Artigo completo com guia de viagem de Budapeste, incluindo um roteiro de 3 dias pelas atracções e pontos turísticos mais famosos da capital da Hungria. Inclui ainda informações sobre hotéis, restaurantes, transportes e câmbio de moeda.
Bem-vindos a Budapeste, uma das capitais mais espectaculares do Velho Continente. Anteriormente estereotipada como uma típica cidade fria e cinzenta do antigo Bloco de Leste, a última década foi de total afirmação no plano turístico, com o número de chegadas e visitantes a multiplicar-se a olhos vistos.
Se há meia dúzia de anos Budapeste ainda poderia ser considerada um destino barato e fora-da-caixa, a capital húngara já começa também a experienciar as dores do turismo massificado, com uma subida exponencial de preços a condizer. Ainda assim, não restam dúvidas de que esta é uma cidade que deve constar na lista de “destinos obrigatórios” em solo europeu, com uma história riquíssima e uma herança cultural que extravasam em larga escala a longa travessia no deserto que foi a segunda metade do século XX.
Assim sendo, apresentamos-te o nosso guia de viagem de Budapeste para que possas preparar da melhor forma a tua visita à capital magiar. Aqui, poderás consultar informações sobre hotéis/alojamentos, restaurantes, transportes públicos, câmbio de moeda e ainda um roteiro completo de 3 dias em Budapeste. Have fun!
A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Ferenc Liszt, de longe o maior do país, tendo recebido mais de 16 milhões de passageiros em 2019 (pré-covid). Se considerarmos que a Hungria tem fronteiras terrestes com 7 nações diferentes, é fácil de perceber que o potencial número de visitantes terá bem superior!
Seja como for, e para nós que estamos neste cantinho à beira-mar plantado, voar é a única solução viável. Felizmente, existem várias alternativas low-cost a partir de vários pontos do país, nomeadamente Lisboa (Ryanair e Wizz Air), Porto (Ryanair e Wizz Air) e Funchal (Wizz Air).
Neste ponto do nosso guia de viagem de Budapeste, não há muito por onde inventar! Estando situada em pleno continente europeu, dita o deus-da-boa-meteorologia que a melhor altura para visitar Budapeste coincida com o final da Primavera, Verão e início de Outono, com o período compreendido entre os meses de Maio e Setembro a ser o mais apetecível. Tem, contudo, em atenção que os meses de Verão em Budapeste podem ser extraordinariamente quentes!
Em contrapartida, podes também optar pelos restantes meses de Primavera e Outono, quando as temperaturas tendem a ser mais equilibradas e o número de turistas (bem como os preços) mais baixos.
No entanto, e para os mais rijos com disposição para enfrentar de frente o rigoroso inverno húngaro, visitar Budapeste no Inverno pode também ser bastante compensador. Afinal, em quantos locais do mundo podes ficar de molho em águas de 35ºC enquanto te neva em cima? À conta dos famosos banhos (ou termas) da cidade, esta é uma realidade a que poderás assistir em Budapeste durante o inverno! E não nos podemos esquecer dos fantásticos Mercados de Natal!
Acho que já deu para perceber que à capital húngara se pode aplicar a mesma máxima de Paris: É sempre uma boa ideia!
Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Budapeste
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Bilbau esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Nenhum guia de viagem de Budapeste está completo sem que este tema seja abordado.
Tendo como moeda oficial o Florim Húngaro (HUF), qualquer levantamento que faças em Budapeste recorrendo a um cartão português, recorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.
Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut.
O Revolut permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. Isto é especialmente relevante em território húngaro, país natal das infames caixas da Euronet, famosas por efectuarem sempre este tipo de cobrança. Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido.
De salientar também que em Budapeste, tal como na maioria dos países europeus, os pagamentos eletrónicos são extremamente prevalentes e é cada vez mais rara a necessidade de levantar dinheiro. Ainda assim, e caso precises de o fazer, aconselhamos que uses os seguintes bancos que, à data da escrita deste artigo, não cobram qualquer taxa de levantamento:
Se preferires levar algum dinheiro e fazer câmbio, podemos aconselhar 5 casas de câmbio com avaliações muito favoráveis:
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
Antes de tudo o resto, convém já ressalvar que Budapeste é uma cidade extremamente segura. Com índices de criminalidade baixos e sem qualquer histórico de acções terroristas, podes sentir-te confortável em qualquer zona do centro, mesmo durante a noite.
