Guia de viagem de Berlim com toda a informação de que precisas para preparares a tua visita à capital da Alemanha. Inclui roteiro de 3 dias em Berlim com todas as principais atracções da cidade, bem como recomendações de hotéis, restaurantes e transportes entre o aeroporto e o centro de Berlim.
Berlim é uma capital peculiar. Para encontrares o centro económico da Alemanha terias de viajar mais de 400 quilómetros, para a outra ponta do país, até Frankfurt. E Alexanderplatz, a praça principal da cidade, é bem mais modesta do que a Concórdia em Paris ou Trafalgar em Londres.
Berlim é mesmo uma sucessão de improváveis. Já não bastava ter sido fundada num local sem vantagens defensivas do ponto de vista militar, a cidade ficou também em cima de um pântano e são precisos grandes tubos para escoar a água do subsolo da cidade. Ao invés de os esconder, a opção foi pintá-los de rosa, tornando-os o mais visível possível.
Mas, apesar de todas estas particularidades, a cidade atraí milhões de turistas todos os anos graças à sua fama de centro urbano jovem e multicultural, cheia de vida tanto de dia como de noite. Segue o nosso guia para ficares a saber como aproveitar Berlim da melhor forma:
Berlim é servida exclusivamente pelo Aeroporto de Berlim-Brandemburgo, inaugurado em 2020, depois de um atraso de mais de nove anos na construção.
Há voos diretos a partir do Porto (Easyjet de Março a Setembro e Ryanair), Lisboa (Easyjet de Março a Maio, Ryanair e TAP), Faro (Easyjet de Março a Setembro e Ryanair) e Funchal (Easyjet e Sundair).
Apesar de novo, a zona de segurança do aeroporto de Berlim é bastante ineficiente e as filas são por vezes bastante longas, por isso é melhor reservares um pouco mais de tempo no retorno do que o normal.
As estações em Berlim são bastante vincadas: o Verão é quente, com alguns dias de calor tórrido, e o Inverno é frio, com queda de neve entre Dezembro e Março. Por esse motivo, a vida na cidade muda bastante de estação para estação e a melhor altura para a visitar vai depender do ambiente que procuras.
Se estiveres com mais vontade de passar o dia em museus ou a noite em clubs, então talvez o estado do tempo não te faça tanta diferença. Mas se quiseres ficar a conhecer os parques e lagos da cidade o melhor é mesmo escolher o verão. A primavera e o outono são também são ideias para quem quer fazer um pouco de tudo, e sendo Berlim uma cidade com bastantes árvores, não só nos parques mas também nas ruas e avenidas, estas estações dão sempre um colorido diferente à cidade.
Quem opta por visitar a cidade no inverno vai poder encontrar mercados de Natal e ringues de patinagem no gelo bastante com preços bem acessíveis. Em particular, a noite de Ano Novo é particularmente agitada, com fogo-de-artifício lançado a partir de praticamente todos os pontos da cidade.
É sempre um descanso viajar dentro da União Europeia. Para viajares até Berlim basta o cartão de cidadão ou o passaporte.
Descobre mais: o que fazer se perderes os teus documentos durante a viagem.
Também graças à União Europeia, o roaming em não é uma preocupação. Uma vez que a união aboliu os custos extras de roaming, as condições do teu tarifário continuam a ser as mesmas, pelo menos no que toca a mensagens e chamadas.
A questã é um pouco mais complexa no que toca aos dados móveis, uma vez que as operadoras podem escolher impor um limite de consumo responsável. Na prática, o que muitas operadoras fazem é dar-te um saldo paralelo de dados móveis em roaming. Nos casos em que em território nacional os dados gastos com certas aplicações não entram no saldo principal, é possível que em roaming estes passem a ser contados para o saldo em roaming.
O melhor é confirmar as condições da tua operadora. Podes sempre verificar o estado do teu saldo de dados, marcando *#100# na Vodafone, *111# na NOS e *#123# na MEO, seguido do botão de efetuar chamada. Vais receber uma mensagem ou notificação com a informação de saldo, que inclui o teu saldo em roaming.
