Itinerário completo com direito a roteiro de 14 dias nas Filipinas. Inclui menção a cidades e pontos turísticos a visitar para quem procura o que fazer nas Filipinas em 2 semanas.
Este roteiro de 14 dias nas Filipinas faz parte do nosso Guia Geral de Viagem do país. Consulta-o para saberes todas as dicas práticas e informações importantes sobre as Filipinas, incluindo transportes, hotéis, restaurantes e melhores ilhas.
Sem surpresa, considerando que o país é composto por 7000 ilhas distintas e obriga a que passes uma porção significativa do teu tempo nas Filipinas em deslocações, aplica-se aqui a sempre agradável máxima do “quanto mais, melhor”. Para além disso, há muito para ver e para descobrir na Pérola do Oriente! Posto isto, com uma estadia de 14 dias já é possível desfrutar do que de melhor o país tem para oferecer. Para além da paragem clássica na capital Manila, com direito a explorar o norte da ilha de Luzon com uma visita aos Arrozais de Banaue, a Sagada e à cidade histórica de Vigan, com 2 semanas completas podes ainda visitar as ilhas de Palawan, com destaque para as praias e ilhéus de El Nido; Cebu, onde podes explorar cascatas e nadar com tubarões e sardinhas; Bohol, conhecida pelas suas Chocolate Hills, pelo Rio Loboc ou pelos adoráveis Társios; e Boracay, lar de algumas das melhores praias de todas as Filipinas!
Ainda assim, se não dispões do tempo ou orçamento necessários para uma aventura tão extensa, convidamos-te a dar uma vista de olhos nos nossos roteiros mais curtos das Filipinas:
Ainda assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades e atracções que deves visitar num roteiro de 14 dias pelas Filipinas.
Hora de dar início ao teu roteiro pelas Filipinas! Tendo em conta que terias sempre que aterrar em Manila, lar do maior e mais movimentado aeroporto do país, achamos que faz sentido passar pelo menos alguns dias a explorar a ilha de Luzon, começando precisamente pela capital do país. Manila pode não ser o sítio mais pristino ou paradisíaco do Sudeste Asiático, tendo até a fama de ser perigosa para os trâmites da região, mas vale a pena explorar a cidade e ter um maior contacto com a realidade Filipina longe dos resorts e dos areais. Assim, a tua primeira paragem terá lugar no Palácio Malacañang, residência oficial do Presidente das Filipinas. Originalmente criada como uma mansão colonial espanhola, este é um dos edifícios mais grandiosos do país, sendo possível visitar o interior gratuitamente desde que agendes a visita antecipadamente neste website.
Daí, seguirás para a Igreja Quiapo, uma igreja absolutamente fabulosa e um testamento ao fervoroso catolicismo da maioria dos Filipinos, antes de atravessares o rio e entrares em Intramuros – o distrito correspondente à Cidade Velha de Manila – assim designado pela intransponível muralha que o cerca. Entrando no quarteirão histórico, a envolvência altera-se na totalidade, com as ruas confusas e barulhentas a darem lugar às vias em calçada e fachadas fofinhas, tão típicas da era colonial.
Para além de passear sem rumo, há uma série de atracções em Intramuros que não podes deixar de visitar, como o Forte Santiago (₱75) uma fortaleza do século XVI responsável pela defesa da Cidade Velha; a Catedral de Manila, principal igreja da cidade; a Casa Manila (₱75), um museu e mansão colonial que retrata uma casa típica do século XIX; a Igreja de San Agustín, o único local de Manila designado Património da Humanidade pela UNESCO; ou o Baluarte de San Diego, os espectaculares resquícios da antiga principal torre de vigia da muralha de Intramuros. Já fora da Cidade Velha, não deixes de passar no Parque Rizal, principal espaço verde da cidade, onde podes encontrar vários memoriais e monumentos, jardins, observatórios, fontes e teatros.
Para terminar o dia em beleza, nada melhor que um passeio pela Baywalk, uma extraordinária marginal marítima a partir de onde podes assistir a um dos melhores pores-do-sol de Manila! Ao final do dia, irás recolher a tua bagagem e apanhar um autocarro nocturno (9 horas) que te levará até Banue, a próxima paragem no itinerário! Uma noite dura e cansativa, mas que valerá o esforço para conseguires encaixar a região no itinerário. Como sempre, podes consultar informações mais detalhadas na secção de transportes do nosso guia geral.
