Itinerário completo com direito a roteiro de 4 dias em Puglia. Inclui menção a cidades e pontos turísticos a visitar para quem procura o que fazer em Puglia em 4 dias.
Este roteiro de 4 dias em Puglia faz parte do nosso Guia Geral de Viagem da região italiana. Consulta-o para saberes todas as dicas práticas e informações importantes sobre a Puglia, incluindo transportes, hotéis, restaurantes e melhores praias.
NOTA: Apesar de existir uma rede de transportes ferroviária e rodoviária na Puglia, o desenho e planeamento deste roteiro foi feito com a pressuposição de aluguer de carro/scooter. Se essa não for uma opção para ti, deverás ler com atenção a secção de transportes do nosso guia geral (link acima).
Tendo em conta o tamanho da região e a quantidade e variedade de praias, vilas e cidades merecedores de uma visita, confirmamos desde já que 4 dias é manifestamente insuficiente para fazer jus à Puglia. Ainda assim, se esta é toda a disponibilidade que tens, queremos ajudar-te a aproveitar a experiência ao máximo. Posto isto, e para além da paragem clássica em Bari, onde aterrarás, com 4 dias inteiros podes ainda visitar as localidades costeiras de Polignano a Mare e Monopoli, a extraordinária colecção de vilas tradicionais do Vale de Itria – com destaque para Alberobello e Ostuni – e terminar o périplo na inevitável Lecce!
Posto isto, se estiveres à procura de itinerários um pouco mais completos e tiveres tempo de sobra, és sempre bem-vindo a dar uma vista de olhos no nosso roteiro de 1 semana em Puglia.
Ainda assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades e atracções que deves visitar num roteiro de 4 dias por Puglia.
Considerada a maior cidade de toda a Puglia, bem como a mais bem conectada de toda a região, Bari é onde inevitavelmente começarás o teu périplo. Apesar da sua dimensão e importância actuais, Bari foi durante longos séculos uma pequena vila piscatória, até se ter imposto como um dos portos italianos mais importantes do Império Bizantino.
Actualmente, a cidade tem duas facetas bem distintas: a da Cidade Velha, com as ruas estreitas e beleza clássica, e a da Cidade Nova, onde se destacam os prédios modernos e avenidas compridas. Naturalmente, e enquanto turista, a maior parte do teu tempo será passado na Bari Vecchia, o nome local dado ao centro histórico. Aqui, todos os caminhos vão dar à Basílica de São Nicolau, considerada a grande atracção da cidade. Uma igreja partilhada pelas fés católica e ortodoxa, é também conhecida por albergar os restos mortais de São Nicolau, a personalidade religiosa que haveria de inspirar a figura do Pai Natal.
Depois, é só percorrer as ruas da Cidade Velha a teu bel-prazer, sendo que pelo caminho invariavelmente acabarás por ir dar à Piazza Mercantile, à Piazza del Ferrarese, à Catedral de Bari e ao Castello Normanno-Svevo (€10,00), uma antiga fortaleza bizantina, mais tarde convertida num gigantesco palácio.
Ainda no casco antigo, recomendamos que percorras a Strada Arco Basso, localmente referida como a Strada delle Orecchiette, um tipo de pasta muito associado à cidade. A razão é simples, já que desde tempos antigos que é muito comum as senhoras mais velhas residentes na Cidade Velha virem para aqui e montarem as suas bancas improvisadas, onde vendem pacotinhos de massa orecchiette caseira a locais e turistas!
Chegada a hora de deixares a Bari Vecchia, vais entrar no quarteirão vizinho do Borgo Murattiano, onde as ruas estreitas e fachadas medievais dão lugar a vias mais pomposas e edifícios clássicos do século XIX. Continua a ser um sítio bastante bonito, com vários palácios (Palazzo Fizzarotti e Palazzo Mincuzzi), teatros (Teatro Piccini e Teatro Margherita) e ruas comerciais (Corso Vittorio Emanuele II e Via Sparano).
No entanto, nenhum outro marco deste distrito se destaca tanto quanto o Teatro Petruzzelli (tours disponíveis por €5,00), uma das casas de concertos mais belas e conceituadas de Itália. Para fechar o teu dia inaugural em beleza por terras de Puglia, convidamos-te a dar um passeio pela Lungomare Nazario Sauro, a compridíssima marginal onde podes assistir ao teu primeiro pôr-do-sol pelas terras do tacão da bota Italiana.
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Resumo do 1º dia:
Depois de visitado o teu primeiro destino mais cultural e urbano, é tempo de dedicar alguns dias a outras vertentes turísticas que tanto têm ajudado Puglia a aparecer nos radares do turismo internacional. Posto isto, nada melhor que começar junto à costa – mais precisamente em Polignano a Mare – para uma primeira introdução em grande às maravilhosas praias da região.