Contudo, e como acontece em qualquer grande cidade com muito turismo, é sempre boa ideia utilizar o senso-comum. Nada de utilizar táxis que se recusem a ligar o taxímetro, não comprar drogas leves de estranhos na rua (não é só em Lisboa, amigos), ter cuidado com os teus pertences em zonas muito movimentadas – especialmente perto da estação de comboios – e nunca aceitar ajuda de ninguém quando estiveres a utilizar uma caixa multibanco ou as bilheteiras automáticas do metro. Para além disso, e uma vez que estás num país que utiliza uma moeda diferente, também não recomendamos que faças qualquer câmbio de divisa com um desconhecido.
No primeiro caso, dos táxis, uma boa métrica para aferires se a pessoa será de confiança passará por pedires para pagar com cartão. Todos os veículos devidamente licenciados em Budapeste estão aptos a aceitar pagamentos electrónicos, por isso, se o condutor não mostrar abertura para isso, o melhor é mesmo procurares outra alternativa.
No entanto, o maior esquema/burla de Budapeste é um dos truques mais antigos do mundo das viagens! Tendo em conta que a cidade é famosa pela sua vida nocturna, Budapeste é um destino de eleição para viagens de grupos masculinos ou despedidas de solteiro. Com base nessa premissa, é comum ver mulheres (sozinhas ou em pares) abordarem estranhos nas zonas mais turísticas de Budapeste e convidarem-nos para uma bebida. O problema aparecerá mais à frente, quando as donzelas desaparecerem repentinamente e o dono do “bar” te apresentar uma conta astronómica que os seguranças te irão… convencer, digamos, a pagar. Esperemos que o nosso guia de viagem de Budapeste te ajude a evitar este tipo de situação!
Por fim, e como aviso especial à comunidade LGBTQ+: Budapeste está longe de ser, pelo menos no espaço europeu, o destino mais acolhedor no que toca a minorias sexuais. O governo húngaro, extremamente popular a julgar pelos resultados eleitorais, é conhecido pela sua retórica populista e combate àquilo que chama de “ideologia de género”, tentando colar a homossexualidade a conceitos verdadeiramente perversos como a endoutrinação, o assédio sexual ou a pedofilia. Com base neste histórico, recomendamos apenas que tenhas especial cautela no que toca a demonstrações públicas de afecto a pessoas do mesmo sexo.
Ainda que a cidade já não seja tão barata para o bolso médio português quanto antes, Budapeste continua a ser uma capital relativamente acessível, especialmente quando comparada com as suas congéneres ocidentais. Naturalmente, isso também se reflecte no preço dos alojamentos.
Analisando a informação do site especializado Budget Your Trip, os preços médios em Budapeste rondam os 59€/noite, com os hotéis de luxo (4 e 5 estrelas) nos 98€/noite.
Posto isto, deixamos neste guia de viagem de Budapeste uma sugestão para cada categoria de classificação, com um preço por noite abaixo da média:
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
Tal como já referimos neste guia de viagem de Budapeste, e ainda que os preços tenham sofrido um forte aumento nos últimos anos, a capital húngara continua a ser relativamente acessível. Naturalmente, isso também se reflecte nos preços das refeições, sendo que, de acordo com o Numbeo, o preço de uma refeição barata em Budapeste ronda os 8€/pax. Já para uma refeição mais bem composta, num restaurante intermédio com direito a entrada, prato e sobremesa, os valores poderão subir até aos 19€/pax.
Assim, deixamos abaixo uma lista variada de restaurantes e cafés onde poderás comer de acordo com o orçamento mencionado neste portal:
Uma vez que o Aeroporto Ferenc Liszt não é servido por nenhuma das linhas de metro locais, a única alternativa colectiva passa por utilizar o autocarro.
Para esse efeito, foi criada a linha 100E, que liga o aeroporto à Praça Deák Ferenc, no centro da cidade, com paragens nas estações de metro Kálvin ter e Astoria pelo meio. Ao passo que anteriormente era necessária uma combinação de autocarro e metro caso aterrasses em Budapeste durante a noite, a linha 100E está agora disponível 24/7, partindo em intervalos 07-10 minutos ao longo do dia. A única excepção na frequência de saída verifica-se entre a 01h00 e as 03h00, período em que os autocarros saem apenas a cada 30/40 minutos.
