Provavelmente já te aconteceu: pões a tua bagagem na máquina de raio-x, fazes uma última verificação dos teus bolsos para ver se não tens nada que faça o detetor de metais apitar e lá segues com esperança de não te teres esquecido de nada que faça com que tenhas de repetir o processo novamente. Passas com distinção mas és na mesma mandado parar pela equipa de segurança do aeroporto para um “teste aleatório”, em que te esfregam uma tira de papel nas mãos e na zona da cintura e a colocam numa máquina. Mas o que é este teste e para que serve?
Se viajas com frequência, é provável que já estejas familiarizado com os testes de detecção de vestígios explosivos (ETD – Explosive Trace Detection) feitos com cotonetes e/ou tirinhas de papel, que ocorrem durante as inspecções de segurança nos aeroportos. Sejam as mãos, a cintura ou a bagagem a serem submetidas a esse processo, é impossível não questionar qual o propósito e a tecnologia subjacentes. Será uma medida de precaução legítima ou uma demonstração de segurança “para inglês ver”?
Numa resposta directa e resumida, os agentes de segurança dos aeroportos realizam estes testes para detectar vestígios extremamente pequenos de explosivos perigosos. Quando um indivíduo entra em contacto com materiais explosivos e pólvora, mesmo em quantidades residuais, o seu corpo e os seus pertences podem reter partículas minúsculas ou resíduos dessas mesmas substâncias, podendo esses vestígios permanecer na pele, nas roupas e em objectos como malas, laptops ou dispositivos electrónicos. Como tal, os métodos de ETD são utilizados para identificar esses resíduos, permitindo que os agentes de segurança identifiquem passageiros com potenciais más intenções. Como tal, estes testes desempenham um papel importante na mitigação de possíveis ameaças.
Embora não seja um sistema de forma alguma infalível, é inegável o seu contributo para a melhoria da segurança das viagens aéreas.
Estes testes não são realizados em todos os passageiros devido a limitações de tempo e recursos, sendo apenas certos indivíduos seleccionados com base em vários fatores:

Ao serem seleccionados para o teste, é pedido aos passageiros que parem logo a seguir ao detector de metais e que estendam as mãos enquanto as respectivas bagagens são separadas. Embora potencialmente stressante, o processo é bastante rápido, com o staff de segurança a esfregar tirinhas de papel ou cotonetes nas tuas mãos, cintura (e, às vezes bagagem), tudo numa questão de segundos. O processo de colheita da amostra exige precisão na aplicação da quantidade certa de pressão, razão pela qual, e dependendo do material, o mesmo cotonete/tirinha pode ser usado até 10 vezes, tentativa após a qual deve ser substituído por receios de contaminação cruzada.
A amostra recolhida é então submetida num equipamento detector de vestígios de explosivos, que utilizará uma tecnologia designada de espectrometria de mobilidade iónica (IMS) para analisar a substância. A IMS ioniza a amostra, transformando-a em partículas de gás que serão depois movidas por um campo eléctrico através de um tubo, com um detector a registar o tempo que a amostra demora a transitar pelo mesmo. Os resultados são então enquadrados numa biblioteca de substâncias conhecidas para identificar potenciais correspondências. Se houver correspondência, isto é, se a amostra demorar o mesmo tempo a atravessar o tubo que uma substância reconhecida (e proibida), o detector de explosivos emitirá um sinal sonoro e acenderá uma luz vermelha.
Os testes de ETD podem gerar falsos positivos devido à presença de várias substâncias não relacionadas com explosivos. Alguns destes “triggers” incluem:
Para além disso, passageiros que manuseiem munições e armas de fogo com regularidade, mesmo que não se façam acompanhar das mesmas no aeroporto, correm também o risco de desencadear resultados positivos devido a potenciais vestígios de pólvora na sua pele, roupa e pertences. Por fim, resta mencionar que detectores de vestígios explosivos que não recebam a manutenção adequada podem também gerar falsos positivos.
Assim, se tiveres o azar ou infelicidade de ser alvo de um falso-positivo, não entres em pânico. Serás encaminhado para uma sala separada do aeroporto, e sujeito a uma série de testes adicionais por parte dos agentes de segurança. Para além disso, é provável que sejas questionado e a tua bagagem seja revistada minuciosamente.

Os testes de detecção de vestígios explosivos fazem parte dos protocolos de segurança nos aeroportos. Embora possam ocasionalmente causar alguma inconveniência aos viajantes, o seu objectivo passa por garantir a segurança integral de todos os passageiros. Dito isto, se fores frequentemente seleccionado para testes com cotonetes, evita ficar frustrado e lembra-te sempre de alguns factores que poderão desencadear essa selecção. Esses factores incluem a potencial presença de tens incomuns na tua bagagem, ou a demonstração de comportamentos nervosos ou ansiosos. Por fim, e à falta de alguma explicação plausível, podes simplesmente ter o “azar” de ser frequentemente seleccionado de forma aleatória. Seja como for, compreendendo o propósito e a ciência por trás destes testes, atravessar as inspecções de segurança é garantidamente mais fácil.
Lembre-te que, no final do dia, estas medidas visam a protecção de todos os passageiros.
Para contratar o teu seguro de viagem recomendamos a Heymondo, que tem aquela que é, para nós, a melhor gama de seguros da atualidade, com uma relação qualidade-preço imbatível, e que inclui também cobertura para os teus equipamentos eletrónicos.
Se reservares connosco, através deste link, tens 5% de desconto no teu seguro e, ao mesmo tempo, dás-nos uma ajuda preciosa 🙂
Aconselhamos a marcar a tua consulta na Consulta do Viajante Online. Segue esta ligação para marcar a tua consulta.
Reserva já os teus tours ou atividades no Viator, do grupo Tripadvisor! E ao fazê-lo estás-nos a dar uma grande ajuda 🙂