Para sugestões de hotéis para a estadia em Manila, clica aqui.
Resumo do 1º dia:
Após uma noite no interior de um autocarro Filipino (pelo menos são assentos-cama), chegarás pela manhã até à vila de Banaue, situada no norte da ilha de Luzon, e enquadrada numa região montanhosa conhecida pelos seus arrozais e pelas tribos locais. Na verdade, poderias facilmente passar vários dias a explorar as paisagens, a fazer trekking e a contactar directamente com este modo de vida tão rural, mas dados os constrangimentos de calendário é importante que saibamos exactamente o que ver e fazer num prazo tão apertado. Posto isto, o grande destaque do dia são mesmo os lendários Arrozais de Banaue, subdivididos em 5 áreas distintas.
Lar ancestral da tribo Ifugao, estes vastos e pitorescos campos são resultado da destreza e engenho desta população, que com o passar do tempo foi criando sistemas de irrigação complexos que permitissem plantar arroz num terreno tão montanhoso. O resultado final é o campo de arrozais mais alto do mundo e um dos sítios mais pitorescos e surpreendentes de todas as Filipinas. À semelhança da maioria dos turistas, terás que escolher que secção pretendes visitar, sendo que os Arrozais de Batad são considerados os mais impressionantes. Para isso, deves começar por visitar o Gabinete de Turismo de Banaue e pagar a taxa ambiental de ₱50, obrigatória para poderes visitar os campos.
O gabinete também oferece vários tours de 1 ou vários dias, pelo que podes sempre dar uma vista de olhos para ver se existe algo que te agrade. No entanto, se quiseres seguir este itinerário e optar pela forma independente (dentro dos possíveis), é só parar um tuk-tuk local (chamados “trike”) e pedir para te deixar em Saddle Point, onde tem início a caminhada até aos arrozais. No entanto, tem em conta que terás que pedir ao motorista para esperar por ti e te levar de regresso, caso contrário não encontrarás ninguém para te levar de volta a Banaue. Posto isto, conta pagar uns ₱1500 pela viagem de ida-e-volta + tempo de espera, a dividir por todos os ocupantes. Daí, segue-se uma caminhada de cerca de 20 minutos até chegares ao destino.
Chegado aos arrozais, podes vaguear sem rumo, passar em aldeias locais e desfrutar da paisagem. Podes também completar o trilho até à Cascata Tappiya e subir ao Awa View Deck, onde te aguarda aquela que posso garantir tratar-se de uma das melhores paisagens que alguma vez testemunharás. De volta a Banaue, segue-se uma viagem de 3 horas de autocarro ou jeepney até Sagada, onde vais passar a noite.
Resumo do 2º dia:
Depois de uma boa e merecida noite de sono, vais despertar no cenário natural e idílico de Sagada, outra localidade do norte da ilha de Luzon. Embora a vila em si seja bastante pequena e não ofereça muito para ver e fazer, os arredores estão completamente pejados de tesouros naturais. Uma vez mais, terás que ser bastante selectivo no que toca a atracções e actividades, uma vez que o tempo será inevitavelmente limitado. Começa por visitar o Gabinete de Turismo de Sagada e pagar a taxa ambiental obrigatória de ₱100.
Uma vez mais, podes dar uma vista de olhos nos tours disponíveis caso exista algo que te chame a atenção. Aliás, neste caso não terás grande alternativa, uma vez que praticamente todas as actividades de Sagada te obrigam a fazer acompanhar de um guia certificado. Felizmente, os preços são bastante acessíveis, e a taxa do guia pode ser dividida por um grupo composto por até 10 pessoas, acabando por tornar o custo residual. Seja como for, e independentemente de optares por assistir ao nascer do sol do topo das Marlborough Hills (₱1450 c/ shuttle), testemunhar as estrambólicas formações azuladas das Blue Soil Hills (₱1650 c/ shuttle) ou descer ao subsolo na mística Sumaguing Cave (₱1450 c/ shuttle; máx 4 pessoas) o sítio que não podes mesmo perder – e que ajudou a colocar esta pequena localidade nos mapas turísticos – são os fascinantes Caixões Suspensos de Sagada!
