Roteiro de 14 dias na Albânia – Um itinerário de 2 semanas 🇦🇱

  • 06.01.2022 12:48
  • Bruno A.

Itinerário completo com direito a roteiro de 14 dias na Albânia. Inclui menção a cidades e pontos turísticos a visitar para quem procura o que fazer na Albânia em 2 semanas.

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Este roteiro de 14 dias na Albânia faz parte do nosso Guia Geral de Viagem ao país. Consulta-o para saberes todas as dicas práticas e informações importantes sobre a Albânia, incluindo transportes, hotéis, restaurantes e documentação de viagem.

Roteiro de 14 dias na Albânia – Um itinerário de duas semanas

Caso te estejas a perguntar se um país tão pequeno como a Albânia é merecedor de duas semanas inteiras de férias, então talvez te surpreendas com a natureza afirmativa da resposta. Para além da famosa Riviera, por si só com potencial para ocupar todo esse tempo em ritmo muito lento (e com muito descanso), com 14 dias poderás visitar a capital Tirana, as cidades históricas mais importantes do país e ainda os Alpes Albaneses, com especial destaque para o trekking entre Valbona e Theth e a cénica travessia pelo Lago Koman.

De qualquer das formas, e se não tiveres disponibilidade para todo este tempo, és sempre bem-vindo a dar uma vista de olhos nos nossos roteiros recomendados mais curtos da Albânia:

Assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades e atracções que deves visitar num roteiro de 14 dias pela Albânia.

Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 1: Tirana – O quarteirão BLLOKU

Quer chegues de avião, autocarro ou ferry, o teu primeiro dia em Tirana não deverá dar para mais que um breve passeio pelo centro da cidade.

Assim, se estiveres à procura de um sítio para jantar, recomendamos que visites o quarteirão BLLOKU, situado a apenas 20 minutos a pé do centro de Tirana. No tempo do ditador comunista Enver Hoxha, este era o bairro onde viviam os membros do governo e do Politburo. Um bairro de elites, onde o povo não era autorizado a entrar.

Com a queda do regime, o BLLOKU foi-se tornando o quarteirão “da moda”, e é lá que podes encontrar alguns dos melhores cafés, bares e restaurantes da cidade. Algo que irás reparar imediatamente, é que os albaneses ADORAM cafés. Tal como para nós, também para eles as cafetarias são sítios de convívio e é super-comum ver albaneses de todas as idades simplesmente a relaxar numa mesa de café durante horas a fio.

Por outro lado, e desta vez um pouco mais à medida de espanhóis e italianos, também os albaneses têm o hábito de sair e conviver depois do trabalho, antes de irem para casa. Aliás, esta prática cultural está tão enraizada em Tirana que ganhou até um nome – chamam-lhe: “dar um xhiro” (lê-se “dgiró). E no que toca aos sítios mais trendy para um xhiro, nenhum ultrapassa a popularidade do BLLOKU!

Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 2: Tirana – Comunismo e Islão

Com a energia reposta depois de uma refeição à séria e uma boa noite de sono, é tempo de explorar Tirana a fundo! Para este dia, o teu primeiro completo em terras albanesas, irás conhecer todo o centro de Tirana e visitar alguns dos seus museus mais conhecidos. Por esta altura já terás reparado que Tirana não é propriamente uma cidade clássica. Depois de Hoxha tomar o poder em 1944, este completo alucinado decidiu destruir praticamente tudo o que de clássico e otomano existia na capital, construindo no seu lugar as famosas “caixas de fósforos” tão típicas da arquitectura brutalista, entre outras construções completamente bizarras.

No entanto, ainda é possível encontrar resquícios dessa velha Tirana… há apenas que saber onde procurar! Assim sendo, começamos o dia no Pazari i Ri, um dos bairros centrais mais animados de Tirana. Traduzido como “O Novo Bazar”, este distrito foi totalmente renovado em 2016 para receber o bazar da cidade. Simbolicamente, o velho e belíssimo bazar otomano – igualmente destruído pelo regime de Hoxha – costumava ficar exactamente neste local. Neste bairro poderás ainda encontrar a histórica Mesquita Kokonozi, uma das poucas que sobreviveu até aos dias de hoje.