Descobre mais sobre roaming, cartões SIM e dados móveis aqui
São muitas as lojas e restaurantes em Berlim que não aceitam cartão, por isso tenta sempre trazer algum dinheiro em notas e moedas contigo.
A maior parte dos multibancos cobram pelo levantamento, à exceção das máquinas dos bancos Sparkasse e do Berliner Volksbank.
Sendo a moeda o Euro, a conversão não é um problema, mas um cartão como Revolut é sempre uma mais-valia em termos de segurança e compatibilidade com os terminais de pagamento. Se ainda não tens um cartão Revolut podes fazer o teu pedido através deste link.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
A grande quantidade pessoas na rua, mesmo durante a noite, dá uma grande sensação de segurança a quem caminha nas ruas de Berlim. Basta por isso ter atenção aos teus pertences no caso de haverem carteiristas por perto, tal como na maior das cidades deste tamanho e evitar andar com objetos de valor à mostra ou deixar a carteira ou telemóvel esquecidos em cima de uma mesa.
Algumas zonas da cidade podem parecer um pouco menos cuidadas, com bastantes graffitis e prédios menos bem preservados, mas não é motivo para te preocupares. A maior parte destas áreas são seguras e, por norma, estas zonas acabam por ter mais atividade cultural e comida mais barata de igual qualidade. Na verdade, os sítios onde deves ter mais cuidados é nos mais turísticos como Alexanderplatz ou nas ruas de comércio de Charlottenburg.
Os esquemas em Berlim não são propriamente originais. Podem-te pedir para assinar uma petição e fazer uma doação para uma qualquer causa que na verdade não existe, ou atraírem-te para um daqueles jogos com três copos e uma bola. Obviamente, no final a bola não vai estar no copo que escolheste e vais ficar sem o dinheiro da aposta.
Ladenschlussgesetz é o nome complicado da lei que obriga a maioria dos estabelecimentos em Berlim, e no resto da Alemanha, a fechar no Domingo. Isto inclui supermercados e lojas, pelo que o melhor é guardares esse dia para visitares os mercados, os museus e os parques.
Se estiveres a beber uma cerveja na rua, talvez repares que muita gente coloca as garrafas vazias debaixo dos caixotes de lixo laranja espalhados um pouco por toda a cidade. Isto é porque na Alemanha os supermercados devolvem o depósito de algumas garrafas e pessoas com mais dificuldades económicas recolhem as garrafas para receber esse dinheiro extra. Por vezes, há mesmo quem se ofereça para pegar na garrafa vazia que tens na mão, por isso não estranhes!
Berlim é uma cidade em rápido crescimento populacional, o que significa problemas tanto para moradores como para visitantes no que toca a habitação ou estadia. No entanto, Berlim ainda consegue ser mais barata do que outras capitais europeias no que toca ao preço da estadia.
Deixamos aqui algumas sugestões de hotéis com preço abaixo da média e com boa localização na cidade:
Hostel – The Circus Hostel
Hotel de 3* – Ibis Berlin Hauptbahnhof
Hotel de 4* – Mercure Hotel Berlin City
Hotel de 5* – The Westin Grand
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
– Cerca de 30 minutos
– Preço: 3,80€ com o bilhete ABC
– Compra de bilhetes através da app Tickets disponível para Android e Apple ou nas máquinas na plataforma (os bilhetes físicos têm de ser validados)
A rede de metro e elétrico em Berlim cobre a maior parte da cidade e tem uma ótima frequência, mesmo durante a noite. Existem dois sistemas de metro na cidade, o S-Bahn e o U-Bahn. Na teoria, o S-Bahn funciona à superfície e o U-Bahn ao nível subterrâneo, mas isto nem sempre é verdade. Para além disso, existem ainda os trams, ou elétricos, e os autocarros
O que interessa é que todos estes transportes são partes da rede BVG, o que significa que utilizam todos o mesmo sistema de bilhetes. Esses bilhetes podem ser adquiridos pela app Tickets disponível para Android e Apple ou nas máquinas na plataforma.