Possivelmente o maior legado histórico e cultural da tribo Igorot, originária da região, este conjunto específico de caixões é o reflexo perfeito dos costumes e crenças mortuárias da população nativa. De acordo com a sua tradição, os Igorot acreditam que quanto mais alto um corpo estiver, mais fácil será a ascensão aos céus, razão pela qual os enterros estavam absolutamente fora de questão. Assim, e até para proteger os cadáveres de usurpação por parte dos animais, a tribo tinha como hábito pregar os caixões na face de precipícios ou à entrada de cavernas, criando assim esta macabra e incomum atracção.
No centro de turismo, o tour para te levar até aos caixões é designado de Paytokan Walk, com o custo total do guia cifrado actualmente em ₱1000 (a dividir pelo grupo), ao qual acresce uma taxa de acesso de uns absurdos ₱10 por pessoa. Por mais estranho que possa soar, este é o indubitável ex-libris de Sagada! Depois de visitares este local emblemático, é hora de recolher a tua bagagem e seguir para outras paragens. Neste caso, recomendamos que contrates um táxi ou um transfer privado para te levar até Vigan City, uma vez que os transportes públicos/colectivos exigiriam um transbordo em Baguio, fazendo-te assim perder um dia inteiro de viagem. Podes consultar mais informações na secção de transportes do nosso guia geral.
Crédito da Imagem: Tripadvisor
Resumo do 3º dia:
Oficialmente designada de Cidade Histórica de Vigan, darás as boas-vindas a mais um dia naquela que é considerada a localidade mais bonita das Filipinas! Pelo menos a nível histórico e arquitectónico, não há cidade no país que se possa comparar a Vigan, com as suas ruelas antigas e casinhas coloniais. Aliás, é praticamente impossível não reparar na forte influência espanhola, já que muitas das ruas poderiam perfeitamente fazer parte de uma qualquer vila colonial da América Latina, com o pavimento em calçada e as fachadas em estuco branco com um toque de cor aqui e ali. Como de costume neste tipo de destinos, não existe propriamente muito para ver ou fazer, ou uma grande atracção que se destaque das demais. Ao invés disso, o verdadeiro encanto reside nos passeios aleatórios e nos desvios espontâneos à medida que exploras cada cantinho e cada beco.
Uma cidade para se levar com calma, com uma vibe extremamente fotogénica e uma história riquíssima, factor que levou a UNESCO a destacá-la como Património da Humanidade! No entanto, e como não poderia deixar de ser, há sempre um conjunto de locais ligeiramente mais emblemáticos que podes aproveitar para visitar durante a tua curta estadia. Invariavelmente, o teu périplo terá que passar pela Calle Crisologo, considerada a principal artéria de Vigan City. Flanqueada por casinhas tradicionais, mercados improvisados, restaurantes e lojas locais, é em redor desta rua que todo o quotidiano de Vigan se desenvolve, sendo por isso considerada o coração da cidade e o seu local mais pitoresco! Para além disso, é nas ruas envolventes que podes encontrar as mais reconhecidas casas históricas de Vigan, outrora pertencentes às famílias locais mais poderosas e entretanto reconvertidas em museus coloniais.
Embora existam várias à disposição, recomendamos que escolhas a Mansão Syquia (₱75), onde residiu o antigo Presidente das Filipinas, Elpidio Quirino. Umas ruas mais acima, é impossível não visitar a Catedral de Vigan, principal edifício religioso da cidade, situada mesmo em frente à Plaza Salcedo, famosa pela fonte onde decorre um espectáculo de jactos e luzes (como uma dancing fountain) todas as noites pelas 19h30. Já na margem oposta do Rio Govantes, podes terminar a tua exploração urbana na Igreja de Bantay, famosa pela sua vibrante fachada vermelha, e na respectiva Torre da Igreja de Bantay. Ao contrário do que o nome possa indicar, esta torre não faz parte do edifício principal da igreja, tendo sido construída como uma torre de vigia e estando situada uns 250 metros mais a norte, no topo de uma escadaria. Fazendo jus ao seu propósito original, as vistas das redondezas são bastante boas! Se no final de tudo isto ainda tiveres umas quantas horas para matar, sugerimos apanhar um táxi ou uma trike e dar uma vista de olhos na Praia Mindoro, situada a 6 km do centro histórico.
Ao final do dia, vais apanhar o autocarro nocturno de regresso até Manila, onde voarás enfim para o paraíso no dia seguinte. Como nota final, entendemos que estes primeiros dias em Luzon possam parecer extremamente longos e cansativos (e são), mas acreditamos também serem essenciais para que tenhas acesso a uma faceta das Filipinas que nem todos os visitantes – especialmente os que se cingem às ilhas mais pristinas – conhecem. Afinal, uma viagem também feita de momentos de desconforto, não é verdade? Aproveita e desfruta de cada momento, porque em breve estarás de regresso aos dias enfadonhos no escritório e a desejar passar uns dias em Banaue, Sagada ou Vigan.
