Guia de viagem do Japão – Transportes, hotéis, dicas + Roteiros de 8, 12 e 16 dias 🇯🇵

  • 01.03.2024 14:40
  • Bruno A.

Guia de viagem completo, ideal para quem procura que locais visitar e o que fazer no Japão. Inclui informações detalhadas sobre transportes, documentação de viagem, hotéis e restaurantes, bem como três roteiros completos de 8, 12 ou 16 dias no Japão.

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Conhecida como a “Terra do Sol Nascente”, o Japão destaca-se como um dos destinos mais cobiçados do planeta. Situada bem lá longe, nos confins da Ásia Oriental, a nação nipónica é um verdadeiro tesourinho de santuários sagrados, castelos antigos, palacetes imperiais e picos montanhosos. No entanto, o apelo e influência japoneses vão bem para lá do seu contexto histórico. Na verdade, é também na vertente cultural contemporânea que o Japão ganha espaço nos corações dos turistas, exibindo a cultura geek mais reconhecida do globo, alguma da arquitectura mais vanguardista do continente asiático e uma gastronomia internacionalmente elogiada. Tudo, pois claro, envolto numa merecida reputação de extremo (até demais) respeito, rigor e reverência.

De Tóquio a Quioto, os grandes destinos turísticos do país, passando pelas cidades históricas dos Alpes Japoneses, pelo emblemático Monte Fuji, pela modernidade de Osaka ou pela sobriedade de Hiroshima (entre montes de outros locais dignos de menção), a verdade é que poucos países oferecem tanto para ver e fazer. Para além disso, dado o elevadíssimo nível de desenvolvimento do país face às restantes nações da região, o Japão é um excelente destino para quem se quiser começar a aventurar de forma independente para fora do Velho Continente!

Assim sendo, e se estás à procura de o que fazer no Japão, vieste ao sítio certo! Aqui descobrirás um roteiro completo do país, para 8, 12 ou 16 dias – consoante a tua disponibilidade – bem como todas as restantes informações necessárias para preparares a tua aventura. Acompanha-nos neste guia de viagem do Japão e descobre os melhores hotéis e restaurantes, como te deslocares entre cidades, como trocar/levantar dinheiro e ainda as melhores alturas para visitar o país.

Guia de Viagem do Japão

Como chegar ao Japão – Voos desde Portugal

Apesar de existirem vários aeroportos internacionais no país, se voares a partir da Europa, existe uma probabilidade quase certa de que aterres num dos dois principais aeródromos de Tóquio: o Aeroporto Haneda ou o Aeroporto Internacional de Narita.

Como já seria de esperar, não existem voos directos entre Portugal e Japão, sendo que terás sempre que fazer escala num outro país. Embora o melhor seja sempre consultar plataformas como a Google Flights para monitorizar as melhores ligações, companhias como a KLM, a Lufthansa, a Etihad ou a Turkish Airlines costumam ter as melhores ofertas a partir de Porto e Lisboa, com voos para Tóquio a partir dos €850 (ida-e-volta) com escala em Amesterdão, Munique/Frankfurt, Abu Dhabi ou Istambul, respectivamente. Por outro lado, podes sempre arriscar numa escala independente e apanhar o voo a partir de outra cidade europeia.

A título de exemplo, é possível encontrar voos para Tóquio a partir de Milão por menos de €600, com a Air China (escala em Pequim ou Xangai). Ora, atendendo à quantidade de voos low-cost entre Portugal e a principal cidade do norte de Itália, esta pode muito ser uma excelente forma de poupar algumas centenas de euros na tarifa aérea.

Quanto dias são necessários para visitar o Japão?

Na verdade, o Japão é um daqueles destinos onde seria possível passar meses sem que ficasses sem coisas para fazer ou locais para visitar. Posto isto, aplica-se a velha máxima de que “quanto mais, melhor”!

No entanto, para aqueles que possam não ter tanta disponibilidade de tempo e/ou orçamento, 1 semana completa seria o mínimo dos mínimos para, pelo menos, conseguires visitar os clássicos em Tóquio e Quioto. Ainda assim, a nossa recomendação é que tentes prolongar a tua experiência ao máximo, preferencialmente reservando a quinzena de férias obrigatória para a “Terra do Sol Nascente”.

Melhor altura para visitar o Japão

Atendendo ao facto de que as temperaturas nas grandes cidades japonesas são bastante mais extremadas que aquilo a que estarás habituado, com invernos bastante frios e verões insuportavelmente quentes, o melhor é mesmo guardar a visita ao Japão para a “shoulder-season”, referente às estações de Primavera e Outono. Isto não significa que invernos e verões estejam totalmente fora das possibilidades, uma vez que este continuará sempre a ser um destino extraordinário, mas a experiência poderá não ser tão confortável.

Por fim, não podemos deixar de mencionar a época das cerejeiras em flor. Embora este período possa variar ligeiramente de ano para ano, geralmente tem lugar entre a segunda quinzena de Março e a primeira de Abril, altura em que as ruas se enchem das tradicionais pétalas rosadas e o Japão ganha o ar clássico do nosso imaginário. Infelizmente, a época da “sakura” corresponde também ao pico do turismo no país, pelo que os preços de voos e alojamentos disparam substancialmente e as multidões podem ser assoberbantes.

Documentos necessários para visitar o Japão e acessórios recomendados

Estando este destino situado fora da Europa, e sem nenhum tipo de acordo com a UE que te permita entrar com qualquer outro documento de identificação, é absolutamente obrigatório estares munido do teu passaporte para poderes visitar o Japão. Para além disso, o documento deverá estar válido à data de saída do país.

No entanto, os cidadãos portugueses estão isentos de visto de turismo, podendo permanecer no país durante um período máximo de 90 dias apenas com o carimbo no passaporte.

Descobre mais: Vais viajar e tens o Passaporte ou Cartão de Cidadão caducado ou perdido? Vê aqui o que podes fazer

É necessário adaptador de Tomada para os Japão?

Sim, é necessário levar um adaptador de tomada se viajares para o Japão. As tomadas elétricas são diferentes das nossas, por isso terás de levar um adaptador como este de forma a conseguires carregar os teus dispositivos eletrónicos.

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Cartões SIM no Japão – Roaming em viagem

Estando o país situado fora da UE e sem nenhum tipo de acordo para a isenção de taxas de roaming nas telecomunicações, não poderás utilizar o teu tarifário português actual durante a tua viagem ao Japão.

Aliás, a primeira coisa que deves fazer antes de levantares voo rumo ao país é mesmo desligar todos e quaisquer dados móveis que tenhas activos no teu telemóvel, sob pena de teres uma (muito) desagradável surpresa no final do mês. Ainda que os custos possam variar de acordo com a operadora, e apenas para ficares com uma noção do que esperar, a Vodafone cobra os seguintes valores para comunicações em território nipónico:

  • Chamadas efectuadas: 3,68€/min
  • Chamadas recebidas: 1,83€/min
  • SMS enviadas: 0,59€/sms
  • Dados Móveis: 7,27€/Mb

Posto isto, a nossa recomendação é que compres um cartão SIM para a tua viagem ao Japão. Ao contrário da esmagadora maioria dos países, o mercado de venda de cartões de comunicações a estrangeiros é distinto daquele que se destina ao público japonês, razão pela qual praticamente não irás encontrar lojas específicas para este serviço nos centros das cidades. Posto isto, o melhor é mesmo efectuares a tua compra online antecipadamente (no site de qualquer um dos provedores de serviço), optando por um cartão SIM físico que possas levantar no aeroporto à chegada ou receber por correio no teu endereço, ou por um eSIM (cartão SIM virtual) que poderás activar assim que aterres.

Posto isto, a nossa recomendação é mesmo que compres um eSIM (cartão SIM virtual) que poderás activar assim que aterres (sendo podes aproveitar os nosso códigos de desconto).

Aliás, se te esqueceres de comprar o cartão antecipadamente, a solução passará por recorreres a uma das máquinas de venda automática dos aeroportos, ou esperares por chegar ao centro e procurares uma loja da BIC Camera ou da Yodobashi Camera, lojas de produtos electrónicos que também vendem cartões de dados móveis. No entanto, estarás sujeito aos pacotes em stock, que provavelmente não serão tão vantajosos. Apesar de existirem várias empresas da especialidade, iremos focar a nossa análise nos dois principais players do mercado: mobal e Sakura Mobile.

SIM Card da mobal

  • Cartões apenas com dados móveis:
    • 8 dias c/ 25 GB: ¥4730
    • 16 dias c/ 50 GB: ¥6490
  • Cartões c/ serviço de voz, SMS e dados móveis:
    • 30 dias c/ 7 GB: ¥7920

SIM Card da Sakura Mobile

  • Cartões apenas com dados móveis:
    • 8 dias c/ dados ilimitados: ¥4500
    • 16 dias c/ dados ilimitados: ¥6500
    • 30 dias c/ dados ilimitados: ¥9000

Dinheiro no Japão – Taxas bancárias e orçamento de viagem

Tendo como moeda oficial o Iene Japonês (¥), qualquer levantamento que faças no Japão recorrendo a um cartão português, recorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.

Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut ou o N26.