Logo de seguida, irás dar entrada na gigantesca Praça Skanderbeg, o epicentro da capital albanesa. Considerado o maior herói nacional do país, a sua estátua domina o centro da praça. Existem vários pontos de interesse neste espaço, como o Museu da História Nacional da Albânia (500 LEK), que retrata todo o percurso histórico (o bom e o mau) do país, a Torre do Relógio (200 LEK), um símbolo otomano com uma das vistas mais bonitas do centro de Tirana, e ainda a Mesquita Ethem Bey, o local de culto histórico mais importante do país, e que inexplicavelmente acabou por nunca ser destruído pela loucura de Hoxha. Ainda nas imediações da praça poderás encontrar o Bunk’Art 2. Uma vez que Hoxha praticamente não tinha aliados (a determinada altura, as próprias União Soviética e China cortaram relações com a Albânia), o ditador vivia numa permanente mania da perseguição, com a constante preocupação de que o país fosse alvo de ataques químicos e nucleares. Como tal, Hoxha mandou construir centenas de milhares de bunkers por todo o país. Contudo, e ao passo que a esmagadora maioria deles são minúsculos, este era um bunker governamental, sendo por isso todo um conjunto de túneis e salas subterrâneos. Hoje em dia, este enorme bunker deu então lugar ao museu Bunk’Art 2 (600 LEK), uma instalação que relata este período negro da história albanesa, com especial foco nas perseguições políticas levadas a cabo pela Sigurimi, a polícia estatal.

Depois de visitado o museu, percorre a Rua Murat Toptani, uma das poucas ruas pedonais da capital albanesa, e visita o interior do antigo Castelo de Tirana. Apesar do nome, da fortaleza resta apenas a muralha, sendo que o interior é hoje em dia uma praça de alimentação bastante sofisticada, que tenta rivalizar com o apelo do BLLOKU. Logo à frente, vais poder testemunhar dois exemplos perfeitos da influência turca/otomana. Primeiro, a novíssima Mesquita Namazgah, financiada pela Turquia e cuja construção deverá terminar este ano. Após ser completada, será a maior mesquita de todos os Balcãs, com a sua fachada a fazer lembrar as mesquitas monumentais que encontras em Istambul. Mais abaixo, tens a pequenina Ponte dos Curtidores, uma minúscula ponte pedonal e um dos poucos vestígios arquitectónicos da ocupação otomana de há muitas centenas de anos.

Para terminar o dia, e para mais uma bizarria do regime, poderás ver a Pirâmide de Tirana. Construída após a morte de Hoxha para servir de museu em sua homenagem, o plano original foi abandonado após a queda do comunismo na Albânia. Desde então, já serviu muitos outros propósitos, tendo inclusive sido ponderada a sua demolição devido ao estado de elevada degradação. No entanto, em 2018 foi aprovado um mega-projecto que irá transformar a Pirâmide num centro de tecnologia e inovação, mantendo o formato incomum do edifício. Quando estiver terminado, será com toda a certeza um dos locais mais “cool” de Tirana. Bem perto poderás ainda visitar o Memorial Postbllok, uma pequena exibição artística onde encontrarás um dos muitos mini-bunkers que vais ver durante a tua aventura, bem como um pedaço do Muro de Berlim e ainda um conjunto de vigas de uma prisão política albanesa.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 3 – Tirana: Day trip a Kruje, o berço da nação

Para o teu dia final em Tirana, iremos reservar a manhã para um passeio até à cidade vizinha de Kruje, situada a apenas 30km de distância. Apesar da proximidade, Kruje não podia ser mais diferente da capital, com os prédios, o barulho e as longas avenidas a darem lugar a um meio pequenino, silencioso e adorável.

Kruje é famosa por ser a terra-natal de Skanderbeg, o herói de que falámos acima. Foi também a capital do primeiro território albanês alguma vez registado, ainda no século XII, e também do oficialmente reconhecido Reino da Albânia, 100 anos mais tarde. Mesmo depois do país ter sido capturado pelos otomanos uma primeira vez, foi já sob o comando de Skanderbeg – e a partir de Kruje – que o país foi liberado, tornando apenas a ser ocupado novamente após a sua morte. Como detalhe final, foi também em Kruje que se registaram os primeiros grandes protestos populares contra a ocupação otomana em 1903, e que viriam a resultar na independência definitva do país. Por todos estes motivos, Kruje tem um lugar especial na memória colectiva albanesa, representado o berço da nação.

