Alugar um automóvel pode ser muito vantajoso numa viagem. Para além de te permitir ficar hospedado num hotel mais fora da centro da cidade – e portanto mais barato, torna mais fácil o momento da chegada e partida do país que estás a visitar. Mesmo em situações em que a viagem de ida e retorno são feitas através de aeroportos diferentes, as empresas de aluguer aceitam que o veículo seja recolhido e entregue em locais distintos. E claro, a principal vantagem de alugar um automóvel é a maior liberdade que oferece!
Em qualquer lugar do mundo terás que mostrar o teu passaporte e a tua carta de condução para alugar um automóvel. Na União Europeia, o Cartão de Cidadão e a Carta de Condução são aceites para este fim. É importante consultar os termos de cada empresa de aluguer quando estiveres a planear a viagem.
Em certos casos, tal como acontece no Sri Lanka, as empresas requerem uma Licença Internacional de Condução, a qual pode ser pedida junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, sendo necessário apresentar documentos de identificação, a carta de condução, fotos tipo-passe e desembolsar cerca de 30 euros.
No momento de alugar um automóvel podes optar por fazê-lo online ou no local, nas concessionárias das empresas presentes no aeroporto, por exemplo.
Recomendamos-te a fazer o aluguer através de motores de busca como Rentalcars , Arguscarhire.com , Happycar.com e Economycarrentals.com. Estes sites agregam várias ofertas de empresas de aluguer, permitindo aceder a descontos consideráveis e preços mais em conta do que no site das próprias empresas. Acontece cerca de 95% das vezes.
Existem ainda plataformas que permitem alugar um automóvel juntamente com voos e estadias. Estes incluem os conhecidos Kayak , Skyscanner , momondo, bem como portais inicialmente criados para reservar estadias e que alargaram entretanto a sua oferta a carros de aluguer, tais como Agoda e Hotels.com.
Certamente já reparaste que as companhias aéreas oferecem a possibilidade de alugar um automóvel durante o processo de compra dos bilhetes, sendo que esta é também uma opção.
Caso optes por não fazer o aluguer através de terceiro podes dirigir-te diretamente ao site ou as às agências dos grandes nomes como Avis, Hertz, Goldcar, e Europcar ou mesmo pequenas empresas locais.
Comparadas com as empresas internacionais de referência, os negócios locais tendem a ser mais baratos e a facilitar o aluguer para viajantes com menos de 25 anos ou pouca experiência de condução. No entanto, estas empresas têm também um parque automóvel menor e qualquer imprevisto, como por exemplo um acidente com um cliente anterior, pode fazer com que estas empresas não consigam providenciar o carro que alugaste.
Qual é então a forma mais barata de alugar um veículo? A nossa sugestão é que verifiques as várias fontes que referimos anteriormente, tendo em conta que os preços podem variar substancialmente. Por exemplo: se quiseres alugar um Fiat 500 ou semelhante, por um dia, no aeroporto de Barcelona (exemplo para 1-2 de Outubro), os preços passam pelos €34.23 no rentalcars.com, €36 no Kayak ou €46.28 no car-hire.ryanair, isto com condições semelhantes. Convém ter também atenção a condições como quilometragem limitada ou não, política de combustível, tipos de cobertura já incluídas, etc.
Mesmo dentro de cada plataforma os preços variam dependendo de vários fatores e bons negócios podem desaparecer rapidamente. Para conseguires o melhor preço convém relembrares:
Quando alugas um automóvel online é importante estar atento à cláusula “ou similar” que aparece junto a modelo selecionado. Muitas vezes escrita em letras pequenas, esta expressão significa que no momento de levantar o automóvel podes não receber o modelo selecionado – alugando um Peugeot 107 pode ser entregue um Toyota Aygo ou um Citroen C1 e no lugar de um Ford Focus podes receber as chaves de um Skoda Octavia ou Opel Astra. É de esperar que o modelo alternativo oferecido pela concessionária tenha o mesmo equipamento do modelo selecionado, tal como ar condicionado, sistema de navegação ou caixa manual ou automática.
Por último, lembra-te que em certos países o tráfego é feito pela esquerda da estrada e o volante do automóvel estará montado no lado oposto ao habitual em Portugal. Dentro da Europa, isto acontece no Reino Unido, Irlanda, Chipre, e Malta. Isto verifica-se também em vários países da Ásia – Indonésia, Índia, Nepal, Japão, Maldivas, Malásia, Singapura, Sri Lanka, etc. –, de África – Quénia, Namíbia, África do Sul, Seychelles, etc. –, da América – Bahamas, Barbados, Ilhas Virgens Britânicas, Dominica, Grenada, Jamaia, Guiana, Suriname, etc. -, e da Oceânia – Austrália, Fiji, Nova Zelândia, Papua Nova-Guiné, Ilhas Salomão, etc..