No caso do primeiro, permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. Infelizmente, quase todos os operadores de terminais multibanco no Japão cobram actuamente taxas de levantamento com cartão estrangeiro, embora esses valores sejam relativamente modestos (110¥-220Y por levantamento). Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido. Noutra nota digna de registo, é bastante comum que os terminais situados dentro de bancos não aceitem cartões estrangeiros, pelo que, e de forma algo surpreendente, o melhor sítio para levantar dinheiro (enquanto turista) é mesmo no interior das emblemáticas lojas de conveniência do país, como o 7-Eleven ou o Lawson, ou dentro dos postos de correio do Japão.

Relativamente a pagamentos, e embora a sociedade japonesa seja extremamente avançada, uma boa parte dos estabelecimentos do país (especialmente os pequenos e médios negócios) continua a privilegiar as transacções em dinheiro, pelo que é fundamental ter sempre algumas notas no bolso. Se preferires levar algum dinheiro e fazer câmbio, podemos aconselhar 3 casas de câmbio com avaliações muito favoráveis em Tóquio:

Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut

Segurança no Japão – esquemas e burlas mais comuns

Estando o Japão posicionado no top10 do Global Peace Index, não surpreende que a nação nipónica seja uma das mais seguras do mundo. Como tal, poderás andar relativamente à vontade, sendo a probabilidade de te deparares com qualquer tentativa de roubo, assalto ou burla, relativamente diminuta.

No entanto, é à vontade, mas não à vontadinha! Por mais segura que uma cidade seja, nunca deixes de parte o senso comum. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhum outro país do mundo!

Por fim, resta mencionar a particular apetência japonesa para a ocorrência de desastres naturais, com destaque para sismos e terramotos. No entanto, e uma vez que o país sempre teve que lidar com essa peculiaridade, nenhuma outra sociedade está melhor preparada no que toca às construções e planos de contingência. Posto isto, se visitares o Japão e tiveres o azar de sentir um abalo mais forte que o normal (até para aquelas bandas), assegura-te apenas de que segues as direcções e indicações dadas pelas autoridades sobre como proceder. Afinal, eles sabem o que fazem!

Onde ficar no Japão

A par da tarifa aérea e das deslocações por terra, o alojamento levará provavelmente a fatia de leão no que toca aos teus gastos. Especialmente em Tóquio, onde o espaço não abunda, os preços de hotéis e apartamentos podem ser bastante puxadinhos, com um quarto (wc privado) com localização central a poder chegar facilmente aos três dígitos por noite. Felizmente, no resto do país (mesmo em Quioto) as tarifas são mais moderadas, estando actualmente abaixo daquilo que podes contar pagar na generalidade das cidades turísticas europeias. Vale também a pena mencionar que os tamanhos dos quartos no Japão serão provavelmente mais pequenos que aquilo a que estás habituado, embora os standards gerais de limpeza e serviço sejam bons.

Posto isto, e se estás a priorizar a busca de sítios para dormir no país, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem do Japão:

Onde ficar em Tóquio

Tóquio é uma metrópole verdadeiramente gigantesca, pelo que, independentemente do local onde fiques, terás sempre que recorrer aos transportes públicos para que consigas experienciar o que de melhor a cidade tem para oferecer. Ainda assim, vais querer ficar perto das zonas mais centrais, onde não terás que perder tanto tempo em deslocações.

Dos muitos distritos da capital japonesa, destaca-se a área de Shinjuku, possivelmente aquela onde se pode assistir a uma maior concentração de bares, restaurantes e actividades de lazer, com muitos becos escondidos repletos de Izakayas (pequenos bares típicos onde a malta vai beber um copo depois do trabalho). Um pouco mais a sul, podes também ficar alojado em Shibuya. Conhecido pelo icónico cruzamento onde confluem as passadeiras mais movimentadas do planeta (Shibuya Crossing), é também neste distrito que podes encontrar o quarteirão alternativo de Harajuku. Numa localização mais central, nas proximidades da Tokyo Station, Ginza é também outro excelente local para servir de base, famoso pelas suas extensas avenidas comerciais de lojas de luxo. Para além disso, Ginza é também o lar do Palácio Imperial, do Mercado de Peixe Tsukiji e dos pitorescos restaurantes situados por baixa das arcadas de Yurakucho.

Já mais a norte, e numa toada bem mais tradicional e residencial, vale igualmente a pena ficar hospedado em Asakusa. Com uma concentração bem menos opressiva de edifícios modernos e arranha-céus, é aqui que podes encontrar o Templo Sensoji, um dos mais bonitos de Tóquio. De resto, o distrito vizinho de Ueno tem uma atmosfera bastante parecida, oferecendo ainda alguns dos melhores museus da cidade (como o Museu Nacional, o Museu de Arte Ocidental ou o Museu Metropolitano de Arte), situados no interior do extraordinário Parque Ueno. Para terminar, resta por fim destacar Akihabara, o distrito dos néones e das fatiotas bizarras, repleto de lojas de artigos eléctrónicos, mangá e de cafés temáticos. Uma excelente opção para os orçamentos mais apertados, sem descurar a localização relativamente central e bons acessos.

Nota: Se usares os links abaixo para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂

Hotéis em Tóquio

Onde ficar em Quioto

Considerada a cidade mais histórica do país, ficar hospedado nas zonas centrais de Quioto é quase obrigatório para quem queira percorrer os inúmeros templos, santuários e quarteirões antigos. Posto isto, nenhum distrito é tão central e pitoresco quanto Gion, o mais famoso quarteirão das gueixas de todo o Japão. Embora os preços tendam a ser mais altos aqui e na zona mais abrangente de Higashiyama-ku, o distrito dos templos na margem oriental do Rio Kamo, a localização dificilmente poderia ser melhor. Do lado oposto do rio, e já com um ambiente mais modernizado, os distritos de Nakagyo Ward e Shimogyo Ward têm acessos ainda melhores e preços ligeiramente mais baixos, embora o cenário já não seja tão bonito. No entanto, não faltam boas opções de cafés, restaurantes e mercados.

Por fim, resta mencionar a área de Arashiyama. Apesar de ficar relativamente longe do centro, esta é uma boa opção para quem queira ficar mais próximo da natureza e encontrar ryokans a preços ligeiramente mais simpáticos.

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Hotéis em Quioto

Onde ficar em Osaka

A terceira maior cidade do Japão, logo a seguir a Tóquio é à metrópole vizinha de Yokohama, Osaka é também uma excelente base para explorar toda a zona de Kansai, uma vez que o preço dos hotéis tende a ser mais simpático que nas localidades próximas e bem mais populares. De todos os distritos de Osaka, nenhum é mais popular que Mitami, a área correspondente ao sul da baixa da cidade. De resto, é por aqui, nas imediações da Estação Namba, que encontrarás os populares quarteirões de Dotonbori e Shinsaibashi, onde conflui toda a confusão das multidões, dos painéis publicitários e das intermináveis banquinhas de comida de rua.

Por outro lado, se o que queres é mesmo estar perto da estação central, então podes ficar-te pelo norte da baixa, referente ao distrito de Kita, onde, para além das ligações rápidas às cidades vizinhas, podes ainda visitar o Castelo de Osaka ou o moderno Umeda Sky Building. Por fim, e caso queiras a experiência mais local possível sem te afastares excessivamente do centro, então pode valer a pena ficar hospedado em Tennoji, a zona mais antiga e degradada de Osaka. Embora este quarteirão esteja mais degradado que os demais, os preços são mais simpáticos e não faltam bons tascos acessíveis onde provar os clássicos da Terra do Sol Nascente.

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Hotéis em Osaka

Onde ficar em Hiroshima

Consideravelmente mais pequena e concentrada que as restantes cidades mencionadas até aqui, não há que enganar no que toca às melhores zonas para ficar em Hiroshima. Aqui, ou podes ficar nas imediações da Estação de Comboios, onde não há tanto para fazer mas os acessos são melhores, ou na zona da Baixa de Hiroshima, lar do castelo e, mais importante, do icónico Parque Memorial da Paz de Hiroshima. Para além disso, não faltam opções de restaurantes para todos os gostos e bolsos neste distrito.

Hotéis em Hiroshima

Onde ficar em Takayama

Se em Hiroshima já não há muito a pensar, que dizer de Takayama. Uma cidade pequena e adorável, e uma excelente base para explorar os Alpes Japoneses, praticamente todos os hotéis de Takayama têm uma localização decente. Assim, quer fiques junto à estação de comboios de Takayama ou no distrito de Sanmachi, referente à Cidade Velha, a solução é sempre boa.

