Os turistas vão começar a ter que esperar para ir à praia? Em Maiorca, querem que os locais tenham acesso prioritário 🚫🏖️

De acordo com o portal “Major Daily Bulletin”, a proposta final, que inclui 56 recomendações distintas, é o resultado das deliberações levadas a cabo ao longo das assembleias locais dos últimos meses. Ainda há bem pouco tempo, as autoridades da ilha anunciaram a extensão da proibição do consumo de bebidas alcoólicas em determinados espaços públicos, mas parece que não irão ficar por aqui. A assembleia já veio a público dizer que estas mudanças têm como objectivo aliviar a pressão sobre as zonas mais congestionadas da ilha, respondendo ainda aos principais desafios ambientais.

Mas então, quais foram as principais conclusões? Cerca de 90% dos participantes concordaram em reduzir o número de cruzeiros permitidos nos portos de Maiorca. Para além disso, aqueles que tiverem as devidas permissões terão que passar pelo menos 12 horas diárias atracados e com os motores totalmente desligados.

Os activistas pelo clima pretendem ainda reduzir o número de carros alugados na ilha, privilegiando a expansão da rede de transportes públicos e das faixas exclusivas para bicicletas. Isto ajudaria também a que mesmo os turistas sem carro pudessem passar a deslocar-se pela ilha de uma forma mais fácil e conveniente.

De todas as 56 medidas em cima da mesa, um total de 32 receberam o apoio de mais de 90% dos votantes. Curiosamente, o plano para dar acesso prioritário aos areais de Maiorca à população local, cobrando bilhete aos forasteiros, não foi uma delas. Esta polémica e disruptiva ideia foi votada positivamente por “apenas” 69% da assembleia.

Por agora, estes números parecem indicar que não assistiremos a grandes mudanças nos acessos às praias. No entanto, isso não significa que o tema não seja revisto mais à frente, até porque todas as propostas que tenham atingido a bitola dos 50% terão que ser reexaminadas em futuras reuniões.