Regra geral, sim.
Para reservar um automóvel, é quase sempre necessário ter um cartão de crédito assinado pelo portador. Esta prática, que tem por finalidade cobrir eventuais reparos que não estão cobertos pelo seguro, é comum a quase todas as grandes marcas globais como a Hertz, Avis, Budget, ou Alamo. Estas empresas bloqueiam um certo valor no cartão de crédito, normalmente entre 300€ a 1000€, (podendo chegar a 3000€), que é normalmente desbloqueado no final da viagem se não existirem problemas com a viatura.
Quando esta condição é imposta, o cartão de crédito tem de se entregue pela pessoa que assina o contracto com a concessionária, não podendo pertencer a um familiar ou amigo, mesmo que este viaje contigo.
No entanto, o cartão de crédito não é sempre necessário. As empresas de aluguer podem aceitar cartões de débito (aqueles que normalmente usas para fazer compras ou utilizar o multibanco), cartões pré-pagos, tal como o Revolut, ou até cartões virtuais. Certas agências aceitam ainda dinheiro ou transferência bancária. Há ainda outras que incluem logo o seguro contra todos os riscos no preço do aluguer e não exigem pagamento de caução. Usualmente uma pesquisa em no Google como os termos “rent a car *nome do destino* no credit card” ou “rent a car *nome do destino* debit card” ou “rent a car *nome do destino* no deposit”, dá-te algumas opções, se elas existirem. No entanto, regra geral, o cartão de crédito é a opção mais segura.
Antes de viajar deves verificar sempre quais os meios de pagamento disponibilizados pela empresa de aluguer e ler com atenção os termos e condições do pagamento, incluindo as letras pequenas e asteriscos de modo a evitar surpresas e cobranças inesperadas.
Deves também ter em conta que, apesar de mais cómodo, pode ser mais caro alugar um carro pagando em dinheiro. No caso de um anúncio para o aluguer de um Seat Ibiza, Toyota Yaris, ou Kia Rio durante seis dias em Maiorca, disponível durante o ano passado, a empresa propunha-se a entregar e recolher a viatura no hotel sem que fosse necessário cartão de crédito, depósito ou pagamento adiantado; no entanto, o preço pedido era 50% mais elevado do que o preço médio oferecido por empresas que exigiam um cartão de crédito.
Os seguros contra todos os riscos, oferecidos por certas rent-a-car, podem ser uma alternativa à aplicação de uma caução no cartão de crédito. Estes podem ser pagos com cartão de débito ou dinheiro, mas é sempre aconselhável confirmar com a empresa se estes são disponibilizados. Não aconselhamos é fazer os seguros oferecidos pelos intermediários, visto que, mesmo que sejam contra todos os riscos, a rent a car vai continuar a exigir a caução. Apenas seguros contra todos os riscos feitos diretamente no momento do levantamento do carro e diretamente com a rent-a-car implicam a não aplicação da caução.
Em contrapartida, o dinheiro do seguro não será devolvido mesmo que a viatura seja entregue nas condições requeridas pela empresa, tornando-se num custo extra, enquanto o dinheiro bloqueado no cartão de crédito é desbloqueado num prazo de aproximadamente uma semana.
A escolha do tipo de seguro é uma das questões mais sensíveis no momento do aluguer de um automóvel. Pelo preço do aluguer é oferecido ao cliente um seguro básico, necessário para poderes circular com o carro. É importante verificar o tipo de cobertura oferecida pelo seguro básico e daí considerar se deves ou não comprar um seguro com maior cobertura.
Existem vários tipo de seguro dependendo da cobertura oferecida:
Deves ter atenção às condições de cada tipo de seguro. Repara, por exemplo, que apesar de parecer cobrir todos os danos, o CDW não cobre danos aos vidros, rodas, cabine, teto, ou fundo da viatura.
A franquia – a parte dos danos que cabe ao segurado cobrir – pode ser obrigatória ou voluntária. Certos seguros, aparentemente baratos, têm uma franquia bastante alta, podendo atingir a casa dos milhares de euros, acabando o segurado por cobrir a maior parte dos custos em caso de dano à viatura.
No momento de levantar a viatura é importante verificar o seu estado. Tira fotos ou grava vídeos com o teu smartphone e guarda-os durante algum tempo mesmo após o fim da viagem para poderes provar o estado do veículo caso a empresa de aluguer te acuse de danos que não cometeste. Se vires algum risco, amassadela ou mancha no assento pede que estas sejam incluídas na guia que te é entregue com o carro.