Hotéis em Takayama

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Transporte entre os aeroportos de Tóquio e o centro da cidade

Do Aeroporto Haneda ao centro de Tóquio

Situado a apenas 20 km da cidade, a melhor forma de viajar entre o Aeroporto Haneda e o centro de Tóquio passa por recorrer ao comboio, sendo que tens duas opções à disposição. A primeira, designada de Tokyo Monorail, liga cada um dos terminais do aeroporto à estação de Hamamatsucho em apenas 13 minutos, onde podes depois fazer transbordo para a Linha Yamanote, uma linha ferroviária operada pela JR e que faz parte do sistema de transportes públicos de Tóquio. Através desta linha podes depois chegar às estações mais centrais e populares da cidade, como a Tokyo Station, Shinjuku, Shibuya ou Ueno (entre 5 a 20 minutos, dependendo da paragem). O Tokyo Monorail opera diariamente entre as 05h18 e as 23h48, com um tempo de espera máximo de 15 minutos entre veículos (menos de 5 minutos em hora de ponta). O bilhete tem o custo de ¥500, sendo que terás que depois pagar à parte a tarifa da Linha Yamanote, que varia de acordo com a distância percorrida (¥170 para a Tokyo Station; ¥210 para Shinjuku).

Como alternativa ferroviária ao Monorial, podes então optar pela Keikyu Airport Line, que parte também dos terminais de Haneda mas com destino à estação Shinagawa, demorando cerca de 20 minutos a concluir o trajecto. De resto, esta última faz também parte da rede da linha Yamanote, sendo que as informações referidas acima no que toca a destinos e preços para esta linha específica da JR são também aplicáveis aqui. A Keikyu Airport Line opera todos os dias, das 05h02 às 23h59, e os tempos de espera variam entre os 5 e os 10 minutos. O custo do bilhete é de ¥330.

Caso não te queiras preocupar com transbordos e estejas interessado apenas na viagem mais directa possível, então poderás ficar mais satisfeito com o Airport Limousine Bus. Apesar do nome pomposo, este é na verdade um simples serviço rodoviário, ligando o Aeroporto Haneda a mais de 30 zonas diferentes de Tóquio. As viagens, dependendo da paragem final, têm a duração média de 1 hora, sendo que os horários de partida dependem do teu destino. Podes utilizar este website para seleccionar o quarteirão/distrito onde pretendes ser deixado, e a página mostrar-te-á as frequências e horários de saída. No entanto, e apenas para termo de comparação, os limousine buses para Shinjuku operam entre as 06h45 e as 02h20. Quanto aos bilhetes, têm o custo de ¥1400, sendo que poderás comprá-los à chegada ou antecipadamente através da Klook.

Do Aeroporto de Narita ao centro de Tóquio

Uma vez que a distância para a baixa da capital é consideravelmente maior – 65 km – as opções de transporte entre o Aeroporto de Narita e a cidade são mais morosas e caras. Ainda assim, há muito por onde escolher. No que toca à ferrovia, a opção mais rápida diz respeito ao Skyliner, um serviço gerido pela companhia privada Keisei. Este comboio completa a deslocação entre os terminais de Narita e a estação Ueno em apenas 41 minutos. Nesta última, podes depois fazer transbordo para o metro (linha Ginza e linha Hibiya) ou para a Linha Yamanote (linha de transportes públicos gerida pela JR), e assim chegar ao teu local de alojamento. O preço do bilhete para o Skyliner é de ¥2470, aos quais terás depois que acrescentar o preço do bilhete de transportes públicos referente ao metro ou à Linha Yamanote, que varia de acordo com a distância percorrida (¥150 para a Tokyo Station; ¥210 para Shibuya ou Shinjuku). Este serviço opera entre as 05h40 e as 23h00, com um novo comboio a partir a cada 20 minutos. Como alternativa, especialmente se tiveres comprado um JR Pass, podes também utilizar o Narita Express, um comboio operado pela JR e que liga o aeroporto à Tokyo Station em cerca de 55 minutos, antes de prosseguir rumo a Shibuya (1h15) e Shinjuku (1h25). Este serviço opera entre as 06h18 e as 21h44, com um novo comboio a partir a cada meia-hora. O preço do bilhete é de ¥3070 para a Tokyo Station, subindo aos ¥3250 para viagens com destinos a Shibuya e Shinjuku.

Por outro lado, se preferires uma opção mais acessível, podes sempre saltar num dos comboios locais da Keisei. Aqui, o melhor é apanhar o serviço Keisei Main Line, que viaja entre o aeroporto e a estação Nippori, onde podes fazer transbordo para a Linha Yamanote e assim chegar às zonas centrais da cidade, como a Tokyo Station, Shinjuku ou Shibuya. Esta linha sai do aeroporto com uma cadência de 30 minutos, demorando cerca de 1h15 a chegar a Nippori. Mais demorado, mas também muito mais barato, com o bilhete a sair a apenas ¥1050, aos quais é depois preciso adicionar a viagem pela linha Yamanote (¥170 para a Tokyo Station; ¥210 para Shibuya ou Shinjuku).

Guia de viagem do Japão – Transportes públicos e intercidades

Como já seria de esperar numa sociedade tão moderna e organizada, os sistemas de transportes colectivos japoneses figuram entre os melhores do mundo, com os utilizadores a destacarem a sua limpeza, eficiência e pontualidade.

Se no interior das grandes cidades podes sempre encontrar uma rede de metropolitano, para as deslocações intercidades o comboio é (de longe) o mais popular dos meios de transporte, embora o país esteja também munido de uma rede de autocarros bastante abrangente.

Assim sendo, neste segmento iremos falar um pouco sobre como poderás organizar as tuas deslocações em solo nipónico, explicando os diferentes tipos de comboios e autocarros e analisando a pertinência da compra de um dos famosíssimos JR Passes.

Comboios no Japão

De longe o meio mais popular do país, quer entre turistas, quer entre visitantes, andar de comboio faz quase parte do imaginário que o mundo ocidental tem do Japão. Aliás, não é à toa que 90% das 50 estações mais movimentadas do mundo podem ser encontradas aqui! No total, são 30.000 km de linhas ferroviárias espalhadas por toda a ilha, que transportam uns inacreditáveis 9 mil milhões de passageiros todos os anos!

No entanto, e apesar da rede japonesa ser uma das melhores do planeta, pode ser um bocadinho complicada de navegar para quem não tiver feito a sua pesquisada antecipada. Isto porque, ao contrário do que acontece na maioria dos países europeus, a rede ferroviária nipónica não é gerida por um conjunto restrito de empresas públicas ou público-privadas. No Japão, existem dezenas de empresas de comboios inteiramente privadas, podendo a sua abrangência variar de acordo com a extensão da rede. Ao passo que algumas dessas empresas possuem uma única linha/rota, outras são responsáveis pela gestão de uma rede extensa a nível nacional. Por essa razão, todos os preços e bilhetes são diferentes, uma vez que cada companhia tem a liberdade de estipular as suas próprias tarifas. No entanto, uma dessas empresas detém quase 80% da quota de mercado, razão pela qual a JR (Japan Railways) é tão popular.

Tipos de comboios e estrutura das tarifas

Independentemente da operadora, a tipologia de comboios japoneses tende a seguir sempre as mesmas linhas orientadoras. Assim sendo, os veículos/serviços podem ser divididos nos seguintes formatos:

  • Shinkansen – Os famosos bullet trains, capazes de viajar a uns inacreditáveis 320km/h. Estas linhas ligam as principais cidades do país e são ideais para quem está a percorrer o Japão num curto período de tempo, uma vez que, para além das velocidades, o número de paragens é extremamente reduzido. Como seria de esperar, estas são também as viagens mais caras, com o custo total de cada bilhete a poder facilmente aproximar-se dos 3 dígitos;
  • Limited Express – Estes serviços param apenas nas principais estações cobertas por uma determinada rota. Apesar de poderem atingir velocidades de 160 km/h, continuam longe da rapidez do shinkansen.
  • RapidServiço local, mas ligeiramente mais rápido. Ao passo que os Limited Express param apenas em algumas estações, os Rapid passam à frente apenas algumas estações.
  • Local – O tipo de serviço mais lento, mas também o mais barato. Para além de parar em todos os apeadeiros, se quiseres cobrir uma distância mais considerável recorrendo apenas a comboios locais, serás obrigado a fazer múltiplos transbordos e a comprar vários bilhetes distintos.

Importa ainda referir que a estrutura de preços das viagens de comboio no Japão será provavelmente diferente daquilo a que estarás habituado. Na verdade, para os serviços de longa distância (shinkansen e limited express), o valor total do bilhete estará dividido em pelo menos 2 segmentos. Para além da tarifa da viagem propriamente dita (fare) é ainda emitido um segundo recibo que comprova o pagamento da express fee, um valor que, tal como a tarifa-base, aumenta consoante a distância percorrida.

Por exemplo, para a viagem clássica entre Tóquio e Quioto a bordo de um Shinkansen, o valor da tarifa-base é de ¥8360, à qual tens que acrescentar ¥4960 de express fee, totalizando um valor global de ¥13.320 pela viagem (recebes 2 bilhetes diferentes). Depois, consoante a procura e a altura do ano, pode ainda ser obrigatório reservar um lugar específico. Se a isso não fores obrigado, receberás aquilo que é designado por “assento não reservado” (non-reserved seat) e não pagarás mais nada. No entanto, se o contrário se verificar e tiveres que reservar um assento, aplica-se ainda um valor extra de ¥330, ¥530, ¥730 ou ¥930, consoante o tipo de lugar.

