Como é viajar com as novas regras? 🤔 Uma experiência prática

  • 10.12.2021 20:46
  • João

Depois de dia 1 de Dezembro, as regras de entrada no país foram endurecidas. Foi instituída a exigência de teste antigénio ou PCR a todos os passageiros que viajassem para Portugal, independentemente de estarem vacinados ou não – salvo raras exceções como ser menor de 12 anos ou ter um certificado de recuperação válido. Mas como funciona todo o processo em termos práticos?

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Voltámos hoje de Cracóvia. O que nos levou a optar por esta viagem last-minute não foi propriamente termos um interesse específico em ir nesta altura a esta em cidade em específico, mas sim, de forma a “testar” as novas regras de entrada e deixar aqui um testemunho para que estejam mais preparados. Quanto a Cracóvia, bem, podemos dizer que foi uma escolha “no ponto”, e gostámos muito. Para mais sobre a nossa estadia de 4 noites na cidade, podes ver os destaques no nosso Instagram.

Mas vamos ao que interessa – o voo de retorno.

Preparação:

O primeiro a fazer, ainda na noite anterior, foi o preencher Passenger Locator Form (PLF). Lembrámo-nos que seria necessário ter o lugar no avião já atribuído para, por isso, fizemos também o check-in na Ryanair.

Depois de nos terem sido atribuídos os lugares, terminámos o preenchimento do PLF. É um documento relativamente simples, e que demora uns 5 minutos a terminar, se tanto. Vão precisar apenas do número do voo, do país de partida, do aeroporto e horário de chegada e das vossas informações pessoais.

Teste (Antigénio até 48h antes do embarque ou PCR 72h antes):

No dia a seguir, a prioridade estaria em fazermos o teste antigénio. Assim, fomos um pouco mais cedo para o Aeroporto de Cracóvia, pois tínhamos marcado e pago o teste online na iMed24. As duas empresas de testes (para além da iMed24, também está disponível a DNA) sItuam-se no parque P2 (ver localização aqui). Saindo do aeroporto, basta virarem à direita e vão ver logo um sinal gigante a referir testes Covid. 

Dirigimo-nos à janelinha para quem já tinha feito o registo online, demos os nossos documentos de identificação e, depois da confirmação dos dados, fomos encaminhados para outra porta no final do contentor. Aí seria necessário esperar até sermos chamados, o que não demorou mais de uns 3 minutos. Depois de termos efetuado o teste, tivemos de esperar pelos resultados em papel. Segundo o que nos disseram, não enviavam por e-mail.

NOTA: No caso de não vires de Cracóvia, o procedimento poderá ser, obviamente, diferente. Para teres uma noção do custo dos testes em 30 países da UE + Marrocos podes dar uma vista de olhos aqui.

No Aeroporto:

Depois de termos recebido o teste, dirigimo-nos novamente para o interior do Aeroporto, e passámos a segurança como normalmente. Já tínhamos o boarding pass virtual da Ryanair, por isso não necessitámos de ir ao balcão de check in. Também não nos foi exigida qualquer verificação de documentos para emissão do cartão de embarque. Há companhias que para emitirem o cartão de embarque exigem ao passageiro que vá ao balcão de check in para verificação dos documentos.

Embarque:

Ao chegarmos à porta, o embarque ainda não tinha começado. Quando se começaram a formar as filas quer para o embarque prioritário como o não prioritário, o staff iniciou a verificação dos documentos dos passageiros. Era necessário mostrar o teste covid e a identificação. Se a documentação estivesse correta, o staff entregava um pequeno papel que comprovava que estava tudo OK para o embarque. No momento em que era lido o bilhete, os passageiros devolviam esse mesmo papel e podiam prosseguir. 

Devido à enorme confusão dos últimos dias, perguntámos à simpática senhora do handling se o Certificado Digital de recuperação (não confundir com o de vacinação, que NÃO É aceite – é preciso teste) também poderia ser utilizado em vez do teste. A resposta que nos foi dada foi que “Sim, é válido”. Gostaríamos que esta informação fosse tão clara em todos os aeroportos como é em Cracóvia, mas já tem existido alguma melhoria nesse aspeto.

Depois de apresentarmos o nossos bilhetes, entrámos no avião sem problemas.

Chegada:

Controlo de testes / certificado de recuperação:

Na chegada ao Porto desembarcámos normalmente e seguimos para a recolha de bagagem. Nas escadas rolantes imediatamente antes dessa área, estavam organizadas 6 filas, cada um com um segurança, de forma a a controlar os passageiros. Foi pedido a todos os passageiros para apresentarem o teste, a identificação e para baixarem a máscara. 

Como fomos dos primeiros a desembarcar, o processo demorou menos de 20 segundos e diríamos que mesmo quando se juntou o “grosso” dos passageiros, 6 filas diferentes serão suficientes para uma verificação de documentos bastante rápida. No entanto tal poderá mudar caso cheguem vários voos ao mesmo tempo. 

Mais uma vez voltámos a perguntar acerca da possibilidade de apresentar certificado Digital COVID com a modalidade de recuperação para entrar no país sem necessidade de teste e disseram-nos que “se estiver com a validade (11-180 dias) em dia, sim, não necessita de teste.”.

Em suma, achámos que pelo menos no Aeroporto do Porto o processo estava bem organizado e os seguranças a fazer o controlo tinham o conhecimento mínimo das exigências do Estado Português para entrada em território nacional, tal como a isenção de teste que o certificado de recuperação permite.

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