Na nossa viagem para o Japão, voámos a partir do Porto com a Lufthansa. Continua a ler para veres como foi a nossa experiência com a companhia aérea de bandeira da Alemanha, na classe Premium Economy para o voo de Frankfurt para o Tokyo a bordo do cada vez mais raro Boeing 747!
Nota: De forma a manter a experiência o mais genuína possível, o voo foi pago integralmente por nós e a companhia não foi informada que iríamos produzir qualquer artigo relacionado.
Como não tínhamos bagagem para despachar, fomos aos balcões de check-in do grupo Lufthansa, apenas para recolher os cartões de embarque. Existiam 4 balcões disponíveis: 1 exclusivamente para classe executiva e passageiros “premium” e os 3 restantes para passageiros em económica. Não estava literalmente ninguém na fila, por isso demorámos cerca de 5 minutos entre a chegada ao aeroporto e a entrega das nossas malas.
O embarque foi feito na porta 32, e começou uns 10 minutos depois da hora prevista. Os passageiros estavam organizados em 4 grupos. Os primeiros a embarcar foram os passageiros premium e com crianças. Seguiram-se os passageiros dos grupos 1 e 2 e os que tinham assento situado em filas de emergência. Como estávamos neste último grupo, fomos dos primeiros a embarcar. No geral, o embarque correu de forma relativamente rápida e organizada.
O Airbus A321 da Lufthansa estava organizado em 2 filas, com 3 assentos de cada lado. Tal como é normal nas companhias aéreas Europeias, os lugares parar quem voa em classe executiva são exatamente iguais aos de económica.
Neste voo foram-nos atribuídos os lugares 12A e 12B. Mesmo em executiva é difícil conseguir melhor. O espaço para pernas é enorme. Os assentos são perfeitamente confortáveis para um voo de 3 horas.
Também foram distribuídas garradas de água aos passageiros, o que é sempre bom, dada a necessidade de nos mantermos hidratados. O voo decorreu sem qualquer incidente. A tripulação era simpática e profissional.
Os já típicos chocolates, distribuídos já na reta final do voo, são um toque muito simpático.
Como já tínhamos feito o check-in no Porto, bastava ir directamente à porta de embarque do (sempre confuso) aeroporto de Frankfurt, para nos depararmos com o magnífico Boeing 747-8. Devo confessar que a nossas esperança de voar num destes já era muito diminuta mas, felizmente, acabámos por conseguir.
O embarque começou cerca de 15 minutos depois da hora prevista na porta Z58. Mais uma vez, foi feito o embarque por grupos, desta vez com menos confusão que aquela a que assistimos no Porto. Apesar disso, continua a não existir qualquer indicação física que permita organizar as pessoas de acordo com a ordem em que devem embarcar, pelo que os passageiros simplesmente embarcaram todos ao mesmo tempo. A utilização das portas automáticas fez com que um embarque potencialmente caótico corresse de forma rápida e sem complicações.
O Boeing 747-8 estava organizado em 4 classes: Primeira Classe, Executiva, Económica Premium e Económica. A Premium Economy da Lufthansa tem uma configuração de 2-4-2 e está colocada entre um pequeno grupo de lugares de classe económica e e os restantes lugares da mesma classe.
Nós escolhemos os lugares da fila da frente, 21H e 21K, gratuitamente, no momento do check-in. Estes lugares oferecem espaço para pernas virtualmente infinito (tem os seus prós e os contras – que explicaremos à frente). Como o tabuleiro e o ecrã do entretenimento de bordo estão inseridos no braço do assento, estes acabam por ser um pouco mais estreitos que os restantes. Porém, pelo menos para nós, não fez diferença.
O assento da Lufthansa é já bastante antigo quando comparado à oferta da concorrência, mas nada implica que não seja espaçoso e muito confortável, com um excelente encosto de cabeça ajustável. A reclinação é excelente e é talvez o melhor cartão de visita deste modelo específico. Para além da vantagem óbvia do enorme espaço para pernas, quem ficar nesta fila terá um suporte para pernas e outro para pés. Há ainda uma tomada elétrica por passageiro, juntamente com portas USB para carregar os dispositivos móveis. Todos os restantes passageiros terão apenas o suporte para pés. Como ficámos nos lugares da frente, a bolsa estava colocada na “parede” à nossa frente.
Passando ao mau deste assento: o entretimento a bordo! O tamanho do ecrã é mesmo muito pequeno, coisa que acabaríamos por ignorar se o sistema em si fosse razoável. Não é. É bastante fraco. Cheio de listas, pouco texto e pouco espaço para selecionar os elementos.
