melhor Zurique tem para oferecer, com direito até a uma day trip até à belíssima localidade de Lucerna! No entanto, e no que toca à cidade propriamente dita, terás tempo para explorar a fundo a Altstadt, distrito correspondente à Cidade Velha, percorrendo as suas muitas igrejas históricas, visitando o quarteirão de Niederdorf, subindo ao Lindenhof e caminhando ao longo da Bahnhofstrasse. Já fora do centro histórico, poderás juntar-te a um cruzeiro pelo Lago Zurique e subir ao emblemático Uetliberg para a melhor vista sobre a cidade. Parece muito, mas prometo que se faz bem!
Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Zurique em 3 dias:

Pronto para começar a explorar Zurique? Como não poderia deixar de ser, o teu tempo no principal centro financeiro da Suíça será sobretudo passado na Altstadt, a designação germânica para o distrito da Cidade Velha. De forma algo curiosa, o centro histórico de Zurique é dividido a meio pelo Rio Limmat, sendo que optámos por dedicar 1 dia a cada margem.
Posto isto, a etapa inaugural da tua visita estará focada na margem oriental, onde começarás por dar um passeio pelo quarteirão de Niederdorf. Embora toda a Altstadt seja bastante bonita, clássica e bem-composta, Niederdorf é a sua secção mais pitoresca, com ruelas em paralelo e fachadas coloridas.
Embora o melhor seja passear sem rumo, podes sempre dar uma vista de olhos em algumas atracções, como a Grimmenturm, a Predigerkirche ou o Funicular Polybahn, uma adorável carruagem coberta pela rede de transportes públicos que proporciona uma das travessias mais fáceis e cénicas da rede, ligando a estação de tram Central à universidade pública ETH Zurich (embora existam vários funiculares públicos em Zurique, este é o mais acessível). Para além disso, e na derradeira paragem de nicho, podes encontrar a casa onde Lenin viveu de 1916 a 1917, antes de liderar a Revolução Russa.

De seguida, vais sair das ruas interiores para explorar a margem do rio percorrendo a Limmatquai, uma espécie de marginal fluvial de onde podes apreciar a paisagem do lado oposto da Cidade Velha Zurique. De resto, as fileirinhas de edifícios antigos junto ao rio, com as torres e espirais das igrejas a destacarem-se em plano de fundo, tornaram-se uma das principais imagens turísticas de cartão-postal da cidade. Pelo meio, podes fazer um desvio rápido até ao Rathaus, a Câmara Municipal de Zurique.
De volta aos meandros da Altstadt, não pode falhar a passagem na Grossmunster, considerada a principal igreja da cidade. Para além de visitares o interior e exterior, podes ainda subir ao topo de uma das suas torres (CHF 5) para aquela que é considerada a melhor vista sobre o centro histórico. Com esta caminhada, terás finalmente chegado às margens do Lago Zurique, o expansivo corpo de água que é um dos mais importantes e reconhecíveis elementos da cidade homónima. Junto às margens, vais ainda a tempo de dar uma espreitadela na belíssima Ópera de Zurique e juntares-te a um tour guiado (CHF 15) pela sala principal e pelos camarins e bastidores.

No entanto, a melhor forma de terminar o dia passa mesmo por fazer um Cruzeiro pelo Lago Zurique. Ao contrário do que se possa pensar – especialmente numa cidade com estes preços – esta actividade acaba por ser bastante acessível, tendo em conta que os barcos da ZSG fazem parte da rede de transportes públicos, aplicando-se por isso as mesmas tarifas baseadas em zonas que encontrarás para o metro ou os comboios. Entre as várias opções pré-definidas, destaca-se o Mini Lake Cruise, que tem a duração de 1 hora e custa CHF 7; e o Short Lake Cruise, que viaja durante 90 minutos por CHF 9.20.
Existem ainda opções mais longas e dispendiosas, bem como cruzeiros de autor com fondue ou brunch (esses sim, bem mais caros), mas as alternativas mais curtas são as mais indicadas para um dia ocupado como este. Da nossa parte, recomendamos o Short Lake Cruise, que navega por zonas mais cénicas. Seja como for, e independentemente da tua escolha, todos os barcos saem do Terminal de Ferries Burkliplatz.