Podes também comprar um bilhete físico nas máquinas amarelas da BVG, ou, se estiveres numa plataforma do S-Bahn, nas máquinas vermelhas da VBB. Novamente, os bilhetes são válidos para toda a rede, as diferenças no visual das máquinas é uma mera questão de marketing uma vez que o S-Bahn é tecnicamente parte de outra empresa.
Os bilhetes físicos vão ter sempre que ser validados antes de entrares no S-Bahn ou no U-Bahn nas máquinas que se encontram na plataforma, ou imediatamente depois de entrares num tram ou autocarro, nas máquinas no interior da viatura.
A sinalética nas estações de metro e comboio é um pouco complicada. Por vezes, parece que o S-Bahn e o U-Bahn não gostam muito um do outro e não querem que saibas onde podes trocar de linha. Mas a informação está lá, mesmo que em tamanho reduzido. Procura o S de S-Bahn dentro de um círculo verde ou o U de U-Bahn dentro de um quadrado azul nas placas informativas.
Em Berlim existem apenas três zonas, um sistema relativamente simples comparado com outras grandes cidades. Os bilhetes podem ser AB, BC ou ABC. Por regra, os bilhetes AB são suficientes para cobrir todas as principais atrações, à exceção da cidade vizinha de Potsdam, para a qual vais precisar de um bilhete ABC. O bilhete ABC também vai ser necessário para ir do aeroporto para a cidade.
Zona A: o centro da cidade, dentro da S-bahn Ring, o anel criado à volta da cidade pelas linhas de S-Bahn 41 e 42
Zona B: do S-Bahn Ring até aos limites administrativos da cidade
Zona C: toda a parte da rede que estão fora dos limites administrativos da cidade.
Os bilhetes simples permitem-te, durante 2 horas, entrar e sair de vários transportes em direção ao teu destino. Segundo a BVG, não podes usar estes bilhetes para viagens de ida e volta para o mesmo local. Como é que isto é de facto controlado? Ninguém faz bem ideia, mas para não arriscares o melhor é planeares a tua viagem de forma a que terminas sempre no local mais longe do ponto de partida, para que ninguém possa dizer que estás a ir no sentido desse mesmo ponto de partida.
Viagem simples
Berlin AB: 3€
Berlin CB: 3.50€
Berlin ABC: 3.80€
Viagem curta
Estes bilhetes são válido para 3 paragens de U-Bahn e S- bahn ou 6 paragens de tram ou autocarro em qualquer zona.
– Preço: 2€
Berlin AB: 8.80€
Berlin BC: 9.2€
Berlin ABC: 10€
Berlin AB: 36€
Berlin BC: 37€
Berlin ABC: 43€
Berlim está bastante afastada dos restantes centros urbanos da Alemanha. No entanto, é possível visitar a cidade como parte de um roteiro mais alargado pela Alemanha e pelo centro da Europa graças à boa rede de comboios e autocarros de longo-curso. Estas são algumas sugestões:
Comboio (DB): 1h15, 35-50€
Autocarro (Flixbus): 2h05, 5-8€
Comboio (DB): 1h50, 50-75€
Autocarro (Flixbus): 3h15, 15-20€
Comboio (DB, Flixtrain): 2h00, 11-55€
Autocarro (Flixbus, RejioJet): 2h30, 6-15€
Comboio (DB+Czech Railways): 5h00, 54-76€
Autocarro (Flixbus, RejioJet): 4h30, 10-23€
Comboio (Nightjet): 4h50, 29-40€
Autocarro (Flixbus): 4h30, 18-23€
Orienta-te por Berlim como se fosses um habitante local com o nosso guia aprofundado onde te falamos dos bairros da cidade, e das formas como podes aproveitar o teu tempo, quer seja a fazer compras, sair à noite, relaxar nos parques ou a visitar um dos muitos museus da cidade.