Por outro lado, se recorreres apenas aos serviços rapid e local, pagarás apenas o preço-base, não havendo lugar a nenhum outro componente da tarifa. O inconveniente? A mesma viagem demorará 4.5x mais (9 horas vs 2 horas) e terás que fazer pelo menos 5 a 6 transbordos. São escolhas!

Como e onde comprar bilhetes de comboio

Dependendo da companhia privada com quem pretendas fazer uma viagem, poderá ser possível comprar os teus bilhetes online. No entanto, e à excepção dos passes (que iremos discutir mais à frente), o melhor é mesmo esperares até chegares ao Japão, a não ser que a tua viagem coincida com algum período de enorme afluência ou estejas a contemplar uma rota com ligações escassas.

Já na “Terra do Sol Nascente”, podes então calmamente perguntar num dos postos de informação turística e adquirir o teu bilhete nas cabines de venda ou nas máquinas automáticas. No caso destas últimas, existem máquinas específicas para os shinkansen e para os restantes serviços, sendo que em ambas o software está disponível em língua inglesa. No entanto, e no caso dos comboios de alta velocidade, o melhor será mesmo comprar o bilhete nas cabines, bastando apenas mencionar o nome do destino, o serviço (shinkansen), a hora e se pretendes ou não um assento reservado (caso não seja obrigatório).

Já para os serviços mais lentos, as máquinas automáticas são suficientemente intuitivas, sendo que tens apenas que digitar o nome da estação de destino e o valor correspondente da tarifa será exibido. Na realidade, o bilhete emitido não menciona o destino, mas sim apenas a tarifa paga, sendo que o sistema calculará se o valor está correcto consoante as estações de entrada e de saída onde “picas” o bilhete. Se te enganares ou mudares de ideias a meio da viagem e quiseres sair noutro local, não há razão para te preocupares. No final da viagem, se o sistema detectar alguma incoerência ao passares os torniquetes, serás encaminhado para um balcão ou para uma Máquina de Ajuste de Tarifa (Fare Adjustment Machine), onde podes pagar o valor da diferença. Parece complicado? Então simplesmente replica o que toda a gente faz e utiliza o teu IC Card (já falaremos sobre isso mais abaixo) para pagares a tua viagem.

Como pesquisar preços e rotas de comboios

Se precisares de encontrar uma determinada rota entre dois pontos e consultar preços, horários e companhias ferroviárias, recomendamos que utilizes o site da HyperDia ou a app JapanTravel (Android / Apple). Para além de estarem disponíveis em inglês, são plataformas  de utilização bastante fácil, bastando inserir o ponto de partida, o destino e a hora.

Vamos fazer uma explicação mais aprofundada para o HyperDia, mas o funcionamento da JapanTravel é muito semelhante:

 

Com base no input, serão depois apresentadas as várias alternativas de transporte, estando devidamente descriminados o horário, o serviço (i.e. o nome do comboio), a distância percorrida, o tempo de viagem e ainda a tarifa total, mostrando ainda qual a parcela correspondente ao preço-base e à express fee (se aplicável). Tem apenas em atenção que esta express fee está designada na HyperDia como Seat Fee, embora isso não seja inteiramente rigoroso. Na verdade, e olhando ao screenshot abaixo, podes considerar a express fee como o valor associado ao “Unreserved Seat”, sendo que a diferença entre esse valor e a opção “Reserved Seat” é que fiz efectivamente respeito à Seat Fee (tarifa de assento). Olhando a esse exemplo, o valor da tarifa é de ¥4070, o da express fee de ¥3740 e o do assento normal de ¥530 (¥4270 do “Reserved Seat” – ¥3740 do “Unreserved Seat”).

No entanto, as opções de pesquisa vão ainda mais longe. Se tiveres tempo de sobra e um orçamento apertado, podes ainda optar por filtrar as tuas escolhas de modo a que os serviços shinkansen e os Limited Express deixem de estar contemplados, passando apenas a apresentar-te os comboios Rapid e Local. Como podes ver, o valor total da viagem desce substancialmente, mas a duração da deslocação passa a ser bastante mais longa.

Todo o sistema da HyperDia inclui também as redes locais de metropolitano e eléctrico, por isso podes utilizar a mesma ferramenta para transitar pelas grandes cidades, como Tóquio, Kyoto ou Osaka. Por fim, caso tenhas dificuldade em utilizar esta ferramenta, podes sempre experimentar o motor de busca da JR-West.

Vale a pena comprar um JR Pass?

Eis a pergunta do momento!

Para os mais distraídos, o JR Pass é um passe de transportes emitido pela Japan Railways, e que permite utilizar toda a rede de transportes desta operadora – incluindo os shinkansen – de forma completamente ilimitada durante o período contratado. Mesmo nos serviços onde é exigida a reserva de um assento, basta apenas fazeres scanning ao teu passe numa das máquinas automáticas (ou numa cabine de atendimento) e solicitares um assento reservado para o comboio que pretendas apanhar, com um recibo a ser dispensado gratuitamente. Uma vez que, conforme mencionei acima, esta companhia gere 80% das ferrovias do país, este sempre foi o passe mais cobiçado por quem visita o Japão.

Embora sempre tenha requerido um investimento pesado, era mais ou menos unânime que, face às poupanças de tempo quando comparado com os autocarros e comboios locais, comprar um JR Pass e recorrer aos bullet trains era uma escolha acertada, permitindo-te optimizar o teu tempo em terras nipónicas. Infelizmente, com os avultados aumentos de 2023, que viram os preços dos passes crescer na ordem dos 70%, a decisão deixou de ser tão óbvia. Actualmente, estes são os valores cobrados pela JR para os passes nas carruagens “ordinary” (ou seja, que não sejam em Primeira Classe):

  • 7 Dias: ¥50.000
  • 14 Dias: ¥80.000
  • 21 Dias: ¥100.000

Será então que vale a pena comprar um JR Pass? Dificilmente. Se o teu objectivo é ver o maior número possível de locais num espaço de tempo limitado e tens orçamento para acomodar este gasto, então nenhuma outra ferramenta será tão prática quanto o JR Pass. No entanto, e olhando puramente à vertente económica, não há qualquer forma de conseguires justificar o investimento, uma vez que é praticamente impossível conseguires rentabilizar o valor do passe face ao número de viagens individuais em autocarros ou em comboios rapid e locais (e até limited express). No fundo, trata-se de analisares qual o valor que estás disposto a pagar pela optimização do teu tempo e da tua experiência. Aliás, mesmo que optes por comprar os teus bilhetes de forma individual para os shinkansen, mesmo assim pode não te compensar adquirir um JR Pass. Como sempre, terás que fazer as contas.

Para uma comparação justa e isenta, deixemos um exemplo. Se estiveres a viajar pelo Japão durante 14 dias e estiveres a planear passar em Tóquio (com day trip ao Monte Fuji), Takayama, Kanazawa, Quioto, Nara, Osaka e Hiroshima, este seria o custo de todas as tuas deslocações a bordo de Shinkansen e de comboios Limited Express (consideradas as opções mais rápidas disponíveis):

  • Tóquio – Kawaguchiko (Monte Fuji) – Tóquio: ¥8260
  • Tóquio – Takayama: ¥14.190
  • Takayama – Kanazawa: ¥5710
  • Kanazawa – Quioto: ¥6490
  • Quioto – Nara: ¥720
  • Nara – Osaka: ¥810
  • Osaka – Hiroshima: ¥9890
  • Hiroshima – Tóquio: ¥18.380
  • TOTAL: ¥64.450

Como podes ver, mesmo num itinerário que contemple um avultado número de deslocações, continua a sair ¥15.550 mais caro comprar um JR Pass, quando comparado com a opção de comprar bilhetes individuais. No entanto, convém notar que na contabilidade acima não estão contempladas as deslocações aeroporto-centro de Tóquio (cobertas pelo JR Pass para as linhas da Japan Railways) ou os transportes públicos locais cujas linhas sejam geridas pela mesma empresa. Ainda assim, dificilmente conseguirás atingir o valor da diferença, mesmo com estas componentes.

Mas então e se contemplarmos um cenário semelhante, mas com recurso apenas aos autocarros e linhas locais? Vamos ver o potencial de poupança:

  • Tóquio – Kawaguchiko (Monte Fuji) – Tóquio: ¥4240 (autocarro)
  • Tóquio – Takayama: ¥6500 (autocarro)
  • Takayama – Kanazawa: ¥4000 (autocarro)
  • Kanazawa – Quioto: ¥3700 (autocarro)
  • Quioto – Nara: ¥720 (linha de comboios local)
  • Nara – Osaka: ¥810 (linha de comboios local)
  • Osaka – Hiroshima: ¥4000 (autocarro)
  • Hiroshima – Tóquio: ¥8100 (autocarro)
  • TOTAL: ¥32.070

Sem surpresa, a diferença entre comprar um JR Pass de 14 dias ou completar todas as deslocações pela via mais barata é absolutamente gigantesca (¥47.930). No entanto, todas as viagens (à excepção dos troços Tóquio-Takayama e Takayama-Kanazawa) são substancialmente mais longas, com a deslocação entre Hiroshima e Tóquio a registar a maior diferença (13 horas de autocarro nocturno vs 4 horas de shinkansen). Como alternativa, e consoante os teus planos, podes sempre dar uma vista de olhos nos passes regionais e confirmar se há alguma oferta mais atractiva. Isto é especialmente relevante se estiveres a planear utilizar uma cidade como base e quiseres fazer várias day trips em dias consecutivos.