Resumo do 1º dia:

Depois de explorares o lado oposto do Limmat, e conforme combinado, é agora hora de ficares a saber o que a margem ocidental tem para oferecer! Embora a parte abrangida pela Altstadt continue a ser bastante exclusiva, este é um lado mais local de Zurique, com vários restaurantes étnicos a preços (relativamente) mais acessíveis.
Seja como for, não faltam coisas turísticas para ver e fazer, começando pelo Museu Nacional da Suíça (CHF 13), uma instituição onde podes encontrar exposições, artefactos, pinturas e outras obras de arte relacionadas com a história do país e da cidade de Zurique.
Para além disso, o edifício faz lembrar um castelo antigo! Um nadinha mais a sul, junto ao rio, irás descobrir um dos segredos mais bem guardados da cidade, sob a forma da esquadra policial mais bonita do mundo. Sem qualquer bilhete ou preço de entrada, podes entrar gratuitamente no precinto durante o horário de funcionamento para poderes ver em primeira mão os Murais de Giacometti, com um hall extraordinariamente pintado pelo famoso artista Suíço. Daí, aconselhamos-te a entrar na Bahnhofstrasse, considerada a principal artéria comercial da cidade. Prolongando-se ao longo de 1200 metros, é uma das vias pedonais mais exclusivas da Europa, repleta de lojinhas para todos os gostos e edifícios clássicos.

Pelo meio, podes ainda voltar às ruelas da Cidade Velha para descobrir a Peterskirche, aclamada como a igreja mais antiga de Zurique; e a Fraumunster, considerado o principal local de culto deste lado do Limmat. No entanto, o desvio vale sobretudo pela subida ao Lindenhof, uma pequena colina onde costumava repousar uma fortaleza Romana.
Embora todo e qualquer resquício dessa fortificação tenha já desaparecido, o que resta é um adorável parque com vistas estonteantes sobre Niederdorf e toda a margem oriental do rio que ontem tiveste a oportunidade de explorar. Antes de deixares o centro histórico, não te esqueças de passar na Paradeplatz, uma das praças mais emblemáticas da cidade e onde se concentram algumas das melhores confeitarias e mestres chocolateiros suíços locais.
Para fechar, mais um ponto que mostra a ligação umbilical entre Zurique e as riquezas naturais do seu território. Se ontem tiveste a oportunidade de navegar pelo lago, hoje é tempo de teres um gostinho das montanhas das redondezas. Para isso, nada melhor que subir ao Uetliberg, um pico com quase 900 metros de altitude de onde podes aproveitar a vista mais alargada sobre toda a cidade. Felizmente, não precisas de subir tudo isso para lá chegares, já que o pico é servido pelo Uetlibergbahn, uma ferrovia correspondente à linha S10 dos comboios suburbanos (S-Bahn) locais. Partindo do centro de Zurique, o bilhete de ida custa CHF 9.20.

Resumo do 2º dia:

Uma vez que dois dias são suficientes para ver o que de melhor Zurique tem para oferecer, reservamos a derradeira etapa deste itinerário para a clássica day trip a Lucerna, considerada a cidade mais bonita de todo o país. Para a deslocação entre as metrópoles, recomendamos que recorras à SBB, a entidade dos Caminhos-de-Ferro Federais da Suíça. A viagem demora apenas 40 a 50 minutos para cada lado e os bilhetes custam CHF 32.40 ida-e-volta, estando disponíveis para compra no site oficial da SBB. Posto isto, recomendamos que tentes sair de Zurique bem cedo, já que este será um dia longo e a primeira coisa que farás à chegada a Lucerna será subir ao espectacular Monte Pilatus.
Para isso, deves apanhar o autocarro nº 1 à chegada à Estação Central de Lucerna e sair na paragem “Kriens, Zentrum Pilatus” (15 minutos de viagem), de onde só tens que seguir as placas até ao teleférico que te levará à estação Pilatus-Kulm, a mais de 2000 metros de altitude. Do cume, terás acesso a vistas inesquecíveis sobre Lucerna, o lago e os picos montanhosos dos arredores, bem como uma panorâmica fabulosa de toda a região.
Para além disso, podes aproveitar e passar 1 hora a percorrer alguns trilhos na montanha, nomeadamente até ao Tomlishorn, o ponto mais alto do maciço. Depois, vais voltar à estação Pilatus-Kulm e iniciar o descenso de regresso a Lucerna. No entanto, e depois de teres subido de teleférico, a viagem de volta será feita num comboio clássico de rodas dentadas – semelhante a um funicular – que desce os carris inclinados pelas encostas montanhosas e te deixará na estação de Alpnachstad. Uma vez que a paragem do funicular fica mesmo ao lado da estação de comboios, é lá que irás embarcar num comboio da linha S5 até Lucerna, que demorará apenas 17 minutos.
Embora tudo isto pareça complicado, a verdade é que existe um bilhete único para esta exacta rota, cobrindo a viagem de autocarro, teleférico, funicular e comboio. Trata-se do Silver Round Trip, que custa CHF 45.10 e pode ser adquirido no site oficial do Monte Pilatus (a título de exemplo, só a viagem de ida de teleférico custa CHF 40, se comprada individualmente).