Berlim é uma cidade com uma geografia atípica. Tendo passado tantos anos dividida fez com que não exista propriamente um centro da cidade. Ao invés disso, cada distrito tem a sua própria vida e dinâmica, pelo que vale a pena ficares a conhecer um pouco das áreas mais conhecidas:
A única parte da cidade que pode de facto reclamar o título de centro (até porque Mitte significa centro em alemão). Aqui estão alguns dos pontos mais emblemáticos da cidade como as portas de Brandemburgo, a Ilha dos Museus ou a Alexanderplatz. Mas não realidade não é aqui que vais experienciar a vida de Berlim, até porque muitos dos edifícios no Mitte são de empresas e instituições estatais.
Há vários anos que Kreuzberg é conhecida como a zona mais alternativa da cidade. Desde os anos 70, quando era uma das áreas mais pobres de Berlim Ocidental, que a área é um ponto de encontro para várias subculturas, bem como uma área de acolhimento para os muitos imigrantes que chegaram à cidade desde então.
Com os preços a subir em Kreuzberg, a vizinha Neukölln tem vindo a roubar a sua reputação enquanto zona alternativa. A área continua a ser mais modesta que o resto da cidade e é também uma das mais multiculturais.
Parte do que foi Berlin Leste, Friedrichschain é rasgada por duas avenidas ostensivas, Karl-Marx-Allee e Frankfurter Allee. Estas foram construídas pela Alemanha de Leste, que quis fazer desta zona um modelo para o desenvolvimento urbano da república. Desde então que Friedrichschain é um centro de cultura, sendo hoje também a zona onde ficam alguns dos mais conhecidos clubs da cidade.
Esta é uma das zonas que melhor sobreviveu à segunda guerra mundial e por isso aqui se pode ver alguns dos exemplos da arquitetura do início do século. Bairro de artistas e intelectuais, esta é uma zona da cidade bem jovem, e não estou a exagerar: Prenzlauer Berg tem uma taxa de nascimentos bem acima do resto da Alemanha. Kastanienallee é uma das ruas mais dinâmicas da zona.
Talvez a área mais rica da cidade, é em Charlottenburg que se encontram alguns dos edifícios mais modernos e de maior altura na cidade. Aqui ficam também maior ópera de Berlim, Kurfürstendamm, a rua onde se encontram as boutiques das marcas de alta-costura, e ainda o Palácio de Charlottenburg, residência real dos monarcas da Prússia.
Um pouco como Neukölln, Wedding é uma parte de Berlim mais pobre mas que muitos vêm como uma zona vibrante. Com uma população mesmo muito diversa (por volta de 30% dos habitantes terão nascido fora da Alemanha), Wedding tem muito para explorar no que toca à comida de rua, mas também à cervejas artesanais e biergartens.
Potsdam foi durante muitos anos a residência da realeza prussa, que preferia manter-se afastada de Berlim na sua versão de Versalhes. Esta cidade está hoje bem integrada na área metropolitana de Berlim, e basta apanhar um comboio regional ou um S-Bahn para aí chegar em cerca de 1 hora.
Vais por isso encontrar aí vários palácios, dos quais o Sanssouci é o mais prominente, mandado construir por Frederico o Grande ao estilo rococó. Não muito longe podes encontrar o Orangerieschloss, o Neues Palais e o Schloss Charlettenhof. Outra curiosa atração da cidade é Alexandrowka, um conjunto de casas de madeira que pretendiam imitar a arquitetura rural russa, uma ideia do Rei Frederico Guilherme III da Prússia para comemorar a vitória (em conjunto com a Rússia) contra os exércitos de Napoleão.
Berlim tem uma enorme cultura de comida de rua. Aqui podes encontrar gastronomia de todas as partes do mundo, preparada para ser convenientemente degustada no passeio. Se ainda não tens uma bebida, procura o späti mais próximo – os spätis são lojas de conveniência que ficam abertas noite dentro e que vendem um pouco de tudo, mas principalmente cerveja. Os restaurantes de rua não se vão importar que tragas bebidas de fora para as suas mesas de merenda.