Finalmente, e se mesmo depois deste lamiré todo continuares decidido a comprar um JR Pass, podes fazê-lo online através de um dos vários vendedores autorizados (como o jrpass.com). Depois, e já em território japonês, é só apresentares o e-mail de confirmação e o teu passaporte nos gabinetes da Japan Railways do teu aeroporto de chegada, e em troca ser-te-á fornecido o passe mágico, já pronto a ser utilizado.

Para comprares o teu Japan Rail Pass clica aqui (lembra-te que só podes encomendar o teu passe nos 3 meses antecedentes aos da ativação do mesmo. Mais do que 3 meses antes da viagem e não vai ser válido)

Autocarros no Japão

Tendo em conta o comparativo de preços exposto acima, não surpreende que os autocarros de longa distância (no Japão designados de kōsoku bus ou “Highway Buses”) se estejam a tornar cada vez mais populares. Limpos, confortáveis e pontuais, são uma alternativa bastante válida aos comboios shinkansen e Limited Express, completando os mesmos trajectos por preços muito mais convidativos (embora com uma duração substancialmente maior). Aliás, se nos cingirmos apenas às regiões interiores dos Alpes Japoneses – como a prefeitura de Gifu, onde podes encontrar as localidades históricas de Takayama, Shirakawa-go e Kanazawa – o autocarro chega até a ser mais prático e tão rápido como a alternativa ferroviária.

Embora os grandes players do mercado sejam a Willer Express e a JR Bus, a verdade é que existem dezenas de empresas de transporte rodoviário espalhadas por todo o Japão, a maioria delas de âmbito regional. Felizmente, existem pelo menos 4 websites centralizados onde podes comprar bilhetes de autocarro para deslocações intercidades:

Normalmente, os bilhetes para determinada rota estão disponíveis com pelo menos 1 mês de antecedência, sendo bastante comum a prática de descontos para compras antecipadas e viagens ida-e-volta. Em contrapartida, e ao contrário dos comboios onde os preços (ainda que caros) são fixos, os bilhetes de autocarro costumam variar consoante a altura do ano e o dia da semana, sendo normalmente mais caros em épocas festivas, feriados e fins-de-semana.

Por fim, resta mencionar que, à semelhança do JR Pass, a Willer Express também implementou o seu próprio passe rodoviário, designado de Japan Bus Pass. Este passe está disponível em duas modalidades, consoante os dias programados para as tuas deslocações:

  • Passe de Segunda a Quinta-Feira
    • 3 dias: ¥10.200
    • 5 dias: ¥12.800
    • 7 dias: ¥15.300
  • Passe p/ todos os dias da semana
    • 3 dias: ¥12.800
    • 5 dias: ¥15.300

Eis como funciona. Se compraste o Passe de Segunda a Quinta-Feira, isso significa que não podes usufruir das suas vantagens às Sextas, Sábados, Domingos e feriados. Por outro lado, com o outro passe, essas restrições não existem. Depois de comprares o teu passe online, o mesmo ficará associado à tua conta no site da Willer, sendo que terás 2 meses para o utilizar. Nesse período, podes eleger 3, 5 ou 7 dias (consoante a tipologia que tenhas comprado) para viajares nos autocarros da companhia. Esses dias não têm que ser consecutivos e o número de viagens está limitado ao máximo de 3 ligações diárias, o que significa que este não é um passe ilimitado.

É ainda fulcral que percebas que nem todas as rotas estão incluídas no passe, sendo que o descritivo das rotas contempladas está disponível no link partilhado acima. Para além disso, e embora o motor de busca da Willer permita a compra e reserva de bilhetes para autocarros operados por outras companhias, o Japan Bus Pass é apenas válido em veículos exclusivamente geridos pela Willer.

Mesmo depois de comprares o passe, és sempre obrigado a reservar (gratuitamente) o teu lugar no autocarro que pretendas apanhar. Isto é feito para que a Willer não venda bilhetes em duplicado e haja lugar para todos os passageiros. Para isso, basta visitares o teu perfil no website e clicar em “Bus Pass Management”. A partir daí, poderás seleccionar uma data à tua escolha e pesquisar ligações para a rota que pretendas, reservando o teu assento no horário que seja da tua conveniência. Todas as opções que te apareçam têm já em consideração as condicionantes explicadas no parágrafo anterior, pelo que as rotas disponíveis para visualização nesse menu aceitam todas a utilização do teu passe.

IC Cards – Pasmo Passport e Welcome Suica

Antes de avançarmos com um breve descritivo do sistema de metropolitano de Tóquio, é importante ressalvar os cartões que farão com que as tuas deslocações sejam bastante mais simples. À semelhança do Cartão Andante (no Porto) ou do Cartão Navegante (em Lisboa), o Suica Card e o Pasmo são dois cartões de viagem recarregáveis. No entanto, e ao contrário dos seus congéneres portugueses, os cartões nipónicos são válidos em todo o país e em todos os comboios, o que significa que podes carregar qualquer saldo nestes cartões e depois utilizá-lo como te aprouver, quer no metro de Tóquio e de Quioto, quer nos autocarros de Takayama, quer para as deslocações ferroviárias entre cidades.

De resto, tudo funciona mais ou menos conforme estás habituado. Passas o cartão à entrada e à saída das estações/torniquetes, e o saldo é automaticamente descontado, poupando-te assim o tempo e o trabalho de teres que ir às máquinas ou às cabines de cada vez que quiseres apanhar um transporte. De momento, o Pasmo Passport e o Welcome Suica são cartões especificamente dirigidos a turistas, expirando ao fim de 28 dias. Para além de te facilitarem o pagamento da viagem, os cartões contêm ainda uma série de outras vantagens, desde o facto de o seu saldo poder ser utilizado nas vending machines ou nos cacifos das estações, à atribuição de descontos simbólicos por cada viagem (¥2 a ¥10). Anteriormente, estavam também disponíveis os cartões físicos “normais” (que não expiram) dirigidos ao público geral, mas esses cartões foram suspensos face à falta de semicondutores no mercado global, restando apenas as versões turísticas físicas. Como alternativa, podes simplesmente adicionar um cartão PASMO ou SUICA (versão normal ou turística) à tua Apple Wallet ou ao teu Google Pay, e utilizar o teu smartphone como título de viagem.

Mas então qual a diferença entre o Welcome Suica e o Pasmo Passport? Bom, na realidade não há grandes distinções. Apesar de serem emitidos por companhias diferentes, ambas as opções servem o mesmo propósito, podem ser utilizados nos mesmos locais e possuem as mesmas vantagens. A única diferença são mesmo os locais de emissão das versões físicas, sendo que o Welcome Suica pode apenas ser emitido nos aeroportos de Tóquio, ao passo que para o Pasmo Passport podes recorrer aos gabinetes de apoio turístico presentes nas principais estações de metro e comboio da capital.

Deves apenas ter em consideração que qualquer saldo não utilizado será perdido ao fim de 28 dias, quando o cartão deixa de ser válido. Como tal, é sempre boa ideia ires monitorizando o saldo nas máquinas automáticas.

Metro de Tóquio

Considerado o segundo sistema de metropolitano mais movimentado do planeta, apenas atrás de Xangai, o Metro de Tóquio é formado por 13 linhas espalhadas por quase 300 estações, servindo uma média diária de aproximadamente 9 milhões de passageiros. À semelhança do sistema de caminhos-de-ferro do país, também o metro da capital é composto por linhas de diferentes companhias, com a maioria da rede (9 linhas) a ser gerida pela privada Tokyo Metro, e a outra parte (4 linhas) pela pública Toei Subway. No entanto, ao contrário dos comboios, os bilhetes são válidos em ambas as companhias, o que significa que não precisas de comprar novos títulos de viagem de cada vez que fazes transbordo para linhas de companhias diferentes.

Resta ainda mencionar que, apesar de não fazer formalmente parte do Metro de Tóquio, a rede inclui ainda a famosa Linha Yamanote, gerida pela JR (bem como meia dúzia de outras linhas da mesma empresa). Esta linha faz um loop pelas estações mais importantes da cidade, sendo por isso uma das mais usadas pelos utentes. No entanto, ao contrário das 13 linhas oficiais do metro, os bilhetes são distintos. Seja como for, podes sempre utilizar o teu cartão Welcome Suica ou Pasmo Passport independentemente da linha. É só validar e está feito!

O Metro de Tóquio opera diariamente, das 05h00 à 01h00, com tempos de espera que variam entre os 3 e os 10 minutos, consoante a altura do dia. Para além disso, o sistema está totalmente integrado no Google Maps, pelo que basta inserires a origem e o destino, e a plataforma dir-te-á automaticamente que metro apanhar, a que horas, onde fazer transbordo, onde sair e qual a tarifa a pagar.