Quanto a locais a visitar, Kruje é também popular pelo seu Pazari i Krujës, um bazar muito antigo e tremendamente adorável que ocupa todo o centro da pequena cidade. No topo da colina poderás vislumbrar o Castelo de Kruje, que por sua vez alberga o Museu Skanderbeg (500 LEK), uma exposição extremamente interessante sobre a vida do homem mais importante da Albânia e o seu processo de luta pela independência do país. Se quiseres saber mais sobre uma das histórias de vida mais bizarras e mirabolantes que alguma vez ouvi, recomendo mesmo muito uma visita a este museu!

De regresso a Tirana, deverás afastar-te até aos subúrbios e visitar o Bunk’Art 1 (500 LEK). Não, não é um erro, é outro museu da mesma autoria da instituição que visitaste no dia anterior. Embora o Bunk’Art 2 seja muito mais visitado, dada a sua proximidade do centro, o Bunk’Art 1 é de longe mais interessante, atmosférico e impressionante. Para começar, este é o maior bunker alguma vez construído na Albânia, com 3000 metros quadrados, 106 salas e 5 pisos subterrâneos. Tendo em conta que poucos se dão ao trabalho de o visitar, irás dar por ti a vaguear completamente sozinho pelos seus corredores mal iluminados e silenciosos. É amplo o suficiente para te deixar nervoso o tempo inteiro. Quanto ao museu propriamente dito, inclui uma série de exibições sobre a história albanesa do século XX, com especial destaque para as ocupações italiana e alemã da Segunda Guerra Mundial e para o período comunista, e ainda um conjunto de apartamentos, escritórios e salas destinadas a operações governamentais e ao próprio Enver Hoxha em caso de ataque/ameaça. Para além disso, poderás ainda visitar o teatro subterrâneo e descobrir as várias instalações artísticas do museu, que te permitem simular vários tipos de ataques (aéreo, químico, etc) e experienciar o que sentiriam aqueles que estivessem dentro dos bunkers.

Para terminar o dia, nada melhor que apanhar o Dajti Ekspres (800 LEK ida-e-volta), um teleférico que te levará até ao topo da Montanha Dajti e brindar-te-á com as melhores vistas em toda a Tirana.

Excursão recomendada:

Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 4 – Berat: A cidade das 1000 janelas

Chegada a hora de sair oficialmente de Tirana, é tempo de pegares no teu carro alugado (ou apanhares o autocarro) e rumares a Berat. Apelidada de “A Cidade das 1000 Janelas”, esta é uma das povoações mais bonitas da Albânia, mantendo – ao contrário da capital – todo o seu charme antigo. Aliás, por alguma razão é um dos dois únicos centros históricos albaneses designados Património da Humanidade pela UNESCO! Dividida em dois pelo Rio Osum, a cidade de Berat estava originalmente dividida em duas margens: uma cristã e uma islâmica.

Assim, recomendamos que comeces por atravessar a Ponte Gorica e explores as ruelas do Distrito de Gorica, o bairro cristão. Embora não existam grandes atracções nesta margem, é um excelente sítio para um passeio e para admirar a arquitectura antiga de Berat, longe das multidões do quarteirão islâmico. Para além disso, poderás começar a apreciar a visão do amontoado de casas branquinhas do outro lado e começar a perceber a razão por detrás do apelido dado à cidade.

Voltando à outra margem, desta vez através de uma ponte moderna mais à frente, chegaremos ao coração do Distrito de Mangalem, o quarteirão islâmico. É aqui que iniciarás a extenuante mas compensadora subida até ao Castelo de Berat (300 LEK), a principal atracção da cidade. Lá dentro, e ao contrário de muitos castelos históricos, encontrarás uma mini-vila onde algumas pessoas ainda residem, bem como inúmeros hotéis e restaurantes espalhados pelas suas ruas labirínticas em pedra, ruínas antigas (Mesquita Branca e Mesquita Vermelha) e igrejas bizantinas escondidas (como a Igreja da Santíssima Trindade ou Igreja de Santa Maria de Blaquerna). Para além disso, assim que chegares ao miradouro serás recompensado com uma das vistas panorâmicas mais inacreditáveis que já vi!