O döner kebab, a sandes de carne assado no espeto, salada e vários molhos, é a especialidade da cidade. Este prato popularizou-se graças à grande comunidade turca que começou a chegar a Berlim nos anos 50 e 60, como parte do programa de gastarbeteirer (literalmente “trabalhadores convidados”). Ficam aqui algumas sugestões espalhadas pela cidade:
Mustafa Gemüse Kebab (Kebab turco – estação de metro U Mehringdamm – a fila pode ser bastante grande!)
Rüyam Gemüse Kebab 2 (Kebab turco – Prenzlauer Berg)
Saray – Döner Kebab (Kebab turco – S Warschauer Str., Friedrichshain)
Mas a comida de rua não se esgota com os kebabs:
Marafina (Wraps sudaneses – em Friedrichshain eem Prenzlauer Berg)
Berlin Sarajevo (Bósnia-Herzegovina – experimenta o börek, folhado de carne, queijo ou batata – perto da estação S-Bahn Wedding)
Azzam Restaurant (Médio Oriente – Perto do metro de U Hermannplatz)
Maroush (Falafel libanês – Kreuzberg, junto à estação U Kottbusser Tor)
Magic John’s (Pizza à fatia – Mitte, perto da estação Oranienburger Tor)
Para continuares a tua volta ao mundo gastronómica, espreita também os restaurantes mais tradicionais que te deixamos aqui:
Umami (Asiático – várias localizações, por exemplo: junto à Kollwitzplatz ou do outro lado do rio da East Side Gallery, atravessando a ponte Oberbaum)
Miss Saigon (Vietnamita – do outro lado do rio da East Side Gallery, atravessando a ponte Oberbaum)
TZOM Berlin (Eritreia – Kreuzberg, perto da Admiralbrücke)
El Mandi (um pouco longe do centro, mas qual foi a última vez que tiveste oportunidade de comer comida do Iémen?)
Persepolis (Irão – em Kurfürstenstraße, a sul do Tiergarten)
KOKIO (Frango assado coreano – em Prenzlauer Berg, estação U Eberswalder Str.)
ASIA Deli (China – em Wedding, perto da estação U Seestrasse)
Fes (Churrasco turco – junto a Tempelhofer Feld e à estação U Südstern)
Portofino (Italiano – junto à Ostbanhof)
Flamingo Fresh Food Bar (Variado – Junto à Ilha dos Museus)
Como já viste, o forte da gastronomia de Berlim é a comida das comunidades imigrantes. Mas podes também provar pratos mais típicos da cidade e da Alemanha.
Schnitzelei Mitte (Panados à moda alemã ou austríaca – junto à U Oranienburger Tor)
Konnopke Imbiß (Currywurst, salsicha alemã temperada com caril – por baixa do estação Eberswalder Str.)
