Um detalhado guia de viagem do Rio de Janeiro, onde poderás encontrar informações sobre hotéis e restaurantes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo com tudo o que fazer no Rio de Janeiro em 4 dias (com direito a algumas day trips), juntando 3 sugestões para day trips a partir da Cidade Maravilhosa.
Eternizada nas letras de Tom Jobim, Chico Buarque ou Gilberto Gil, o Rio de Janeiro é uma das cidades mais romantizadas do planeta. Poderia alguma vez ser de outra maneira? Estabelecida entre as montanhas verdejantes da Serra do Mar e as águas calmas do Atlântico que inundam a Baía de Guanabara, a sua localização foi suficiente para que a UNESCO lhe atribuísse o desígnio de Património da Humanidade, resultado das paisagens absolutamente inacreditáveis de que podes desfrutar a partir de inúmeros pontos elevados.
E no entanto, apesar de toda a beleza natural e paisagística, o Rio de Janeiro é também uma cidade global e vibrante, onde os extremos se encontram e – muitas das vezes – tocam. Uma metrópole de milionários, boémios, artistas e entertainers, mas também de crime, favelas e pobreza extrema. Um complexo rendilhado de locais, pessoas e histórias, onde nem tudo é preto ou branco – assim é o fascinante Rio!
Como tal, e se estás já em foniscas com a possibilidade de visitar a “Cidade Maravilhosa”, decidimos preparar um detalhado guia de viagem do Rio de Janeiro, onde poderás encontrar informações sobre hotéis e restaurantes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo com tudo o que fazer no Rio de Janeiro em 4 dias, adicionando 3 sugestões de day trips que podes fazer durante os dias adicionais da tua estadia.
Apesar da sua dimensão e popularidade gigantescas, a cidade do Rio de Janeiro é servida por um único aeroporto internacional, o Aeroporto Galeão – António Carlos Jobim.
No que toca voos, é possível viajar directamente para o Rio de Janeiro a partir de Lisboa e Porto, sendo ambas as rotas asseguradas pela TAP.
Há vários factores a ter em conta para abordar esta questão. Para começar, importa não esquecer que, estando situado no hemisfério sul, as estações no Rio de Janeiro evoluem no sentido inverso às europeias. Isto que significa que, quando cá é Inverno, será Verão no Rio (e vice-versa).
No entanto, e tendo em conta o clima bastante particular do Rio, mesmo nos seus meses de Inverno (Julho e Agosto) as temperaturas continuarão agradáveis e até propícias a uma ida a banhos (máximas de 23 a 26ºC). O único senão é que estes meses coincidem também com os períodos de férias e de maior procura por parte de turistas europeus e americanos, levando a que os preços sejam substancialmente mais altos.
Por outro lado, o Verão Brasileiro (Dezembro e Janeiro) coincide igualmente com a época das chuvas em pleno Rio de Janeiro, fazendo com que a tua probabilidade de apanhar mau tempo – apesar das temperaturas altas – aumente exponencialmente.
Assim sendo, a melhor altura para visitar o Rio coincide com a chamada “shoulder-season”, referente aos períodos compreendidos entre Setembro-Novembro e entre Abril-Junho. Coincidindo igualmente com as suas Primavera e Outono, respectivamente, estes meses continuarão a apresentar temperaturas quentes, sem a preocupação das chuvas ou dos preços altos causados pelo excessivo turismo.
Como é evidente, e num cenário completamente à parte de tudo o que foi referido até aqui, resta-nos mencionar o Carnaval. Apesar de ser um período de extrema procura, existe uma razão pela qual este é considerado o evento do ano no Brasil. Como é evidente, e havendo possibilidade, esta é definitivamente uma altura a considerar para a tua visita.
Estando este destino situado fora da Europa, e sem nenhum tipo de acordo com a UE que te permita entrar com qualquer outro documento de identificação, é absolutamente obrigatório estares munido do teu passaporte para poderes visitar o Brasil. Para além disso, o documento deverá possuir uma validade de pelo menos 6 meses após a tua data de entrada.
No entanto, os cidadãos portugueses estão isentos de visto de turismo, podendo permanecer no país durante um período máximo de 90 dias apenas com o carimbo no passaporte.
Não é necessário adaptador de tomada se viajares para o Rio de Janeiro. As tomadas elétricas no Brasil são semelhantes às nossas.