A viagem tem uma duração de cerca de 40 minutos e cada bilhete custa 1500 HUF.
Salvo raríssimas excepções, a travessia entre o aeroporto e o centro de Budapeste será provavelmente a única ocasião em que terás que recorrer ao autocarro. Para todas as outras deslocações, e embora seja perfeitamente possível percorrer todos os pontos turísticos da cidade a pé, o metro será a opção mais conveniente.
Aliás, o metro de Budapeste tem a honra de albergar a linha subterrânea de metro mais antiga do mundo (M1 – Millennium Underground), e a única considerada Património da Humanidade pela UNESCO!
Apesar da sua antiguidade, o metro de Budapeste é composto por apenas 4 linhas, sendo por isso bastante fácil de compreender e navegar. Para além dos passes e dos bilhetes em papel, é também possível comprar e validar bilhetes digitais através de um dispositivo móvel. Para isso, é necessário baixar a app BudapestGo, a plataforma oficial dos transportes públicos de Budapeste.
Apesar do mapa não deixar grandes dúvidas de interpretação no que toca a direcções e transbordos, o sistema de bilhetes é desnecessariamente complicado, compreendendo diferentes opções de acordo com a duração da viagem e número de paragens, ou consoante a necessidade de fazer transbordo ou não. No entanto, e para te facilitar a vida, compilámos abaixo os vários tipos de bilhetes disponíveis:
Como nota final desta secção do guia de viagem de Budapeste, resta mencionar que todos os tipos de bilhetes são válidos para os diferentes transportes públicos da cidade (metro, autocarros, eléctrico e comboios suburbanos), sendo ainda obrigatória a sua validação antes de entrares em qualquer veículo.
Em Budapeste, podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Budapeste, o valor mínimo aceitável deverá rondar os 2000 HUF.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Budapeste:
Com 3 dias em Budapeste, e embora tenhas muito para ver e explorar, é também possível escapar um bocadinho às paragens mais óbvias e conhecer outros recantos menos conhecidos da capital húngara.
Não nos interpretes mal! Locais icónicos como o Parlamento, o Castelo de Buda ou o Bastião dos Pescadores têm que ser paragens obrigatórias no teu roteiro! Não obstante, deixamos-te também um conjunto de outros pontos que vais querer conhecer:
Castelo de Vajdahunyad – Situado em pleno parque da cidade, bem junto aos famosos Banhos Széchenyi, este enigmático castelo, de ar sombrio, faz lembrar as construções sinistras e imponentes da região vizinha da Transilvânia, já em terras romenas.
Biblioteca Szabo Ervin – Considerada uma das bibliotecas mais bonitas do mundo, o ramo principal da sua extensa colecção pode ser encontrado no interior do Palácio Wenckheim, um monumento do século XVIII.
Museu Hospital in the Rock – Um serviço de urgências construído num sistema subterrâneo de caves, para que ao mesmo tempo pudesse servir de bunker nuclear durante a Segunda Guerra Mundial.
Museu House of Terror – Um museu dedicado aos horrores dos regimes fascista e comunista que prevaleceram na Hungria durante a maior parte do século XX
Szimpla Kert (Ruin Bar) – Estes estabelecimentos de diversão nocturna ocupam ruínas de edifícios decrépitos da baixa da cidade, e são um verdadeiro símbolo de Budapeste! Neste caso, o Szimpls Kerta é “o” Ruin Bar original por excelência!
Rua Gul Baba – Em plenas colinas da margem de Buda, esta pequena via foi nomeada uma das ruas mais bonitas da cidade. Um excelente local para uma foto.
Sendo certo que não será em 3 dias que ficarás a conhecer uma cidade inteira (seja ela a capital húngara ou outra qualquer), acreditamos que, com a ajuda do nosso guia de viagem de Budapeste, conseguirás pelo menos ter a amostra suficiente de que precisas te apaixonares por esta incrível e animada metrópole.
Assim, o nosso roteiro convidar-te-á a explorar as margens de Buda e de Pest – nome que haveria de ser unificado quando se fundissem numa só cidade – cruzar o eterno Danúbio, subir ao Monte de Gellért e ainda arranjar tempo para passar uma manhã (ou tarde) de molho nas famosas águas termais de Budapeste.