Aliás, a Lama Monachile, principal praia da emblemática vila, foi mesmo das primeiras imagens de cartão-postal associadas ao turismo de Puglia. Nada que surpreenda, já que o areal pristino, cercado pelas falésias e fachadas brancas típicas, é absolutamente estonteante. No entanto, nem só de turismo balnear se faz o encanto de Polignano a Mare (longe disso), pelo que poderás passar o resto da tua manhã a explorar o seu centro histórico. Para isso, deverás atravessar o Arco Marchesale, principal porta de acesso ao cenário encantador de ruas em calçada e fachadas branquinhas, onde se destaca a Piazza Vittorio Emanuele, por sua vez lar de outros marcos importantes como o Palazzo dell’ Orologio ou a Igreja di Santa Maria Assunta.
Não menos importantes são os vários miradouros onde podes desfrutar de vistas fabulosas sobre o Adriático e sobre a silhueta da Cidade Velha. Dos vários à disposição, recomendamos o Belvedere su Lama Monachile, o Bastione di Santo Stefano e o terraço junto ao Monumento a Domenico Modugno. Quem? Só o tipo que canta o famoso “Volare oh, oh / Cantare oh, oh” – natural precisamente desta pequena vila!
Já depois da pausa de almoço, é tempo de arrepiar caminho até Monopoli, situada a uns míseros 10 km de distância. Apesar de ser substancialmente maior que a tua paragem da manhã, a cidade ostenta um centro histórico extremamente bonito, para além de uma atmosfera bem menos turística. De forma algo surpreendente, a Cidade Velha tem muito para ver e fazer, começando pela Catedral Maria Santissima della Madia, uma das igrejas mais bonitas de toda a Puglia. Outros locais de culto merecedores de uma visita incluem a Igreja di Santa Maria del Suffragio e a Igreja San Salvatore.
No entanto, nem só de religião se fazem os encantos de Monopoli, pelo que os visitantes devem igualmente prestar atenção ao Palazzo Palmieri e ao Castello Carlo V, apreciar as vistas do Bastione Santa Maria e do Porto Antico, e fazer um pouco de people-watching enquanto bebem um copo na Piazza. Pelo meio, não pode faltar o mergulho na Cala Porta Vecchia, situada a paredes-meias com a muralha da localidade. Como tal, o cenário é particularmente peculiar, com um mix interessante de natureza e arquitectura.
Se ainda houver tempo e energia, poderás fazer-te à estrada para um último troço de 7 km até à Calette di Torre Cintola. Seguramente uma das praias mais singulares de Puglia, aqui não encontrarás os típicos areais – nem de areia fina, nem de seixos. Ao invés, a “praia” é na realidade formada por vários rochedos macios, onde podes esticar a toalha, e a partir dos quais podes mergulhar nas águas que em tempos serviram de piscinas romanas.
Resumo do 2º dia:
Tendo já visitado as cidades e a costa, o terceiro dia da tua aventura conduzir-te-á ao Vale de Itria, uma zona conhecida pelas suas vinhas, plantações de oliveiras e aldeias tradicionais. De resto, e apesar de “longe” do mar, este vale é considerado uma atracção a não perder, albergando alguns dos lugares mais fotogénicos e encantadores de Puglia. Embora um dia não dê para tudo, se te levantares cedinho já conseguirás tirar bom proveito do vale, visitando os seus pontos mais emblemáticos. Assim, a tua primeira paragem terá lugar em Alberobello, provavelmente o povoado mais conhecido da região.
Numa zona conhecida pelos “trulli”, casas típicas de Puglia caracterizadas pela forma redonda com telhados cónicos em tijolo, Alberobello é a epítome dessa tradição arquitectónica, com um centro histórico formado por fileiras completas destas construções. Sem surpresa, este é também um dos pontos mais fotogénicos de Puglia, e um local absolutamente imperdível para quem se aventurar por este cantinho transalpino. Não há propriamente grandes atracções a registar, mas é isso que torna a vila tão apetecível. É um local onde basta caminhar de um lado para o outro (especialmente no distrito de Rione Monti) para apreciar o seu melhor lado, fotografando os trulli e subindo aos terraços das lojas de souvenirs para uma vista panorâmica.
Ainda assim, e apenas para referência, poderás visitar a Parrocchia Sant’Antonio di Padova, a Basílica de Santos Cosme e Damião e o Belvedere Santa Lucia.
Depois de um par de horas a explorar Alberobello, é tempo de seguir para Locorotondo, uma pequena vila situada no topo de uma colina. Dizem os italianos que é um dos povoados mais belos do seu país – e não temos como discordar!
Com vistas de cortar a respiração a partir de praticamente qualquer ponto da Via Nardelli, a rua que cerca todo o centro histórico, é a combinação perfeita de exploração cultural e deslumbramento paisagístico. Desfrutadas as vistas, entrarás então na Cidade Velha através da Porta Napoli, que te dará acesso ao rendilhado de ruelas em pedra e casinhas brancas tão típicas desta zona de Itália. O tipo de sítio onde não dá para tirar uma má fotografia! No interior, não deixes de visitar o Palazzo Morelli, a Igreja de São Jorge o Mártir ou a Igreja di Madonna della Greca, bem como de percorrer a minúscula mas pitoresca Piazza Vittorio Emanuele.