Claro que poderíamos usar o comando manual em vez do ecrã táctil, mas a Lufthansa podia já ter dado um jeitinho à coisa. A selecção de filmes e séries também era surpreendentemente limitada. O mapa nem sequer permitia explorar e apresentava uma animação pré-definida.
Outra coisa que acaba por ser consequência do excelente ângulo de reclinação: os passageiros no lugar da janela ficam tecnicamente presos se o passageiro da fila da frente e o do corredor inclinarem o seu lugar na totalidade. É mesmo muito difícil passar sem incomodar, sendo necessário pedir ao passageiro do lado para se levantar, ou ao da frente para que incline menos o seu assento.
Todos os passageiros tinham uma almofada e uma manta à sua espera, para além de uma garrafa de água de 50cl e um excelente amenity kit para económica premium: uma saquinho da Porsche Design, venda, meias, toalhita refrescante, pasta de dentes, uma escova de bamboo, chinelos e tampões para os ouvidos.
Também nos foi oferecido um menu de papel, com as refeições que iriam ser servidas durante o voo e as opções disponíveis.
Cerca de 50 minutos após a descolagem, foi-nos oferecida uma bebida. Eu pedi um gin tónico (que foi acompanhado por uns salgadinhos) enquanto a senhora se ficou pela água.
Passado cerca de 1h45 após a descolagem, foi então servido o almoço. As opções eram almôndegas vegetarianas em molho de cogumelos ou carne. Eu escolhi a carne a senhora escolheu as almôndegas. A acompanhar ambas foi-nos oferecido um pãozinho, uma salada de noodles, uma fatia de queijo brie e uma mousse de chocolate com um coulis de frutos vermelhos. Foram também oferecidas bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Ambas as refeições estavam bastante boas, mas eram as mesmas de classe económica, embora apresentadas em pratos de porcelana. Posteriormente, os assistentes de bordo passaram com o habitual carro de chá e café.
Depois da refeição, as luzes da cabine foram diminuídas. o que permitiu aos passageiros um sono mais confortável. Foi também aqui que começámos a ver que o lugar virtualmente infinito para pernas que vinha com os nossos lugares tinha um lado negro. O facto de estarem imediatamente junto às casas de banho fazia com que existisse uma aglomeração constante de passageiros naquela zona, falando bastante alto entre eles. E quando digo aglomeração, estamos a falar de, em alturas de maior tráfego, meia dúzia de pessoas que, com as luzes reduzidas, tropeçaram 2 ou 3 vezes nas pernas da minha senhora, correndo o risco de cair por cima dela e magoá-la e/ou contraírem, os próprios, uma lesão séria. Havia uma cortina que só foi puxada já bastante tarde, para separar a zona da casa de banho da zona dos passageiros, e que resolveu parcialmente o problema. Dado que o espaço é bastante bom nos lugares das restantes filas, na próxima vez, e caso o voo seja nocturno, não optaremos por estes assentos específicos, mesmo tendo um enorme espaço para pernas.
Cerca de 1h30 hora antes da aterragem foi servido o pequeno almoço: um pãozinho, ovos mexidos, salsicha, espinafres, manteiga e iogurte com granola. Nada a apontar, mais uma vez. Todo o catering durante a viagem foi de boa qualidade.
O WiFi a bordo tinha preços muito razoáveis (desde €3) mas simplesmente não estava a funcionar no caso do meu telefone (no da minha senhora funcionava OK).
A tripulação foi simpática e profissional.
O voo LH716 aterrou no aeroporto de Haneda às 11:27, hora local.
A Lufthansa tem, neste momento, uma das classes premium economy mais antigas das companhias europeias. O hard product, embora não “vistoso” como os das concorrentes, marca muitos pontos a nível de conforto puro, deixando no entanto muitíssimo a desejar no que toca ao entretenimento de bordo. O catering é satisfatório, mas a verdade é que é semelhante ao da classe económica, sendo simplesmente servido num conjunto mais vistoso. Sabemos que premium economy não é classe executiva, mas uma maior diferenciação que não um assento muito mais confortável faria com que estivesse ao nível de concorrentes como a Air France ou a Swiss. Se voaríamos novamente em Premium Economy na Lufthansa? Absolutamente! Num voo noturno de 11-12h para Tokyo, o conforto acaba por se sobrepor à necessidade de um entretimento de qualidade ou de um catering diferenciado. Em voos mais curtos, o preço teria de ser muito, muito atrativo. Claramente que a Lufthansa sente que tem de melhorar o seu hard product (a qualidade das cabines de económica e business consegue, na nossa opinião, ser ainda menos competitiva que a Premium Economy), dado o recente anúncio de uma renovação total da sua frota com um produto muito semelhante ao que apresenta a Swiss (e cujo artigo está para breve)
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