Resumo do 4º dia:
Depois daquela que prometemos ser a última noite longe do conforto de uma cama de hotel, chega finalmente a hora de visitares as Filipinas diariamente escarrapachadas nas redes sociais. Praias de areinha branca e águas turquesa, cercadas de natureza densa e verdejante – não há como falhar! Posto isto, e uma vez que terás o cansaço acumulado de uns dias interessantíssimos mas francamente longos na ilha de Luzon, achámos por bem não sobrecarregar este dia, dedicando-o apenas à viagem até à Ilha de Palawan.
A receita é simples, passando por um curto voo interno de apenas 1h30 de Manila até Puerto Princesa, seguido de um autocarro/transfer de cerca de 5 horas até à paradisíaca localidade de El Nido, o teu poiso para os próximos dias. Os detalhes sobre esta viagem podem ser encontrados no guia geral, desta vez na secção que cobre as deslocações entre os aeroportos e os centros das cidades. Como deves calcular, quando chegares ao teu hotel estarás totalmente de rastos, pelo que o melhor é mesmo trincares alguma coisa e tirares o resto da tarde para dormitar na praia mais próxima ou descontares as horas que deves à cama no teu hotel. Amanhã começa uma nova etapa!
Para sugestões de hotéis para a estadia em El Nido, clica aqui.
Resumo do 5º dia:
Eis que amanheces finalmente no paraíso! As Filipinas estão repletas de locais idílicos e pristinos, mas talvez nenhum outro se enquadre tão bem no estereótipo do Sudeste Asiático como a ilha de Palawan. Especialmente a norte, nas redondezas de El Nido, a paisagem não poderia ser mais convidativa, com os extensos areais dourados a tocar gentilmente as águas cristalinas da costa e as gigantescas formações cársticas a indicarem o caminho rumo a dezenas de pequenos ilhéus. Aliás, para o teu primeiro dia por estas bandas, a nossa recomendação é que te faças ao mar e explores algumas destas ilhas secundárias ao largo da Bacuit Bay! Esta actividade é de tal forma popular que as próprias agências locais e online oferecem todas o mesmo tipo de serviço, estando disponíveis 4 possíveis rotas de “island hopping” pré-definidas:
Dependendo da rota escolhida, o tour levar-te-á por diferentes ilhas, praias, cavernas e lagoas, podendo ainda incluir passeios de kayak e actividades de snorkeling. Todos incluem almoço e a duração média de cada rota pode variar entre as 6 e as 8 horas. Quanto a valores, não irão diferir muito dos partilhados nos links acima, podendo inclusive ser mais caros no terreno. No entanto, conta com valores a rondar os ₱1800 a ₱2000 por pessoa, incluindo as taxas ambientais obrigatórias.
Um tour regular levará cerca de 20 turistas, mas se quiseres alugar um barco privado para 2 pessoas, o valor total sobe para ₱10.000 a dividir por ambos os ocupantes. Caso estejas indeciso, vale a pena mencionar que a maioria dos visitantes opta pelos tours A ou C. Por outro lado, se não te importares de pagar mais e quiseres o tal barco privado, podes até combinar os tours A e C num único dia, ficando a conhecer os principais pontos da costa de El Nido. Nesse caso, o valor total do barco será de ₱15.000.
Resumo do 6º dia:
Depois de um dia passado na lancha a saltitar de ilha em ilha, para a tua despedida de Palawan (e de El Nido), manterás os pés em terra firme para visitares algumas das melhores praias da região. Afinal, não foi para isto que cá vieste? Assim, o teu itinerário terá início bem no norte da ilha, na Praia Duli, conhecida pela sua ondulação perfeita para os iniciantes na prática de desportos de prancha, antes de lentamente iniciares o teu descenso de cerca de 40 km. Nesse caminho para sul, pararás na enorme Praia Nacpan, uma das mais populares de toda a Palawan. Com a sua linha de coqueiros instalada nas traseiras do areal, este é um daqueles lugares que aparecem em todos os catálogos de destinos paradisíacos.