Curry 36 (Currywurst– estação de metro U Mehringdamm)
Berlim é também um paraíso para quem segue uma dieta vegetariana ou vegana. E mesmo que não seja o teu caso, tem em conta que a comida vegan foi tão aprimorada que já não se trata só de uma “alternativa”, mas sim de uma experiência gastronómica por direito próprio:
Li:ke (Tailandês – junto à Boxhagener Platz, em Friedrichshain)
Feel Seoul Good (Coreano – em Prenzlauer Berg, junto à Kollwitzplatz)
Lia’s Kitchen (Hamburgers – bastante perto do Feel Seoul Good)
Por fim, com tantas escolhas é difícil pensar em cadeias de fast-food, mas se procuras uma refeição rápida podes contar com uma destas cadeias que, de certa forma, também são experiências locais:
Burgermeister (Hamburgers – em localizações como Alexanderplatz ou Potsdamer Platz)
Risa Chicken (Frango frito – cinco localizações um pouco mais afastadas do centro)
Outro grande passatempo em Berlim são as compras em segunda mão, quer seja em lojas ou mercados de rua. Feiras da ladra são particularmente populares ao domingo, quando muitos dos outros negócios estão fechados. Alguns dos mercados de rua de Berlim são:
Mauerpark Flohmarkt – artesanato, design, roupa vintage e velharias
Flohmarkt am Boxhagener Platz – semelhante ao mercado de Mauerpark, mas mais acolhedor
Raw Market – Principalmente roupa, com um estilo mais alternativo
Flohmarkt Arkonaplatz Park – também com uma grande variedade de tralhas, mas menos conhecido que os outros
Ostalgia (Ost, leste em alemão + nostalgia) é o termo alemão para a nostalgia pela antiga Alemanha de Leste, ou República Democrática Alemã. Parte deste fenómeno é a popularidade das velharias ligadas à ex-RDA, das câmaras Praktica aos pins comemorativos produzidos aos milhões. A VEB Orange é uma loja especializada em souvenirs da antiga república na Oderberg Straße, bem perto de Mauerpark. Na mesma rua existem várias lojas de roupa vintage com uma grande seleção de streetware.
E como já referimos, os mercados de Natal são uma grande tradição na cidade e existem várias espalhados um pouco por toda a parte durante os meses de Novembro e Dezembro. Alguns dos mais conhecidos são os de Gendarmenmarkt e Alexanderplatz. Mas existem também alguns mais peculiares, como o de Spandau, dentro das muralhas de uma citadela ou o da Kulturbrauerei, dedicada à cultura escandinava.
Apesar de ser uma cidade bastante compacta e agitada, Berlim não tem falta de parques. O maior e mais conhecido de todos é certamente o Tiergarten que atravessa uma boa parte da cidade, das portas de Brandemburgo até Charlottenburg, incluindo o Zoo de Berlim. Vale também a pena visitar o Treptower Park, no lado leste da cidade, onde é possível relaxar junto ao rio Spree.
Já o antigo aeroporto de Tempelhof é o maior recreio da cidade. Aqui os berlinenses fazem churrascos ou praticam desportos como windsurf ou patinagem.
No lado oposto da cidade, o Grunewald dá-te a possibilidade de realmente sair da cidade e entrar numa zona de bosque. Daqui podes observar a cidade ao longe ou explorar a antena de Teufelsberg, uma antiga estação de espionagem durante a guerra fria abandonada que virou uma galeria improvisada de arte graffiti.
Para muitos a cidade de Berlim é sinónimo de vida noturna e discotecas. A cidade é a casa de alguns dos clubs de techno mais conhecidos do mundo, como o Berghain, onde muitos esperam horas na fila só para serem rejeitados pelo todo-poderoso Sven, o porteiro mais famoso de Berlim.
Não é tão difícil entrar nos outros clubs da cidade, mas conta sempre com uma fila. O melhor é comprares o bilhete online (experimenta aplicações como a Resident Advisor) e assim pelo menos saltas a fila da bilheteira… para poderes ir diretamente para a fila de entrada. Os bilhetes são por volta de 15 a 25 euros.
Beber uma cerveja na rua é também uma boa forma de passar a noite em Berlim. Segue até Admiralbrücke, em Kreuzberg para beberes uma cerveja do späti local.
Para aproveitares o fim da tarde, podes sempre seguir até aos bares nas margens do Rio Spree. O Holzmarkt e o YAAM são dois complexos com vários bares, restaurantes, lojas de rua e até uma praia artificial onde podes passar um fim de tarde bem agradável.
Se preferes um rooftop, podes optar pelo Klunkerkranich, em Neukölln. Este bar no topo do centro comercial Arcaden Berlin é um pouco difícil de encontrar (apanha um elevador para o 5º andar do parque de estacionamento e atravessa o piso até encontrares uma rampa) mas a vista compensa.