À descida, aproveita também para visitar a Mesquita do Rei e a Mesquita Izgurli. No caso da primeira, podes tentar a tua sorte e pedir ao guarda para subir ao minarete. É uma experiência aperta e claustrofóbica, mas a sensação de chegar ao topo e ver a cidade é espectacular! Um pouco mais à frente, e para testemunhares o legado multirreligioso de Berat, podes também visitar a Catedral Ortodoxa de São Demétrio. Chegada a hora de voltar, regressa à margem do rio com um passeio pela Bulevardi Republika.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 5 – Gjirokaster: O tesouro otomano

De todas as cidades históricas albanesas, quiçá Gjirokaster seja a que melhor preservou o seu legado otomano, levando a que passear pelas ruas da “Cidade de Pedra” – o seu apelido – seja como fazer rewind na fita e voltar a um período diferente e longínquo. Hoje em dia, é uma cidade albanesa, com arquitectura otomana e uma porção significativa da população (e respectiva cultura) com raízes gregas, tornando-a um local verdadeiramente distinto. Lembras-te de no dia anterior mencionar que Berat é um dos 2 únicos centros históricos albaneses distinguidos pela UNESCO? Pois bem, este é o outro!

Falando em herança otomana, recomendamos que comeces por visitar pelo menos uma das muitas casas históricas deste período. Estas verdadeiras mansões de família, com a decoração tradicional de há vários séculos e completas com os seus próprios mecanismos de defesa, obtenção e escoamento de água, são uma excelente forma de te apresentares à história de Gjirokaster. As mansões otomanas mais famosas são a Casa Skenduli e a Casa Zekate (200 LEK/cada). Depois desta visita, irás entrar formalmente na Cidade Velha, praticamente toda ocupada pelo incrível Bazar de Gjirokaster, um conjunto extenso de lojas e banquinhas de rua à face das ruas em calçada. Aqui poderás também encontrar a Mesquita do Bazar e os Túneis da Guerra Fria (200 LEK), outro fantástico exemplo da paranoia do ditador sob a forma de um bunker subterrâneo com 59 salas. As visitas guiadas destes túneis duram 20 minutos e podem ser solicitadas no Tourism Information Office.

Por esta altura, já há muito terás reparado no fabuloso Castelo de Gjirokaster (200 LEK), uma construção otomana gigantesca que guarda a cidade a partir de uma colina. Este é o ponto seguinte do roteiro, onde poderás desfrutar das fortificações e das vistas panorâmicas sobre a Cidade Velha e o Bazar. Para fechar o dia, sugerimos uma caminhada pelo quarteirão de Manalat e pelas suas elevações até chegares à Ponte Ali Pasha, uma ruína extremamente isolada de um antigo aqueduto que costumava conduzir água das nascentes às cisternas co castelo.

Ao final da tarde, é chegada a hora de voltar ao carro e conduzir até à Riviera Albanesa. Poderás pernoitar em Ksamil ou Sarande.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 6 – Riviera Albanesa: Ksamil, Butrint e Sarande

E ao sexto dia, eis que chegas finalmente à Riviera Albanesa – muito provavelmente a região do país que te fez vir até cá! É compreensível, não existe outro local na Europa que ofereça praias e beleza costeira deste calibre a preços tão simpático para a carteira. E se é para colocar essa fama à prova, comecemos então por Ksamil, a mais famosa de todas as vilas litorais albanesas. Embora na minha opinião existam sítios bem melhores (e mais baratos) ao longo da Riviera, passar pelo menos uma manhã por estas bandas é quase obrigatório. Para lá das praias Bora Bora e Ksamilit, as mais conhecidas e frequentadas, é também possível nadar até às Ilhotas de Ksamil ou, se o esforço for demasiado, alugar um caiaque e fazer o percurso a remo.

Logo ao lado de Ksamil, bem pertinho da fronteira grega, recomendamos uma visita ao Parque Nacional de Butrint (1000 LEK), uma reserva natural que é, ao mesmo tempo, o local arqueológico mais importante do país. Por entre o cenário natural, marcado por lagos de água doce, pantanais, planícies e umas vistas inacreditáveis das paisagens em redor, descobrirás ruínas romanas de teatros, fóruns, templos, termas e aquedutos, bem como uma fortaleza e acrópole venezianas. Verdadeiramente um dos locais arqueológicos mais singulares do planeta (e também apropriadamente reconhecido pela UNESCO).

