Tripulantes de cabine aprovam adesão à greve geral de 11 de Dezembro 🙅✈️
Os tripulantes de cabine da aviação civil em Portugal vão aderir à greve geral de 11 de dezembro, decisão aprovada por larga maioria em assembleia-geral de emergência do SNPVAC, podendo resultar em fortes perturbações na operação.
Aprovação da greve pelos tripulantes
Em assembleia-geral de emergência, os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovaram a adesão à greve geral de 11 de dezembro com 2.305 votos a favor, 320 contra e 177 abstenções, num total de 2.802 votantes. A estrutura sindical representa tripulantes de cabine de companhias como TAP, SATA e easyJet, pelo que a decisão abre a porta a perturbações significativas na operação aérea nesse dia.
Razões do protesto
A assembleia foi convocada depois de o sindicato acusar o Governo de apresentar como “reforma” aquilo que considera ser um desmantelamento das garantias laborais no anteprojeto de revisão ao Código do Trabalho. Em comunicado recente, o SNPVAC classificou o pacote laboral como um “retrocesso civilizacional” com repercussões profundas no setor da aviação e rejeitou as acusações de “oportunismo político” feitas pelo primeiro-ministro às centrais sindicais e aos sindicatos que convocaram ou aderiram à greve geral.
Enquadramento da greve geral
A paralisação de 11 de dezembro foi convocada em conjunto pela CGTP e pela UGT contra as alterações à legislação laboral propostas pelo Executivo, naquela que será a primeira greve geral conjunta desde 2013, em plena intervenção da troika. O pré-aviso já foi entregue e diversas estruturas setoriais, do público ao privado, anunciaram adesão, o que faz prever impactos em áreas como transportes, escolas, saúde, banca e serviços públicos.
Outros sindicatos da aviação e possíveis impactos
No setor da aviação, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que representa sobretudo pessoal de terra da TAP e trabalhadores de handling da Menzies, também confirmou a adesão à greve e antecipa “grande impacto” na atividade da TAP, com efeitos igualmente em empresas como SATA, ANA e Portway.
Já o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) mantém a “esperança” numa revisão das medidas por parte do Governo, mas admite levar à assembleia-geral a adesão à greve se não houver recuo na reforma laboral, cenário que acrescentaria ainda mais pressão sobre o tráfego aéreo no dia 11.
O que esperar para 11 de dezembro
Com tripulantes de cabine e pessoal de terra mobilizados, e outros sindicatos a ponderar a adesão, o risco de atrasos, reprogramações e cancelamentos de voos em Portugal no dia da greve é elevado, ainda que venham a ser fixados serviços mínimos.
Passageiros com viagens marcadas para 11 de dezembro são aconselhados a acompanhar as informações oficiais das companhias aéreas e dos aeroportos, uma vez que o alcance final da paralisação dependerá também de eventuais desenvolvimentos nas negociações entre Governo e estruturas sindicais nas próximas semanas.
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