Estando o país situado fora da UE e sem nenhum tipo de acordo para a isenção de taxas de roaming nas telecomunicações, não poderás utilizar o teu tarifário português actual durante a tua viagem ao Rio de Janeiro.
Aliás, a primeira coisa que deves fazer antes de levantares voo rumo ao país é mesmo desligar todos e quaisquer dados móveis que tenhas activos no teu telemóvel, sob pena de teres uma (muito) desagradável surpresa no final do mês. Ainda que os custos possam variar de acordo com a operadora, e apenas para ficares com uma noção do que esperar, a Vodafone cobra os seguintes valores para comunicações em território brasileiro:
Posto isto, a nossa recomendação é mesmo que compres um eSIM (cartão SIM virtual) que poderás activar assim que aterres (sendo podes aproveitar os nosso códigos de desconto).
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Caso prefiras ter dados ilimitados, a nossa sugestão é o eSIM da Holafly. Segue este link ou insere o código de desconto FLAMINGO para teres 5% de desconto em todas as tuas compras.
Caso o teu smartphone não seja compatível, a nossa recomendação é que compres um cartão SIM assim que chegues ao Rio de Janeiro. Existem três grandes companhias de telecomunicações no Brasil: Vivo, Claro e TIM.
Tendo como moeda oficial o Real Brasileiro (R$), qualquer levantamento que faças no Rio de Janeiro recorrendo a um cartão português incorrerá naturalmente no pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da UE. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento. A alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut.
O Revolut permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais.
Para além disso, tratando-se de um cartão recarregável, e dada a fama do Rio no que toca a roubos e assaltos, podes sempre carregar o teu cartão diariamente com apenas aquilo que precises para esse dia, mantendo um método de pagamento alternativo no cofre do hotel. Dessa forma, se tiveres a infelicidade de te roubarem o cartão, perderás apenas aquilo que tinhas previamente carregado no cartão.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
Sendo a segurança uma das preocupações mais comuns de quem visita a cidade, é natural que este tema tenha maior destaque que o habitual no nosso guia de viagem sobre o que fazer no Rio de Janeiro.
Figurando consistentemente nos rankings de países mais perigosos do mundo, o Brasil é um país que requer maiores cuidados que o habitual. No caso específico do Rio de Janeiro, uma das maiores e mais diversas cidades do país, os turistas podem muitas das vezes tornar-se alvos fáceis de roubos, assaltos e extorsões.
Mas o que é que tudo isto significa? Que tens que andar constantemente a vigiar tudo o que se passa em teu redor, envolto numa névoa constante de medo, alerta e dúvida? Bem, também não exageremos! É verdade que são necessários alguns cuidados que provavelmente não precisarias de ter a visitar Oslo ou Singapura, mas continua a ser totalmente possível desfrutar da cidade sem que te sintas constantemente perseguido.
Posto isto, existem também várias dicas de segurança, por sinal bastante fáceis de implementar, que te ajudarão a fazer-te sentir mais seguro e confiante ao passear pelo Rio de Janeiro:
1.Não te destaques. Quanto mais pareceres um turista, maior a probabilidade de atraíres atenções negativas. Neste ponto, nós, portugueses, já partimos com uma enorme vantagem face a outros povos, porque conseguimos comunicar na língua nativa. Linguística à parte, evita caminhar por ruas aleatórias de smartphone ou câmara em punho enquanto tiras fotografias, ou deambular aparentemente perdido. Isto leva a que seja mais fácil deduzirem que és um forasteiro, por isso tenta sempre caminhar com propósito. Claro que podes sempre tirar fotografias junto dos pontos turísticos, mas, como regra de ouro, tenta sempre assistir ao que se passa à tua volta. Se não vês mais ninguém que possas facilmente identificar como turista, então não te comportes como um.
2. Não leves todo o teu dinheiro ou artigos electrónicos contigo. Leva apena aquilo que precisas e deixa o resto em segurança no cofre do hotel. Se vais passar o dia na praia, não precisas de levar telemóvel, câmara e carteira com todo o teu dinheiro e cartões. Leva apenas aquilo que precises para o dia. Se tiveres cartão Revolut, podes carregar apenas o cartão com aquilo que contas gastar para cada dia específico, minimizando assim as tuas perdas em caso de roubo. Isto implica também que deves levar pelo menos dois cartões distintos para a tua viagem, para que não fiques “de calças na mão” se um deles for levado.