Para terminar o dia, deverás conduzir 18km até Sarande, a cidade mais importante da Riviera Albanesa e a maior do sul do país. Embora seja um sítio relativamente moderno e sem o encanto das pequenas vilas e aldeias da região, a sua localização é absolutamente mágica, numa baía natural entre as Colinas verdejantes de Gormarti e Berdeneshi e as águas cristalinas do Mar Jónico (com a Ilha grega de Corfu no horizonte). Para poderes testemunhar o cenário pitoresco da cidade em todo o seu esplendor, sugerimos que assistas ao pôr-do-sol a partir do Castelo Lekuresi ou do menos conhecido Mosteiro dos 40 Santos (200 LEK). Já depois da noite cair, aproveita para ver a cidade ganhar uma nova vida (e já agora, comer um gelado) com um passeio pela Marginal de Sarande.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 7 – Riviera Albanesa: Borsh, Qeparo e Himare

Deixando Sarande para trás, neste dia irás explorar um pouco mais da costa albanesa, conhecendo praias fantásticas, ruínas de castelos e aldeias semiabandonadas, ao mesmo tempo que conduzes pela Estrada SH8 numa das roadtrips mais memoráveis que podes fazer em território europeu.

A tua primeira paragem será em Borsh, terra onde poderás encontrar a praia mais extensa de todo o Mar Jónico com mais de 7km de areal. Afastado da costa e no topo da Colina Sopot, poderás também visitar as dramáticas ruínas do Castelo de Borsh e da Mesquita Hajji Bendo. Voltando à estrada, irás fazer um pequeno desvio e subir uma estrada de gravilha de declive acentuado até chegares à aldeia de Upper Qeparo, um destino alternativo em plena Riviera Albanesa. Uma localidade onde ainda se fala grego, a maioria da população deixou-a ao abandono após a queda do comunismo, trocando a sua realidade por uma vida melhor na Grécia. Hoje em dia, e à conta do surgimento do turismo, a aldeia está lentamente a voltar à vida. Porém, e por agora, continua a ser possível passear pelas suas ruas estreitas, fachadas antigas e ruínas abandonadas, enquanto os locais te lançam olhares tão curiosos quanto inquisitivos. Um tesourinho!

Por fim, a tua última paragem do dia levar-te-á a Himare, a principal cidade desta secção da Riviera. Para lá da Praia Stageio e das ruínas do Castelo de Himare (um dos sítios com melhores vistas em toda a costa), podes ainda dar um passeio pelo promontório e ver a cidade sob um ponto de vista totalmente distinto. Se ainda tiveres tempo em mãos, poderás também fazer uma visita rápida ao Castelo de Porto Palermo (300 LEK), o único nas redondezas que não está em ruínas, situado a apenas 6km de distância.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 8 – Riviera Albanesa: Gjipe, Vuno e Dhermi

Mais um dia amanhece, mais uma aventura à tua espera pela Riviera Albanesa. Desta feita, irás começar o dia na Praia de Gjipe, considerada uma das melhores de toda a região. O segredo para o apelo desta praia está também na sua aparente inacessibilidade. Rodeada pelo mar de um lado e por um desfiladeiro pelo outro, para visitares esta praia terás que deixar o carro num parque próprio (300 LEK/dia) e caminhar cerca de 30 minutos por um trilho coberto de pedras e terra batida. Pode não parecer a coisa mais glamorosa do mundo, mas assim que vislumbres a praia pela primeira vez, irás imediatamente perceber porque te recomendamos que lá vás. Se visitares antes das enchentes de Julho e Agosto, há uma boa possibilidade de teres praticamente a praia só para ti (quando lá fui, no final de Junho de 2021, estavam literalmente 5 pessoas na praia inteira).

Uma vez que irás passar grande parte do dia em Gjipe, os restantes locais que estipulámos para este dia são de passagem rápida. Tanto Vuno como Dhermi são duas aldeiazinhas especialmente adoráveis, erigidas nas encostas e com vistas fantásticas sobre o Mar Jónico. Estaciona, reserva cerca de 30 minutinhos para vagueares pelas ruas e escadarias de cada uma destas terras e descobrir as suas igrejas e mosteiros ortodoxos.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 9 – Da Riviera aos Alpes Albaneses

Chega assim ao fim a tua aventura pela Riviera, mas não sem antes completares aquele que é possivelmente o trecho mais bonito da Estrada SH8: o Llogara Pass! Um desfiladeiro de montanha que faz parte do Parque Nacional de Llogara, ziguezaguear pelo asfalto enquanto vês o azul e verde da Riviera Albanesa é a forma perfeita de te despedires desta magnífica região.