Quão prático seria concentrar os principais museus da cidade numa única ilha? Esta foi a ideia dos reis da Prússia e é por isso que hoje podes visitar uma série de museus e outras atrações nesta pequena ilha no meio do Rio Spree.
Altes Museum (10€) – arte e objetos da Roma e Grécia antigas;
Neues Museum (14€) – exposição do antigo Egipto onde podes ver o famoso busto de Nefertiti;
Pergamon Museum (12€) – coleções de arte islâmica e de peças arqueológicas do médio oriente, incluindo as Portas de Istar da cidade da Babilónia;
Alte Nationalgalerie (12€) – pinturas e esculturas de mestres alemães e de outras nacionalidades;
Bode Museum (10€) – dedicado a esculturas do renascimento e a arte de Bizâncio;
Humboldt Forum (12€) – museu etnográfico dedicado à história da humanidade;
Berliner Dom (7€) – não é um museu mas sim a catedral de Berlim, construída no século XIX.
Para além dos preços individuais, podes comprar um passe de 3 dias por 29€ que te dá acesso a todos os museus públicos de Berlim, incluindo todos os que foram aqui mencionados (mas não incluindo a Berliner Dom). Lembra-te que é necessário definir uma hora quando compras o teu bilhete, que depois deves respeitar.
Fora da Ilha dos Museus, existem ainda outros museus que valem a pena visitar para conhecer um pouco mais da hostória da cidade:
Museum in der Kulturbrauerei (Gratuito) – exposição permanente sobre a vida na Alemanha de Leste
Tränenpalast (Gratuito) – antigo posto fronteiriço transformado em museu sobre a separação da Alemanha e a Guerra Fria
Berlim é uma cidade que acomoda imensas subculturas. Por isso, se tens um interesse especial, quer seja por um desporto, um estilo de música, cinema ou arte é bem provável que encontres aí um espaço perfeito para ti! E é por isso também que se torna díficil fazer um roteiro para a cidade.
Por isso, antes de te sugerirmos um roteira para conhecer a cidade em três dias, deixamos-te alguns tesouros escondidos, que são também exemplos de como Berlim tem um muito a oferecer quaisquer que sejam os teus gostos.
Berlim é uma cidade que, mais do que ser visitada, deve ser vivida. Por isso, três dias nunca será suficiente para ficares a conhecer verdadeiramente a cidade, principalmente quando esta tem tanta oferta de sítios para visitar, relaxar, festejar ou comer.
Além disso, os diferentes bairros de Berlim são bastante diferentes entre si, e se calhar podes até optar por escolher um deles e explorá-lo ao máximo.
Deixamos-te no entanto um roteiro de 3 dias com uma amostra representativa do que é a cidade, das zonas mais movimentadas aos surpreendentes espaços verdes, e do centro mais turístico até aos bairros mais cheios de vida.
Sugerimos que comeces pela zonas mais conhecidas, e de certa forma mais turísticas, da cidade de Berlim. Começa o teu dia em Alexanderplatz, a caótica praça central. Aqui encontras um dos peculiares símboles de Berlim, o Weitzeiturh, ou relógio do mundo, que indica o tempo em todos os fusos horários. Daqui vês já a Fernsehturm, a torre-antena que domina paisagem da cidade.
A poucos passos de Alexanderplatz fica a Neptunbrunnen, uma intricada fonte em honra ao deus grego Neptuno, no centro da praça ladeada pela Igreja de Santa Maria de Berlim (ou Marienkirche) e pela Rotes Rathaus, a câmara municipal de Berlim que pode ser visitada gratuitamente.
Ruma então para o Nikolaiviertel, uma pequeno quarteirão que, apesar ser já uma reconstrução moderna, dá uma impressão do que seria a Berlim antiga, antes da guerra. Daqui vais entrar na Ilha dos Museus, onde fica a catedral, ou Dom, de Berlim e vários dos museus que já referimos neste guia.