3. Money belt e carteira suplente. Se te sentires mais seguro, e especialmente quando precisas de levar todas as tuas coisas contigo numa deslocação, podes sempre ponderar a compra de um money belt. Devidamente acomodado debaixo da roupa, poderás guardar neste compartimento o teu cartão principal, passaporte e a maioria do dinheiro que tenhas em espécie. Isto ajudará a manter-te a salvo de carteiristas. Por outro lado, podes também levar uma carteira “de engodo” onde podes guardar uma quantia insignificante.
4. Utiliza Uber para as tuas deslocações nocturnas. Para quê arriscar? Mesmo nas zonas mais seguras, a noite no Rio pode trazer surpresas bastante desagradáveis. Se precisares de te deslocar entre sítios que não sejam tão próximos quanto isso, utiliza sempre transporte privado. Antes de entrares no Uber, verifica se o condutor sabe o teu nome e se a sua identidade e modelo de veículo coincidem com a apresentada na app.
5. Se caminhares durante a noite, evita zonas desertas como becos, ruas pouco movimentadas, parques ou praias.
6. Evita caixas multibanco exteriores. À semelhança de muitos dos seus vizinhos, e por questões de segurança, não é tão comum quanto isso encontrar ATM’s exteriores. Se encontrares uma e precisares de levantar dinheiro, não o faças. Estarás a expor-te a um risco desnecessário. Utiliza sempre as caixas interiores.
7. Finalmente, se te encontrares na infeliz circunstância de ser assaltado, não apresentes qualquer resistência. Ao contrário de Argentina e Chile, onde imperam os carteiristas, no Rio de Janeiro os assaltos com armas são bastante mais comuns. Mostrar resistência pode escalar a situação até um ponto onde o pior pode acontecer. Por mais que custe, tentares manter o teu dinheiro ou telemóvel não vale o risco.
8. Utiliza repelente de mosquitos. Se há algo que a proliferação do vírus Zika ensinou a muitos viajantes, é que utilizar este tipo de produto em locais como o Rio de Janeiro é quase obrigatório.
Quem nunca cresceu em Portugal a ouvir dizer que o Brasil é extremamente barato que levante a mão. Pois é, caríssimos, mas lamentamos informar que isso é coisa do passado! Não que o Rio de Janeiro seja considerado um destino caro para a generalidade dos portugueses com capacidade para comprar um voo transatlântico – continua, em muitos aspectos, a ser acessível – mas não estranhem se encontrarem preços já equivalentes aos praticados em muitas cidades portuguesas.
No caso do alojamento, existem várias situações que deverão ser levadas em consideração. Para lá do preço, a segurança é um elemento fundamental. A nossa recomendação pessoal, e especialmente para marinheiros de primeira viagem, é que te estabeleças em Copacabana. É uma zona segura, movimentada, bem conectada a outras zonas da cidade e com muito para ver e fazer. Para além disso, é também um foco de concentração de muitos hotéis, dando-te uma variedade de escolha enorme.
Por outro lado, se o voo te levou grande parte do orçamento e procuras um alojamento mais em conta, sem descurar na segurança, ficarás bem servido em Botafogo. O Centro também pode ser uma opção interessante, embora a sensação de insegurança seja maior (especialmente durante a noite). O mesmo se pode aplicar a Santa Teresa.
Por fim, e já contando com Copacabana, praticamente toda a Zona Sul é segura e uma excelente aposta para quem procura hotel na cidade no Rio de Janeiro. Aqui inclui-se os bairros de Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca.
Posto isto, listamos no nosso guia de viagem do Rio de Janeiro algumas recomendações de locais onde poderás ficar:
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
Provavelmente a mais inteligente das opções para viajantes a solo ou quem tem um orçamento mais apertado.
Os autocarros Frescão são um conjunto de veículos que ligam directamente o aeroporto aos locais mais turísticos do Rio de Janeiro. O preço, embora mais caro, continua a ser bastante aceitável (19R$), e a duração da viagem é substancialmente mais curta, aliviando-te dos transbordos independentes da próxima opção.
Estes autocarros partem a cada 30 minutos entre as 06h00 e as 23h00.
Eis os autocarros expresso que deverás apanhar, consoante o teu destino final:
Devido aos preços relativamente baixos, pode ser mesmo a melhor opção para 2 ou mais pessoas ou para quem tem um alojamento mais longe das paragens do Frescão ou para quem prefere ser deixado diretamente à porta do alojamento sem andar a acartar malas e todos os seus valores pela cidade. Ou um misto das 3.