De regresso ao centro de El Nido, recomendamos ainda que subas o Taraw Cliff, o principal miradouro da localidade. Para isso, terás que comprar um bilhete para o Via Ferrata Canopy Walk (₱430), um conjunto de pontes de cordas interligadas através das copas das árvores, e cujo percurso acaba por passar no tal miradouro. A vista, como seria de esperar, é absolutamente imbatível!
Continuando na mesma direcção, desta feita já a sul de El Nido, restam as passagens da praxe na Corong Corong Beach, uma das praias mais turísticas e animadas de Palawan, antes de dares a tua estadia na ilha por terminada na Praia Las Cabanas. Se quiseres dar um boost à experiência, recomendamos que andes na Palawan Zipline Adventure, uma linha de rappel de 750 metros que une um promontório nas traseiras da Praia Las Cabanas à Ilha Depeldet, a apenas algumas centenas de metros da costa.
Pelo bilhete de ida-e-volta na zipline, o custo será de ₱800. Tendo em conta que o plano para este dia implica uma deslocação total superior a 60 km, sugerimos que abordes um taxista ou um condutor de trike para te ir acompanhando e esperando por ti em cada sítio/paragem. Se te sentires confortável, podes também alugar uma scooter. Seja como for, lembramos que ao final do dia terás que fazer todo o percurso de autocarro até ao aeroporto de Puerto Princesa, onde terás à tua espera o voo para o destino seguinte!
Resumo do 7º dia:
Depois de passares a noite perto do Aeroporto de Puerto Princesa, recomendamos que apanhes um voo bem cedo até à ilha de Cebu, a próxima do roteiro. Uma vez que terás ainda que chegar ao centro e pousar as tuas trouxas no hotel, a nossa proposta passa por um dia mais focado em Cebu City, a principal cidade da ilha, para que não tenhas que andar a correr de um lado para o outro em tours apressados. Assim, e numa toada mais relaxada mas nem por isso menos impressionante, hoje teremos à nossa espera uma experiência mais local e cultural. Posto isto, vais começar por pedir um táxi que te deixe no Sirao Garden (₱100), a cerca de 20 km do centro da cidade. Conhecido como “A Pequena Amesterdão de Cebu”, este jardim de flores é famoso pelas suas cores vibrantes, que quando rodeadas do cenário montanhoso do interior da ilha, lhe dá um ar absolutamente único! Um daqueles sítios que vais fazer maravilhas pelo teu feed de Instagram! Daí, irás iniciar a tua longa caminhada de regresso à cidade e à costa, fazendo uma série de passagens estratégicas pelo meio.
Numa dessas pit stops, vais visitar o fabuloso Templo de Leah (₱150), que mais parece saído de uma cidade histórica do império romano ou helénico, com as suas colunas e estátuas que tão bem se enquadrariam numa qualquer ruína de Atenas. Foi erigido em 2012 por um empresário local como prova de amor pela sua falecida esposa, razão pela qual o templo é apelidado de “Taj Mahal de Cebu”.
De regresso ao trilho, a última atracção situada nos arredores de Cebu City será o Templo Taoista de Cebu, financiado pela antiga comunidade chinesa da ilha. Situado num dos vários pontos altos da cidade, terás que subir uma escadaria de 81 degraus (que coincide com os 81 capítulos das escrituras taoistas) para aceder ao colorido local de culto, que vem apropriadamente acompanhado de um terraço com uma excelente vista da cidade. Dando finalmente entrada nas ruas de Cebu City, é extremamente provável que estejas já esfomeado por esta altura do dia. Felizmente, podes sempre dar um saltinho até Larsian, uma rua conhecida pelas inúmeras barraquinhas que vendem barbecue e espetadas de carne e lula. Bom, local e barato!
Já com o estômago reconfortado, podes depois visitar a Casa Ancestral Yap-San Diego (₱100), uma das mais antigas de todas as Filipinas e um mix extremamente exótico de arquitectura colonial espanhola e chinesa. Já com o dia a chegar ao fim, restam as passagens do costume na Catedral Metropolitana de Cebu, principal igreja da cidade, e na Cruz de Magalhães, uma réplica da cruz original plantada no chão por Fernão de Magalhães após a sua chegada a território Filipino, e que simboliza a introdução do Catolicismo no país. Para a derradeira paragem, sugerimos que assistas ao pôr-do-sol a partir do Forte San Pedro (₱30), uma pequena fortaleza espanhola desenhada para ajudar a defender a cidade de forças hostis.