Não te deixes convencer pelos funcionários da empresa se estes disserem que o carro é novo e que não há necessidade de o verificar. Se a viatura estiver num sítio mal iluminado, pede para o funcionário a mover para um local com mais luz para que possas fazer uma vistoria pormenorizada; se este hesitar pode ser um indício de que existe, por exemplo, um risco num local escondido numa tentativa de te cobrar o custo do reparo.
Todos os defeitos da viatura devem estar discriminados na guia que lhe é entregue no momento do levantamento; no momento de devolver a viatura isto irá facilitar o processo de desbloquear o dinheiro do depósito. NUNCA comeces a tua viagem sem alertar a rent-a-car de alguma marca / risco não assinalado no teu contrato.
Estas precauções são importantes, mas nem todas as empresas de aluguer te querem burlar 😊 Por norma, os funcionários detalham cuidadosamente todos os danos da viatura e o depósito é-te devolvido por inteiro mesmo que a viatura tenha alguns arranhões novos no momento da entrega. As políticas das empresas podem até ser permissivas de certos danos, sendo que cliente apenas paga o conserto de arranhões de “tamanho superior a uma moeda”.
Geralmente as empresas de aluguer só podem cobrar o reparo de danos se tiveres assinado um documento onde concordas cobri-los. Caso repares que estes danos foram cobrados podes entrar em contacto com o teu banco, informá-los de que a empresa de aluguer não tem documentos que autorizam a transação e pedir um reembolso.
Para reduzires as hipóteses de arranhões na viatura aconselhamos o uso de estacionamentos interiores. Em certos países, o estacionamento na rua é disputado ao máximo, ao ponto dos carros se tocarem, podendo causar riscos na pintura.
Deves ter muito cuidado no momento de devolver a viatura. Algumas empresas de aluguer, especialmente em países como Espanha ou Itália, estão a oferecer preços muito atrativos (chegando mesmo a 1€ por dia). No entanto, depois de entregues, as viaturas são passadas a pente-fino e mesmo arranhões de 2-3 cm podem representar um custo de centenas de euros retirado do depósito. É nestes casos que compensa ter um seguro para poderes voltar das férias sem preocupações extra.
É importante estar atento às transações do cartão de crédito. Se o depósito continuar bloqueado após uma semana da entrega da viatura ou se vires que foi feita uma pequena cobrança por parte da empresa, entra imediatamente em contacto com eles e exige documentação – incluindo fotos – dos alegados danos. No caso do aluguer ter sido feito através de um intermediário entra em contacto com o seu departamento de apoio ao cliente.
Há uma terceira via a contratar ou não o seguro contra todos os riscos oferecido pela rent-a-car.
Existem seguradoras “externas” que cobrem a tua caução por um valor muito mais em conta. Ou seja, não fazes seguro contra todos os riscos na rent-a-car, eles bloqueiam-te a caução no cartão de crédito, e, caso aconteça alguma coisa, eles retiram-te esse valor. Neste caso, ao contratares este seguro, o valor vai-te ser depois devolvido pela seguradora.
Nós costumamos utilizar esta terceira opção, porque o valor é, usualmente, muito mais baixo do que contratar o seguro contra todos os riscos da rent-a-car. É um risco intermédio, porque se batermos com o carro vai-nos ser retirado o valor da caução, o que não aconteceria se tivéssemos o seguro contra todos os riscos oferecido pela rent-a-car. No encanto, como esse valor está segurado, é-nos devolvido posteriormente pela seguradora.
A que nós costumamos utilizar (nunca tivemos de ativar o seguro, mas as reviews são muito boas), e das poucas que faz seguros a residentes de Portugal é a Riverside Malta.
Um exemplo prático: Se na Europcar quisermos adicionar este seguro contra todos os riscos para um carro alugado por 1 dia no Aeroporto de Barcelona, temos de adicionar €38.42 por dia ao valor base.
Ao fazer o seguro da franquia, esse valor passa para €11.52, mais de 3 vezes menos!
Normalmente as viaturas alugadas vêm já com depósito cheio. Isto significa que, antes de a entregares, terás também de encher o tanque de combustível. Caso contrário, a empresa de aluguer poderá retirar-te do cartão de crédito o custo do combustível e do serviço de reabastecimento.
Certas empresas oferecem, como opção extra, um depósito de combustível. No entanto, quando comparado com os preços do posto de gasolina mais próximo, estas opções podem ser duas vezes mais caras, pelo que compensa evitar esta opção. Antes de viajar, verifica o preço médio do combustível no teu destino e a bomba de gasolina mais próxima do concessionário em que pretendes entregar a viatura para que seja mais fácil encher o depósito no final da tua viagem.