Para o teu primeiro dia em Budapeste, irás explorar a fundo a margem ocidental da cidade e descobrir em primeira mão o porquê de lhe chamarem “A Pérola do Danúbio”. Apesar da imagem fechada e cinzenta que muitos ainda têm da antiga Budapeste sob a esfera soviética, é importante relembrar que esta já foi a segunda principal cidade do Império Austro-Húngaro, um dos reinos mais importantes e poderosos da história europeia. É altura de colocar essa herança à prova!
Assim, recomendamos que comeces com um dos locais mais emblemáticos da cidade e subas até ao Bastião dos Pescadores (1200 HUF, gratuito antes das 09h00 e depois das 19h00), um conjunto de torres de vigia com uma das vistas mais esplêndidas sobre o Parlamento e a margem contrária do Danúbio. Dentro da mesma praceta, poderás ainda encontrar a Igreja de Matias (2900 HUF), local de coroação de dois antigos Reis do território, bem como um conjunto de ruelas com casas pequenas e coloridas, a contrastar com a arquitectura grandiosa e imperial do lado de Pest. Ainda perto do bastião, deverás também prestar uma visita ao Hospital in the Rock (9600 HUF), um serviço de urgências construído num sistema subterrâneo de caves para que ao mesmo tempo pudesse servir de bunker nuclear durante a Segunda Guerra Mundial. Segue-se uma caminhada até à Colina do Castelo e ao quarteirão de Várnegyed, famoso por albergar o majestoso Castelo de Buda. Embora a entrada no complexo seja gratuita, permitindo-te deambular pelas praças e corredores do recinto, os edifícios do antigo palácio deram agora lugar dois museus: a Galeria Nacional Húngara (5400 HUF) e o Museu da História de Budapeste (3800 HUF).
Depois de almoço, e já com a energia reposta, é tempo de completar a tortuosa subida à Colina de Gellért, assim baptizada em honra do santo com o mesmo nome, atirado por este monte abaixo dentro de um barril durante uma revolta pagã. Para além da Cidadela e da Estátua da Liberdade, a colina é famosa pelas indescritíveis vistas que proporciona sobre toda a Budapeste, e que acabaram por se tornar um dos grandes cartões-postais da cidade. Chegada a hora da descida, é tempo de voltar à margem de Pest e terminar a tarde no Mercado Central de Budapeste, o maior e mais antigo mercado coberto de todo o país.
Já ao cair da noite, e para te poderes maravilhar com as luzes que iluminam os edifícios situados ao longo das margens da cidade, sugerimos um Cruzeiro pelo Danúbio (também disponível num formato mais económico, sem jantar buffet). Uma forma mágica de terminares o teu dia introdutório a uma das mais fascinantes capitais europeias.
Resumo do 1º dia:
Tendo já sofrido à conta do constante “sobe-e-desce” das colinas do lado de Buda, é agora hora de explorar as ruas mais planas e majestosas da margem de Pest. Tudo com equilíbrio! Para começares o dia com calma, sugerimos um passeio pela Ilha Margaret, uma gigantesca área recreativa onde o verde da natureza permanece a cor dominante. Para além de um parque aquático e de uma torre monumental de estilo Art Nouveau, aqui encontrarás também as ruínas de uma antiga igreja e uma fonte dançante, apenas em funcionamento durante os meses de Primavera e Verão. Poderás consultar os horários destes espectáculos de luz e música aqui.
De regresso à margem, é tempo de percorrer a extensa marginal junto ao rio e ir absorvendo o cenário fabuloso que se vai desenrolando à medida que avanças. Logo a começar o percurso, irás dar de caras com o edifício mais famoso de toda a cidade: o Parlamento de Budapeste (6000 HUF). Sinceramente, há poucas palavras que consigam descrever a beleza e grandiosidade desta construção. O melhor é mesmo veres por ti próprio! Contudo, do espanto ao choque bastarão uns meros 500 metros, distância que percorrerás até te deparares com o Memorial Sapatos às Margens do Danúbio. Um conjunto de dezenas de sapatos em bronze alinhados junto às águas do Danúbio, o memorial pretende homenagear os 800 judeus assassinados às mãos do Partido da Cruz Flechada, uma milícia fascista húngara subserviente aos interesses de Adolf Hitler. De acordo com os registos históricos, as vítimas eram alinhadas neste mesmo local e abatidas a tiro, sendo os corpos projectados sobre as águas do Danúbio. As representações dos seus sapatos permanecem como testemunho de um dos períodos mais negros da história moderna.