Aqui recomendamos a utilização da Uber, tratando-se de um serviço devidamente regulado e transparente para o utilizador.
Uma vez mais, e dependendo do teu destino, a viagem terá um custo médio que poderá oscilar entre os 50R$ e os 100R$
Embora o Rio de Janeiro seja servido por um sistema de metro, nenhuma das 3 linhas actuais se estende até ao Aeroporto Galeão – António Carlos Jobim. Como tal, a forma mais económica de chegar ao centro passa pela utilização combinada do BRT (um sistema de autocarros de trânsito rápido) e do metro.
Estes veículos estão situados logo à saída dos terminais de chegadas 1 e 2, partindo com uma cadência de 15 minutos, 24 horas por dia. Para poderes utilizar este autocarro, terás que comprar um RioCard Mais, uma espécie de cartão Andante/Navegante, por 4R$ (compra única), sendo depois necessário carregar o valor indicado para a viagem, que neste caso será de 8,15R$ (já contemplando o transbordo para o metro).
Infelizmente, a linha do aeroporto – denominada Linha Transcarioca – não chega até ao centro, sendo que terás que sair na única paragem onde é possível fazer a integração com o sistema de metro: Vicente de Carvalho (linha 2). A partir daqui, poderás chegar ao teu distrito de destino, quer através da mesma linha (se ficares no Centro), ou fazendo transbordo para a linha 1 (caso tenhas como destino Copacabana/Ipanema), ou para a linha 4 (Leblon). Tudo somado, o preço total da viagem será de 12,15$R, e a duração total da viagem, dependendo do teu destino, poderá variar entre os 60 e os 120 minutos.
Devido a relatos de que a zona da estação de metro Vicente de Carvalho pode tornar-se perigosa repentinamente, deixamos esta opção como informação, mas aconselhamos-te a optar por uma das duas anteriores.
O sistema de transportes públicos do Rio de Janeiro, e mesmo ressalvado que possa não ser o mais eficiente, é pelo menos barato e diversificado. Na realidade, toda a rede é composta por opções que vão desde os tradicionais metro e autocarro, até às barcas, comboios suburbanos, eléctricos, teleféricos e funiculares.
Atentando à dimensão da cidade, e a não ser que faças questão de utilizar táxis/uber com frequência, utilizar os transportes públicos no Rio é praticamente um dado adquirido! No entanto, e para simplificar, diríamos que praticamente todas as tuas deslocações serão feitas com recurso ao metro ou ao BRT, os meios que atravessam as zonas mencionadas neste roteiro de 7 dias do Rio de Janeiro.
Antes de tudo o mais, convém esclarecer que o metro e o BRT são dois sistemas totalmente distintos, sendo que, ao contrário do que acontece em muitas outras cidades mundiais com metros e autocarros, não estão integrados nem partilham os mesmos bilhetes. Isto significaria que, de cada vez que necessitasses de utilizar o BRT, terias obrigatoriamente que comprar um novo bilhete, num novo sistema.
Isso mudou com a chegada do RioCard, o único cartão válido em TODOS os meios de transporte do Rio de Janeiro. Este cartão pode (e deve) ser comprado imediatamente à chegada do Aeroporto, uma vez que não está disponível em todas as estações ou quiosques. O custo é de 4.30R$, sendo que poderás depois carregá-lo com o valor que contes gastar ao longo da tua estadia. Sempre que o valides em cada viagem, o valor será automaticamente descontado do teu saldo. Como ponto positivo, poderás utilizar o mesmo cartão para mais do que um passageiro! Podes comprar um logo que chegues ao Aeroporto, numa das estações do BRT ou em algumas estações de metro na cidade, como
Em alternativa, e para não teres que te preocupar em encontrar uma máquina sempre que queiras fazer um carregamento, podes baixar a app RioCard Mais e utilizar o teu próprio telemóvel como título de transporte. A compra do cartão digital, bem como os respectivos carregamentos, consulta do saldo e validação na estação, pode ser feita através o teu dispositivo.
Composto por 3 linhas, o Metro do Rio de Janeiro atravessa praticamente todos os quarteirões turísticos da cidade, sendo por isso o meio de transporte público que à partida utilizarás com maior frequência.