Para sugestões de hotéis para a estadia em Cebu, clica aqui.
Resumo do 8º dia:
Agora que já estás devidamente ambientado a Cebu, e sem a pressão de um voo pela manhã, terás finalmente a oportunidade de começar a descobrir os muitos tesouros naturais da ilha. Também aqui, seria possível passar vários dias consecutivos a descobrir todas as atracções turísticas, pelo que haverá sempre algo que terá que ficar de fora. Seja como for, todos os caminhos vão dar a Moalboal, uma localidade no oeste da ilha – a cerca de 3 horas de Cebu City – de onde partem os tours para duas das actividades mais populares entre visitantes. Para começar em beleza, terás que te juntar a um passeio de barco para nadar com os cardumes de sardinhas de Cebu. Se a ideia não soa à coisa mais impressionante do mundo, então sugerimos que procures imagens de como os cardumes se movimentam e agem, criando um verdadeiro efeito de parede ondulante que parece retirado directamente de um filme de ficção científica. Um dos mais subvalorizados espectáculos da natureza!
Por coincidência, a costa de Moalboal, e especialmente a sua Praia Panagsama, parece reunir as condições ideais para a proliferação destes cardumes, pelo que podes facilmente encontrar milhões de sardinhas o ano inteiro. Embora seja tecnicamente possível ver as sardinhas de forma independente, já que os cardumes se concentram a apenas 30 metros da costa, terás sempre que alugar equipamento de snorkeling. Para além disso, há sempre um risco associado e que acaba por ser mitigado quando estás acompanhado de alguém que sabe o que está a fazer. Por essa razão, e até por descargo de consciência, recomendamos que te juntes a um tour.
Para além dos cardumes, os tours mais comuns podem ainda incluir uma visita aos corais da Ilha Pescador e actividades de snorkeling ou mergulho na Turtle Bay onde, tal como o nome indica, podes nadar com tartarugas marinhas! Estes passeios costumam começar pela manhã cedo, pelo que terás ainda tempo suficiente para uma visita às extraordinárias Cascatas Kawasan, provavelmente a mais reputada atracção de toda a ilha de Cebu! Dividida ao longo de várias secções devidamente interligadas, estas cascatas de água cristalina são o local perfeito para a prática de canionismo, já que podes explorar, nadar, mergulhar e escorregar por todos os diferentes corredores e desfiladeiros, completando assim o trilho aquático que liga todos os 3 pisos destas quedas de água. É uma actividade extremamente divertida e entusiasmante, embora esteja apenas disponível através de um tour por razões de segurança (a não ser que tenhas o material apropriado e muita experiência).
Caso não tenhas interesse no canionismo, é perfeitamente possível visitar Kawasan de forma independente. A partir de Moalboal, basta negociar com qualquer condutor de trike para te levar às cascatas, esperar e trazer-te de volta. Alternativamente, podes até apanhar qualquer autocarro que siga na direcção sul e referir o teu destino. Embora o autocarro não passe mesmo à entrada, irá deixar-te a uns 15 minutos a pé. Canionismo à parte, se visitares por tua conta poderás à mesma apreciar as cascatas e nadar nas suas águas, embora tenhas apenas acesso a um dos pisos. O preço de admissão (sem tour) é de ₱200.
Resumo do 9º dia:
Mais uma voltinha, mais uma viagem! Se costumas ler os nossos guias, então já estás fartinho de saber que somos grandes apologistas do método DIY, pelo que tentamos sempre apresentar-te alternativas independentes à contratação de tours ou visitas guiadas. Infelizmente, nas Filipinas – e particularmente em Cebu – é bastante difícil conseguir fugir aos roteiros pré-definidos, já que, seja por imposição governamental, questões de segurança ou até mesmo pela própria natureza dos destinos, juntares-te a um tour é muitas vezes a única forma de conseguires visitar um determinado local. No entanto, o destino de hoje foge a essa maldita regra, já que, por incrível que pareça, é possível nadar com tubarões de forma independente!
Assim, o teu dia começará bem cedo na tua base em Cebu City, onde apanharás um autocarro (mais tardar às 6h00) que te levará até à localidade de Oslob, bem no sul da ilha. De resto, este é um dos poucos locais no mundo onde são feitos avistamentos diários de tubarões-baleia, conhecidos por serem oficialmente a maior espécie de peixe do mundo, com os adultos a poderem chegar a uns inacreditáveis 12 metros de comprimento! Em Oslob, dirigir-te-ás ao Whale Shark Watching Center, onde pagarás uma taxa de ₱500 antes de seres levado num barco com outros 5 turistas até ao local onde os tubarões congregam. A taxa já inclui o aluguer de equipamento de snorkeling.