Outro cuidado a ter quando levantares a viatura é o de verificar se o nível de combustível no depósito é idêntico ao indicado pela concessionária. Caso haja uma discrepância, informa de imediato a rent-a-car e pede para que o combustível em falta seja reposto.
Ocasionalmente, as empresas podem oferecem a possibilidade de alugares viaturas com o depósito vazio, para que te possas deslocar ao posto de combustível mais próximo. Esta opção não é muito económica uma vez que é bastante difícil calcular exatamente o combustível necessário para as tuas deslocações, acabando sempre por ficar algum combustível no depósito – uma despesa extra para ti e mais lucro para o concessionário.
Em certos países, as empresas oferecem um serviço de depósito pré-pago. Assim, a viatura é entregue com o tanque cheio e após o retorno, a empresa reenche o depósito e retira a diferença do teu cartão de crédito.
Deves estar atento na altura de adquirir serviços adicionais, incluindo router Wi-Fi, navegação GPS, cadeirinhas de bebé, ou motorista extra. Estes extras têm um custo significativo e abdicar deles pode representar uma poupança substancial.
Antes de contratares um serviço destes, revê com atenção as características da viatura que pretendes alugar. Pode acontecer que o modelo que pretendes já tenha um sistema de navegação GPS instalado de fábrica, pelo que seria supérfluo adquirir este serviço à parte.
Cadeirinhas para bebés e crianças, uma obrigação legal em vários países, podem custar entre 6€ e 7€ por dia. É possível que fique mais barato comprar uma cadeirinha numa loja local ao invés de contratar como extra.
Tal como em Portugal, as portagens são um custo extra quando viajas em determinados países. Enquanto em França uma boa parte das estradas são pagas, em Espanha é muito menos comum. Antes de viajares, verifica cuidadosamente quais as estradas pagas e como evitar multas por não pagamento.
Na Europa é comum o uso de um autocolante, afixado no para-brisas do automóvel e que permite o uso das estradas locais. Na Áustria, estes autocolantes custam 9€ por 10 dias e cerca de 90€ por três meses.
Outros países têm sistemas diferentes. Em França, o pagamento é feito dependendo da estrada em que circulas, com dinheiro ou cartão; enquanto na Noruega, câmaras de vigilância registam o número de matrícula da viatura e o pagamento é retirado automaticamente da tua conta bancária.
As regras de trânsito, e a severidade com que estas são impostas, varia bastante de país para país. Radares de velocidade e multas elevadas são comuns na Europa e nos Estados Unidos. Em certos locais já são utilizados pequenos drones para detetar violações ao Código da Estrada. Excesso de velocidade, estacionamento irregular, e circulação no centro histórico de cidades onde o acesso é restrito a residentes são algumas das infrações mais comuns.
O valor das multas é muito variado de país para país. Na Finlândia, as multas de excesso de velocidade são de 140€ para 15 km/h acima do limite e 200€ para entre 15 e 20 km/h acima do limite. Depois dos 20 km/h de excesso de velocidade, as multas são calculadas com base no rendimento do infrator, podendo resultar em valores muito elevados.
Na Suécia as multas chegam a 260€ por passar um sinal vermelho, 50€ por não colocar o cinto de segurança, e 140€ por ultrapassar o limite de velocidade em 30 km/h ou mais.
Regras sui generis em certos países podem-te apanhar de surpresa: em Espanha, é proibido conduzir descalço, de chinelos, ou de saltos altos e em Itália não se pode ter o motor ligado quando o carro está parado – o que significa que não podes ligar o ar condicionado num dia frio para aquecer o carro antes de arrancar. No Chipre, os condutores devem manter as duas mãos no volante a todas as alturas.
Por norma, a polícia anota as multas no local e permite o pagamento destas através da conta bancária do infrator no seu país de origem. Quando a infração é registada por uma câmara de vigilância, a polícia entra em contacto com a empresa que alugou o automóvel para pedir a tua morada e fazer-te chegar a multa a casa mais tarde. Nestes casos, as empresas podem exigir o pagamento de uma taxa extra pelo fornecimento dessas informações ou, em alternativa, ainda pagar a multa por ti e cobrá-la, juntamente com uma taxa administrativa, ao teu cartão de crédito.
No momento de devolver a viatura, deves requerer um documento comprovativo de que esta foi entregue tal como recebida. Requere que este documento seja redigido num idioma que consigas ler. Se o carro for entregue fora do horário de trabalho da concessionária, terás que deixar a chave numa caixa própria para esse efeito; nessas situações, regista o estado da viatura com fotos que incluam uma prova de que foram tiradas na data de entrega ou no concessionário, como um jornal do dia ou a sinalização com o logótipo da empresa.
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