Quanto aos bilhetes, podem ser comprados nas máquinas automáticas ou, conforme referido acima, podes simplesmente validar um dos teus IC cards (desde que tenha saldo). O preço da viagem irá depender da distância percorrida, pelo que quanto maior a deslocação, maior a tarifa. Seja como for, e para uma viagem média entre as regiões centrais de Tóquio (Shinjuku, Shibuya, Asakusa, Chiyoda e a zona da Tokyo Station), conta pagar entre ¥150 e ¥300.

Por fim, e se contas utilizar o metro com particular frequência, então pode valer a pena dar uma vista de olhos nas ofertas diárias e multi-diárias da plataforma:

  • Bilhete 24h Tokyo Metro & Toei Subway: ¥800
  • Bilhete 48h Tokyo Metro & Toei Subway: ¥1200
  • Bilhete 72h Tokyo Metro & Toei Subway: ¥1500
  • Tokyo Combination Ticket 1 dia: ¥1600*

*este passe diário é válido no Tokyo Metro, no Toei Subway e na Linha Yamanote da JR

Experiências de viagem únicas no Japão

Tendo em conta os avanços tecnológicos, a realidade distinta e as tradições tão vincadas, não surpreende que o Japão seja um país repleto de experiências que dificilmente encontrarás noutros países do mundo. Para além disso, se contarmos ainda com a distância e o elevado custo de vida, é fácil perceber porque é que o Japão é muitas vezes considerado um destino onde só se pode ir uma vez na vida, o que acaba por fazer extrapolar ainda mais a vontade de experienciar cada pedacinho da cultura nipónica.

Assim, e embora seja impossível encapsular as peculiaridades do país num único artigo, deixamos abaixo um conjunto de 6 experiências únicas a que podes apenas ter acesso no Japão.

Onsen – Os banhos termais japoneses

Conhecidos pelas suas propriedades curativas, “onsen” é o nome dado às estâncias termais japonesas, com milhares de estabelecimentos deste tipo espalhados por todo o país. Ao passo que algumas destas estâncias oferecerem banhos privativos, com direito a alojamento, a maioria delas é composta por espaços públicos, que podem ser mistos ou segregados por sexo. Importa ainda referir que um estabelecimento pode apenas ser designado de “onsen” se as suas águas quentes termais forem de origem natural. Por outro lado, se uma estância não utiliza águas naturais com propriedades curativas (ou seja, na prática são banhos simples com água aquecida) é chamada de “sento”.

No caso dos resorts ou ryokans onde o alojamento inclua o acesso a um onsen, continua a ser possível aceder à zona de banho mesmo que não sejas um hóspede, sendo naturalmente cobrada uma taxa de utilização. Quanto aos rituais e etiquetas de banho, a experiência será provavelmente bem diferente daquela a que estarás habituado na Europa. Para começar, é proibida a utilização de qualquer bikini/calções/fato de banho, o que significa que todos os utilizadores estarão totalmente nus. Como é evidente, esta regra não se aplica aos espaços de banho mistos. Para as senhoras, é ainda desaconselhado frequentar onsen durante o período menstrual. Outra diferença bastante curiosa para as estâncias de outros pontos do mundo, é a proibição de tatuagens. Salvo raras excepções, a generalidade dos onsen barra clientes que tenhas tatuagens expostas. Se tiveres apenas uma pequena tatuagem, podes cobri-la com um autocolante (algumas estâncias providenciam este material) e entrar, mas se as tuas tatuagens forem demasiado grandes (ou em grande número), terás que pesquisar especificamente um onsen que seja “tattoo-friendly”.

Para além dos banhos, a entrada inclui ainda o acesso a uma zona de cacifos, onde podes deixar os teus pertences, e a oferta temporária (devolvida à saída) de uma toalha pequena para te secares sempre que entras e sais do banho. Antes de entrares na zona de banho, todos os utentes devem lavar o corpo com água e sabão nos duches das instalações.

Embora possas encontrar onsen em todo o país, (apesar de nas grandes cidades serem mais comuns os sentos), as melhores estâncias podem habitualmente ser encontradas em vilas mais pequenas e isoladas, enquadradas no meio da natureza. Aliás, em algumas destas localidades, a sua fundação e desenvolvimento estão precisamente ligadas às fontes naturais de água quente, sendo por isso designadas de “onsen towns”. A título de exemplo, as vilas de Kinosaki Onsen, Kusatsu, Noboribetsu, Ginzan Onsen, Shibu Onsen ou Kurokawa Onsen, figuram entre os melhores destinos para este tipo de actividade em todo o Japão. Nas proximidades de Tóquio, a região de Hakone é também uma excelente alternativa para quem queira experienciar o melhor das estâncias termais do país sem ter que fazer grandes desvios.

Ficar hospedado num Ryokan

Consideradas as guesthouses tradicionais japonesas, os ryokans são espaços que obedecem ao estereótipo da arquitectura antiga do país, normalmente detectáveis pelas construções em madeira com portas deslizantes, tapetes em tatami, mesas baixas (onde se come sentado no chão) e detalhes em bamboo e cerâmica. No entanto, para lá da estética, dormir num ryokan é toda uma experiência. Uma vez que muitos destes estabelecimentos estão situados em zonas de alta actividade termal, muitos ryokans oferecem o seu próprio onsen, complementado com o serviço de uma refeição tradicional japonesa (Kaiseki), uma cerimónia de chá e ainda a oferta de uma yukata, uma espécie de kimono informal.

Historicamente, os ryokans eram utilizados por senhores feudais e pelo seu “exército” de samurais sempre que tinham que fazer a visita anual obrigatória à capital para visitar o Imperador. Uma vez que as distâncias eram longas e morosas, a entourage ia parando em vários ryokans ao longo do caminho, onde aproveitavam para relaxar e se alimentar antes de retomarem o percurso no dia seguinte. À conta disso, o ryokan sempre foi um conceito associado à nobreza. Hoje em dia, embora a esmagadora maioria dos ryokans turísticos tentem providenciar uma experiência de luxo, continua a ser possível encontrar alguns estabelecimentos mais humildes, normalmente geridos por uma família local.

Se quiseres ter a experiência de ficar alojado num ryokan, sites como a Booking.com oferecem a possibilidade de filtrares o tipo de estabelecimento para que apenas te apareça esta modalidade de hospedagem. Seja como for, os ryokans mais autênticos podem ser encontrados fora das grandes cidades, com os estabelecimentos de Tóquio e Osaka a oferecerem uma experiência mais mastigada. Ainda assim, em Quioto ou Nara, continua a ser possível encontrar excelentes ryokans, apesar da popularidade.

Assistir a uma Luta de Sumo

Uma tradição que se tornou quase sinónima da nação nipónica, as lutas de sumo estão entre as práticas mais populares e respeitadas do Japão, com os praticantes mais famosos a adquirirem um verdadeiro estatuto de superestrela. As regras não podiam ser mais simples. Colocas duas montanhas sob a forma de seres humanos no interior de um círculo, e ganha aquele que conseguir derrubar o adversário ou empurrá-lo para fora da circunferência. No entanto, a par do desporto em si, são todos os rituais à volta do Sumo que fascinam os turistas.

Infelizmente, os torneios de Sumo são festividades especiais, decorrendo por períodos de 15 dias em apenas 6 meses do ano. No caso específico de Tóquio, o lendário Ryōgoku Kokugikan – a mais icónica arena de sumo do planeta – recebe apenas 3 torneios por ano, em Janeiro, Maio e Setembro. Podes acompanhar as datas aqui. Os bilhetes costumam ser colocados à venda com 5 semanas de antecedência e tendem a esgotar relativamente rápido, pelo que o melhor será tratares da compra online antes de chegares ao Japão. Tal como a luta e as suas tradições, a própria estrutura dos lugares é bastante diferente. Embora seja perfeitamente possível comprares um “chair seat” (a partir de ¥3500), no qual te sentas numa cadeira, a forma mais tradicional de assistir ao Sumo é a partir de uma “box”. Estes espaços semi-privados, capazes de receber grupo de até 4 pessoas, são vendidos a partir de ¥40.000. Como tal, comprar uma box (não podes comprar um lugar individual numa box) equivale a comprar 4 ingressos. Nestes espaços, os adeptos sentam-se num chão almofadado, deixando os sapatos fora do tapete.

Finalmente, se não tiveres a sorte de visitar o Japão no decorrer de um destes torneios, podes sempre inscrever-te num tour e assistir ao treino matinal de um clube de sumo no distrito de Ryōgoku, em Tóquio. Estes treinos têm a habitual duração de 90 minutos (com início entre as 07h00 e as 08h00) e podes aprender mais sobre as técnicas e sobre a rigorosa preparação destes atletas. No final do treino, muitas destas visitas organizadas incluem ainda almoço num restaurante especial que sirva Chanko Nabe, um verdadeiro caldeirão de comida, composto por carnes, tofu, peixe, vegetais e noodles, e a refeição mais importante entre os lutadores de Sumo para ganho de peso.