Ironicamente, a tua última paragem é oficialmente o ponto de partida da Riviera Albanesa: a cidade de Vlore. Poderás passar aqui o resto da manhã e ir até à praia, visitar o Monumento da Independência e a Mesquita Muradie – uma relíquia com 500 anos de história – e dar um passeio pela Avenida Lungomare. Pegando no carro, podes ainda adicionar ao roteiro a pitoresca vila de Narta, o Mosteiro de Zvarnec ou o Castelo de Kanine, todos situados nas redondezas de Vlore.

Para o período da tarde, é altura de seguires caminho até Shkoder, a maior cidade do norte da Albânia e principal ponto de acesso aos maravilhosos Alpes Albaneses. Se tiveres tempo, é sempre boa ideia interromper a viagem em Durres e visitar o Anfiteatro Romano (300 LEK) e a Torre Veneziana.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 10 – Shkoder: A base perfeita

Muitos viajantes tendem a tratar Shkoder como um mero ponto de passagem e um local prático para uma noite curta, antes de partirem rumo aos picos montanhosos dos Alpes Albaneses. E no entanto, a cidade tem uma quantidade bastante respeitosa de sítios merecedores de uma visita. Um ponto de encontro de várias culturas e backgrounds ao longo de muitas gerações, Shkoder é uma cidade surpreendentemente diversa e interessante.

Posto isto, deverás começar o dia no Castelo Rozafa (400 LEK). Por esta altura, certamente já te terás apercebido que praticamente todas as terriolas albanesas têm um castelo… Shkoder não é excepção! No entanto, o Castelo Rozafa é um dos mais antigos do país, com relatos da existência de uma fortaleza naquele mesmo promontório desde os tempos da antiga Ilíria. Apesar do interior do castelo estar em ruínas, as vistas sobre o Lago Shkoder são fabulosas.

Após a visita ao castelo, é hora de voltar ao centro da cidade. Curiosamente, e para minha surpresa, Shkoder tem um centro histórico bastante bonito e bem mantido, com um estilo de edifícios muito diferente dos que habitualmente encontras nas baixas das restantes cidades albanesas. O melhor mesmo é perderes-te sem rumo pelas ruas do centro e ires vendo o que consegues descobrir, embora locais como a Mesquita Ebu Bkr, a Arquicatedral Metropolitana e – acima de tudo – a Rua Kole Idromeno sejam de visita obrigatória.

Para terminar, e um pouco mais afastado no leste da cidade (pega no carro ou pede um táxi), não deixes de visitar a Ponte Mesi, o meu lugar favorito em Shkoder. Perdida algures a 5km do centro, esta é uma das pontes otomanas mais bem preservadas do mundo, tendo sido construída há mais de 250 anos.

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 11 – Alpes Albaneses: Ferry do Lago Koman

Tendo os Alpes Albaneses como ponto seguinte do roteiro, é agora necessário chegar a Valbona, uma pequena aldeia montanhosa que marca o início (ou fim, dependendo do trajecto) do trekking até Theth. No entanto, aquilo que poderia ser à partida uma viagem cansativa de curva e contracurva, acaba na realidade por ser uma atracção por direito próprio: cortesia da uma viagem de ferry para o Lago Koman!

Assim sendo, o dia começará com uma viagem de van até à localidade de Koman, de onde sai o ferry com destino a Fierze. Desembarcando nesta última, é depois necessário apanhar um outro veículo até Valbona. No entanto, se os percursos de autocarro não têm muito para contar, o mesmo já não se pode dizer do ferry, sendo a travessia apelidada com uma das mais bonitas do mundo! Esta viagem tem a duração de 2h30, período de tempo no qual poderás apreciar a paisagem incomum e a forma como as construções rochosas reflectem nas águas azuis-esverdeadas do lago.

Quanto a preços e horários, convém realçar que o percurso é assegurado pela Berisha, a mesma empresa que gere o Ferry do Lago Koman, sendo por isso considerado uma espécie de “tour”. Estas vans recolhem-te directamente no teu hotel às 06h30 e têm o custo de 7€, sendo o pagamento feito antecipadamente por Paypal. Se quiseres pagar logo pelo percurso de autocarro até Koman + ferry + transfer de Fierze até Valbona, o preço passa a 21€. Podes reservar o teu lugar através do seu site oficial.