Agora que já cobrimos a secção de natureza da tua day trip a Lucerna, a tarde será passada a explorar a Cidade Velha. Começando na margem sul do Rio Reuss, que separa o centro histórico, a tua primeira paragem terá lugar na Jesuitenkirche, provavelmente a igreja mais reconhecível de Lucerna. No entanto, o grande destaque (e símbolo) da cidade vem logo a seguir, quando atravessares o Reuss para a margem oposta através da emblemática Kapellbrucke. Uma ponte coberta feita quase exclusivamente feita em madeira e em formato diagonal, costuma consistentemente entrar nos rankings das pontes mais belas e peculiares do planeta, figurando como a atracção nº 1 em Lucerna! A apenas algumas centenas de metros de distância, a adorável Spreuerbrucke é uma espécie de versão em miniatura da sua irmã mais famosa, mas que continua a valer a pena atravessar. De qualquer dos modos, e já no lado norte do rio, é aqui que ficam as ruas, pracetas e edifícios mais pitorescos da Cidade Velha, com destaque para a Capela de São Pedro e para o Rathaus, o edifício da Câmara Municipal. Vale também a pena caminhar pela Unter der Egg, a marginal ribeirinha com boas vistas para a ponte e para as casinhas em fileira da margem contrária.

Embora a Altstadt já não o demonstre, a verdade é que Lucerna costumava estar cercada e protegida por um eficiente e impressionante sistema de muralhas. Para teres contacto com essa realidade antiga, sugerimos que visites a Museggmauer, uma porção ainda em pé das antigas fortificações que conta com nada menos que 9 torres de vigia distintas. Curiosamente, é possível caminhar pela muralha e subir às torres gratuitamente, com o circuito oficial a começar na Mannliturm e a terminar na Schirmerturm (500 metros). As vistas do topo das torres são as melhores que encontrarás sobre a Cidade Velha. Infelizmente, tem apenas em atenção que o Museggmauer está aberto somente de Abril a Novembro. Depois de saíres da muralha, terás ainda que passar no Lowendenkmal, um memorial de um leão esculpido directamente numa parede rochosa, em homenagem aos soldados Suíços mortos ao serviço do Rei Luís XVI, de França (o tal que foi guilhotinado na Revolução). Já com o dia a caminhar para o final, resta apenas passar na Hofkirche, um mosteiro que se mantém relativamente escondido do grande público, antes de regressares à estação de comboios para o trajecto de volta a Zurique. Um dia bastante ocupado e cansativo, mas que encerra com chave de ouro a tua aventura por este recanto da Suíça!

Resumo do 3º dia:

Berna: Embora a Suíça não tenha uma capital oficial única, Berna funciona como o centro governativo do país, onde se reúne o parlamento e o governo nacional. No entanto, e para efeitos deste artigo, importa mencionar que Berna ostenta aquela que é muito provavelmente a Cidade Velha mais bonita do país, com igrejas antigas, relógios históricos, fontes pitorescas e até mesmo ursos que fazem da cidade o seu habitat natural (estão em locais seguros, não te preocupes).
Liechtenstein: Uma escolha perfeita para quem gosta de coleccionar bandeiras, a nação independente do Liechtenstein fica a uns míseros 100 km de Zurique. Situado em plenos Alpes, o Principado não é propriamente rico em atracções, mas oferece o suficiente para um dia distinto. Podes subir ao Castelo de Vaduz, percorrer a rua principal, visitar a Catedral de São Florin e – se ainda der tempo – explorar a vila montanhosa de Triesenberg.
Rapperswil: Localizada nas margens do Lago Zurique, o mesmo que banha a cidade homónima, Rapperswil é conhecida como a Cidade das Rosas, já que a flor abunda nos vários jardins da cidade. Mesmo sem as flores, o encanto da vila é inegável, com um castelo a dominar a paisagem, várias ruas pitorescas junto ao lago e trilhos com vistas fenomenais nos arredores. Para além disso, se estiveres com vagar, podes viajar entre Zurique e Rapperswil numa fabulosa travessia de barco (2 horas para cada lado).
Rheinfall: Já para os amantes de natureza, a base em Zurique permite ainda visitar aquelas que são consideradas as maiores quedas de água da Europa, com uma altura de 23 metros! Se quiseres admirar o espectáculo da margem norte do Rio Reno, a visita é totalmente gratuita. Já na margem sul, aplica-se uma pequena taxa de CHF 5, que pelo menos te permite visitar o Castelo Laufen. Por estas bandas, vale ainda pena passar e dar uma vista de olhos na adorável vilazinha de Stein am Rhein.
Basileia: Lar do melhor mercado de Natal da Suíça, Basileia é uma day trip imperdível se visitares Zurique durante a época do Advento. Para além disso, o centro histórico é também extremamente pitoresco, repleto de ruinhas e calçada e igrejas medievais. Para além disso, deves aproveitar e dar uma voltinha nos emblemáticos Ferries de Basileia, um conjunto de veículos que ajudam a unir as duas margens do Reno e que funcionam à antiga, sem qualquer tipo de propulsão a motor.
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