O metro opera diariamente entre as 05h00 e a meia-noite, reduzindo ligeiramente o horário (07h00-23h00) aos domingos e feriados.
Quanto a preços, tarifa actual do metro é de 6,50R$ por viagem, permitindo-te fazer os transbordos que queiras dentro do seu período de validação.
Ideal para a deslocação aeroporto/centro mas também para que consigas chegar a alguns subúrbios do Rio de Janeiro, os autocarros BRT são também uma boa opção de transporte público. O que os difere dos autocarros ditos “normais”, é que estes veículos têm as suas próprias faixas dedicadas, fazendo com que o trajecto não seja afectado pelas condições de trânsito da cidade.
Embora não o vás utilizar com tanta frequência quanto o metro, poderá ser útil caso queiras explorar a costa para lá do Leblon e da Gávea. O valor do bilhete individual é de 4,30R$ por trajecto.
Sendo o Brasil um país de excelsa gastronomia e enorme variedade, não é de estranhar que existam restaurantes de todos os tipos e para todos os orçamentos em praticamente todos os distritos do Rio de Janeiro.
Para além disso, e embora as coisas já não sejam como dantes, continua a ser relativamente fácil encontrar sítios baratos para comer na cidade. Olhando para o portal Numbeo, surge a informação de que uma refeição barata fica pouco acima dos 6€. Já se estiveres na disposição de subir a parada e procurar um restaurante intermédio, com direito a entrada, prato principal e sobremesa, a tua contará deverá rondar os 13€/14€pax.
Assim, deixamos neste guia de viagem do Rio de Janeiro uma eclética selecção de restaurantes, para que possas desfrutar do que melhor se come pela cidade a um preço baixo:
Tratando-se de uma cidade tão vasta, não é de admirar que exista muito no Rio de Janeiro que escape à generalidade dos radares turísticos. Afinal, o que há de conhecido já é de tal forma soberbo e diversificado que muitas das vezes sobre pouco ou nenhum tempo para explorar locais menos conhecidos. E entendemos que assim seja.
Ainda assim, não queríamos deixar de mencionar uma série de locais mais obscuros para aqueles que procuram o que fazer no Rio de Janeiro:
O Rio de Janeiro é uma cidade com imenso para ver e experienciar, e embora dediquemos “apenas” 4 dias à metrópole propriamente dita, achámos que faria sentido incluir algumas opções de day trip, de forma a que possas conhecer um pouquinho mais desta maravilhosa região do Brasil.
Assim sendo, esperemos que compreendam que há sempre locais que, por mais fabulosos que sejam, têm sempre que ficar de fora. Afinal, não é possível colocar toda a magnitude do Rio numas férias de apenas 1 semana!
De qualquer das formas, acreditamos que o roteiro seguinte te permitirá desfrutar da melhor forma desta que é uma das cidades mais fascinantes do planeta. Eis o nosso guia de viagem do Rio de Janeiro:
Sem mais demoras, começamos o nosso guia de viagem do Rio de Janeiro com a subida ao emblemático Cristo Redentor (98 R$ a 123 R$, incluindo Trem do Corcovado). Considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo, esta estátua gigante de Jesus Cristo é – de longe – o maior símbolo e cartão-postal da Cidade Maravilhosa. Apesar da sua dimensão imponente, este lugar vale sobretudo pelas vistas, permitindo-te ter a primeira prova de que esta é, sem sombra de dúvidas, uma das cidades mais estonteantes do planeta. Para lá chegares, o método mais pitoresco passa por utilizar o Trem do Corcovado, uma linha férrea bastante cénica que te levará pelo Corcovado acima, até à icónica estátua. Essa linha parte da Rua do Cosme Velho, situada bem ao lado do Largo do Boticário, uma das pracetas coloniais mais bonitas do RJ.
Depois da subida ao Corcovado, estarás oficialmente no território do Parque Nacional da Tijuca, um gigantesco parque urbano que tem a particularidade de ter sido reflorestado. Depois de muitos anos de destruição para fazer face à necessidade de terras para criação de gado e plantação de café, e à necessidade de queima de madeira para produção de combustível, D. Pedro II (último imperador do Brasil) ordenou a reflorestação do espaço. Hoje em dia, é possível percorrer vários trilhos pelo parque.