Daqui parte a Unter den Linden, a avenida mais nobre da cidade, que só vai acabar nas Portas de Brandemburgo. Pelo caminho podes ver vários palácios, tais como os que serve de instalações à universidade de Humboldt. A meio da avenida – e antes das famosas portas – não te esqueças de fazer um desvio para visitares o Checkpoint Charlie – o mais famoso posto militar fronteiriço entre a RFA e RDA. Depois de (finalmente) chegares às Portas de Brandenburgo, segue caminho até te deparares com um dos edifícios mais icónicos de Berlim e de toda Alemanha: o Reichstag, edifício onde se localiza o Parlamento Alemão. É possível visitar e inclusive subir ao telhado e caminhar sobre a sua icónica cúpula de vidro e metal. No entanto, precisas de fazer um pré registo, de preferência com alguma antecedência, visto que costuma esgotar. Apenas visitantes que tenham feito o pré-registo conseguirão acesso ao Reichstag.
Depois do Reichstag, segue para Memorial aos judeus mortos durante a segunda guerra mundial, um local de reflexão e contemplação (as esculturas não são para fazer parkour nem sessões fotográficas, ok?). Daqui basta atravessar a rua para chegares ao Tiergarten, o mais famoso dos muitos jardins da cidade. Um bom local para dar por terminada a tua caminhada pelo parque é o Siegesäulle, uma coluna em honra da vitória prussa contra as forças dinamarquesas.
Resumo do 1º dia:
O segundo dia é altura de começar a conhecer os locais onde a vida de Berlim realmente acontece. Deixamos o Mitte nas nossas caminhando pela Karl-Marx Allee, a avenida-modelo construída pela Alemanha de Leste durante a reconstrução da cidade.
Eventualmente chegarás ao coração de Friedrichshain, uma zona com muita vida, cheia de restaurantes e feiras de rua ao fim-de-semana. É uma boa área para te perderes um pouco antes de desceres até às margens do Rio Spree e à zona onde encontras a East Side Gallery. Esta galeria a céu aberto que usa partes do antigo muro que dividia a cidade como tela, conta com dezenas de contributos de artistas de todo o mundo.
Para chegares à outra margem do rio, atravessa a ponte Oberbaum, que por si só é uma atração de zona. Daqui é possível chegar a pé até Treptower Park, que, apesar de ser bem mais pequeno que o Tiergarten, tem a vantagem de estar completamente voltado para o rio. Aqui vais encontrar a Insel der Jugend, ou Ilha da Juventude, um dos locais mais relaxados da cidade.
Daqui o melhor será apanhar o autocarro. Se o sol ainda se estiver a pôr, podes seguir até ao bar Klunkerkranich, em Neukölln. Aqui tens uma vista fantástica da cidade.
Resumo do 2º dia:
No terceiro dia é altura de saíres um pouco da zona urbana, isto se estiver bom tempo claro! Segue de S-Bahn até à estação S Grunewald e faz uso do GPS para chegares até ao Teufelssee, um lago em que mutos se juntam para nadar no verão. Daqui tens ainda uma excelente vista da cidade. Não muito longe fica a Teufelsberg, uma antiga torre de espionagem do tempo da guerra fria, hoje transformada num museu improvisado de arte urbana.
Retorna à mesma estação do S-Bahn para seguires daí até Charlottenburg. Da estação S Charlottenburg podes descer até à Kurfürstendamm, a avenida de compras mais cara da cidade, e caminhar até à Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, uma igreja semidestruída que contrasta com os edifícios modernos que a rodeiam, mais um testemunho da transformações, por vezes bastante violentas, pelas quais a cidade pessoa.
Aqui já não estás longe do Zoo de Berlim, na parte ocidental do Tiergarten. No primeiro dia, o nosso roteiro tinha já coberto a parte oriental deste parque que ocupa uma generosa parte da cidade.
Resumo do terceiro dia:
E chegamos assim ao fim do nosso guia de viagem de Berlim. Esperamos que te seja útil quando agendares a tua próxima visita à capital da Alemanha.
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