Universal Studios Japan e Tokyo Disneyland

Da mesma forma que quem vai a Paris ou à Florida tem quase obrigatoriamente que passar nos respectivos parques da Disney, o mesmo se aplica a qualquer viagem ao Japão, com a vantagem de que tens nada menos que duas opções à escolha:

  • Universal Studios Japan – situado em Osaka
  • Tokyo Disneyland – nos subúrbios de Tóquio

Começando pelo parque de Osaka, os acessos não poderiam ser melhores, bastando entrar na Osaka Loop Line, uma linha ferroviária local gerida pela JR. Esta rota, que passa nas principais estações da cidade, tem ligação à estação de Nishi-Kujo, onde podes fazer transbordo para a Yumesaki Line (também da JR) e sair na estação Universal City. Usando a Estação Central como ponto de referência, o percurso total demorará menos de 15 minutos, com o custo do bilhete cifrado nos ¥190.

Para além da área “geral” do parque, onde podes encontrar as atracções mais emblemáticas e as principais marchas e paradas, a Universal Studios Japan é também extremamente conhecida por duas zonas alternativas: o Wizarding World of Harry Potter, baseado nas aventuras do pequeno feiticeiro; e o Super Nintendo World, inspirado nas sagas da gigante produtora de videojogos nipónica, responsável por clássicos como Super Mario, Legend of Zelda ou Pokémon.

Cientes da popularidade da Super Nintendo World, e até por uma questão de gestão de multidões, a organização do parque faz questão de espremer cada potencial vantagem. Posto isto, vamos então aos bilhetes. Disponíveis para compra online através do site oficial da Universal Studios Japan ou dos revendedores autorizados (como a Klook), o preço do Studio Pass (bilhete standard) de 1 dia varia consoante a altura do ano. Em épocas de menor afluência, o preço mais baixo que encontrarás será de ¥8600, podendo subir aos ¥10.400 no pico da procura. No entanto, e ainda que todas as restantes áreas do parque estejam acessíveis, este ingresso simples não te permite a entrada no Super Nintendo World, uma vez que precisarás de um “Area Timed Entry Ticket”. Este complemento irá atribuir-te uma slot horária específica para que possas entrar nesta zona restrita do parque. Para obteres esse “Area Timed Entry Ticket”, tens várias opções à disposição.

Caso queiras arriscar e não gastar mais dinheiro, podes sempre esperar pelo dia da tua visita e solicitar esse suplemento de forma gratuita, quer em pessoa nas cabines de venda, quer através da app oficial da Universal Studios Japan. No entanto, tem em atenção que existe sempre o risco de que não existam vagas disponíveis, pelo que podes muito bem acabar por não conseguir ter acesso ao Super Nintendo World, especialmente durante a época alta. Como tal, podes sempre jogar pelo seguro e garantir o teu acesso com antecedência… mas vai ficar caro! A forma mais económica de o conseguires fazer passa por comprares um Studio Pass que já inclua um Area Timed Entry Ticket para o Nintendo World (a partir de ¥12.500). O problema é que estes bilhetes são limitados e são sempre os primeiros a esgotar. Como alternativa, aquando da compra do teu bilhete, terás que adicionar aquilo a que chamam de “Express Pass”. No fundo, este é um passe especial que te permite reduzir o tempo de espera em algumas das atracções mais populares do resort. Está disponível em várias versões, e todas elas incluem o cobiçado Area Timed Entry Ticket para a Nintendo. O Express Pass mais barato dá-te acesso antecipado a 4 atracções e está disponível a partir de ¥14.800, enquanto que a opção mais dispendiosa reduz o tempo de espera em 7 atracções e custa, no mínimo, ¥19.800.

Pormenor importante: este Express Pass NÃO substitui o bilhete regular, o que significa que tens que acrescentar este montante ao preço normal do Studio Pass!

Agora que já tens as informações mais importantes do parque de Osaka, é tempo de dar um pulinho à capital e dedicar umas linhas à Tokyo Disneyland. Também aqui, o sistema de transportes não poderia ser mais eficaz. A partir da Tokyo Station, a principal estação da megacidade, é só embarcar na Keiyo Line, gerida pela JR East, e no espaço de apenas 18 minutos sairás na Maihama Station, a apenas 10 minutos a pé da entrada principal. Quanto ao preço da deslocação: uns singelos ¥230.

À semelhança da sua congénere parisiense, também neste parque encontrarás um conjunto de atracções, paradas e fatiotas inspiradas nos grandes clássicos da Disney, com 7 áreas diferentes espalhadas pelo gigantesco complexo deste que foi o primeiro parque da marca a ser inaugurado fora dos EUA. No pré-pandemia, mais de 17 milhões de pessoas visitavam este parque anualmente, garantindo-lhe o título de um dos 5 parques de diversões mais concorridos do mundo!

Quanto aos ingressos, também aqui os preços seguem uma vertente dinâmica, variando consoante a altura do ano. Assim sendo, os preços mais baixos com que podes contar para um passe de 1 dia rondarão os ¥7900, podendo chegar aos ¥10.900 em períodos mais concorridos. Para além do site oficial, a Tokyo Disneyland também apresenta um conjunto de revendedores autorizados, com a famosa Klook novamente à cabeça. De momento, não é possível comprar bilhetes à entrada. Os bilhetes online são sempre colocados à venda com 2 meses de antecedência, sendo que os bilhetes de 2 ou 3 dias consecutivos foram suspensos. Como alternativa aos passes de 1 dia, e se não contas passar o dia inteiro na Disneyland, podes sempre poupar alguns trocos e recorrer aos ingressos parciais. Para isso, estão à disposição os bilhetes Early Evening Passport (¥6500 a ¥8700), que te dão acesso ao parque a partir das 15h00, ou os bilhetes Weeknight Passport (¥4500 a ¥6200), com os quais podes apenas aceder ao parque num dia de semana, a partir das 17h00.

Sakura – Cerejeiras em Flor

A mais cobiçada de todas as estações para visitar o Japão, há quem marque viagem para o país propositadamente para assistir à época das cerejeiras em flor (localmente designada de “Sakura”). Não é para menos. Neste período, que habitualmente engloba a última quinzena de Março e a primeira de Abril, o Japão ganha um encanto ainda maior, com as cores dos seus inúmeros parques a explodir em tons de rosa.

Durante este período, praticamente todas as cidades do Japão organizam um festival local para celebrar a Sakura, com as povoações a saírem à rua e a montarem piqueniques improvisados debaixo das cerejeiras em flor. Aliás, o acto de dar passeios para ver as flores tornou-se de tal forma emblemático da nação nipónica que surgiu até uma palavra para isso: hanami! Embora seja possível assistir ao fenómeno um pouco por todo o país, existem alguns destinos que se destacam por ficarem particularmente bonitos durante este período:

  • Tóquio: Não percas as cerejeiras em todo o seu esplendor à medida que adornam as promenades dos Parque Ueno e do Shinjuku Gyoen;
  • Kamakura: Com destaque para o último troço da recta que leva ao Santuário Tsurugaoka Hachimangu;
  • Monte Fuji: A par das margens rosadas do Lago Kawaguchiko, é aqui que podes tirar a emblemática foto das cerejeiras em flor com o Monte Fuji em plano de fundo a partir da Chureito Pagoda;
  • Kumagaya, Saitama: Situado nas margens do rio, o percurso marginal do Kumagaya Sakura Tsutsumi fica repleto de pétalas de cerejeira nesta época do ano;
  • Matsumoto: A zona do castelo é imperdível todo o ano, mas ganha um encanto extra na época da Sakura;
  • Kanazawa: Considerado o parque mais bonito de todo o Japão, o Jardim Kenrokuen fica ainda melhor em tons de rosa;
  • Nagoya: Entre o castelo local e a zona ribeirinha de Yamazakigawa, junto ao rio, Nagoya é um destino que ganha pontos durante este mês;
  • Quioto: Uma das melhores cidades para assistir ao fenómeno. Do Caminho do Filósofo à floresta de bamboo de Arashiyama, passando pelo Canal Okazaki, pelas vistas do Kiyomizudera e pelo Templo Ninnaji, o difícil é mesmo encontrar um canto que não fotografe bem;
  • Nara: Situado fora da cidade mas na mesma Prefeitura, vale a pena o desvio ao Monte Yoshinoyama. Dentro da localidade, não percas o Nara Park;
  • Osaka: Numa cidade tão moderna e expansiva, vale a pena relaxar e desfrutar das cerejeiras no Castelo de Osaka e no Parque Kema Sakuranomiya;
  • Himeji: Lar do castelo histórico mais emblemático do Japão, a zona é ainda mais bonita nesta altura do ano;
  • Kumamoto: Embora não existam muitos lugares na cidade para apreciar o fenómeno, a zona do castelo faz bem valer por todos os outros, destacando-se como um dos sítios mais bonitos para visitar no Japão durante a época das cerejeiras em flor.

Cerimónias de Chá das Gueixas

Especialmente populares na zona de Quioto, onde há um esforço concertado para a preservação das tradições e rituais das gueixas, as cerimónias de chá japonesas são verdadeiros legados de tempos idos, onde as senhoras serviam e entretinham os convidados provenientes das classes mais altas da sociedade.