Para uma última chapa de honra do expansivo Vale de Itria, dirige-te ao Belvedere di Locorotondo. Embora este seja um dia exigente, o ideal será conseguires cumprir tudo isto ainda no período da manhã, a tempo de fazeres já a tua paragem de almoço em Ostuni, a última vila a visitar. Conhecida como a “Cidade Branca”, quase todas as casas do centro histórico foram pintadas desta cor, levando ao extremo uma prática bastante comum noutras vilas da Puglia. Curiosamente, as próprias autoridades locais incentivam a uniformidade, cobrindo metade do custo de todos os proprietários que pintem as suas casas de branco!
Uma vez mais, o melhor é entrar no centro histórico e deixares-te perder… literalmente! Afinal, a Cidade Velha foi sendo construída de forma improvisada e sem qualquer plano ou atenção ao detalhe, resultando no labirinto desordenado de becos sem saída que hoje se apresenta aos turistas. Na verdade, este factor revelou-se importante, dificultando de sobremaneira a vida aos invasores que foram chegando ao longo dos milénios de vários pontos da Europa.
De qualquer das formas, o teu itinerário terá início na Piazza della Libertà, considerada o coração da cidade, bem como o local onde podes encontrar a Coluna di Sant’Oronzo e a Igreja di San Francesco d’Assisi. Segue-se a passagem no Duomo di Santa Maria Assunta, antes de percorreres a muralha da cidade, de onde podes ver os vastos campos de oliveiras e o Adriático em plano de fundo. Já à saída da cidade, recomendamos que faças uma paragem rápida na Piazzetta Martiri delle Foibe (conhecida como o Belvedere di Ostuni) para uma vista da cidade de fazer cair o queixo. Por fim, e se ainda tiveres 1 ou 2 horitas para queimar, podes acabar o dia com um mergulho na Spiaggia di Torre Pozzelle.
A escolha ideal para quem queira combinar praia com uma visita à pitoresca Ostuni, este areal tem um ar bem mais selvagem e isolado que a maioria dos congéneres da região. Um ponto positivo, já que este é o local ideal para fugir às multidões no pico do Verão.
Resumo do 3º dia:
Depois das praias e dos vales, terminaremos a tua aventura pela Puglia com um regresso à cidade para a visita obrigatória a Lecce, a segunda principal cidade da região. Conhecida como a “Florença do Sul”, Lecce é um dos destinos mais subvalorizados de Itália, sendo poucos os visitantes estrangeiros que se dignam a visitar o seu centro histórico digno de maior reputação.
Ao deambulares pelo centro, é impossível não notares que quase todos os edifícios ostentam um tom mel bastante específico, resultado de uma pedra extraída perto da cidade que era extremamente popular entre pedreiros e artesãos durante tempos antigos, devido à sua cor e maleabilidade. Curiosidades à parte, importa reter que Lecce é mesmo muito bonita! Assim, vais dar entrada no centro histórico atravessando a Porta Napoli, outrora o principal portão de acesso à cidade e um dos únicos três que resistiram à passagem do tempo.
Já lá dentro, deslocar-te-ás à extraordinária Piazza del Duomo, onde repousa a imponente Catedral di Maria Santissima Assunta. Numa nota de rodapé, importa ressalvar o passado de Lecce enquanto colónia do Império Romana, sendo bastante comum encontrar-se vestígios da antiga civilização de cada vez que se fazem escavações na Cidade Velha. À conta disso, Lecce tem algumas ruínas dignas de registo. A primeira por onde passarás será o Teatro Romano, uma pequena arena que facilmente passa despercebida. No entanto, a verdadeira joia da coroa é o Anfiteatro Romano, localizado na belíssima Piazza Sant’Oronzo. Este bem maior e com mais destaque que o anterior, é surpreendente que a maioria do coliseu continue escondida no subsolo e não tenha ainda sido escavado.
Um pouco mais a norte, farás um desvio de algumas centenas de metros até à Basílica di Santa Croce – para muitos a mais bonita de Lecce – antes de fazeres o percurso de regresso junto à muralha do Castelo de Charles V.
Separando a Cidade Velha dos distritos mais modernos, e apesar de fechado ao público, vale a pena passar aqui só para ver de que se trata. Para o único museu do dia, sugerimos fortemente a visita ao Museo Faggiano (€5,00). Uma instituição privada onde estão expostos artefactos e ruínas parciais de uma antiga cidade romana, a sua história é digna de anedota. Acontece que o dono, senhorio de um outro homem que lá vivia, decidiu fazer umas obras nas canalizações.
Vai daí, descobriu que por debaixo da sua casa estavam valiosíssimos vestígios da antiga colónia romana. Impedido de continuar a obra pelas autoridades, o dono foi alegadamente obrigado a pagar do próprio bolso todo o trabalho de escavação e restauro arqueológico, acabando mais tarde por fundar este museu. Mesmo que a história seja boa, a própria exibição é também muito fixe, permitindo-te descer vários pisos e deambular pelo meio das ruínas. Finalmente, vais acabar o teu percurso como começaste – atravessando um dos portões históricos de Lecce. Desta feita, a feliz contemplada será a Porta Baggio, situada mais a sul.
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Resumo do 4º dia:
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