Um pouco mais adiante, encontrarás a Ponte das Correntes, a mais bela e famosa de todas as pontes centrais de Budapeste, antes de deixares a zona ribeirinha e rumares umas centenas de metros a norte, em direcção à gigantesca Basílica de Santo Estevão (2300 HUF). Considerada a igreja mais importante da Hungria, podes visitá-la e ver em primeira-mão… bem, a mão do próprio Santo Estevão – o primeiro Rei do país. Saltamos depois de uma fé para outra e chegou a hora de visitar a Sinagoga Dohány (10.800 HUF), um edifício ornamentado que conta com a honra de ser a maior sinagoga da Europa e uma das cinco maiores do mundo, fora de Israel. Para fechar o dia, passeia pela artéria comercial da Rua Váci, fechada ao trânsito automóvel, até chegares à Biblioteca Municipal Ervin Szabó (1900 HUF), um dos tesourinhos escondidos da capital húngara.
Resumo do 2º dia:
E eis que chegámos ao teu último dia em Budapeste. Mas não desanimes – não te deixaremos ir embora sem que antes experimentes os famosos banhos da cidade! Aliás, sem mais demoras, a nossa sugestão é que comeces a tua despedida precisamente nos Banhos Termais Széchenyi (10.500 HUF de 2ª a 5ª; 12.000 HUF às sextas e fins-de-semana; 13.000 HUF aos feriados), cujas instalações mais se assemelham a um palácio real! Erigido sobre duas fontes naturais de água quente (uma recorrência no subsolo da capital húngara), este será o local perfeito para passares umas boas horas da tua manhã, a recuperar do esforço dos últimos dias enquanto te divertes a experimentar todo o tipo de piscinas, saunas e banhos turcos presentes nas instalações. Não te esqueças de levar a tua própria touca, toalha e chinelos, caso contrário terás que alugar esses equipamentos no local.
Depois do merecido descanso, é tempo de voltar à acção e visitar o Castelo de Vajdahunyad, um enigmático palácio, de ar sombrio, a fazer lembrar as construções sinistras e imponentes da região vizinha da Transilvânia, já em terras romenas. Após um passeio pelo recinto do castelo, é tempo de pisar a imponente Praça dos Heróis e começar a percorrer a artéria que dá título a este dia! A maior e mais monumental de todas as boulevards de Budapeste, a Avenida Andrássy é apenas mais um local da cidade classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Para além da arquitectura monumental e das muitas mansões situadas ao longo dos seus 2.5 km de extensão, é também nesta avenida que poderás encontrar outros locais merecedores de uma visita, como a Ópera Estatal Húngara (9000 HUF/visita guiada) ou o fantástico e tenebroso House of Terror (4000 HUF), um museu dedicado aos horrores dos regimes fascista e comunista que prevaleceram na Hungria durante a maior parte do século XX. Embora a exibição se esforce por fazer esquecer o papel activo que por vezes as próprias autoridades húngaras tiveram na propagação destes mesmos crimes, pintando o país como uma simples vítima de ocupação (o que nem sempre foi uma realidade), este continua a ser um museu bastante sóbrio e bem mantido.
Após o final desta avenida, o nosso guia de viagem de Budapeste sugere também uma espreitadela rápida no Café New York, o mais bonito da cidade, a fazer lembrar o portuense Majestic ou a lisboeta Versailles. Infelizmente, as semelhanças não se ficam apenas pelo estilo clássico, chegando também aos preços abusivos, por isso… espreita, mas não te sentes! Já pela noitinha, e para te despedires de Budapeste à grande, nada melhor que experimentares o ambiente de um Ruin Bar. Um conjunto de estabelecimentos de diversão nocturna montados nas ruínas de edifícios decrépitos da baixa da cidade, podemos garantir que nunca fizeste a farra num sítio assim! Uma vez que não terás tempo para andar a percorrer vários spots e a escolher o que mais te agrada, recomendamos que sigas directamente para o Szimpla Kert, o Ruin Bar original por excelência.
Resumo do 3º dia:
E damos assim por terminado o nosso guia de viagem de Budapeste! Esperamos que te seja útil na próxima escapadinha à capital magiar!
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