Gorjetas obrigatórias e lista negra de clientes: as controversas práticas dos restaurantes de Saint-Tropez 💸
A luxuosa cidade de Saint-Tropez, na Riviera Francesa, está debaixo de fogo após o relato de práticas exploratórias nos restaurantes locais. A imprensa francesa revelou que certos estabelecimentos têm mantido uma lista negra secreta de clientes com base na sua condição financeira e histórico de gorjetas, gerando uma onda de indignação entre locais e visitantes.
Ao que parece, os proprietários e staff de certos restaurantes implementaram um sistema discriminatório, no qual os clientes que não cumprem determinados critérios financeiros ou não dão gorjetas consideradas suficientemente altas, se veem excluídos dos estabelecimentos.
Esta “lista negra” estende-se ainda a indivíduos cujos perfis não se alinham com a percepção dos restaurantes do que deve ser considerado “um cliente promissor”, sendo que alguns locais chegam ao cúmulo de pesquisar potenciais clientes na internet antes de aceitarem reservas.
Para além disso, as práticas dúbias não se ficam pela porta, uma vez que alguns restaurantes introduziram políticas de “gasto mínimo” absolutamente exorbitantes, numa tentativa de dissuadir perfis indesejados. Acreditando na veracidade destas histórias, alguns clientes são obrigados a gastar um inacreditável mínimo de 1500€ por pessoa, e isto se quiserem garantir uma mesa.
Evidentemente, estas novas políticas têm afectado também a população local, com um residente a partilhar que o restaurante que frequentou toda a vida com a sua família decidiu também aderir a esta tendência, começando a exigir um montante de gasto mínimo extremamente avultado.
De acordo com o The Sun, um incidente particularmente intrigante teve lugar nas últimas semanas, com um empregado de mesa a perseguir um cliente, após o mesmo deixar uma gratificação de 500€. Não satisfeito, o empregado considerou-a insuficiente porque “não representava 20% do total da conta, de acordo com a política do estabelecimento”.
Entretanto, a Presidente da Câmara de Saint-Tropez, Sylvie Siri, decidiu tomar uma posição firme contra estas práticas exploratórias, comparando as acções destes restaurantes a pura extorsão. Como tal, e com o intuito de pôr termo a esta situação absurda, a presidente Siri convocou uma reunião com os proprietários de restaurantes na cidade para abordar o problema e encontrar formas de rectificar a situação.
No entanto, estas questionáveis políticas parecem agora estar a espalhar-se, com práticas semelhantes a serem reportadas noutros destinos de renome ao longo da Côte d’Azur, como Nice e Cannes. Se isto trata de um incidente isolado ou um sinal do que está para vir na maioria das cidades turísticas europeias, apenas o tempo dirá!
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