Escusado será dizer, testemunhar um conjunto de vários animais com mais de 10 metros cada a nadarem tão perto de ti é uma experiência de cortar a respiração!
Infelizmente, são cada vez mais as chamadas de atenção à falta de ética por trás desta actividade. Embora os tubarões não sejam maltratados, a única razão pela qual se reúnem religiosamente neste sítio específico está relacionada com a prática que os locais iniciaram de os alimentar para fins turísticos. Ou seja, e por mais impressionante que possa ser (e é), visitar os tubarões de Oslob é quase como ir a um Oceanário glorificado, já que os tubarões se tornaram dependentes do alimento dados pelos seres humanos para sobreviver, vendo assim os seus hábitos de caça e padrões migratórios afectados.
Se isso para ti for um big no-no, então podes trocar a actividade deste dia. Se costumas fazer scuba diving nas tuas viagens e até tens curso de mergulho, uma alternativa bem melhor é nadar com tubarões-raposa na Ilha de Malapascua ou mergulhar na reserva protegida da Ilha Sumilon. Para algo não relacionado com animais, podes fazer island hopping na costa da Ilha Mactan, subir ao Pico Osmeña, explorar as grutas da Ilha Camotes ou ficar a torrar nas praias da Ilha Bantayan. Qualquer que seja a tua opção, certifica-te apenas de que regressas a Cebu City a tempo de recolheres a tua bagagem e embarcares no ferry (4h00; ₱1000) até Tagbilaran, na ilha vizinha de Bohol.
Resumo do 10º dia:
Embora muitas vezes esquecida em virtude da popular ilha vizinha de Cebu, Bohol oferece bem mais do que as praias cristalinas e fileiras de recifes a que te foste habituando pelas Filipinas. Sim, esses factores continuam presentes, mas são depois complementados por uma das paisagens mais emblemáticas de todo o país e uma população endémica de primatas que se foram tornando virais nas redes sociais.
Por questões logísticas, recomendamos que fiques alojado nas proximidades de Tagbilaran, o principal centro urbano da ilha, e onde podes encontrar transportes para os outros locais de interesse. Posto isto, é a partir de lá que deverás começar o dia embarcando num autocarro até à pequena localidade de Carmen, um dos principais pontos de acesso às Chocolate Hills, porventura a maior atracção de toda a Bohol! Um autêntico fenómeno geológico, são cerca de 1000 colinas ondulantes espalhadas ao longo de uma área superior a 50 km, formando uma paisagem extremamente incomum. Existem vários miradouros a partir dos quais poderás apreciar o cenário, sendo este um dos mais populares (₱100). Vistas as colinas, deverás então encontrar uma trike que te leve até Villaflor, uma vilazinha a partir da qual podes reservar e embarcar num Cruzeiro pelo Rio Loboc.
Na realidade, a maioria dos barcos que palmilha esta porção do rio são simultaneamente restaurantes flutuantes e cruzeiros turísticos, sendo possível desfrutar de um almoço buffet enquanto navegas um trecho de cerca de 1.5km do pitoresco rio por ₱1000. Basta aproximares-te das margens em Villaflor e encontrarás de imediato vários estabelecimentos da especialidade para te levar nesta viagem de 1 hora.
Quando pedires a boleia de trike, certifica-te de que pedes ao condutor para seguir o curso da Bilar Man-Made Forest, situada em redor da estrada que liga as Chocolate Hills a Loboc. Apesar de se prolongar por apenas 2 km, esta parte da via é extremamente bonita, tendo as árvores sido artificialmente plantadas para combater a desflorestação na região. O resultado final é uma espécie de corredor flanqueado por milhares de árvores que formam um túnel sobre a estrada, valendo bem a pena parar para umas quantas chapas. Finalmente, e antes do regresso à base em Tagbilaran, é absolutamente obrigatório parar no Santuário do Társio Filipino (₱80), os minúsculos primatas de olhos esbugalhados que fazem as maravilhas dos turistas que visitam Bohol. Dedicado à conservação da espécie, este santuário permite que os turistas possam ver estes macaquinhos no seu habitat natural, respeitando assim os seus hábitos e espaço.