Nesta cidade histórica, são ainda muitas as casas de chá antigas onde as cerimónias são feitas a preceito, de acordo com as práticas do período Edo. Embora as cerimónias possam variar ligeiramente de acordo com a casa, todas elas seguem uma estrutura semelhante, começando pela escolha da loiça de serviço, seguida por uma breve explicação de cada ritual e pela filosofia por detrás da cerimónia. Como em praticamente tudo o resto na cultura nipónica, também o simples acto de servir chá está carregado de pequenos simbolismos.

Dando início ao evento, o processo começa com um ritual de limpeza e purificação de todos os instrumentos, seguido da mistura do pó verde de matcha e água, com recurso a uma palha de bamboo. Com a bebida pronta, o hóspede deve apreciar a beleza da taça antes de provar a bebida. Curiosidade: uma vez que na cultura local sorver (bebida ou caldo) é um sinal de satisfação e educação, é esperado que faças este barulho ao apreciar o chá. Depois de beberes o chá e de experimentares alguns docinhos típicos, será a tua vez de preparares a tua própria bebida e dares a provar ao grupo, antes da cerimónia ser encerrada com nova limpeza dos utensílios.

O preço deste tipo de ritual pode variar bastante, mas por norma podes contar com valores a rondar os ¥3000 por pessoa. Se quiseres um gostinho do produto mas não estiveres na disposição de gastar tanto, podes sempre visitar alguns templos de Quioto e confirmar se têm serviço de chá e doces. Não poderás experienciar todo o ritual, mas o valor a pagar será bem mais simpático (¥500).

De resto, e embora o Japão seja um país fantástico no que toca a tradições, a nação tem um lado moderno bastante bem vincado, ao qual se junta uma forte componente de role-playing, provavelmente influenciada pelo universo do anime e do mangá. À conta disso, e especialmente em Tóquio, é possível encontrar montes de cafés temáticos com todo o tipo de background bizarro. Dos agora comuns Cat Cafés aos bem menos habituais Owl Cafés (com corujas), por aqui podes ainda encontrar os famosos maid cafés em Akihabara (onde as empregadas se vestem de empregadas francesas… sim, sem comentários), bem como estabelecimentos dedicados a personagens e séries de animação famosas, como os Pokémon ou a Sanrio (empresa criadora da Hello Kitty). Adiciona ao mix restaurantes robóticos, bares de inspiração BDSM e até cafés com ninjas, e facilmente perceberás que isto é sítio no qual todos os gostos são, de uma forma ou outra, eventualmente satisfeitos. No caso específico do Pokémon Café, disponível em Tóquio e em Osaka, o melhor é jogares pelo seguro e reservares o teu lugar com antecedência. Embora tecnicamente aceitem clientes sem reserva, podes muito bem não ter lugar em períodos mais concorridos (aconteceu ao nosso caríssimo João). Podes reservar a tua entrada e menu no site oficial da companhia.

Culinária do Japão – Gastronomia e pratos típicos

Conhecida pelo seu peixe fresco, sopas de noodles e carne de primeira qualidade, a culinária japonesa é uma das mais ricas e saudáveis do mundo, sendo muitas vezes apontada como a principal causa para a famosa longevidade nipónica (o Japão é a nação do mundo com maior esperança média de vida). Dos restaurantes de topo às casas de chá tradicionais, passando pelos set menus dos ryokans, pelas milhares de banquinhas de rua, pelos cafés temáticos ou pelas izakayas – os barzinhos de vão de escada onde os trabalhadores de fato e grava se juntam a beber e a petiscar depois das longas jornadas laborais – escolha é coisa que não falta!

No que toca a pratos típicos, ir ao Japão e não provar sushi e/ou sashimi é como ir a Roma e não ver o Papa! Sem as ocidentalizações a que possamos estar habituados (esqueçam lá a Philadelphia), os sabores são muito mais simples, puros e tradicionais. Infelizmente, uma experiência de sushi japonês pode ser ridiculamente cara, mas se te ficares pelos mercados de peixe locais ou pelos restaurantes de Kaitenzushi, onde as peças vão passando numa esteira rolante à tua frente e tiras o que queres, o resultado final poderá ser bastante acessível. Do peixe para a carne, e desta feita sem grandes hipóteses de escapar a uma refeição mais cara que a média, é absolutamente obrigatório provar Bife Wagyu, o nome dado à carne proveniente do gado nipónico, unanimemente considerada a mais saborosa e tenra do mundo. Para fechar o capítulo dos clássicos, e até para equilibrar o orçamento depois das opções anteriores, nada melhor que confortar o estômago com uma tigela de Ramen. Estas sopas tradicionais, habitualmente compostas por um caldo salgado, noodles de trigo e diferentes toppings, estão virtualmente disponíveis em todo o lado e são uma das principais bases da alimentação japonesa. Existem dezenas de variações, por isso não tenhas medo de repetir.

Passando das iguarias mais conhecidas para outras com as quais poderás não estar tão familiarizado, mantemo-nos na toada das sopas e dos noodles. Aqui, podes sempre arriscar nas variações, como os Udon Noodles, mais grossos e mastigáveis; os Soba, feitos com trigo-sarraceno; ou a Yakisoba, um prato de noodles refogados com todo o tipo de carnes e legumes, temperados com um molho especial (a única variação que não pode ser servida em sopas/caldos). Deixando as massas de lado, não deixes de provar o Tonkatsu, fêveras de porco panadas em farinha panko; o Caril Japonês, uma variante mais espessa e adocicada dos caris indianos trazidos pelos britânicos; o Omurice, uma omelete tradicional japonesa servida sobre uma cama de arroz, hamburger e molho demi glace; ou o Donburi, o nome dado a qualquer tigela de arroz servida com um topping de ovo, carne ou vegetais (ou todos ao mesmo tempo!). De resto, esta última está para o arroz como o Ramen está para os noodles – praticamente todos os restaurantes vendem, os preços são bastante acessíveis e existem muitas variações distintas. Por outro lado, se estiveres a viajar em grupo, pode ser boa ideia partilhar um hot pot, o nome dado a uma panela/caldeirão comum de comida. A ideia passa por trazer um recipiente comum para a mesa e vários ingredientes em cru, sendo que são depois os próprios clientes a cozinhar aquilo que querem (e no ponto que querem) no caldo da panela. Também aqui, são inúmeras as diferentes versões deste hot pot, destacando-se o Shabu Shabu o Sukiyaki e o Chanko Nabe.

Por outro lado, se o orçamento apertar ou quiseres pura e simplesmente petiscar nos mercados de rua, nas famosas lojas de conveniência ou nas acima referidas izakayas, também aqui existem algumas iguarias a não perder. Entre os melhores exemplos, poderás encontrar Onigiri, bolas de arroz com diferentes tipos de recheio; Takoyaki, bolinhas fritas com polvo no interior; Okonomiyaki, as tradicionais panquecas de ovo locais; Tempura, vegetais e camarões fritos numa massa super-estaladiça (inspirados nos nossos “peixinhos-da-horta”), Yakitori, espetadinhas de frango; ou as Gyozas, os dumplings mais conhecidos (e exportados) do país. Das opções mais informais para uma refeição com pompa e circunstância, e caso tenhas planeado uma noite num ryokan tradicional, tens sempre a hipótese de incluir um Kaiseki Set. Considerada uma refeição tradicional japonesa, são servidas pequenas porções de vários tipos de alimentos diferentes, para que o cliente possa provar um pouco de tudo. No entanto, comum a todos os sets é a presença dos clássicos acompanhamentos de arroz branco e sopa miso, outro elemento bastante conhecido da cozinha nipónica, composto por um caldo feito à base de feijões de soja fermentados.

Para fechar esta secção que já vai bem longa, dedicamos um parágrafo aos doces e sobremesas. Para além do Mochi, provavelmente o único doce nipónico conhecido à escala global, os japoneses parecem ter uma obsessão com souflés. Desde que trema, a malta acha graça! Exemplo disso são alguns dos seus doces mais apreciados, como o Cheesecake Japonês, o Bolo Kasutera (semelhante ao nosso pão-de-ló) ou as Panquecas Japonesas, todos eles com uma textura muito leve e um aspecto “jiggly”. De resto, e à excepção de bolos e sobremesas de inspiração ocidental, a maioria dos doces tradicionais pode ser encontrado em mercados de rua, como os Dango, bolinhos feitos à base de farrinha de arroz, glaceados com um xarope doce e servidos em espetadas; os Taiyaki, waffles em formato de peixinho, ou os Dorayaki uma espécie de sandwich de panqueca. Nestes dois últimos, o interior costuma estar recheado com uma pasta de feijão vermelho que, apesar da estranheza, é bem boa (e sim, é doce). A acompanhar a tua refeição, seja doce ou salgada, não pode faltar o Chá Matcha ou o emblemático Sake, um vinho feito à base de arroz.

Free walking tours de Tóquio e Quioto

Administrados por empresas ou guias locais, estas free walking tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Tóquio e Quioto, o valor mínimo aceitável deverá rondar os ¥1000 a ¥1500.

Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Tóquio e Quioto.

Free walking tours em Tóquio:

Free walking tours em Quioto:

Roteiros de 8, 12 e 16 dias no Japão

Para não tornarmos este texto demasiado extenso, resolvemos criar um artigo autónomo para cada itinerário.

Podes consultar cada uma das opções seguindo as ligações abaixo:

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