Depois da descida a pé, podes aproveitar para uma voltinha pelo Parque Lage e para ver a sua mansão, antes de seguires caminho rumo ao Jardim Botânico (73R$). Criado no início do século XIX tendo em vista a plantação de especiarias exóticas provenientes das actuais Caraíbas, este parque é hoje em dia uma amostra perfeita da diversidade natural da cidade que atrai milhões todos os anos. Para acabar o dia, apanha um Uber até à Vista Chinesa. Assim denominada devido ao edifício de bamboo aqui construído, este é considerado um dos miradouros mais belos de todo o Rio de Janeiro, com uma panorâmica imbatível de toda a área entre o Corcovado e o Penhasco Dois Irmãos.
Resumo do 1º dia:
Se do topo do Cristo Rei tiveste a oportunidade de apreciar o Morro do Pão de Açúcar em todo o seu esplendor, hoje será dia de fazer precisamente o contrário. O acesso ao topo deste pico deverá ser feito através de duas viagens separadas de teleférico (mesmo bilhete, custa 185R$ ida-e-volta). A primeira, a partir da Praça General Tibúrcio, levar-te-á até ao topo do Morro da Urca, o promontório adjacente ao Pão de Açúcar. Por fim, é lá que iniciarás a segunda parte da viagem, desta feita até ao destino final. Uma vez mais, as vistas são deslumbrantes. À descida, se não quiseres fazê-la novamente de teleférico, podes sempre caminhar pelo Trilho do Morro da Urca e ir coleccionando miradouros pelo caminho. Chegado ao solo, podes terminar a manhã com um mergulho na Praia da Urca e uma visita à Fortaleza de São João.
Se as vistas anteriores ao almoço foram de sonho, a tarde reserva-te uma experiência bem mais dura. Embora as visitas a favelas se situem numa espécie de limbo moral, acreditámos que, quando bem feitas, podem ajudar a humanizar e a acabar com a estigmatização de que muitos dos seus moradores são alvo. Mais do que voyeurismo, um bom tour de uma favela deve levar a que o viajante procure compreender o que se passa num local daqueles, e, acima de tudo, as razões que levam a que tanta gente naquele meio enverede por actividades menos abonatórias. Nas palavras de Watson, “dêem-me um bebé e eu farei dele o que quiser, um ladrão ou um juíz, um pistoleiro ou um médico”. Nenhum iluminado pode ser alheio ao meio em que cresce/vive, e tempos desesperados tendem a requerer medidas de igual bitola. É por isso que recomendamos um tour da Favela da Rocinha, uma das mais seguras do Rio de Janeiro, mas sempre acompanhados de um guia local que saiba o que está a fazer e que vos possa dar todo o contexto histórico, cultural e socioeconómico da realidade que ali podes presenciar.
Para terminar o dia numa nota um pouco mais optimista, apanha um Uber até ao Bairro de Guaratiba, ponto inicial de uma trilha de cerca de 3km até à famosa Pedra do Telégrafo. Se não a estás a reconhecer pelo nome, este é o local tornado popular pelas redes sociais no qual se costuma tirar a foto “silly” da moda em que a malta parece estar a cair de um precipício. Na realidade, existe uma outra pedra num patamar mais baixo que impede os turistas de estarem sequer perto de uma queda. Se não te apetecer perder 1 hora numa fila para tirar uma foto, pelo menos desfruta das vistas que – por sinal – são bem bonitas e merecem o desvio!
Resumo do 2º dia:
Depois de vistas as montanhas, é tempo deste guia de viagem do Rio de Janeiro te levar a explorar as suas famigeradas praias! Comecemos então pela famosa Copacabana, um dos distritos mais populares, turísticos e seguros do Rio de Janeiro. Para lá da Praia de Copacabana e da sua fabulosa marginal, deverás também explorar as ruas traseiras da primeira linha de mar, onde descobrirás edifícios clássicos e ruas cheias de vida. Aproveita também para fazer uma visita rápida ao Forte de Copacabana (10R$) e à Pedra do Arpoador, onde desfrutarás de vistas fantásticas sobre o mar e sobre os areais de Copacabana e Ipanema.
Prossegue marginal afora e descobre os outros dois famosos distritos da Zona Sul: Ipanema e Leblon. Embora não sejam locais repletos de atracções no sentido clássico do termo, caminhar por estas duas zonas e absorver a sua atmosfera é uma das melhores coisas para fazer no Rio de Janeiro. No final do areal da Praia do Leblon, poderás subir ao Penhasco dos Dois Irmãos e maravilhar-te (uma vez mais) do cenário em teu redor.