Nota importante: mesmo que tenhas alugado carro deverás deixá-lo em Shkoder, onde voltarás dentro de 2 dias. Uma vez que vais posteriormente fazer o trekking Valbona-Theth, se levasses carro terias depois que fazer o percurso inverso para voltares ao bólide, perdendo um dia extra e tendo que fazer novamente a viagem de ferry (com a agravante de teres que pagar mais para levar o veículo). Caso te queiras assegurar de que o carro fica num local seguro, poderás solicitar estacionamento no parque do Petit Hotel Elita, em pleno centro de Shkoder, pelo preço de 3€/dia.

Chegado a Valbona, aproveita para dar um passeio breve pela natureza, comer bem e descansar… o dia de amanhã será exigente!

Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 12 – Alpes Albaneses: Trekking Valbona-Theth

Depois de uma noite bem dormida e um pequeno-almoço reforçado, irás finalmente percorrer o famoso trilho entre as aldeias de Valbona e Theth, o mais popular dos Alpes Albaneses.

Este percurso é ideal para iniciantes e viajantes sem qualquer prática, uma vez que, apesar de longo e cansativo, não requer nenhum tipo de cuidado especial ou conhecimento prévio. A extensão total do trilho é de cerca de 12.5km, podendo a caminhada demorar entre 7 a 9 horas, dependendo do ritmo e do número de paragens. Tem também em atenção que todas as guesthouses em Valbona ficam relativamente longe do início do trilho, pelo que, para poupares tempo e energia, o melhor é perguntares se alguém do alojamento te pode levar até ao início “oficial” do percurso (alguns cobram, outros poderão até fazer o favor de te deixar lá gratuitamente).

Quanto ao trilho, e à excepção de alguma confusão com placas e bifurcações logo no princípio, todo o restante trajecto está bem sinalizado e não apresenta grandes desvios, sendo por isso bastante intuitivo. Seja como for, assegura-te de que tens sempre à mão uma app de orientação que funcione offline como o Maps.me. Para além disso, não te esqueças de levar água e snacks para o dia (irás passá-lo praticamente todo a caminhar), nem de ir devidamente equipado com chapéu e protector solar.

Assim que chegues a Theth, e embora tudo o que te apeteça seja um prato de comida e cama lavada, se ainda tiveres energia no tanque, podes sempre visitar a pitoresca Igreja de Theth ou a rocambolesca Torre Kulla (200 LEK). Muito resumidamente, e de acordo com o código de honra tradicional albanês, sempre que um homem era assassinado, um membro da sua família tinha o dever moral de procurar vingança, matando o homicida ou um familiar do sexo masculino. Chama-se a isto as “blood feuds” (ou rivalidades de sangue) e estão profundamente enraizadas na cultura e história albanesas. Assim, a Torre Kulla era o lugar onde os homens da região que sabiam estar a ser perseguidos no âmbito destas blood feuds se escondiam durante semanas ou meses até que a situação acalmasse… o que raramente acontecia!

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Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 13 – Alpes Albaneses: A longa viagem até Tirana

Com a viagem a chegar ao fim, é tempo de fazer viagem de regresso a Tirana, a capital do país.

Uma vez que não existem autocarros directos para Tirana, terás primeiro que regressar a Shkoder. Caso optes por alugar carro, terás sempre que voltar a essa cidade para o poderes recolher do parque de estacionamento onde o deixaste. Esse trajecto (Theth-Shkoder) é assegurado diariamente por alguns operadores semi-turísticos locais. Estas minivans partem de Theth por volta das 11h00, recolhendo os passageiros de vários alojamentos da vila. Para poderes assegurar o teu lugar, solicita a recolha directamente na tua guesthouse e eles saberão a quem ligar. O percurso tem o custo de 10€ e as vans demoram 2 horas a chegar a Shkoder.

Chegado a Shkoder, chegou a altura de voltar à estrada e retornar a Tirana. Amanhã voltarás para casa.

Roteiro de 14 dias na Albânia: Dia 14 – Voo de regresso a casa

Tendo em conta que poderás voar a qualquer hora, o teu último dia será apenas dedicado ao regresso a Tirana e ao tratamento de todas a burocracias necessárias na entrega do carro alugado (ou na viagem do centro até ao aeroporto, caso tenhas optado por não alugar nenhum veículo).

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