Para sugestões de hotéis para a estadia em Bohol, clica aqui.
Resumo do 10º dia:
Depois de um primeiro dia em Bohol a um ritmo mais corrido, irás despedir-te da ilha numa toada bem mais relaxada. Acima dissemos que a ilha se diferenciava do resto das Filipinas à conta da paisagem das Chocolate Hills e dos seus adoráveis primatas, mas a verdade é que os pontos em comum com o resto do território também não são nada de se deitar fora: praia, sol e areia! No entanto, esta etapa até irá começar num sítio mais cultural, nomeadamente na Igreja Baclayon, considerada uma das mais antigas de toda a Ásia Oriental e Sudeste Asiático. Apesar da versão actual datar de 1727, a igreja foi fundada ainda no século XVI por um grupo de Jesuítas.
Depois de visitares este importante local de culto, vais então rumar a sul até à Panglao Island, um ilhéu ligado ao resto de Bohol através de duas pontes rodoviárias. De resto, este é considerado o cantinho mais paradisíaco de Bohol, repleto de praias extraordinárias e grutas imperdíveis. Para transitares entre locais de interesse, o melhor é ires negociando com vários condutores de trikes de cada vez que precisares de uma viagem.
Assim, e sem mais demoras, a tua primeira paragem em Panglao Island será feita na Caverna Hinagdanan, utilizado como abrigo contra raides aéreos durante a Segunda Guerra Mundial, e cujo interior esconde uma fabulosa piscina natural. Quando a luz do sol incide no ângulo certo, quase parece que estás a nadar em água florescente, tal é o brilho cristalino da piscina!
O preço de entrada na caverna é de ₱50, aos quais deves adicionar ₱75 se quiseres entrar na água. Falando em entrar na água, o resto do teu dia será passado a chapinhar no mar das várias praias que polvilham a costa de Panglao, com destaque para a Praia Alona, uma das mais bonitas de todas as Filipinas, a Praia Danao, excelente para a prática de snorkeling, ou a Praia Momo, para quem preferir uma experiência mais resguardada e com menos multidões. Depois de umas boas horas a torrar sob o sol, é chegada a hora de regressares a Tagbilaran, onde por sua vez terás que apanhar o ferry de regresso a Cebu, onde passarás a noite antes de voares para o destino final do teu plano de viagem!
Resumo do 12º dia:
Depois de uma noite em Cebu e um curto voo de apenas 1 hora (seguido de uma viagem de ferry de 15 minutos), porás finalmente pé firme em Boracay, a última ilha que visitarás antes de regressares a casa. O destino ideal para quem quer ficar de papo para o ar sem grandes actividades ou preocupações, Boracay é um excelente local para terminares o teu roteiro quando o cansaço acumulado começar a mostrar os seus efeitos.
Para além disso, com uma extensão de apenas 10 km, estarás sempre perto de tudo. Assim sendo, e para te despedires em beleza, este último par de dias será passado a descansar junto à praia, aproveitando os últimos resquícios do paraíso Filipino. Evidentemente, há sempre um ou outro local de passagem obrigatória, mas a ideia passará por levar as coisas com muita calma!
Assim, podes andar pela ilha a teu bel-prazer e ver a melhor forma de ires encaixando nos teus planos sítios como a White Beach, a Puka Beach, onde podes ver em primeira-mão as impressionantes raposas-voadoras (morcegos gigantes), o Monte Luho, ponto mais alto da ilha e a partir do qual tens acesso à melhor panorâmica de Boracay, ou a Willy’s Rock, uma formação rochosa junto ao mar convertida num santuário improvisado. Se por esta altura ainda tiveres energia para uma altura ronda de snorkeling, recomendamos que o faças na costa da Praia Tanbisaan. No entanto, e tendo já referido o quão pequena Boracay é, dificilmente não acabarás a tropeçar nos seus maiores pontos de interesse.
Se te preferires deixar guiar, então podes alugar um barco privado que visite os ilhéus em redor de Boracay (island hopping), passando na Magic Island, na Crocodile Island ou na Crystal Cove Island; ou juntar-te a um cruzeiro para assistir ao pôr-do-sol nas águas calmas da White Beach. No final da tua estadia, terás que voar de volta à capital Manila, onde farás escala antes de embarcares no longuíssimo voo de regresso à Europa.
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Resumo dos 13º e 14º dias:
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