A partir daqui, é tempo de utilizar o teu RioCard e embarcares num BRT rumo à paragem Recreio Shopping. De lá, poderás caminhar uns 3km ou pedir um Uber até ao parque de estacionamento daquela que é amplamente considerada a praia mais agradável de todo o Rio de Janeiro. Apelidada de Prainha (assim mesmo), está completamente cercada por morros verdejantes e virou nos últimos anos um destino de eleição entre surfistas devido à ondulação das suas águas cristalinas. Um local absolutamente paradisíaco.
Resumo do 3º dia:
Embora seja verdade que o grande trunfo do Rio esteja nos seus atributos naturais, com especial destaque para as vistas, praias e morros até aqui mencionados, isto não significa que a cidade não tenha também uma componente histórica, cultural e arquitectónica bem vincada. Assim, e para um gostinho do Rio de Janeiro de outros tempos, o dia de hoje será dedicado aos distritos do Centro e de Santa Teresa.
Como em qualquer país de herança católica, a zona histórica está habitualmente repleta de igrejas e o Rio de Janeiro certamente não é excepção! Embora haja muito por onde escolher, existem três igrejas históricas, todas elas extremamente perto umas das outras, que se destacam pela ornamentação dos seus interiores. Mas antes de seguires para o passado, visita o Amanhã. Confuso(a)? O Museu do Amanhã (30R$) é um dos mais recentes ícones do Rio de Janeiro e que, muito resumidamente, tem como objetivo mostrar aos visitantes a evolução do universo e o enquadramento do Ser Humano no mesmo, recorrendo a experiências interaCtivas fantásticas. Depois de refleCtires o suficiente acerca do teu lugar no Universo, é tempo, finalmente, para visitares o Mosteiro São Bento, a Igreja de São Francisco da Penitência (2R$) e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. À parte dos locais de culto históricos, vale ainda a pena mencionar a bizarra Catedral de São Sebastião. Considerada a principal igreja da cidade, foi completada nos anos 60 num estilo modernista com inspiração nas Pirâmides Maias. Ver para crer, meus caros! Pelo meio, não deixes de visitar o Real Gabinete Português de Leitura – garantimos, uma biblioteca de fazer cair o queixo – e ainda o Teatro Municipal (20R$), um dos melhores exemplares de arquitectura colonial da cidade.
Saídos do Centro, segue-se agora um agradável passeio por Santa Teresa, considerado o bairro boémio do Rio, bem como um dos estética e arquitectonicamente mais belos. Distrito de ruas tortas e sinuosas e de um constante sobe-e-desce, é servido pela linha de eléctrico mais adorada da cidade. Conhecido com o Bonde de Santa Teresa (20R$) este transporte é, à semelhança do nosso Eléctrico 28, uma espécie de atracção turística e cartão de visita da cidade. Enquanto exploras Santa Teresa, aproveita também para visitar os seus marcos turísticos mais populares, como o Largo dos Guimarães, o Parque das Ruínas ou a emblemática Escadaria Selarón. Se ainda tiveres tempo, dá um pulinho ao distrito vizinho da Lapa e vê os magníficos exemplos de arte urbana deste quarteirão.
Com o dia a caminhar para o final, aproveita para uma agradável caminhada pela Quinta da Boa Vista, porventura o mais agradável de todos os parques urbanos do Rio, e onde está actualmente a ser remodelado o Museu Nacional, que fez capas de jornais em 2018 devido ao gigantesco incêndio que praticamente o destruiu. Junto ao parque encontrarás ainda o icónico Maracanã, possivelmente o estádio mais famoso do mundo. Embora seja possível fazer um tour (75R$), uma experiência ainda melhor passa por apanhar um jogo do Flamengo ou do Fluminense, os rivais que partilham o estádio.
Resumo do 4º dia:
Vamos começar estas sugestões de Day Trips com Angra dos Reis.
Podes alugar um carro ou, simplesmente comprar um bilhete na rodoviária Costa Verde, e apanhar o autocarro no Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro e chegar a Angra dos Reis no espaço de 3 horas. O bilhete ida-e-volta tem o custo de cerca de 120R$.
Angra dos Reis é mais uma pequena e paradisíaca cidade costeira, ideal para quem deseja aproveitar as famosas praias Brasileiras. A sua orla é recortada por centenas de pequenas ilhas, ideais para explorar com recurso a um passeio de escuna. Estes barcos partem dos Cais de Santa Luzia e completam um percurso que pode demorar cerca de 5 a 6 horas, parando em locais como a Ilha Grande, a Lagoa Azul ou Ilha da Jipoia e a sua fabulosa Praia do Dentista.
De regresso a terra, e com o pouco tempo que te sobrará pela parte da tarde, sugerimos um passeio pelo Centro Histórico e pelos locais de legado colonial mais populares de Angra, nos quais se incluem a Igreja e Convento do Carmo, a Praça General Osório, a Rua do Comércio, o Mercado Municipal ou a Igreja Matriz.
Ao final do dia, e com muita pena tua, é tempo de regressar ao Rio. Amanhã voltarás para casa.
Sugestão de tour:
Resumo:
Se decidiste ir a Angra dos Reis, podes simplesmente andar mais uns quilómetros e conhecer Paraty, uma das vilazinhas históricas mais belas do Brasil e um local considerado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Caso não estejas por Angra dos Reis, o processo é semelhante: aluga o carro ou apanha um autocarro da companhia Costa Verde, que liga várias cidades ao longo da zona costeira a sul do Rio. Estes veículos partem do Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro, sendo que cada viagem tem a duração programada de 4h40. Os bilhetes têm o custo de 165 R$ ida-e-volta.
Embora possa à primeira vista parecer demasiado tempo no autocarro para um só dia, podemos garantir que a experiência compensará a moléstia. Afinal, Paraty é um verdadeiro encanto! O seu centro histórico é um dos mais bem preservados do país, no qual poderás vaguear lentamente enquanto aprecias as muitas fachadas caiadas a branco, visitando alguns locais de culto pelo caminho, como a Praça Matriz, a Igreja de Santa Rita, a Casa da Cultura ou a Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Depois de visitado o centro, é tempo de te aproximares do cais e negociares um passeio de escuna, um tipo de barco local, actualmente utilizado em rotas turísticas. Acontece que Paraty está cercada por várias ilhas e penínsulas recortadas, todas elas tomadas pelo verde da natureza. Muitos desses locais escondem praias absolutamente maravilhosas, sendo que a única forma de conseguires aceder a estes espaços passa precisamente por recorreres um destes passeios de barco. De entre as muitas opções disponíveis, destacam-se a Praia da Lula, a Praia Vermelha e a Praia de Santa Rita. Estes tours têm a duração média de 5 horas e rondam os 100-150R$ por pessoa.
Embora haja muito mais para ver, acreditamos que este seja o itinerário perfeito para quem disponha de 1 dia apenas para visitar Paraty. Ao cair da noite, quando estiveres a preparar-te para regressar ao Rio, levarás esta vilazinha no coração.
Resumo:
Mais uma voltinha, mais uma viagem – desta feita para o litoral norte, com destino a Búzios! Originalmente uma pacata vila piscatória sem grande história para contar, Búzios saltou para o grande mapa turístico após uma visita da lendária actriz Brigitte Bardot. 60 anos depois, a cidade é agora extremamente popular entre Brasileiros e Argentinos, e um dos city-breaks favoritos dos habitantes do Rio.
Embora a cidade tenha algumas atracções secundárias, como a Igreja de Santa Ana ou a Orla Bardot, o destaque de Búzios vai todinho para as suas praias, com destaque para a Praia de João Fernandes, a Praia da Ferradurinha ou a Praia da Tartaruga (embora existam mais de 20 à escolha!). Já num registo diferente, recomendamos também um passeio pela pequena, porém adorável, Rua das Pedras, porventura o único legado da antiga Búzios.
Para chegares a Búzios, deverás novamente dirigir-te ao Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro. As ligações entre as duas cidades são asseguradas pela Autoviação 1001 com cada viagem a ter a duração de 4 horas. Quanto ao preço dos bilhetes, cifra-se nos 175$R ida-e-volta.
Uma outra opção interessante para este dia passa por trocar Búzios por Arraial do Cabo, uma localidade cujas praias paradisíacas lhe valeram o título de Caribe Brasileiro. Fica a apenas 30km de Búzios.
Resumo:
E damos assim por terminado o nosso guia de viagem do Rio de Janeiro! Esperemos que desfrutes em pleno da Cidade Maravilhosa e possas descobrir tudo o que ver e fazer no Rio de Janeiro.
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